Resenhas - A Coisa

Rafael1638 10/02/2024

É um livro muito bom! Todos os personagens, até mesmos os menores, são muito bem desenvolvidos. É uma história cheia de detalhes e muito rica embora eu acho que algumas cenas são desnecessárias, acho que quem leu sabe do que estou falando. Mas é um livro excelente, muito bom! E é uma experiência que só Stephen King consegue nos proporcionar em uma história de terror!

eduarda2418 09/02/2024

Gostei e não gostei ao mesmo tempo
Foi uma verdadeira luta pra ler esse livro até o fim, confesso que não leria outro calhamaço do King.
Personagens mega desenvolvidos (com +1000 páginas é difícil não ser...), no início da uma confundida boa em relação aos personagens e seus respectivos apelidos (que também é muito usado), também me confundi bastante quando começou a trocar os anos, de 1958 para 1985 e vice-versa.
Demorei horrores para me prender à leitura, tanto que comecei ele em Set/2022 e só terminei hoje, Fev/2024 mas por volta de 60% adotei um novo método para lê-lo e assim terminei. Até as últimas 20 páginas do livro eu não sabia que eles perdiam a memória de tudo que aconteceu, esquecendo também dos Otários, odiei isso:(
Também fiquei muito triste quando o Eddie morreu:(. Quando o Stan morreu eu não senti tanto, mas fiquei chateada quando no final só restou 4 e mesmo assim, após saírem de Derry eles se esquecerem das amizades...
Indico para quem já está acostumado a ler calhamaço e, se nao tiver costume, indico ler outro livro menor juntamente com ele.
Achei o final MUITO aconchegante e nostálgico, amei aquele final com o Bill e a Audra.

Amália 08/02/2024

Uma história aterrorizante e muito completa
Foi difícil ler esse livro, de tão grande que é. Demorei quase 1 mês, uma vez que várias cenas são beeem arrastadas, mas entendo que o King quer construir todo a ambientação da cidade, que só melhora o livro. Não tenho muitas palavras pra descrever, mas acho que todo mundo deveria ler esse livro uma vez na vida.

Alek 08/02/2024

Mais um exemplo do quão bom o Stephen King é em te prender.
Já começando a resenha pelo final polêmico: eu teria zero problemas com a cena da "orgia" se ela FIZESSE SENTIDO. Porque, do nada, o elo entre crianças se enfraqueceu??? Em que momento foi mostrado que elas precisavam, ali no ESGOTO, passar da infância pra a vida adulta (do jeito que o autor sustenta)? Com 11 anos?

*(RETIFICANDO: reli a cena, na parte anterior foi realmente mostrado que o elo entre elas tava se enfraquecendo e dito que "elas estavam voltando a ser apenas crianças". Continua sendo uma cena bizarra, mas agora faz sentido. Perdi essa sutileza por conta do ritmo rápido de leitura.)*

Tirando isso, o final viajado não me é um problema. Curti a viagem "cósmica", acredito que seja uma saída incrível pra a "mesmice" dos monstros, fantasmas e demônios.

Sinto que faltou uma explicação mais explícita do fenômeno da amnésia deles, porque eles necessariamente precisam esquecer tudo após mais um giro na "roda"? (O ciclo de regressão para avançar que o SK tanto se refere).

Como isso é Stephen King, não era necessário explicar de forma lógica. A gente explica com a "magia" das coisas, e o desejo do autor de representar a passagem para a vida adulta e o fato de que nós mesmos esquecemos os detalhes da nossa infância e sequer percebemos.

Ah, também amei o papel da Silver em 1985, o fato do Bill ver ela como o "fantasma" dele naquela tarde, e a aparente inutilidade dessa personagem tão presente na infância dele, até o final quando vemos que o papel de Silver era justamente ajudar Bill e Audra a fecharem o ciclo simbólico de revisitar a infância e viver a vida adulta, que ocorre sempre que enfrentamos a "Coisa".

