Memórias de Brideshead

Memórias de Brideshead Evelyn Waugh




Resenhas - Memórias de Brideshead


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Candido Neto 06/03/2018

Um romance sobre a passagem do tempo.
Para mim, não é um livro sobre as lembranças do capitão. É um retrato sobre o declínio aristocrático do período entre guerras.
O principal e único amante de Charles não é Sebastian, ou Julia, nem Celia. Mas o tempo.
As passagens de tempo, as marcas indeléveis sobre a natureza urbana e a ausência dessa transformação na área externa da casa rural, o acompanha no detalhamento descritivo do livro. Mais que as pessoas, o efeito do tempo sobre as pessoas fascina o autor.
O alter ego do autor não descreve seus sentimentos, apenas suas ações, o que não quer dizer que não os tenha, mas as impressões não se tornam nem secundárias, mas terciárias à decadência moral (não confundir com imoralidade), o interesse dele é retratar sua época.
Charles deixa evidente sua paixão por Sebastian, e naqueles tempos as personagens circundantes não só percebem a homossexualidade como não dão nenhuma relevância a isso, não parecendo no livro ser visualizado um tabu.
Para o estilo que vai de um sarcasmo discreto ao lirismo descritivo, Waugh consegue manter o mesmo tom do fim da adolescência à meia idade, passando por alegrias e perturbações com a mesma palheta de tintas para pintar o quadro a que se dispôs a pintar.
Um livro cinzento, tristonho, esperançoso e comovente.
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Simone.Kniphoff 04/03/2018

Aristocracia
O livro carrega uma bela narrativa, muito bem estruturada. Entretanto, o tema, a linguagem, o enredo... Todos não me prenderam muito, talvez por se tratar de uma narrativa melancólica retratando a aristocracia decadente dos anos de 1920 / 1930. Li de teimosia por querer terminar, mas não posso afirmar que é um livro que me emocionou e afetou muito.
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Karla Lima @seguelendo 28/02/2018

Confesso que estava com certo receio de ler esse livro e retardei o um pouco o início da leitura, pois pelos relatos que encontrei dos assinantes da TAG que iam terminando existiam aqueles que gostaram muito, outros que odiaram e outros que nem conseguiram terminar. Bem… Eu terminei.

Retorno a Brideshead narra as lembranças do capitão Charles Ryder, que durante a Segunda Guerra reencontra a mansão dos Brideshead, cenário de momentos cruciais de sua vida. A obra é um verdadeiro livro de memórias, em que Charles narra a sua juventude e como conheceu Sebastian e sua família meio desestruturada.

É uma obra em que o protagonista não possui exatamente um objetivo a alcançar, uma missão ou algum acontecimento grandioso: o que existe é a narrativa de uma vida, os encontros e os desencontros de um rapaz inglês da alta sociedade. A narrativa é quase linear, porém temos alguns vislumbres do futuro em algumas partes onde o narrador-personagem informa que falará sobre aquilo “mais tarde”.

O prólogo é desanimador. Dá uma impressão errada sobre o desenrolar da história e confesso que quando o li pensei que iria me encaixar entre aqueles que não gostaram. Porém, a partir do primeiro capítulo me vi fisgada pela narrativa do autor. Achei simples, direta e gostosa de ler. As páginas foram passando mais rápido e a partir da metade do livro as coisas parecem acelerar um pouco.

É um livro sem uma grande história, sem um grande personagem e provavelmente não vou lembrar de seus detalhes daqui a alguns anos, mas quando terminei a última página eu fiquei com aquela sensação de que, sim, eu gostei do livro. É um clássico de leitura fácil e recomendo a quem tiver a oportunidade de ler.


site: http://instagram.com/seguelendo
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Gláucia 25/02/2018

