O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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FP Neto 24/01/2019

As definições de "Pega fogo, cabaré!" foram atualizadas com sucesso!
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Jivago 30/11/2018

Romance experimental
O som e a fúria é o retrato do declínio da família Compson, ao sul dos EUA anos 10/20/30, e portanto o retrato de uma cultura e uma sociedade às voltas com o racismo institucionalizado em todas as esferas, e que é contada de maneira experimental por Faulkner. O autor é um verdadeiro artesão da narrativa, apresentando um história em quatro perspectivas ou focos narrativos distintos. Vale dizer que cada parte da história (cada "capítulo) parece ser mais instigante, pois permitem ao leitor a descoberta de uma nova "psique", a do narrador da vez, ao tempo em que são também vislumbres da qualidade técnica de Faulkner. Para qualquer amante da arte do romance. Faulkner is a must!
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

O Som e a Fúria
Abalado com a recusa dos originais do seu terceiro romance pelas editoras, Faulkner isolou-se. Nesse período, nasceu 'O som e a fúria'. No enredo, entre ideais de nobreza pueris e arroubos de ódio e de ganância que beiram o demoníaco, uma família põe fim ao que resta de si mesma. O clima de quase delírio construído com maestria é a expressão derradeira da ruína de um grupo social.

O livro, escrito em 1929, é considerado a obra mais importante do escritor norte-americano William Faulkner, que ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1949.

Resenha de: https://www.livrariacultura.com.br/p/livros/literatura-nacional/romances/o-som-e-a-furia-3142085


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-359-2942-3
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Cy 28/08/2018

"Criadas pela doença, dentro da putrefação, rumo à decadência." - Jason Compson (pai)
Sabe quando a linguagem não é o suficiente para dizer algo? Você usa as palavras e explica a "coisa" com elas, mas no final você não disse nada do que queria dizer? É o que acontece com esta resenha. Rsss.

O que eu mais gosto nesse tipo de livro é que nada é dado. O autor te joga em um turbilhão e você deve encontrar um eixo e se virar sozinho. Esse tipo de experiência pode acabar sendo frustrante ou totalmente maravilhosa e recompensadora. É gratificante passar pelo desafio.

A história de uma família em decadência moral e econômica, reflexo das mudanças sociais e culturais que embalaram a virada do século XX. Presa a situações do passado, velhos preconceitos e convenções sociais. Não existe 'sina', nem 'destino fadado', existe uma família disfuncional trilhando seu caminho na ladeira da degradação.

O próprio texto propõe uma ruptura com o convencional e, de repente, você se encontra em um grande e envolvente quebra-cabeça de palavras e frases desconexas, fluxos de consciência e monólogos interiores, e é trabalho (árduo) do leitor montá-lo.

Entre os vários "temas" que pipocam na narrativa (nem todos serão prioridades para o narrador da vez, que são quatro), aquele que me foi mais caro é o que trata sobre a passagem do Tempo, a continuidade da vida e como escolhemos passar por ela - pensando em um sentido individual mas, principalmente, em sentido amplo, como coletividade. Vale a lembrança de que questões morais, econômicas, de Tempo e o que fazemos com ele foram personagens importantes nos acontecimentos mundiais que precedem e continuam logo após a publicação do livro (1929).

Em tempo, o Benjy foi meu personagem favorito (e a Dilsey!!!), o capítulo dele foi meu favorito, então é com ele que vou terminar essa resenha:

"[...] Então Ben começou a uivar outra vez, um som desesperançado e prolongado. Não era nada. Apenas um som. Era como se todo o tempo e a injustiça e a dor se tornassem audíveis por um momento graças a uma conjunção dos planetas.[...] Mas ele berrava devagar, impotente, sem lágrimas; o som desesperado e denso de todo o sofrimento mudo que há sob o sol.[...]"
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Luciana - @minhaestantemagica 22/08/2018