É uma leitura que como qualquer livro desse autor, até agora, me prendeu do início ao fim. São ótimos personagens, cada arco é profundamente interessante à sua maneira e o Stephen King é MAGISTRAL quando descreve a atmosfera da cidade, e a impressão que cada personagem tem dela. É uma leitura que eu facilmente faria de novo, dessa vez com um ritmo mais lento (já que eu já sei como é a história), pra ver se some essa sensação de falta de coesão que eu me peguei sentindo durante o livro.

spwdergirl 07/02/2024

It A Coisa
Eu de fato me apaixonei pelo livro desde o começo, já tinha o ponto de eu ter conexão com o universo por já ter visto os filmes, mas aqui é além obviamente, coisas mais detalhadas, diálogos mais extensos, sentimentos não ditos, tudo isso em mais de 1000 páginas(maior livro que li até agora). Stan: Infelizmente é o personagem que menos tem coisa sobre e que eu mais queria saber, principalmente na vida adulta não temos tanto oque ver por já morrer inicialmente e nem chegar a Derry no reencontro, oque eu queria que tivesse me pego de surpresa, mas eu já sabia, porém é um bom garoto e não tenho nada a reclamar dele, gosto da forma que ele começa em negação e acaba de fato aceitando tudo que estava acontecendo. Bill: Obviamente o protagonista e que mais sabemos sobre, e admito que gostei menos dele aqui, não sei, achei ele egoísta muito das vezes, e gostei ainda menos dele adulto, o fato de que ele trai a esposa sem nem pensar e depois fica bem FDS pra ela me incomodou um pouco, e é triste o quão pouco da falta de apoio que ele tem dos pais, ainda mais depois da morte do George, oque já faço alusão aqui a um dos vilões, Patrick, que tinha um sentimento de exclusão por ter um irmão mais novo e faz disso se tornar doentio, ao ponto de mata-lo, inclusive achei um dos capítulos mais pesados do livro. Ben: Acho um dos personagens mais legais e é muito triste ver o quanto ele sofreu, principalmente na escola com o bullying, dando a volta por cima quando envelhece, mas é um dos que não sentir raiva nenhum momento, e gosto bastante da conexão dele com a Bev, acho fofos. Mike: Acho outro querido que por mais que sabemos muito até dele, acho bem pouco e leria um livro a parte sobre, infelizmente o único que ficou em Derry, sendo o único também que não prosperou, mas um dos que mais merecia com certeza, gosto do final dele e não tenho oque reclamar. Richie: Esse com certeza me arrasou ótimas risadas, de fato ele é o alívio cômico aqui, não tem como você não ter rido com nada dele, impossível, outro personagem que eu queria ter visto ainda mais sobre, e fiquei muito triste com a cena final dele com o Eddie, apesar de sentir que no filme eles dão mais valor a isso e a relação deles, leria fácil um livro a parte sobre eles, apesar de saber que nunca teremos. Eddie: Meu favorito com certeza, junto da ruivinha, fico muito triste por ele ter morrido e que provavelmente eles nem lembram mais, que é um tópico que falarei mais para frente, mas foi alguém que encontrou sua liberdade com os garotos, já que em casa vivia ?preso? e com limitações pela mãe, e muito triste também saber que ele não conseguiu ter de fato um final feliz, mas morreu como um herói, oque gosto muito também, um fato que me pega é ele ter casado com alguém bem parecida cokna mãe. Beverly: Oque falar dessa personagem? Para mim é uma das que mais impactou no livro, de fato muitas coisas ali não aconteceriam se não fosse por ela, agora algo que me incomodou bastante em relação a ela, foi o jeito que era sexualizada, piorando ainda mais naquele capítulo maldito do esgoto, não sei qual a necessidade de ter aquilo no livro, já que ninguém quer ler crianças de 11/12 anos fazendo coisas adultas e ainda vistas como ?infantil? e ?bonito? por se amarem, achei nojento e não agregou em nada na história, apesar da desculpa de ser para eles acharem a saída, e outra coisa que assim como o Eddie me pega, é o fato dela também ter se casado com alguém parecido com o pai, que tudo que relacionava a ele era um incômodo pra mim, nisso o King soube mexer de fato com quem lia. Um ponto que me pegou bastante e por ter se tornado um dos favoritos da vida foi o fato deles esquecerem de tudo, foram anos e anos envolta disso para tudo ir embora mentalmente tão rápido, a infância vivida e não lembrada, sendo pertinente apenas nos sonhos deles, alugou um triplex na minha cabeça. Algo que achei maravilhoso aqui foram as transições temporais, totalmente geniais, o King estava com uma caneta de ouro para esse aqui, parabéns.

