A Mulher Sem Pecado

A Mulher Sem Pecado Nelson Rodrigues




Resenhas - A Mulher Sem Pecado


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swiftiebookworm 17/04/2024

Li pra escola então sem grandes pensamentos sobre, mas foi divertidinho, me irritei com o doido do olegario mas mereceu oq teve (e o misterio de se o umberto tem p4u ou nao continua)
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camila del rio 28/01/2024

? a mulher sem pecado
essa é a primeira peça do Nelson Rodrigues que eu leio, e realmente é possível entender o porquê de ele ter sido tão importante para o teatro brasileiro.
A Mulher Sem Pecado é uma história ousada, principalmente para ser a primeira de um escritor. o maior talento de Nelson Rodrigues é prender o leitor à história ? tanto que eu pensava em ler um ato por dia e acabei terminando a história em menos de 24 horas.
quem me recomendou a leitura foi minha mãe, dizendo que a obra era um ótimo estudo de personagem, e ela estava certíssima. Olegário e Lídia são extremamente bem construídos e consistentes, a insanidade do protagonista é perfeita em seu desenvolvimento e a história não foge, em momento algum, à plausibilidade. mesmo as reviravoltas são satisfatórias, pois representam bem os personagens.
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Ilmar 22/01/2024

Último livro da minha TBR da MLV24. Primeiro livro que leio do Nelson. Sempre escutei muito sobre o autor mas também sempre ouvi em como as peças eram intensas. Dito e feito. Não sei se era pra rir mas achei a peça muito boa. Recomendo.
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Deborah.Farias 02/02/2023

Adeus. Lídia.
Que peça maravilhosa!
Uma obra que me surpreendeu muito, principalmente o seu final. A mesma aborda questões interessantes, que refletem na nossa atual sociedade.

" A mulher fria é mil vezes pior que as outras."
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Clio0 18/01/2023

A Mulher Sem Pecado é sobre o medo... da impotência, da traição, da humilhação, da solidão.

Olegário é um homem obcecado por sua esposa Lídia, o que o leva a mentir, a manipular, a usar seus próprios empregados para segui-la. Todas as palavras trocadas entre o casal são uma mistura de chantagem emocional e argumentação aristotélica - é brutal em sua opressão.

Umberto, Maurício, D. Aninha, Inézia, todos estão lá para representar aspectos da loucura: a sedução, a pedofilia, a lubricidade. Nelson Rodrigues era ímpar em representar a sociedade por meio de alegorias e nessa primeira peça de sua autoria, já fazia isso com maestria. Como a censura poderia parar algo assim? Cada linha é um jorro de informações.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o seu uso de metáforas para se escusar dos palavrões: V-8 ocupando o lugar de Puta, por exemplo.

Eu poderia escrever muito mais e ainda não conseguiria demonstrar o quanto essa peça me impressionou. Leia ou assista, o texto é impecável.
Cris 18/01/2023minha estante
Nunca li nada da Nelson Rodrigues, parece bom.


Endi.Nascimento 20/01/2023minha estante
Perfeição essa resenha




Procyon 05/01/2023

A mulher sem pecado ? comentário
?Eu tenho um inferno dentro de mim. Um inferno particular. E se tivesse também um céu particular, uma eternidade minha, só minha, com tabuleta na porta proibindo a entrada de pessoas estranhas ao serviço? Não seria negócio? Um alto negócio...?

A primeira peça de Nelson Rodrigues, ?A mulher sem pecado?, escrita em 1941, já apresenta alguns elementos dramáticos e temáticos do autor. A obra gira em torno das aflições de Olegário, um ex-médico, cadeirante, que sente um ciúme patológico pela sua jovem esposa Lídia. A todo instante ele atormenta a esposa, com diversas ofensivas, e, além disso, paga a seus empregados para que investiguem a vida, o passado e todos os passos da esposa. A obsessão de Olegário, no entanto, acaba que por consumi-lo. Assim como ?Vestido de noiva? ? sua segunda peça ?, A mulher sem pecado assume um fundo psicológico. Olegário infesta a mente de Lídia com o que ele mesmo chama de ?pecado? (as fantasias sexuais, luxúria), transmitindo toda a sua insegurança à esposa.

