O Livreiro do Alemão

O Livreiro do Alemão Otávio Júnior




Resenhas - O Livreiro do Alemão


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Carol 29/06/2011

Leiam!
Hoje vou fazer uma resenha diferente das que geralmente posto aqui. Adoro garimpar livros que não estão na moda e destacar as boas ações, então encontrei este por acaso em uma das minhas visitas a Saraiva e qual foi a minha surpresa ao descobrir que o autor iria palestrar na minha aula de literatura infantil.

Otávio Júnior tem uma história de vida muito interessante e pretendo fazer uma entrevista bem bacana para postar no blog, mas por enquanto vou falar um pouco de seu primeiro livro e da luta para trazer um pouco de literatura para o Morro do Alemão ( aquele que foi alvo de notícias alguns meses atrás).

O livro é pequeno tem 77 páginas e as letras são grandes, mas o conteúdo é o que importa. O autor conta sua trajetória de vida desde a primeira vez que teve contato com um livro e preferiu ler a jogar futebol com os colegas. O livro Don Gatón mudou sua vida e a partir daí entrou em uma jornada para influenciar seus colegas da favela a ler ao invés de se envolver com o tráfico de drogas.

Depois de escrever seu primeiro livro infantil enfrentou dificuldades para publicar e procurou várias editoras através de uma lista amarela, mas todas recusaram. Então decidiu correr atrás de gráficas. Foi nesta jornada que encontrou uma boa gráfica no Centro do Rio, mas a Dona havia falecido. A sua sorte foi que o filho da Dona se interessou por seu esforço e investiu no garoto. Meses se passaram até seu primeiro livro ficar pronto, mas depois de publicado a luta para vender foi enorme. Ele visitou escolas, fez teatros (arrumou figurino,palco,escreveu a peça sozinho) e assim conseguiu acabar com a primeira tiragem.

Atualmente ele conseguiu montar uma biblioteca na Favela com o projeto Ler é dez! Leia favela e já visitou vários eventos literários internacionais.

Eu gostei do projeto e da força de vontade de Otávio Junior, mas o livro em si deveria ter sido mais desenvolvido e sua história poderia ter rendido umas 300 páginas. Mesmo assim recomendo a leitura para as pessoas que querem escrever, mas acham que é impossível e para outras que podem fazer algo por sua comunidade e só falta um empurrãozinho.
Silvio Almeida 13/06/2013minha estante
Concordo em gênero, número e grau. A história de vida do autor é excelente, mas o livro é bem conciso.


Bella 04/11/2018minha estante
Fiquei encantada com a historia dele e a força de vontade.




Elineuza.Crescenci 09/12/2015

Coragem
Garoto residente em Morro do Complexo do Alemão, encontra livros no lixão e determinado pelo esforço e orientações de uma professora do segundo ano da escola ganha amor pela leitura.
Cria o projeto Ler é 10 - Leia favela.
Elineuza.Crescenci 18/12/2015minha estante
Personagem viveu no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, porém foi capaz de criar projeto que transforma, ainda hoje, a realidade de crianças e adolescentes de lá.




Silvio Almeida 13/06/2013

Livro de gente que faz
Existe gente que só dá desculpas, mas tem gente que FAZ.

Este é um livro de alguém que FAZ a DIFERENÇA sem olhar para as suas "limitações".

Vale a pena a leitura
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Aline164 11/06/2015

Era uma vez um menino que amava os livros...
Encontrei este livro meio que por acaso, vasculhando promoções em algum site há algum tempo e foi uma grata surpresa.

Gosto de biografias e autobiografias, pois, em geral, elas me inspiram. Fico admirada como algumas pessoas conseguem traçar planos e sonhos e correr atrás deles. De certa forma, sucesso para mim é isso: concretizar planos e sonhos. Ter determinação e força de vontade para tornar ideias em algo concreto. Muita gente se perde no caminho e acaba não concretizando nada. Por isso gosto de ler histórias de pessoas que queriam muito algo e como chegaram lá.

Quando tinha 8 anos, Otávio encontrou uma caixa de brinquedos perto de um campo de futebol que costumava frequentar. Como ele deu um grito de espanto, os outros meninos que estavam jogando futebol logo vieram ver o que ele havia encontrado e ele acabou ficando só com um livro chamado Don Gatón. Naquela noite choveu forte e a luz acabou, então Otávio se lembrou do livro e foi ler à luz de velas.

Assim começa a história de Otávio, que acabou se tornando um leitor ávido: frequentava bibliotecas e pedia livros para os moradores da comunidade. E os livros que lia acabou inspirando-o a criar uma "barracoteca" na comunidade onde vive, o Morro do Caracol, vizinho ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, com o intuito de despertar nas crianças a vontade e a curiosidade pela leitura e pelos livros.