TheLorenzo 07/02/2024

Bip-Bip, monte de feno
Quer um livro pra ficar com medo, se emocionar, refletir e dar risada? It a Coisa é pra você.
Que perfeição de livro, sério. Não tem como, essa obra prima do terror se tornou oficialmente meu livro favorito.
A narrativa do Stephen King não tem nem o que dizer né, ele arrasa em tudo.

Line 07/02/2024

Apenas Magnífico
Ler este livro é com certeza uma experiência, é um crescimento.

Peguei este livro como um desafio pessoal até porque mesmo já tendo lido livros de 1000 páginas, não é só o tamanho dele que assusta, é a letra e também a escrita. Terminei-o com os olhos cheios de lágrimas por ter que me despedir dessa magnífica história.

A riqueza de detalhes que o livro traz, para tudo, para a personalidade dos personagens, para a criação do mundo é tão bem amarrada e perfeita que o autor não precisa explicar que há magia no livro, nos personagens, na cidade, você aceita isso como uma verdade.

O terror que o livro conta é palpável, eu li outros livros de terror, porém este foi o único a me fazer ficar arrepiada e até em silêncio perplexo esperando que alguma coisa ia sair de dentro do meu armário.

Só lendo o livro mesmo para entender a grandiosidade da história e a magnitude que ela possui. Não foi uma leitura apenas, foi de fato uma experiência.

coco 06/02/2024

It
O livro é bom, porém muita enrolação, tudo nos mínimos detalhes, adorei o livro mas é muito cansativo

Bia 06/02/2024

Um bom livro
Esse livro não se trata somente do terror em si, ele traz em muitas camadas o medo em forma de um monstro que tememos.

A leitura de fato foi um pouco lenta, mas senti que consegui absorver bem da história assim, fui no meu tempo o que não deixou maçante a leitura. A escrita do autor sempre me pega, já li outros dele e mesmo com poucas páginas eu demorei na leitura. Sinto que o autor tem muitas perspectivas em sua forma de escrever e por isso eu demoro mais a absorver suas informações.

Falando da história em si, eu adorei! Trata do poder da amizade e do amadurecimento na vida das pessoas, como a gente pega nossos medos e os escondem na tentativa de afastá-los, mas não se engane eles ainda estão lá! E a coisa está justamente presente para mostrar isso. O desenvolvimento de cada personagem faz você ficar intrigado com cada relato, diferente dos filmes que só temos aquilo que é mostrado, no livro a gente conhece cada um. E um dos que mais me chamou a atenção foi o Ben!

Toda a explicação do final foi o que me deixou mais balançada, pois achei muito mais criativa e louca do que paupável, visto que no iluminado eu achei bem mais construído e desenvolvido. Sim tem cenas completamente desnecessárias, que não fariam a mínima diferença se fossem arrancadas, não sei nem como isso foi aprovado mas tudo bem! É um livro adulto, para quem tem estômago e quer conhecer um pouco mais das nuances do medo humano.

Adorei a leitura no geral!

Matheus656 04/02/2024

Uma obra prima, gostei muito da mescla de passado e presente, de como é abordado temas como medo, superação e principalmente a amizade que há no Clube dos Otários.