Toda a trama ocorre num único espaço: a sala da casa de Olegário, e, além disso, não há uma unidade de tempo determinada ? de maneira que lhe confere um certo caráter universalidade, principalmente no que tange à temática. É, sobretudo, uma obra que, mesmo sendo classificada como tragédia, mesmo assim assume seu aspecto tragicômico por intermédio de quatro elementos: a presença de personagens que representam camadas populares da sociedade; uma ação que não se desenrola numa catástrofe; uma linguagem realçada e enfática (que carrega o elemento da tragédia), contrapondo uma linguagem cotidiana/vulgar (comédia); e, por fim, o aspecto da ambiguidade, e, em última instância, da ironia (o final inesperado, fruto do destino, que engole essas personagens arquetípicas).

?Ninguém é fiel a ninguém. Cada mulher esconde uma infidelidade passada, presente ou futura.?
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Bruna 02/07/2021

Resenha
Olégario, paralítico, inseguro quanto a fidelidade da mulher Lídia. ?A mulher de um paralítico tem o direito de ser infiel?. As vezes não tem, as vezes tem, as vezes ele quer que seja. Quando tem a certeza de que ela é infiel é o fim.
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raíssa 17/05/2021

Personagens muito bem construídos!

Olegário é muito instigante, tanto pelo "asco" que suas falas e atitudes geram, quanto pelas loucas que cria por ciúmes. Essa dualidade entre ciúme e idealização quando ele instiga a mulher a pensar em outros homens, que também se nota na relação de confiança que ele tem com homens versus a relação que tem com as mulheres, e de como julga a mente dela a partir da dele próprio. Mas nós também criamos loucurinhas pra alimentar o ciúme por alguém kkkk A Lídia representando todas as mulheres que ainda não receberam tudo que poderiam de seus cônjuges kkkk E o pilantra do Umberto, que é um xavequeiro de mão cheia! kkkkk Tragicomédias da vida!

Peça lida na Oficina de Leitura Dramática
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Carol Pita 12/05/2021

Primeira do Nelson
Sigo no meu projeto de ler todas as peças do Nelson Rodrigues, e essa foi a primeira que ele escreveu. Mesmo sem nunca antes ter lido nada de teatro, já fica claro o talento pro ramo que ele tinha. A peça contém já as características rodrigueanas tão conhecidas, e o próprio vocabulário usado por ele em toda sua vida dramatúrgica. Gostei da história, só não achei os personagens tão cativantes quanto outros que vieram depois, mas não da pra tirar o mérito dessa peça, que foi o embrião de todas as outras.
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Nathalia 12/04/2021

Primeira peça que leio de Nelson Rodrigues. Fiquei extremamente impressionada pela forma crua com que o autor demonstra o casamento e os dilemas morais, e estou curiosíssima pra ler outras peças e explorar mais do autor.
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Hilton Neves 02/04/2020

Puxa, que homem fastidioso e irritante o Olegário faz questão de ser os três atos a fio! ... Tamo diante dum lar verdadeiramente rodrigueano, com várias personagens e cenas perturbadas.
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fabio.ribas.7 24/12/2019

A 1ª peça de teatro
A 1ª peça de teatro publicada por Nelson Rodrigues. E, na esteira dessa leitura, tenho lido todas as demais peças desse que foi chamado de tarado, anjo pornográfico e até de “o Marquês de Sade dos Trópicos”!

Esta peça em 3 atos já anuncia tudo aquilo que ainda será tratado em profundidade por Nelson Rodrigues: incesto, traição, hipocrisia, loucura, patologia e psicopatias mil! Todos esses temas e muitos outros afloram dos textos de Nelson. Se eu gostei desta peça? Amei! Vi nela todas as nossas doenças encobertas pelo véu de nossas hipocrisias.

O que aprendo com o Nelson? Teologicamente, a constatação teatral de nossa natureza totalmente depravada. Politicamente? Artisticamente? Que nada é neutro, nem à esquerda e nem à direita! Somos todos pecadores.

