Resenhas - Folhas Caídas

Cissa 10/05/2013

Folhas caídas e amontoadas
O problema de quando se lê livros muito bons, bem escritos e com tramas bem armadas e amarradas, ficamos mais seletivos e nosso senso crítico fica mais apurado e exigente.

Li "Folhas Caídas" de Thomas H. Cook e senti que a ideia da história era muito boa mas não foi tão bem explorada pelo escritor. Achei que o autor usou e abusou de comparações desnecessárias para explicar o óbvio. Na maioria das momentos dramáticos ele comparava os fatos com situações em que usava e abusava de analogias exageradas para dar maior dramaticidade à história, mas confesso que isso me cansou um pouco e me incomodou bastante.

Fiquei por 294 páginas esperando, esperando e torcendo para que deslanchasse e finalmente a história me prendesse. Mas não deslanchou e não prendeu.

Terminei o livro meio que frustrada e aborrecida pois o autor desperdiçou, no meu entender, elementos ótimos e personagens ricos numa história repetitiva e cansativa. E o final foi abrupto que pareceu ter sido escrito às pressas e sem coerência e ainda faltaram explicações. Que pena.

Mas, como tudo que leio me acrescenta algo, "Folhas Caídas" mostrou-me como se deve formar uma família unida: tem que haver amor, amizade, cumplicidade e compreensão entre todos, pois se não for assim ela estará fadada à destruição.

Thomas H. Cook ficou me devendo, talvez na próxima história ele me encante e agrade. Quem sabe...

Letícia 23/12/2012

Um enredo muito promissor, misterioso, que prende o leitor e o instiga a saber o final do crime narrado. Mas, infelizmente, este foi um dos mais decepcionantes que já li.
Muitos "assuntos inacabados" e possibilidades que não foram pensadas pelo autor, por exemplo: o fato de a pequena Amy ter sido sequestrada e cada um dos suspeitos terem características que poderiam ter se tornado eventualmente um motivo para o crime, exceto a pessoa que realmente o fez. Dá a entender que o criminoso sequestrou a garotinha a troco de nada, pois manteve-a presa por mais de duas semanas e não tentou qualquer tipo de contato com a família, com a finalidade de negociar o resgate da criança, não a estuprou ou machucou; pelo contrário, Amy sai ilesa depois de tanto tempo e tanto mistério.
Na minha opinião, o final de um livro envolvendo crimes e mistério deve ser a parte mais importante e surpreendente da narração inteira, onde o autor revela a solução para o problema que foi proposto. Infelizmente, o que acontece em Folhas Caídas é o oposto disso, tornando a toda a história sem-graça e desgastante.

Aline T.K.M. | @aline_tkm 25/08/2011

Tensão constante
Com ritmo intenso e sem enrolação, Thomas H. Cook nos prende do início ao fim em Folhas Caídas. Tão logo começamos a leitura, somos levados em uma espiral diretamente à vida familiar de Eric Moore, à inocência e à posição distanciada que assume em relação aos confrontos de forma geral. Acompanhamos o personagem, que narra em primeira pessoa, atuando em meio aos conflitos que surgem e envolvem diretamente sua família (ocasionados pelo desaparecimento da menina Amy) e que são o estopim para que problemas há muito enterrados no passado venham à tona. De maneira muito convincente, o personagem nos leva junto a ele em suas suspeitas e descobertas.

O suspense nos acompanha até as páginas finais do livro, sendo mesmo impossível conter a curiosidade perante a trama. Os personagens convencem de forma surpreendente, e são humanos em tudo, inclusive – e principalmente – em suas falhas.

LEIA A RESENHA COMPLETA:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/08/folhas-caidas-thomas-h-cook.html