ThataFerrada 04/02/2024

Imersivo
É um livro completo. É como se abrisse um portal todas as vezes que eu ia lê-lo, eu me sentia amiga dos personagens, sentia suas emoções e entendia eles de forma singular. Cada um estava em um lugar separado em mim e eu conseguia me encontrar ali também, como se eu fizesse parte, como se eu também lutasse contra a Coisa.

paulapslva 03/02/2024

"Seja verdadeiro, seja corajoso, enfrente. Todo o resto é escuridão."
Essa foi minha segunda experiência lendo It: A Coisa, sendo que a primeira já faz alguns bons anos, e foi muito interessante como tive uma visão bem diferente da história dessa vez. Realmente, é um livro muito grande! Eu não gosto de livros grandes assim, e mesmo que seja bom e a leitura não seja complicada, foi muito cansativo e me senti na obrigação de terminar ele logo.

Tudo é muito bem escrito, e as vezes detalhado até demais. Tecnicamente é um romance de terror, mas, por incrível que pareça, a parte que mais me deixou perturbada foi aquela cena desnecessária no final. Acredito que existam várias cenas desnecessárias no decorrer do livro, mas aquela foi a que mais me incomodou. Não senti medo enquanto lia, e acho que eu nem esperava sentir, mas foi um pouquinho decepcionante mesmo assim.

Eu gosto muito como a história é dividida entre a infância e a vida adulta dos personagens. É possível viver grandes aventuras com as crianças em 1958, lutando contra monstros e criando laços entre si, e depois somos teletransportados para 1985 e a vida já não é tão mais fácil quanto antigamente, apesar de seus problemas continuarem complicados.

Todos os protagonistas são muito bem construídos e foi muito fácil se apegar a eles, é como se cada tragédia acontecesse com alguém próximo de você. A amizade é algo extremamente importante nesse livro e, mesmo que tenha deixado a desejar no final arrastado deles como adultos, foi algo muito bonito de ler.

Até então esse foi o único livro do Stephen King que eu já li, mas tenho vontade ler algumas de suas outras obras. Não tenho muito para dizer sobre o autor em geral, mas não sei se consigo encarar uma terceira leitura de It.

VitAria540 03/02/2024

It: A Coisa
It: A coisa” é um livro grande, realmente grande. Com mais de 1.100 páginas e dividido em 5 partes, a 1º parte é realmente uma grande introdução e ambientação de todo cenário do livro e da história que virá a seguir. Somos apresentados a George Denbrough, um garotinho de 6 anos, que em um dia de chuva, sai para brincar com seu barquinho de jornal feito por seu irmão mais velho, Bill, pelas ruas da cidade de Derry, no Maine (Sim, King gosta de ambientar seus livros no estado!). O que acontece é algo tão assustador que o próprio garotinho acredita ter saído de seus pesadelos: um palhaço está na galeria de esgosto subterrânea e resgatou seu barquinho, levado pela correnteza – mas o palhaço, na verdade, mata George de um jeito que mistura terror puro com gore, arrancando o braço do pequeno. Isso tudo se dá em 1957.

