spoiler visualizarIgor_Resenha 29/11/2023
Uma aventura escrita por A. Conan Doyle com dinossauros ambientada no Brasil !!! Precisa de mais ?
Minhas expectativas estavam altas devido a homenagem feita por Michael Crichton no segundo título da franquia de Jurassic Park!!! Além de ter dinossauros, a história também se passa no Brasil e tem como autor ninguém menos que Arthur Conan Doyle!!! Fora que a capa da Edição feita pela Editora Nova Alexandria aguçava minha imaginação. Porém, na minha opinião, o livro não chega ao pedestal que havia sido colocado. É um ótimo livro, mas tem menos complexidade, suspense e dinossauros do que eu gostaria – vale destacar que a visão que temos dos animais primitivos mistura ficção com saberes científicos da época. A leitura é rápida e fluida.
Basicamente, o livro será estruturado a partir das cartas e das visões do jovem Malone, um jornalista do Daily Gazette que é apaixonado por Gladys (sua amiga de infância). Para ter seu amor correspondido Malone parte em busca de aventura para provar seu valor para Gladys e se tornar um herói e um homem cheio de histórias de bravuras - aqui o alerta é forte e a mensagem só não é vista por quem não quer. No jornal, o editor-chefe McArdle, lhe dá uma missão perigosa: desmentir as polêmicas afirmações do professor Challenger – um homem rústico que tem suas próprias ideias de ciência e que havia retornado recentemente de uma viagem cheia de aventuras da América do Sul. Contudo, é avisado que tal homem odiava jornalistas.
Ao se passar por admirador das suas ideias, Malone consegue visitar Challenger em sua residência. O ilustre homem já estava a espera de mais um jornalista astuto. A porrada come solta. Mas, Malone mostra hombridade ao assumir parte da culpa na confusão e isso leve Challenger a tratar aquele jornalista de forma diferente. Assim, o professor narra sua viagem a América do Sul com algumas provas de vida primitiva em uma formação vulcânica isolada no meio da floresta amazônica. Dali surge uma amizade e Malone é convidado a assistir a Conferência do Instituto de Zoologia.
A Conferência começa com muita algazarra e pega fogo quando o professor Challenger começa a interromper a apresentação do seu colega questionando-o se ele poderia provar a extinção dos animais dos quais, nós, só haviam encontrados os fosseis. A pedido do professor Challenger, a conferência ordena que ocorra uma expedição oficial para comprovar a hipótese da existência de animais extintos em terras remotas do Brasil. Os voluntários para essa loucura são: o Prof. Summerlee (que ministra aulas de anatomia comparada e um ferrenho defensor da ciência – além de ter seus 66 anos), o Lorde John Roxton (um homem rico, aventureiro e com grande experiência em regiões remotas e militar) e o Sr. Malone (um jovem jornalista cheio de sonhos). Fica acertado que Malone será financiado pelo jornal em troca de cartas e correspondências que detalhem a viagem.
A viagem da Inglaterra ao Brasil ocorre sem problemas a bordo do navio Francisca (A. Conan Doyle demostra ter um conhecimento avantajado do Brasil incomum para muitos e sua época – como, por exemplo, a mitologia brasileira com a lenda do Curupira). Chegando no Pará parte para Manaus em outro navio e lá encontram o Prof. Challenger. De Manaus sobem o Rio Amazonas até uma tribo indígena onde percebem o prestigio de Roxton entre os índios (pois, o lorde havia salvado muitos índios do trabalho escravo imposto por seringueiros no interior da Amazônia – liderados por Pedro Lopez, que fora morto pelas próprias mãos do fidalgo. A expedição vai ganhando alguns membros a mais para auxiliar com as bagagens, mantimentos e armas.
Toda a descoberta feita por Challenger ocorreu graças a um homem moribundo e mortalmente ferido que chegou na aldeia indígena que ele estava durante sua última viagem a América do Sul. O Jovem americano era um artista e trazia consigo um caderno com desenhos de paisagens e criaturas extintas – Maple White. Então, o professor havia tentado seguir os passos do artista e havia encontrado o platô no meio da floresta, onde teria atirado em um pterodáctilo.
Após muitos dias de caminhada e desafios, finalmente, encontram o platô. Porém, o local era impenetrável, com uma elevação rochosa muito acima das habilidades de escalada de qualquer homem – um paredão de rochas. A expedição acha o antigo acampamento de Maple White e seu colega, mas a via que eles haviam usado para entrar no platô havia desmoronado. Alguns pterodáctilo são visto e forçam o prof. Summerlee a reconhecer seu erro. A grande questão é resolvida em uma bela noite por Challenger...A ideia era escalar uma formação rochosa vizinha ao platô com formato de agulha onde, no topo, havia um estrondoso carvalho que deveria ser derrubado e servir de ponte para permitir a travessia. O plano foi executado conforme o plano e todos conseguiram adentrar ao platô. Contudo, os mestiços que participavam da expedição acabaram derrubando a árvore e destruindo a única passagem deles para o mundo civilizado – fizeram isso para condena-los a morte em retaliação a morte de Pedro Lopez.
A partir dai começa a grande aventura nas florestas misteriosa do platô com sua fauna e flora primitiva. Lá, os personagens principais vão passar por inúmeros desafios e provações incluído encontros com Iguanodons domesticados, alossauros saltitantes, estegossauros, plesiossauros, pterodáctilos, homens-macacos (que na minha cabeça imaginei como o Buck do filme Era do Gelo), índios Acalás etc. No final, eles ajudam os índios a exterminar os homens-macacos e são recompensados com um mapa secretamente desenhado pelo filho do chefe dos índios para sair de lá através das cavernas usadas como deposito pelos índios.
Ao voltarem para Inglaterra são confrontados pela mídia e pela sociedade graças as cartas de Malone, mas deixam para revelar suas descobertas em uma nova Conferência do Instituto de Zoologia. Os quatro narram suas descobertas e os acontecimentos da viagem. Em certo ponto, um cientista começa a questionar qualquer argumento apresentado pela equipe, então Challenger manda trazer seu trunfo: um exemplar de pterodáctilo vivo. O animal acaba se soltando e fugindo. A conferência vira um caos e os expedicionários são ovacionados pelo público. Malone descobre que Glayds (cujo nome foi usado como referência para nomear o enorme lago do platô) nunca quis nada com ele e já está casada com outro – um advogado que nunca fez nada de heroico e que nunca saiu do seu escritório seguro e confortável. Contudo, John Roxton dá motivo para todos se animarem, pois havia minerados diamantes no platô e conseguira a quantia de 50 mil libras pra cada expedicionário. Assim, a história termina com Roxton e Malone organizando uma nova expedição para explorar diamante no platô.