Resenhas - O Prisioneiro

Luis361 06/05/2024

Atemporal e preciso
Meu amigo manske me perguntou se já havia lido algo do autor, disse que não e procuraria algo curto dele para me adaptar à escrita.

Meus amigos, que livro!
Não sei se foi sorte por ser um tema que me interessa muito, mas fiquei muito feliz lendo.

A acidez e a crítica viva ao belicismo e as intervenções continuam muito reais, indo para além do Vietnã e da Guerra Fria.

Nada de heróis ou vilões, cada personagem é construído e desenvolvido de forma única, em um universo de diversas nuances que passamos periodicamente no mundo real, onde muitas vezes não somos mais do que posições sociais ou rótulos colocados em nós.

Quero muito ler mais do autor, obrigado manske por me sugerir ele.

Luiz 31/12/2023

Pesado e impressionante
Um livro extremamente pesado, que retrata a guerra como ela realmente é, um horror, uma verdadeira chacina de inocentes!

Airton Alcântara 10/07/2023

A tragédia não foi feita para os gordos. Nosso destino é a farsa
Um livro de 1967, mas será atual enquanto houver guerra.
O autor sensibiliza contra os horrores da guerra e expõe as futilidades das motivações, em que todos os lados têm suas razões e convicções.
A sinopse é bem efetiva quando fala "dos dilemas de um homem em situação extrema". A tensão racial é bem presente.

Destaque para este trecho, não relacionado à temática, que o autor solta no meio da trama:
"Não estou tentando nenhuma chantagem sentimental, nem sequer pedindo compaixão! Tu me conheces. Posso ser tudo, menos trágico. A tragédia não foi feita para os gordos. Nosso destino é a farsa."

pedro villar 17/06/2023

Inspirado por óbvio na criminosa Guerra do Vietnã, Érico cria aqui, nas palavras do próprio, uma parábola sobre vários aspectos da estupidez humana, como o racismo e a guerra.

E concentra grande parte dessas reflexões no Tenente, fantástico e complexo personagem que tenta entender (e muitas vezes lutar contra) suas diversas identidades enquanto caminha para um final trágico e impactante.

Lulu 02/04/2023

Me faltam palavras para descrever
Um livro de 1967 que a cada página se torna mais atual. Uma leitura com temas bem pesados, é de se esperar, já que se passa na guerra do Vietnã.
Mas eu realmente não tenho palavras para descrever o quanto esse livro é uma grande preciosidade para o mundo.
Só, Leiam!!!!!!!

Brandão 20/01/2023

O prisioneiro de Érico Veríssimo
Érico foi um escritor brasileiro muito famoso.
Esse com toda certeza é um dos melhores livros que já li.
Confesso que no começo achei um pouco confuso mas logo me acostumei a sua escrita coloquialista.
Me apaixonei por esse livro!

Bruno Malini 25/04/2022

Bom
Bom livro. Preciso ler mais do Érico Veríssimo para conhecer e entender melhor o estilo da sua obra...

Vitória 22/11/2021

É incrível que o autor descreveu o livro como " uma fábula moderna sobre vários aspectos da estupidez humana", e que inúmeras partes desse condizem com atualmente, mesmo sendo publicado em 1967.

Raissa Barros 13/08/2021

Me surpreendeu
"O Prisioneiro" do Érico Veríssimo e como sempre... ele me surpreendeu.

Achei o começo chato e cansativo, tanto que pensei em desistir da leitura, mas na metade tudo começou a fazer sentido e a história me prendeu até o fim.

De todos os livros que li do Érico, esse foi o mais complexo, então, talvez demore uns dias pra eu conseguir digerir toda a história.

É impressionante como o Érico consegue criar personagens tão humanos e tratar de questões sociais e pessoais de uma forma única.

Esse livro me deixou assim: ? (com a cabeça explodindo).

Anienne 16/05/2021

O PRISIONEIRO
Mais uma vez me encontro de frente com a dificuldade que é escrever uma Resenha sobre uma obra de Érico Veríssimo.

Eu sou suspeita para falar porque para mim, Veríssimo está no topo junto com Machado, Lispector e Kafka.

Mas enfim, vamos tentar...

Nesse romance as personagens não tem nomes e são, geralmente, designadas por sua função ali.

Tudo vai girar em torno de um Tenente que tem uma história de vida difícil. Através dele vamos e de suas relações vamos descobrindo histórias de vida de outras pessoas... difíceis também... dolorosas... o que se torna pano de fundo para falar de uma guerra (sem pé, nem cabeça) direcionada a um pequeno país oriental por uma das potências mundiais.

Érico coloca na mesa os dois lados da situação, abrindo uma reflexão crua sobre os motivos e os motivos... Abre um leque riquíssimo para que a visão do(a) leitor(a) se amplie. As questões sociais, sempre presentes em sua obra e atualíssimas, são discutidas, embricando-se às questões pessoais e humanas.

Há um prisioneiro que dá nome ao romance e, no fundo, todos são (ou somos) prisioneiros e prisioneiras de nossas dores, de nossa própria história.

PERFEITO!!!

Elis.Naiara 25/04/2021

Não sabia muito o que esperar deste livro, mas sabe que gostei, e gostei bastante. A leitura é de fácil compreensão. O que me surpreendeu dado o ano da edição. Na minha interpretação do livro o verdadeiro prisioneiro é o próprio tenente. Preso no seu racismo, medos, e frustrações do passado.

Shirley.Peixe 29/12/2020

Realidade e Ficção...
Experiências e pontos de vista de alguns personagens em meio a um ambiente de guerra.
Críticas, coisas subentendidas, muita história da localidade da época.
É um livro muito rico em conteúdo e fácil de ler.

Nise 29/10/2020

Um livro que trata de guerra, morte, paixão, angústia e aborda várias questões acerca das atitudes humanas, mais uma vez Erico Veríssimo cria uma história recheada de críticas e reflexões.

Pepê 05/03/2020

A prisão que está dentro de nós
Este livro demonstra muito os conflitos internos existentes no período retratado. Sexualidade, Racismo, Machismo e Conflito Social. Vale a pena a leitura e o mais importante de tudo ficar atento(a) as entrelinhas.

Karine 22/11/2019

Muito diferente da clássica saga O tempo e o vento, mas conservando o mesmo estilo crítico e fluído de escrita de Érico Veríssimo, essa história se passa na Guerra do Vietnã, e confronta os personagens, na maioria oficiais do exército americano, com dilemas morais capazes de levar um homem à ruína. Érico faz uso das personagens para verbalizar suas próprias opiniões sobre a insensatez e irracionalidade da guerra que ocorria à época. As críticas mais contundentes são direcionadas aos EUA, país que o escritor conhecia bem, tendo vivido lá por vários anos. O mais interessante é o paralelo que o autor traça entre a presunção do país norte-americano de ser aquele capaz de conduzir povos “menos civilizados” à liberdade (nem que para isso tenha que massacrá-los), enquanto internamente sua sociedade é assolada pela perseguição racial, conservadorismo religioso e outras formas de opressão que impedem que seus integrantes sejam, de fato, livres. Érico Veríssimo é um dos maiores escritores da nossa literatura e, ao mesmo tempo, sua linguagem é acessível, o que mostra que fazer bom uso dela não significa usar termos rebuscados e frases complexas. O importante é saber contar uma boa história.