O livro então salta para o ano de 1984, ano no qual os acontecimentos “no presente” se desenrolam. Damos de cara com um assassinato horrendo de Adrian Mellon, que estava simplesmente passeando com seu namorado e foi brutalmente espancado e jogado de cima de uma ponte. Mas, para incredulidade dos investigadores, um dos assassinos diz ter visto um palhaço lá embaixo e que havia sido esse palhaço que realmente matou Adrian. Claro que ninguém leva a sério a confissão, já como era obvio que o homem morrera da queda – mesmo o namorado de Adrian dizendo que também viu a sinistra figura desse palhaço. Dai sim, somos apresentados aos personagens principais do livro: William “Bill” Denbrough, um escritor e roteirista casado com uma beldade do cinema e que está na Inglaterra, que sofreu anos por sua gagueira quando criança; Richie Tozier, com seus óculos e seu cérebro rápido para ótimas tiradas que se tornou um locutor de rádio de bastante sucesso em Los Angeles; Eddie Kaspbrak, que se casou com uma cópia de sua mãe, a quem viveu sempre dominado quando os eventos em 57/58 aconteceram mas que encontrou certo conforto sendo motorista de celebridades e ricos em New York; Ben Hanscom, um arquiteto de sucesso que vive basicamente solitário e sem ninguém, era terrivelmente gordinho quando criança; Stanley Uris, que é o judeu do grupo e sofreu bastante bullying com isso, se casou com uma mulher que ama e se tornou rico, mas não conseguem ter um filho; Beverly Rogan, outrora Marsh; a única garota do grupo, com seus cabelos ruivos e um corpo incrível, que se tornou modelista e está em um casamento abusivo, replicando o mesmo relacionamento que tinha com seu pai quando criança e no início de sua adolescência; e, por fim, temos Mike Hanlon, bibliotecário e único que continuou a morar em Derry e que sofreu tanto bullying quanto todos seus amigos.

Mike é o catalizador de tentar reunir seus amigos porque justamente foi o único a continuar a morar em Derry e se lembrar de tudo que aconteceu entre os anos de 57 e 58. Ele começa a ligar para todos seus outrora amigos, sendo que alguns nem ao menos se lembram dele até ele mencionar a cidade, já como a maior parte das pessoas parece simplesmente esquecer o que acontece na cidade quando se afasta de lá. Todos amigos começam a se lembrar a medida que a conversa com Mike vai acontecendo no telefone, e todos decidem que vão voltar a cidade devido a uma promessa que fizeram quando tudo aconteceu: que voltariam se tudo voltasse a acontecer. Bem, tudo estava voltando a acontecer e Mike estava anotando tudo, rezando para não precisar contatar seus antigos amigos, o que obviamente não aconteceu como ele esperava. Todos cumpriram sua palavra, encontrando um jeito de voltar para Derry, deixando seus conjugues e suas vidas em pause – menos Stanley.

Mesmo ainda no começo, já deu pra sentir que o coração de “It: A Coisa” é o relacionamento entre os amigos e o valor da palavra que eles deram ainda no começo de suas vidas, todos decididos a retornarem para o seu pior pesado e da cidade que tanto tentaram fugir há mais de 25 anos atrás. Se fica fácil entender o fascínio que o livro provoca há 3 décadas em todos leitores: é a amizade formada entre essas crianças sofridas e traumatizadas que faz a narrativa lhe prender. Por diversas vezes me peguei entendendo a pureza dos sentimentos dos personagens uns pelos outros, no alto de seus 11, 12 anos e da forma como eles se tornaram amigos. Como Ben, um garoto tão solitário começa a se aproximar de Bill e Eddie, que já eram grandes amigos, como Bev, tão traumatizada com seu pai encontra consolo na amizade do grupo que lhe faz ter certeza de que ela não está ficando louca; como Richie, com sua boca frouxa, encontra amigos o suficiente para rirem de suas piadas e como Stan se encontra entre eles. Fatos sobrenaturais começam a acontecer com essas crianças, que entendem rapidamente que estão lutando contra algo muito maior do que eles.

O livro fica indo e voltando no tempo, entre o tempo atual e o passado, quando os personagens eram crianças, ainda com trechos do diário de Mike, que foi anotando tudo que podia durante todos aqueles anos, e é ainda no final da segunda parte que Mike conta o que seu pai, Will, lhe contou sobre o desastre de Black Spot – e acredite, você vai ter pesados com essa parte porque é um crime de ódio capaz de arrepiar qualquer pessoa.