Retorno a Brideshead - Evelyn Waugh
O capitão do exército inglês Charles Ryder retorna à depauperada mansão da família Flyte que agora serve como base militar e a partir daí passa a relembrar seu passado onde os membros dessa família tiveram participação crucial não apenas em sua vida mas também em sua formação.
É um livro de memórias, iniciando-se na fase em que o jovem Charles esteve na Universidade de Oxford e se torna amigo de Sebastian Flyte. Através dele adentra na decadente sociedade aristocrática inglesa e esse microcosmo é reflexo da transformação pela qual o mundo está passando.
O maior mérito do livro é trazer o retrato, que acredito ser fiel, desse período, através dos membros da família Flyte (os pais que vivem separados, os filhos Sebastian, Bryte, Julia e Cordélia) e da forma como cada um foi sendo afetado por essas mudanças. A religião católica teve algum impacto nas relações familiares, afetando cada um de uma maneira, uns mais que outros e esse aspecto aparece com um tom de crítica.
A revistinha da tag complementa a leitura trazendo aspectos da vida do autor mostrando muita semelhança entre ficção e realidade.
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Sayonnara 19/02/2018

A história não tem nada de excepcional, mas, com uma escrita envolvente, não consegui parar de ler.
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Regina Nazaré 15/02/2018

Hummmm
Confesso que criei uma expectativa exagerada pelo livro de janeiro e decepcionei-me. Uma epoca tão rica em fatos e detalhes que ficou perdida em relatos soltos de narrativas superficiais.
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Zelinha.Rossi 14/02/2018

Confesso que o início da minha leitura de "Retorno a Brideshead" foi arrastado, preguiçoso, com aquela vontade de abandono, mais por acreditar que o livro seria mais um daqueles clássicos de leitura lenta. Mas a persistência valeu a pena: após abandonar esta primeira impressão errada, a leitura, inesperadamente, mostrou-se bastante fluida e acompanhar personagens no estilo tipicamente britânico, pertencentes a uma elite em decadência de um mundo em mudanças profundas se mostrou muito interessante. Valeu a leitura!
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Camys 13/02/2018

Leitura lenta, porém muito interessante
O Livro conta a história do Charles Ryder que ao se deparar com a mansão brideshead relembra os momentos que ali passou em sua juventude. A história tem vários personagens interessantes, mas a leitura é mais lenta. A complexidade dos personagens compensa a leitura arrastada.
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Maria Faria 12/02/2018

Livro de Recordações
Retorno a Brideshead é um livro de recordações. Charles Ryder narra como conheceu Sebastian Flyte, seu amigo e grande amor, que além de apresentar uma perspectiva diferente apresentou-o à família Flyte.
A família de Sebastian foi decisiva em toda a caminhada de Ryder. Ela esteve presente em sua ascensão e muito presente entre suas maiores dúvidas. Apesar do livro começar evidenciando o amor do narrador por um homem, esta não é a questão central da história. Os temas principais são as relações familiares, a decadência social das famílias inglesas e a crítica religiosa.
A história começa com Ryder chegando a Brideshead, antiga casa dos Flytes, palco dos principais acontecimentos da narrativa. Ele agora é um soldado de guerra e a casa servirá como acampamento para a tropa. É aí que ele leva ao conhecimento do leitor o passado em que participou da vida dos Flyte de diversas formas. Seu vínculo inicial é com Sebastian e, posteriormente, com a mãe e a filha. O fato é que Sebastian é um personagem com grandes problemas de aceitação familiar e mergulhado no alcoolismo. Começamos a leitura acreditando que ele seria o personagem principal, mas os fatos da vida de Ryder tomam todo o contexto do livro, interligando principalmente toda a família Flyte. Quando Ryder se aproxima da família, Sebastian se afasta, como se tivesse ocorrido ali uma traição. A proximidade de Ryder com aqueles que Sebastian tem dificuldade de aceitar e conviver, afasta-o e o faz mergulhar nas bebidas. Sebastian passa a ser distante, aparecendo como o bêbado problemático em alguns momentos da história.
E serão poucas as vezes que perceberemos o amor ou a saudade de Ryder por Sebastian. Isto porque ele esteve um bom tempo distraído com a construção de sua carreira como artista, chegando a casar-se com Celia e ter filhos. Charles acaba retornando ao seio da família Flyte e percebe que Sebastian estará presente ali apenas através de suas características de personalidade que se manifestam também em seus irmãos.
Grande parte do livro mostra a decadência das famílias inglesas através da queda financeira dos Flyte. E passam a ser constantes as críticas sobre o catolicismo. As críticas são bem construídas e bem contextualizadas com o que se acreditava na época, mas ao ler o final da história, tive a sensação de que o autor se redimiu com todas as críticas que fez ao longo do texto, tornando a história um pouco condescendente com tudo o que foi criticado. O fim dado à personagem da irmã de Sebastian, Julia e, à Cordelia, filha mais nova da família, foi um reconhecimento de que as afirmativas da religião naquela época poderiam ter seu sentido.
É uma história que nos impossibilita ter qualquer empatia por algum dos personagens, com exceção de Cordelia, que mesmo tendo pouca representatividade na história, é uma das personalidades mais sóbria apresentada.
Superadas as primeiras cem páginas de muita descrição de ambientes e situações, Retorno a Brideshead torna-se uma narrativa por vezes poética e muito elegante, uma escrita de beleza incomparável. É um livro interessante com escrita espetacular, mas que inicia e finaliza a história de forma cansativa, como se deixasse o recado de que a vida pode ser tão cansativa quanto.
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Fabio Henrique 04/02/2018