Que livro sensacional! O Som e a Fúria conta a história de decadência da família Compson que vive no sul dos Estados Unidos no início do século XX, período em que os estados sulistas perderam a Guerra Civil Americana e entraram em profundo declínio. O livro é dividido em quatro partes e é narrado pelos três filhos homens da família. O primeiro a nos mostrar seu ponto de vista é Benjy, um homem de 33 anos com intelecto de uma criança de cinco. Então, o começo do livro é bastante complicado, pois, além de ser narrado por uma pessoa com problemas cognitivos, Faulkner se utiliza bastante do fluxo de consciência, ou seja, é como se estivéssemos dentro da cabeça do personagem acompanhando seus pensamentos da forma desordenada em que eles surgem, sem ordem cronológica dos fatos. Na segunda parte somos apresentados a Quentin, o irmão mais sensível e intelectual, o único que foi para a faculdade. Acompanhamos um homem extremamente angustiado e perturbado em um dia muito importante em sua vida. O último irmão a contar a história é Jason. Um homem exageradamente cruel, dissimulado, ganancioso, mas com as melhores tiradas irônicas e sarcástica que eu já vi. O elo de ligação dos três relatos é a irmã Caddy, que só conhecemos através do olhar dos irmãos e todos bastante tendenciosos: Benjy sentia um amor maternal por ela, Quentin era obcecado pela irmã e Jason a odiava. Caddy, na verdade, é a personagem principal do livro e influencia o destino de toda a família. A quarta parte é narrada em terceira pessoa, pelo próprio Faulkner, para nos trazer um olhar imparcial dos fatos. É focada em Dilsey, a empregada da família, e a pessoa mais humana e sensata da obra. Acompanhamos o fim de linhagem da mesquinha e imoral família Compson, enquanto, do outro lado, a família de Dilsey, de ex-escravos, sobrevive baseada nos pilares do amor e da compaixao!
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Lili 18/08/2018

O Som e a Fúria
Não consegui absorver o que o livro oferece. A nota (4 estrelas) se refere obviamente à minha experiência, e não ao livro, que com certeza é genial. Eu me perdi muitas vezes no primeiro e no segundo capítulo (mais no primeiro) e mesmo quando finalmente, no terceiro e quarto capítulos eu entendi melhor o texto, eu acabei não captando bem aonde é que o autor queria chegar. Minhas teorias se mostraram furadas. Eu levei um spoiler que eu nem sei se teria entendido sozinha... rsrs

Enfim, apesar de eu não ter aproveitado tanto quanto gostaria, a leitura foi muito interessante. O ~quebra-cabeça~ proposto pelo autor é muito envolvente e ir encaixando as peças ao longo da leitura é uma experiência muito legal.

Recomendo... E preciso reler.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Para Ler E Reler
Em 1929, após ter um livro rejeitado pelas editoras, William Faulkner resolveu dar uma guinada na carreira. Isolou-se e começou a escrever um romance exclusivamente para sua satisfação, sem pretensão de agradar leitores, críticos ou editores. Assim nasceu "O Som e a Fúria", responsável por sua ascensão profissional que culminou vinte anos depois com o Prêmio Nobel de Literatura.

A narrativa tem como palco a fictícia Yoknapatawpha County e aborda a decadência de uma tradicional família do Sul dos Estados Unidos, descendente de um herói da Guerra da Secessão, o General Compson. Aliás, tanto as personagens como seus ascendentes aparecem em outros textos do escritor.

Empregando o fluxo de consciência, ruptura de sintaxe e um enredo não linear, sua leitura requer redobrada atenção. Assemelha-se a um intrincado quebra-cabeças cujas peças vão pacientemente sendo encaixadas até chegar à última. De fato, nem sempre é possível entender o que está acontecendo, mas, pouco a pouco, a história vai tomando forma e o esforço vai sendo recompensado. Uma boa maneira para não desanimar (e que me ajudou) é conhecer de antemão os quatro narradores, cada qual responsável por um capítulo do livro. São eles:

- Benjamin ou Benjy Compson: Mudo e deficiente cognitivo, é o filho caçula e motivo de vergonha da família. Descreve o mundo com baixa compreensão e um raro sexto-sentido. Seu relato soa desarticulado, com pontos obscuros e para não se perder com os frequentes saltos temporais, verifique se é Versh (infância), T.P. (adolescência) ou Luster (vida adulta) quem cuida da personagem.

- Quentin Compson: Trata-se do primogênito, o escolhido pelos pais para estudar em Harvard. Neurótico e instável, defensor da honra e da moralidade, é um suicida cujo desabafo desesperado e fantasioso conforme avança, vai se fragmentando. Essa é a parte mais difícil e estudada do livro.

- Jason Compson: Irmão mais novo de Quentin, é cínico, desprezível e manipulador. Trata-se do vilão da história que, indigno de confiança, tenta passar a imagem de filho injustiçado a quem coube sustentar a família após a morte do pai. Seu relato não oferece maiores dificuldades de entendimento.

- Na quarta parte, Faulkner faz uso de um narrador onisciente, sugerindo pensamentos e ações das personagens, mas quem monopoliza a atenção é Dilsey, uma negra que trabalha para os Compsons há muitos anos e surge como a voz da razão.