Otávio também treinava futebol e fazia aulas de teatro quando era adolescente. A certa altura, a mãe passou a manter a casa sozinha, pois o pai havia se tornado alcoólatra; nessa época, ele talvez tenha sentido obrigação de ajudar a mãe e começou a fazer dinheiro a partir do teatro (encenava peças em escolas).O treinador de futebol pediu para que ele escolhesse entre o futebol e o teatro, pois ele não estava mais rendendo em campo como antes. Ele ficou com o teatro.

Depois escreveu um livro infantil, enviou para as editoras, mas nenhuma se interessou. Com a ajuda da lista telefônica, procurou uma gráfica, mas quando chegou lá, a dona havia falecido há alguns anos, mas (sorte? destino?) o filho da dona, que devia cuidar da gráfica na época, ficou com o original e pediu para ele voltar lá depois de uma semana. Otávio voltou, o dono da gráfica disse que ele (Otávio) precisava encontrar alguém que revisasse o livro e também um ilustrador - o dono da gráfica então imprimiria os livros de graça, era um presente.

Vários meses depois, o livro ficou pronto, Otávio participou de feiras do livro dentro e fora do país. Vendeu seus livros. Na verdade, não foi tão fácil quanto estou contando. Na Flip, por exemplo, ele foi praticamente só com o dinheiro da passagem de ida, sem ter dinheiro para pagar lugar para ficar nem passagem de volta, vendeu livros e, assim, conseguiu pagar um albergue, comida e arranjou carona para voltar para o Rio. Como sobrou um dinheiro da venda dos livros na Flip, em 2003 ele veio para a 1ª Feira do Livro Infantojuvenil, em São Paulo.

É uma história de superação incrível. Mas ainda tem mais.

Otávio chegou a participar do programa Caldeirão do Huck, no quadro "Agora ou nunca", para tentar ganhar R$ 10 mil e, entre outras coisas, investir em projetos de leitura voltados para a comunidade. Ele ganhou. Tentei encontrar o vídeo no YouTube, mas não tem.

Também encontrei o blog com o projeto do Otávio, Ler é 10, Leia favela, mas infelizmente ele não é atualizado desde 2013.

Esse livro foi bacana de ler por dois motivos:

Primeiro, é possível ter uma leve noção da dinâmica de uma favela. Claro que o Otávio não entra em detalhes, mas conta que as crianças que moram nas favelas dos morros, em geral, não saem dali, não conhecem nem a praia, pois tudo é perto (a igreja, o mercado, a escola), o que limita um pouco o olhar e as perspectivas delas. O acesso à cultura também fica limitado, já que bibliotecas, cinemas, teatros não ficam tão perto. A leitura seria um meio de alargar a visão delas, mostrando que, apesar de a vida muitas vezes ser difícil ali (falta de recursos de todos os tipos e sobram violência, tiroteios, tráfico de drogas), existem outras possibilidades. Outro fato óbvio, mas que eu não sabia é que os traficantes dão "assistência social" para os moradores - por exemplo, compram um botijão de gás e outras coisas de que as famílias precisam -, mas exigem respeito e lealdade; por isso, em caso de delação, as pessoas são juradas de morte e são torturadas antes de ser executadas para servirem de exemplo. Isso me faz pensar que o governo poderia ter agido e não agiu na hora certa; deveria cuidar dessa população, mas quem supostamente dá assistência, na verdade, são os bandidos - como vão reverter isso? UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) bastam?

Segundo, porque quando penso em trabalho voluntário, uma das duas coisas que eu gostaria de fazer e faria com prazer seria isso que o Otávio faz tão bem: divulgar livros e leitura para crianças. Acredito que as crianças podem crescer com mais consciência de que têm escolhas (em maior ou menor grau, mas têm escolhas; entrar para o tráfico de drogas, por exemplo, é uma escolha) e que podem decidir o que é melhor para si próprias no futuro. Outro trabalho que imagino que seja muito gratificante é alfabetizar jovens e adultos - faria isso como voluntária com muito prazer. Já participei de alguns trabalhos voluntários, mas nunca senti que realmente estivesse fazendo alguma diferença. Esses dois tipos de trabalhos são diferentes e me daria satisfação porque, mais dia, menos dia, o impacto positivo (da leitura e da alfabetização) na vida das pessoas ia começar a aparecer. E fora o óbvio: a minha crença de que todos deveriam ter o direito de saber ler, escrever e de decidir o que é melhor para si.

Minha admiração, Otávio Júnior!


site: http://alineinbookland.blogspot.com.br/2015/06/otavio-junior-o-livreiro-do-alemao.html
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Guigui 08/01/2019

Ler para conhecer
Um homem solitário levando leitura para afastar as pessoas do crime.
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Peterson 19/02/2020

Inspirador
O livro é curto, vc começa a ler e logo acaba (o que é uma pena). Fiquei encantado com a história de superação do autor, seu desejo de ajudar e a divulgar a importância da literatura em um local com tantas dificuldades sociais.
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Dinha 08/05/2020

Incrível!
Digo com tranquilidade: um dos melhores livros que já li. Entrou para o meu Top 3 livros favoritos da vida! Retrata uma realidade vivida por milhões de brasileiros, mas que é apagada. Tudo sob uma perspectiva tão bonita e sensível... impossível não de emocionar. Como uma viciada em livros, me identifiquei com vários pontos e fiz renascer em mim a esperança de um mundo melhor, construído através da literatura e do acesso a ela.