Quando, enfim, o Clube dos Otários se reúne novamente, em suas versões adultas, você vibra. Em um almoço repleto de sentimentos (tanto para os personagens quanto para o leitor, que se apega cada vez mais aos personagens), até o ato final do almoço, mostrando que A Coisa está bem ciente da volta deles a cidade e que vai de encontro a eles, apesar dos personagens ainda não se lembrarem de tudo que precisam, sendo bastante angustiante porque o livro vai se aproximando de sua metade e os personagens ainda estão lutando para tentar se lembrar do seu inimigo mortal, enquanto o leitor vai recebendo pequenos pedaços de informações aqui e ali, mas ciente de que o que quer que A Coisa seja, ela é um terror capaz de mudar de forma e que se alimenta as pessoas na cidade, que parecem conviver com ela de uma forma que não entendemos ainda completamente, apesar de já conseguimos compreender que A Coisa está em toda parte em Derry, seja desde sua torre d’água até o Rio Kenduskeag, que corta a cidade; do Barrens a estrada que levava à saide de Derry. Em sua ameaça invisível e constante, aquela “coisa” vai se tornando mais e mais real, fazendo com que deixe de ser uma coisa impalpável para se tornar algo real, algo a se temer, algo que estava matando crianças e fazia os adultos não perceber o que acontece.

Ainda preciso assinalar a presença de Henry Bowers, um dos maiores valentões que infernizou a infância do Clube. Descobrimos que Henry estando preso em Juniper Hill (É o hospital psiquiátrico que está presente em diversas obras de King, e até mesmo no seriado “Castle Rock” – que, alias, indico!) durante esses 27 anos. O grupo de Henry, durante os eventos em 1958, é um dos grupos mais difíceis de ler que eu já li sobre: enquanto alguns, como Victor, conseguem enxergar que há algo de errado com o líder, ele ainda encontra pessoas piores do que ele: Patrick é um exemplo disso, que é descrito como um sociopata. Também há que se levar em conta dois fatos sobre o odioso personagem que Henry é: a influência de seu pai e a própria Derry, que obviamente exerce um grande papel em seu carácter maligno e sombrio. Assim como Pennywise é o grande vilão estabelecido desde começo, Henry toma o posto de antagonista valentão ensandecido.

Vamos aprendendo mais sobre A Coisa e como o Clube dos Otários conseguiu pará-la a pela primeira vez. O enredo vai caminhando para seu final enquanto vamos tendo mais e mais mais informações sobre A Coisa – temos direito até mesmo a seu ponto de vista de tudo que aconteceu e está para acontecer – enquanto o Clube dos Otários recupera suas memórias e se prepara para ir de encontro a seu maior inimigo. É bastante interessante ler a visão da Coisa sobre os garotos, como eles conseguiram realmente machucá-la em 1958, e ainda tivemos a sua própria percepção de si mesma. A proximidade do fim não foi motivo para King começar a correr com o enredo, afinal, ele tinha mais de 1.000 páginas para dar todas explicações da mitologia que queria, além de deixar claro a interação sobre os Otários, o que realmente me prendeu. A personalidade deles e a forma como eles se apoiam e estão juntos naquela batalha final realmente me segurou por todas as páginas do livro. Eu entendi perfeitamente o encanto e o fascínio que esse livro traz ao longo de suas décadas, desde seu lançamento: o grupo de crianças que sofreu traumas ainda muito jovens e se tornaram adultos com reflexos do que lhe aconteceu, aprendendo a se superar e enfim derrotando o que mais tinham medo em suas vidas – parece até mesmo algo metafórico, em algum nível. Me pego pensando bastante sobre isso, mas isso fica pra outra ocasião porque acredito que seja uma visão bem diferente do livro. Não posso não mencionar a (e confessar que estava com receio de ler sobre) já “famosa” cena de sexo que o livro traz com eles crianças, mas, lendo, preferi escolher levar pelo lado sentimental da coisa, já como não era sexo realmente que eles precisavam e muito menos me apegar aos detalhes físicos das descrições, e sim levar o sentimento e a forma como eles demonstraram como que se amavam. Não deixa de ser desconfortável de ler e me senti inquieta.