No entanto, o papel de protagonista pertence a Caddance ou Caddy, a única filha do casal. Ela jamais adquire uma voz, mas permite que os sentimentos dos irmãos revelem seu caráter, aliás, é o objeto da obsessão dos três e a única que consegue escapar da relação doentia que os une, indo viver a própria vida.

Finalmente, Faulkner se inspirou num trecho de "Macbeth" de Shakespeare para dar titulo e desenvolver a história:

"Apaga-te... apaga-te breve vela!
A vida nada mais é do que uma sombra que anda...
um pobre ator que se pavoneia e se agita durante sua hora no palco e depois não é mais ouvido.
É uma história contada por um idiota
cheia de som e fúria que nada significa!"

Nota: Um apêndice foi inserido pelo autor após dezesseis anos da primeira edição. Não só traça o esboço de algumas personagens, como dá detalhes sobre o futuro.
Taci 21/07/2018minha estante
Ótimas dicas! Obrigada


Leila de Carvalho e Gonçalves 21/07/2018minha estante
Disponha.


Tohby 30/07/2018minha estante
Muito obrigada.
Eu estava ficando confusa achando que era o mesmo personagem em momentos diferentes e as peças não estavam se encaixando. Sua resenha foi muito esclarecedora.


Marcos Ferraz 05/03/2019minha estante
Ótimas mesmo. Eu já tinha desenhado uma árvore genealógica para ir entendendo os personagens. Suas dicas também ajudaram muito. O livro é difícil, mas fascinante.


Leila de Carvalho e Gonçalves 05/03/2019minha estante
Exato. O livro é um de meus favoritos e este recurso já usei para muitas obras, como ?A Biblioteca Elentar?, de Alberto Mussa.


Mari 29/03/2019minha estante
Agradeço pela resenha!!!Comecei a ler "Som e Fúria",mas parei porque estava achando a história muito confusa,então decidir vir nas resenhas para ver se compreendia melhor o livro.Sua resenha não só me esclareceu,mas também me trouxe mais animo e vontade de seguir com essa leitura.


Amanda.Santiago 04/02/2021minha estante
Achei a mulher que é minha referência nas avaliações da Amazon! ? Toda vez que via q tinha um cinco estrelas seu sabia q eu ia gostar!


Amanda.Santiago 04/02/2021minha estante
Muito obrigada por suas avaliações por lá tb! Me ajudaram muito , muitas vezes!




02/07/2018

Um passado como o dos Compson é erva daninha. Tem que arrancar pela raiz e incinerar o campo, não tem jeito.
"(...) São sempre os hábitos vadios que você adquire que depois causam arrependimento. Foi o pai que disse isso. Que Cristo não foi crucificado: foi erodido pelos estalos mínimos de engrenagens minúsculas. Que não teve irmã."

Indeterminadas temporalidades, sentimentos que explodem, um núcleo familiar que caminha em direção à própria desintegração, e tragédias que perpassam gerações. O trecho que cito no início desta resenha é provavelmente a passagem que mais me perturbou. Mas é isso, né? Acho que este é o ponto nevrálgico, afinal. A literatura está aí a serviço da dor, do silêncio, da poesia, e do que mais for preciso ser expurgado. De cara entendi que a fama de leitura infernal que o livro carrega procede. Poucas coisas são mais importantes do que perder o medo, e eu tinha muito medo da narrativa faulkneriana. Eis a questão: Se não for para exercer um papel transformador, de que a literatura é válida? Para que ela existe? É estranha a sensação de se sentir tão pequena diante de uma obra que parece que não acaba nunca, mesmo depois que você terminou de ler a última página. Nos momentos em que a incompreensão beirava o insuportável, eu me questionava: que necessidade é essa de entender tudo? Mas é sintomático, haja vista a literatura atual que transforma qualquer enredo em algo mecânico, autoexplicativo. Tudo precisa se encaixar o tempo todo.

E aqui, o que há? Aqui há pensamentos que voltam, sentenças que se repetem incessantemente, parágrafos intermináveis, sintaxe quebrada e nenhuma preocupação com pontuação. Quem não entra no fluxo perde o bonde (e a experiência). É muita violência, muita brutalidade, muito ressentimento. Os personagens são grandiosos, o texto é grandioso, as discussões são grandiosas... Ternura, ódio, repulsa, comiseração, etc. Impossível listar a profusão de sensações que acompanhar a jornada dos Compson proporciona ao leitor. A propósito, vai ser lindo ler isso em outra fase da vida, já mais amadurecida e tomada por uma compreensão de mundo diferente da que possuo hoje. Ler Faulkner é testemunhar a imortalidade da arte; é a prova viva de que a palavra escrita é capaz de transcender o tempo e vencer a morte. Você acha que sabe escrever e, surpresa, você não sabe. Porque manipular um texto literário e desconstruí-lo dessa maneira não é para qualquer um.

