Bru | @umoceanodehistorias 16/11/2016Primeiramente, Feliz Halloween! 🎃Hoje temos a última postagem para a Semana do Horror e decidi trazer para vocês uma resenha de um livro do mestre do horror.
Acredito que a maioria de vocês devem conhecer a história de Carrie, a Estranha, mas para aqueles que não conhecem, o livro conta a história de Carrie, uma menina que sofre bullying no colégio e que possuí uma mãe fanática por religiosidade e pecados.
Ela não leva uma vida normal, pois sua mãe não deixa, uma vez que, tudo o que jovens fazem é pecado. Inclusive o que ela fez para que Carrie – o demônio – nascesse.
O que ninguém sabe é que coisas estranhas acontecem quando Carrie está: objetos voam, portas são trancadas, velas se apagam e acendem, enfim, inúmeras coisas.
O livro será, então, a alternância entre o que aconteceu com Carrie – desde o dia de sua primeira menstruação – até o baile do colégio e relatos sobre estudos e entrevistas que foram feitas a respeito do Caso White, mas essa alternância não funcionou nada bem para mim.
Decepcionante é o que esse livro foi. Tinha grandes expectativas, pois acho a adaptação de 1976 fantástica e me vi torcendo para que esse livro, finalmente, me assustasse o suficiente, mas não chegou nem perto.
A telecinésia praticada por Carrie é algo bem fascinante, mas é evoluído do nada. Num momento ela descobre que consegue fazer isso e no outro já está fazendo coisas inimagináveis. Também não fiquei convencida com o arrependimento que uma personagem demonstra. Em todo o livro é demonstrado que ela não teve culpa de nada, mas não me convenceu. Outra coisa que também não convenceu foi que todos os personagens sabiam que tinha sido Carrie que cometera aquilo. Há uma pequena explicação, mas, mais uma vez, não funcionou.
“Por Carrie, sim, por ela eu sinto muito, e tenho pena. Vocês sabem, ela foi esquecida, transformaram-na numa espécie de símbolo e esqueceram que ela era um ser humano tão real quanto você que está lendo estas linhas, com esperanças e sonhos e todo aquele blá, blá, blá.”
Entretanto, o livro não é todo ruim. Ele me irritou com relação ao fanatismo religioso da mãe de Carrie, mas, também, me fez ver como é ruim ser fanático por alguma coisa e que nosso fanatismo deve se espalhar apenas em nós mesmos, pois nossos filhos e amigos não tem culpa de nossas escolhas.
O bullying foi muito bem desenvolvido, mas, novamente, é como se ele começasse do nada. Carrie não é nada estranha, tirando as roupas que usa, então, determinada coisas que fazem com ela, não se justificam, não que o bullying seja justificado.
Achei o final muito bom e acho que todos tiveram o que merecia, apesar de que eu faria pior (risada maldosa). Ainda assim, indico esse livro, mas acho que é algo que não irá aterrorizar, pelo menos não foi aterrorizante para mim.
Infelizmente, com relação a essa obra, o filme foi mil vezes melhor.
site:
http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2016/10/resenha-carrie-estranha-stephen-king.html