A luta final continua, aquele grupo de pessoas lutando contra algo tão maior e mais forte, levando a um final que muitos não gostam. Provavelmente se o final não fosse daquela forma, eu não tivesse amado tanto o último capítulo de “It: A Coisa”: aquele final agridoce, exatamente como a batalha final, me deixou mais do que satisfeita com o livro, que apesar de não ter se tornado meu favorito de King (“O Cemitério” ainda continua em 1º lugar), me fez entender completamente o poder dessa obra, que sim, tem seus problemas: é prolixa demais e poderia ter um número menor de páginas em determinados pontos, mas a verdade é que eu leria todas 1000 páginas da obra novamente só para ler sobre esses personagens, que são fortes, quebrados e, acima de tudo, fortes, mostrando o poder da amizade e como amor entre os amigos é capaz de destruir até mesmo uma criatura com tanto poder. Uma leitura mais do que indicada e que certamente valeu a pena cada página.

Em tempo: Já vi todas as adaptações, tanto o seriado antigo (que foi meu primeiro contato com a história) quanto as duas partes da versão cinematográfica atual. A 2º parte do filme atual divergiu bastante do livro, principalmente na parte final – mas a parte 1 foi bastante fiel aos personagens, apesar de obviamente haver sim, mudanças em comparação ao livro. Indico a todos irem no cinema conferir “It: parte 2” também, foi um filme que valeu a pena ir conferir no conferir – mas ah: leiam o livro, sempre!

Beuruna 03/02/2024

Me surpreendeu de muitas maneiras
Eu simplesmente me surpreendi MUITO com esse livro, porque por conta do tamanho achei que não conseguiria bater minha meta de ler em um mês. Porém, a leitura me surpreendeu positivamente, no começo foi difícil a adaptação, depois peguei o ritmo, e posso dizer que foi uma história muito bem escrita, principalmente no quesito de passar de um ano para o outro (apesar de eu preferir as partes deles criança) de fazer TUDO se encaixar de uma forma maravilhosa na narrativa.

Além disso, o livro trata de assuntos muito sensíveis, como: Bullying, racismo, abuso infantil, gordofobia, super proteção e muitas outras coisas, mostrando que o livro não é apenas um palhaço assassino pegando criancinhas, a história tem lacunas muito mais profundas ao redor disso.

Por esses motivos, esse livro estava sendo 5 estrelas para mim, mas ao chegar mais no final do livro foi que me decepcionei.

Um acontecimento que me deixou bem traumatizada e que na minha opinião foi desnecessário, foi o fato da Beverly ter tr4ans4do com cada um dos meninos pra unir o grupo. Tipo, eles eram CRIANÇAS DE 11 ANOS, eu acho que o autor poderia ter achado outra solução para isso, já que como eu disse, eles eram crianças, e isso mexeu muito comigo, porque de certa forma foi explícito um ato com crianças.

E além dessa parte, eu achei a luta com a Coisa/aranha bem confusa (não sei se o problema foi eu).

Com isso, ainda dei 4,5 porque tirando esses problemas, eu achei um bom livro, mas essa parte para mim foi MUITO desnecessária.

Ffski 03/02/2024

Muuuito longo.
Vamos começar com 5 estrelas ?????
?
Aparência: particularmente não gosto de capa mole, ainda mais para um livro GIGANTE como este. Pode quebrar, rasgar, com muita facilidade .O desenho é simples, nada demais. (-0,5?)
?
Estilo de escrita: a escrita, descrição, referências, criatividade e transparência é impecável. (?)
?
História: A história é muito bem construída e eu gostei muito da alternância entre passado e presença. Porém, o que desgasta o leitor é a quantia de descrição desnecessária, cansa. (0,5 ?)
?
Personagens: Muito bem construídos, com suas manias internas e externas muito bem formadas. Parecem realmente pessoas reais. (?).
?
Expectativas: Nunca escutei muito do livro, exceto coisas ruins como: nojento, coisa de criança etc etc. Porém, esta parte em específico, não é muito bem explorada (que bom), o que não fica taoo pesado quanto poderia ser. (?)