laiscunhaf 07/05/2024
Saí traumatizada
Levei um mês inteiro de férias para terminar este livro. Para mim, a narrativa, especialmente do meio para o fim, foi ficando monótona demais e já não me impressionava tanto.
A trama se resume a uma promessa feita entre os membros do Clube dos Otários de voltarem a Derry, se necessário, para enfrentar "a Coisa" - um ser maligno contra o qual lutaram quando eram crianças, mas deixaram escapar. Agora, anos depois, "a Coisa" voltou a atacar, e eles precisam cumprir sua promessa.
O desenrolar entre a primeira luta e a última é uma sequência de idas e vindas ao passado, onde entendemos melhor todas as nuances da história, e principalmente, das relações entre as crianças. Este, inclusive, é o aspecto mais interessante, ao meu ver, de todo o livro: o vínculo fortíssimo de amizade que vemos acontecer quando eram crianças, e que se prova quando já são mais velhos.
Sinto que King extrapolou em alguns momentos, como, por exemplo, toda a explicação sobre a origem da Coisa, confesso que não fez sentido algum pra mim. Porém, o problema mais gritante foi realmente a "solução" encontrada por Beverly e os meninos ao final do livro. Não entra na minha cabeça que o autor viu sentido em uma cena como essa e, mesmo se tivesse alguma lógica, para que inserir algo tão doentio dessa forma? Qual o objetivo? Completamente desnecessário. Por isso, sempre que falam comigo sobre este livro, a primeira coisa que me vem à mente é essa cena e o quão doentio é King sequer ter pensado nela.
Poderia ser um livro incrível, mas o autor escolheu outro caminho.
[2023]