Se eu puder dar um conselho é: não leia por indicação, não adianta. Acontece que esse é o tipo de livro que você precisa descobrir por si só e estar pronto para ele. Eu acredito piamente nisso. Demorei alguns anos para estar.
Genial é pouco. Quero mais Faulkner, e logo!
Salomão N. 02/07/2018minha estante
Sou apaixonado por esse romance, é o maior da literatura norte-americana na minha opinião, e todos devem saber que é o meu romance preferido, hehehehee.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 02/07/2018minha estante
Estou me preparando psicologicamente pra ele. 'Enquanto agonizo' já me deixou emocionalmente abalada.


Salomão N. 02/07/2018minha estante
Aliás, publiquei um texto sobre Faulkner em meu blog nessa tarde:
http://neoliebeartsy.blogspot.com/2018/07/anotacoes-sobre-faulkner.html


02/07/2018minha estante
Tu não existe, Salomão, hahaha. Que texto foda de lindo!
Enquanto Agonizo é o próximo, Aline.


Salomão N. 02/07/2018minha estante
São os seus olhos, hahahaa.


Eduardo 02/07/2018minha estante
Eita! Que baita resenha! Parabéns :D [emoji de palminhas]


Flavio 06/07/2018minha estante
Livrao ein? Louco para ler as outras obras dele


Flávia 07/07/2018minha estante
esse livro me deixou no chão. estatelada. vou ali pegar meus cacos e volto.


Flávia 08/07/2018minha estante
no fim, acabou se tornando um livro da vida, rê. qro reler em breve.


08/07/2018minha estante
Somos duas, Flávia. O Ítalo Calvino tem uma definição certeira do que é um clássico: você leu a 1ª vez e tem a sensação de que aquilo já deveria ter acontecido. Mas quando você lê várias vezes, tem a sensação de novidade e descoberta. Ou seja: não é uma releitura, mas uma nova leitura.


08/07/2018minha estante
Somos duas, Flavia. O Ítalo Calvino tem uma definição certeira do que é um clássico: você leu a 1ª vez e tem a sensação de que aquilo já deveria ter acontecido. Mas quando você lê várias vezes, tem a sensação de novidade e descoberta. Ou seja: não é uma releitura, mas uma nova leitura.


Flávia 08/07/2018minha estante
vdd. principalmente qdo vc lê em fases diferentes. vc muda o foco e presta atenção em detalhes completamente diferentes... gosto mto de releituras.


Marcos Ferraz 05/03/2019minha estante
Boa resenha mesmo. O livro é um desafio, uma quebra de paradigmas e nos convida a rever nossos conceitos sobre literatura, sobre narrativa, sobre texto. É de uma habilidade ímpar e a gente se sente diante de um espetáculo de ilusionismo, em que um truque acontece a todo instante, nem bem a gente se recuperou do deslumbramento anterior. Sensacional.




monique.gerke 20/06/2018

Primeiramente: NÃO DESISTA NA PRIMEIRA PARTE DO LIVRO. São quatro capítulos. Persevere no primeiro, e aí vai ser impossível largar o livro.
Você vai entender pouca coisa no começo, o que é bem desconfortável, mas a medida que a narrativa avança o enredo fica mais claro e inteligível, o que não significa também que você vai terminar o livro entendendo tudo, rsrs apenas o necessário para algumas coisas fazerem sentido (minha impressão).
Fluxo de consciência não é uma das técnicas narrativas mais fáceis de se acompanhar, mas nesse livro Faulkner se superou na inventividade da primeira parte. A história prende MUITO o leitor, são quatro vozes narrativas distintas, contando cenas,pensamentos, lembranças que se misturam no tempo que conhecemos como presente/passado/futuro, que ora avançam ora recuam, mas que vão se completando e se descobrindo na voz de outro narrador.
Achei fantástico!!!!
.
ps: O tradutor deixou como comentário no final do livro, que uma das grandes qualidades da escrita do Faulkner, é a distinção e a marcação da linguagem sulista norte-americana nos seus personagens negros e brancos, que se perdeu quase totalmente na tradução para o português (imagino que é o que acontece também quando se traduz Grande Sertão: Veredas para o inglês) por isso a sugestão é, se possível, leia no original e aproveite o livro ao máximo;
Li em português e gostei muito do livro! Faulkner já se tornou um escritor muito importante para mim! quero ler TUDO dele, já!
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Andressa C. 04/06/2018