Romance em seu estilo clássico e muito bem escrito.
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raonypimentel 28/01/2018

Retorno a Brideshead - Evelyn Waugh
Se algum dia me perguntarem sobre algum livro que me fez refletir responderei Retorno a Brideshead.
De todos os personagens dessa história, dois em especial ficarão marcados no meu coração: Julia e Sebastian. Também gostei bastante de Charles, o narrador, mas ele não é tão incrível quanto os outros dois.
Entendi perfeitamente os motivos que fizeram Sebastian agir como agiu, é muito difícil viver tudo isso quando se nasce e cresce em uma família extremamente religiosa. Essa mesma situação se estende à Júlia, que também passou por tanta coisa - e abriu mão de tantas coisas! - por conta de sua fé.
É uma leitura para pensar sobre o efeito da religião em nossas vidas. Também é um livro sobre a juventude e tudo o que acontece durante essa fase tão rápida e apaixonante - os amores, as diversões, as bebedeiras, e todas as pequenas coisas que formam nossa própria história.
Gostei bastante!
Queria um final mais feliz para Sebastian, pois me apeguei de verdade a ele... mas eu entendo as razões do autor para tê-lo terminado dessa forma.
Onsli 28/01/2018minha estante
Fiquei com o mesmo sentimento, com relação ao Sebastian...




Toni Nando 23/01/2018

Comentário
É um livro bom, com uma leitura confortável. Mas poderia ser melhor, é tipo uma comida que vc sabe que é gostosa, porém faltou tempero.
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Leituras do Sam 22/01/2018

Uma foto velha, o aroma de perfume, o sabor de algum alimento ou os primeiros acordes de uma música certamente já serviram para despertar as nossas profundas lembranças e desencadear um momento de rememoração e "revisão" da vida. O casarão Brideshead tem esse efeito sobre o protagonista desse livro e ele nos conduz ao tempo das famílias aristocratas da Inglaterra no entre guerras.
Charles era jovem quando adentrou pela primeira vez a mansão da rica família Brideshead conduzido pelas mãos e pelo encanto, amor que o também jovem Sebastian, herdeiro do local, excerce sobre ele.
Sebastian é o personagem mais interessante e em torno de quem toda a trama e dramas familiares circulam, fazendo com que o livro perca força quando isso não acontece.
Entre Charles e Sebastian existe um romance nem tao velado e nem tão pouco explícito, conferindo uma sensualidade sútil e uma carga dramática densa a história; história que tem na religião católica sua maior vilã (na minha visão do livro) ao conduzir todas as decisões da vida dos personagens.
Evelyn Waugh mescla momentos de muita emoção e beleza com momentos absolutamente enfadonhos, porém em momentos em que a vida está enfadonha, sem vigor e os personagens estão tentando se reencontrar e se manter como baluartes da religião e da sociedade.

@leiturasdosamm
Daniel 30/01/2018minha estante
Este livro já tinha sido lançado no Brasil nos anos 90 pela Cia das Letras,
com o título "Memórias de Brideshead"...
Que bom que está na TAG, muitos leitores irão conhecê-lo.




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