Assim como ocorreu no último livro cristão conservador que li, "Pensamentos secretos de uma convertida improvável", que mostra que há uma direita religiosa que carece de ser evangelizada, agora em Nelson Rodrigues, vejo que há uma direita que pode se apresentar fora do pacote direitista! Por mais contraditório que pareça, mas a direita brasileira sofre da mesma "mentalidade de pacote" imposta pela esquerda: ou você compra o ideário completo do menu ou você será tratado como “esquerda infiltrada”!

Nelson Rodrigues é um desses que não se deixa limitar pelas “definições definidas”, rótulos cerceadores, conceitos impostos. Artisticamente, ousou explorar a sexualidade pervertida em suas peças, mas, para a surpresa de muitos, fora de seus textos era um conservador, anticomunista e defensor das tradições e costumes da família brasileira. Há uma explicação? Há! Todavia, tratarei de esmiuçar Nelson Rodrigues noutro texto.

Agora limito-me a dizer que tanto Nelson Rodrigues como Gilberto Freyre foram conservadores, anticomunistas, todavia execrados e deixados de lado intelectualmente tanto pela esquerda como pela direita (ou pela burguesia, como gostava de dizer o próprio Nelson). E mesmo como conservadores e admiradores um do outro, Nelson Rodrigues e Gilberto Freyre tinham visões de mundo diferentes sobre a formação do homem brasileiro e nossa antropologia nacional. E aqui é um dos pontos que me chama a atenção em Nelson. Enquanto que para Gilberto Freyre, o Brasil era uma democracia racial, Nelson Rodrigues via no Brasil um país totalmente racista, onde até o negro não gosta do negro (leia a assustadora peça “O anjo negro”)!

O Brasil tem sido dominado, recentemente, por um “avivamento conservador”. Muitos têm se colocado como de direita e apresentado suas ideias em oposição às postulações da hegemônica esquerda brasileira. O que venho observando, contudo, é que dentro desse movimento “conservador” quem não fecha o pacote não pode ser considerado parte desse grupo. Assim, um seleto grupo de “católicos monarquistas” têm se apresentado como os únicos verdadeiros representantes de uma legítima direita conservadora. Outros restringem o pensamento conservador aos usos e bons costumes de uma elite, de uma aristocracia, de um modelo de família e comportamento como critérios para se determinar quem é isso ou quem é aquilo.

É em meio a essa "cultura do arroto" que vejo hoje no Brasil, de um arroto conservador, que encontro no passado recente dois personagens, Nelson Rodrigues e Gilberto Freyre, que teriam sido lançados no ostracismo por essa nossa direita de facebook, se hoje estivessem produzindo as obras produzidas naquele tempo. Enfim, temos muito o que aprender, porque, nas palavras de um sábio indígena amigo meu, “posso ser o que você é sem deixar de ser quem eu sou” – eis uma preciosa lição a uma direita que só aceita o que for espelho. Viva Nelson Rodrigues!

site: https://www.facebook.com/fabio.ribas.7 https://kiestoulendo.blogspot.com/
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TalesVR 20/06/2019

Psicodrama da vida cotidiana
Primeira peça de Nelson Rodrigues, e se no início ele já era bom assim, tenho até medo de me decepcionar caso o nível das outras não se mantenha, porque ''A Mulher sem Pecado'' é MUITO boa! Inevitável não lembrar de outro personagem obcecado da literatura brasileira: o Bentinho de Machado Assis. Assim como Bentinho, Olegário de Nelson Rodrigues é obcecado pela sua mulher Lídia, e em uma trama psicológica intensa ele vai construindo absurdos e mais absurdos sobre a conduta dela para com ele: o marido ''maluco'', que tem ciúmes até da roupa que a sua amada veste, o perfume que ela exala na rua lhe causa pavor. Porém, surge a pergunta: seria mesmo Lídia uma mulher sem pecados como ele idealizava que fosse?

O ponto da loucura de Olegário é perfeita, com vozes interiores, aparições; você sabe que ele é louco e capaz de tudo na incessante busca pela fidelidade (ou não) da mulher. O personagem até questiona filosoficamente se haveria algum tipo de mulher com direito a trair, o que é bem interessante de um ponto de vista da chanchada. Aliás, esse é o ponto forte de toda a trama: dramatizar o cotidiano de forma tão intensa, até cômica por vezes, e que termina em tragédia. Ah, como lidar com as mulheres sem pecado?
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