Voragem.
Impossível não se sentir envolvido com a trama criada por Faulkner. Ele, com uma maestria ímpar, consegue nos fazer sentir dentro da mente do personagem. Sua escolha de ter cada capítulo narrado por um personagem, nos dá uma visão plural dos acontecimentos, mesmo você nunca tendo certeza se o que é narrado é verídico ou não. Presente e passado se misturam e Faulkner nunca deixa nenhum fato explícito, sendo necessário destrinchar o texto para acompanhar tantos acontecimentos que se misturam. Com isso, Faulkner conseguiu trazer uma pluralidade de possibilidades e ideias infinita, deixando para o leitor, muitas vezes, descobrir por si próprio as nuances, ao passo que ele omite mais do que nos conta e isso, sem dúvidas, é o que faz de O Som e a Fúria tão especial e único.
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marcelo.batista.1428 26/05/2018

Segundo livro em seguido que quando chego ao final vem a vontade de voltar ao início e tentar ligar pontos que ficaram soltos. Na minha edição há um apêndice do tradutor: "... o leitor só recebe as informações necessárias para compreender boa parte do que lhe é apresentado bem depois das passagens que elas finalmente esclarecem, ..."; portanto, acho que não foi só comigo rs. Gostei bastante da parte em que o narrador é Benjy, uma personagem com retardo mental, é sempre bom enxergar com olhos diferentes.
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Perolitzzz 15/05/2018

Que Livro Incrível!
A leitura desse clássico foi uma experiência bem particular; acho que nunca havia lido algo assim antes. É sério.

O primeiro capítulo é o desafio maior. Li a primeira vez com uma atenção detalhista quase neurótica mas, foi qdo o reli com a mesma fluidez do fluxo da Narrativa, bem solta e sem procurar sentido, é q a história começou a tomar forma.

Depois do 2° capítulo, a trama foi ganhando corpo pq todos os fragmentos desconexos de informações começaram a se encaixar uns nos outros capítulo após capítulo.

Sem querer dar Spoiler mas... pros estudantes de Psicologia e interessados por Psicanálise, esse livro (eu acho) mostra num dos personagens o perfeito espectro da "Perversão" no sentido freudiano da palavra. Pra ter mais certeza, só numa releitura.

Resumindo: fui arrebatada por essa obra.
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Filipe 27/04/2018

Desafiador
Ainda que seja um livro complicado de se atravessar, Faulkner tece uma história onde muito do que não é dito é o que mais tem a dizer. As quatro vozes em conjunto compõem a narrativa não linear, que avança e retrocede no tempo em um período de 18 anos. O autor dá o enigma e todas as pistas, fazendo com que o leitor adentre em um imaginário cheio de peripécias linguísticas e saltos temporais para resolver o quebra-cabeças. Detalhe para o primeiro capítulo, onde o autor narra a história sob o ponto de vista de um deficiente mental. Genial é pouco.
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Raquel.Faria 26/04/2018

O Som e a Fúria
Que livro incrível! 4 vozes, 4 fluxos de consciência diferentes. Uma delas de um deficiente mental. Reunidos para contar, à sua versão, a tragédia familiar da decadente família Compson. Ambientada no sul dos Estados Unidos, entre 1915 a 1926, esta obra tem muito mais a nos falar do que escravidão, incesto, filhos bastardos, disputa por heranças e poder. Faulkner conseguiu, com maestria, quebrar o tempo e nos deixou uma obra atemporal e fabulosa. Difícil atrevimento em querer descrevê-lo. Se puder, leia.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/resenha-o-som-e-a-furia/
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Tuhã 12/04/2018

Decadência pura e bela
Esse é um daqueles livros impossíveis de não se envolver. A trama é jogada na cara do leitor logo no início, pelo personagem louco Benjamin. Tempo, espaço, ações e personagens se confundem nesse emaranhado narrativo, mas nada impossível de se acompanhar também, apenas exige um pouquinho a mais de esforço.

Todos os personagens são complexos, a trama é instigante - apesar de simples - e a construção narrativa descontínua e confusa só contribui para deixar tudo mais intrigante. Provavelmente O som e a fúria será o maior e melhor quebra-cabeça que você irá montar em sua vida. Livrão imperdível para qualquer amante de uma boa literatura.

OBS: as descobertas sobre a trama e o desenvolvimento dos personagens é essencial na leitura de O som e a fúria, ver/ler resenhas carregadas de spoilers sobre o enredo podem diminuir e muito a experiência de lê-lo.
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