Obrigada, Otávio Junior! Pela sua vida e trajetória. E por ter compartilhado um pouco delas conosco.
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Camila Roque 23/06/2020

Inspirador!
Conheci o Otávio Júnior em 2019, no festival literário de BH. Desde aquele momento foi possível ver um homem com olhos de menino, cheio de sonhos e empolgação com o tema literatura. E lá ele falou algo sobre representatividade que me marcou muito: crianças precisam se ver nos livros. Hoje muitos livros tratam sobre negritude, o que é ótimo. Mas quantos tratam de negritude na favela? Lembro que ele dizia que, ao olhar da janela da casa deles no Complexo da Penha, o filho via a Igreja da Penha e pensava ser uma castelo. Otávio pegou e transformou isso em literatura. Fiquei encantada e rapidamente inclui dois ou três livros dele na lista de compras da biblioteca comunitária onde trabalhava, para que as crianças da vila pudessem se ver numa história.

Mas não é sobre esses dois ou três livros de que se trata a resenha: é sobre a autobiografia de Otávio.

Otávio é um homem que, contrário a qualquer expectativa, se permitiu sonhar e acreditar. Mais do que isso, teve coragem e cara dura para insistir muito naquilo que queria, ainda que muitas portas se fechassem. É um exemplo, um caso de exceção e que enche a gente de fé e orgulho nos ser humaninhos da vida.

A única crítica que tenho é que o livro poderia ter sido mais longo, para que as histórias fossem trabalhadas.

Enfim, muito bom. Otávio é uma raridade.
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Leituras e Reflexões 31/07/2020

Gostei muito de ter lido!
Pena que é curtinho. Mas aquece o coração!
Quem me indicou foi uma amiga professora de língua portuguesa há uns 3 anos. Registrei a indicação. E agora agradeci a ela e cheguei a comentar o quanto amo ler histórias assim, ainda que breves.
Saber (ou constatar mais uma vez) que ainda existe muita gente de coração disposto a amar e a se doar para espalhar coisas boas!
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Lara Aimee 06/08/2020

SIMPLESMENTE INCRÍVEL
O livro que mais me fez crescer como pessoa, eu aprendi tanto com esse livro!!!!!!
como um livro que se lê em um dia, te marca pra vida toda. Otávio Júnior um escritor que merece mais reconhecimento, fã a vida toda.
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Angel 03/09/2020

Um livro de reflexão
"O Livreiro do Alemão" do autor Otávio Júnior.

Nesse livro vamos conhecer a história de Otávio Júnior, um rapaz que reside no Complexo do Alemão, que mudou sua história completamente ao encontrar um exemplar do livro "Don Gaton" de historia infanto-juvenil em meio ao lixo, e foi através da leitura que ele conheceu um mundo de possibilidades desde a sua infância. No livro Otávio Júnior traz sua autobiografia de vivência na comunidade do Alemão, e as dificuldades enfrentadas por um jovem que presencia o descaso do Estado com a ausência de Políticas Públicas, assim como a falta de perspectivas de vida dos jovens periféricos em meio a violência.
Ele sempre apaixonado pela leitura percorreu um longo caminho para ganhar reconhecimento e criou um projeto chamado "Ler é 10, leia Favela" na comunidade além de ser o primeiro escritor a abrir uma Biblioteca dentro do Complexo do Alemão, no livro ele com o olhar participante nos apresenta as inúmeras expressões da questão social presenciadas por um jovem periférico, logo caracterizo esse livro como muito importante para nossa reflexão crítica.

Um dos trechos marcantes do livro para mim é quando ele diz "Existe uma classe excluída, social e culturalmente, pela sociedade. São povos que vivem nos guetos das grandes cidades. Muitos deles leitores adormecidos, sem acesso a saneamento básico, educação, ensino profissionalizante e cultura. Um futuro de igualdade só existirá quando todos tiverem acesso à informação e à cultura. Uma criança que pega amor pelos livros aos oito anos será um grande leitor pelo resto da vida."
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Antonio Maluco 16/01/2021

História
O livro mostra que a leitura pode vencer a violência e essa história é parecida com a minha vida
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Flavia Sena 13/02/2021

Muito inspirador, impossível não se emocionar com a força de uma ideia - ainda mais em uma pessoa que não focou apenas em si, mas se esforçou pra alcançar sua comunidade. Parabéns ao Otávio por ser esse incrível agente de mudança.
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Elani Araújo 14/04/2021

Uma Biografia e tanto
A autobiografia de um menino, morador do morro do alemão, que ao achar um livro no lixo, se viu apaixonado pela literatura, ao se dar conta das viagens que fazia nas leituras, sentiu vontade de levar outros a viajar, e assim nasce o projeto literário Ler é 10. Poucas páginas e muito a ensinar sobre perseverança.
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