Resenhas - O Grande Mentecapto

professormarco 30/07/2021

Quando li este livro, estava aínda no ensino médio. Participei de um concurso e foi uma obra que me prendeu pela riqueza de fatos e acontecimentos. Este livro faz você mergulhar na imaginação das cenas. Uma pessoa com um sonho que faz de tudo e mais um pouco para alcançà-lo. Uma historia muito divertida com um final fantástico.

Gabi Guerra 09/07/2021

Dom Quixote mineirinho

Resolvi reler “O grande mentecapto” por acaso.
Meu primeiro contato com o livro havia sido ainda na escola. Já na ocasião havia adorado.
Fernando Sabino tem o dom da narrativa do contador de histórias. Assemelha-se, a meu ver, ao grande mestre Rubem Alves.
Geraldo Viramundo, nosso querido mentecapto, nasce, vive e perambula pelas terras mineiras, razão pela qual recebeu a alcunha de Viramundo.
Sabino aborda com muita sensibilidade e ironia o fino limite existente entre o são e o doido, entre bem e mal, experiência e inocência.
Viramundo é deveras inusitado, porém sustenta o peso do peculiar com a doçura do grande coração.
Ele foi o garoto que parou o trem, quase padre excomungado, vagabundo, presidiário, candidato a prefeito, amigo dos rejeitados,militar e líder de revolução!
Sua trajetória é inspirada em Dom Quixote com um quê de Sertão Veredas. Sabino utiliza muuuuuita intertextualidade na história, o que só enriquece o contexto da narrativa.
O final é surpreendente e aberto a várias dissertações sobre o seu real significado.
Poxa, é um livro muito legal, pequeno, engraçado e um pouco triste. Uma aventura completa! Vale a pena a leitura, especialmente aos amantes da cultura mineira!


site: https://www.instagram.com/p/CMZxtghjNp4/

Thales 14/06/2021

Viramundo Viratudo Vira meu coração
"Só Minas Gerais (Minas Gerais!), só Minas Gerais
Poderia ser o palco desta história
Que gravei na memória
E o tempo não desfaz"

Assim que eu acabei "O grande mentecapto" fui correndo ouvir o samba da Imperatriz para 1983, sem dúvida um dos enredos mais mineiros que o carnaval carioca já viu. E da mesma forma que Chica da Silva e o rei da Costa do Marfim só poderiam se encontrar em Minas, nenhum outro estado desse Brasil de meu Deus poderia ser chão e palco da história de Geraldo Viramundo. História essa que, em suma, é uma declaração de amor ao estado de Fernando Sabino, o mais mineiro dos autores - tão mineiro que gostava mais de pão de queijo que de mulher.

Eu simplesmente tô em transe após a leitura desse livro. Ele é lindo, é intenso, é hilário, é emotivo, é erudito e, além de tudo, é uma AULA de como contar uma história. É sem sombra de dúvidas uma das narrativas mais brilhantemente construídas que eu já li, e Sabino faz isso sem ser pedante ou academicista - pouco importa eu chegar aqui e dizer que a obra tem um quê de metaliteratura; o que importa são os deboches que o narrador faz nas notas de rodapé ou as conversinhas que ele tem com o leitor. Ela é tão rica que o autor teve o cuidado de colocar ao final um glossário com todas as referências que a gente encontra: cada poema, cada trecho de clássico, cada monumento histórico, cada político, cada personagem inspirado num mineiro ilustre ou num amigo do autor, são páginas e páginas de referência. Tem até uma "bibliografia" rs

Inclusive deixo aqui registrado que, a partir de hoje, meu sarrafo pra definir uma amizade verdadeira tá marcado na homenagem que Sabino faz a Hélio Pellegrino. Então você me considera um bom amigo? Diz que me ama no meio de seu romance, se não não acredito.

Com tudo isso faz parecer que a gente precisa de um mestrado em mineirices para entender "O grande mentecapto". Jamais. Sabe quando você tá num bar de esquina e tem um velho entretendo os amigos com histórias rocambolescas da infância na roça - toda esquina brasileira tem um bar e um velho assim -? Esse é Fernando Sabino, esse é o narrador que resolve reconstituir as andanças do herói popular Geraldo Boaventura, ou José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva, vai saber.

Há quem diga por aí que Geraldo Viramundo é o "Dom Quixote" brasileiro. Nada poderia ser mais falso. O velho Quixote resolve um dia sair com Sancho Pança para enfrentar dragões e exércitos imaginários em busca de uma princesa irreal. Já Geraldo sai de Rio Acima para enfrentar um Brasil extremamente real, com problemas, sutilezas, maravilhas e filhos da puta extremamente reais - ou não, a não ser que cavalos falem ou fantasmas existam.

Esse é o Brasil que mata crianças pobres a troco de nada, em que uma cidade inteira resolve bater numa mulher que deu pra todos os homens casados - e não neles -, que mandava pros manicômios qualquer um que fosse um incômodo para a "ordem pública" ou para os "costumes", que vira as forças de segurança contra a população sem dó nem piedade.

Mas também é o Brasil do barroco mineiro, das orquestras comunitárias, dos estudantes idealistas; é o Brasil de Otto Lara Resende, de Lúcio Cardoso, de Murilo Rubião, de Paulo Mendes Campos, de Drummond, de Ary Barroso, de Guimarães Rosa, de Jorge Amado. Opa, não que esse aí é baiano, e essa é uma resenha de mineirices.

Enfim. "O grande mentecapto" nos mostra o Brasil real e o Brasil possível. Ele prova pra gente que por mais que esse país seja um moedor de pessoas tem muita coisa aqui pela qual vale a pena lutar e sobreviver. E, óbvio, faz a gente se mijar de rir no meio do processo. E chorar também - muito -, c'est la vie.

Leiam Fernando Sabino. Pelo AMOR DE DEUS, leiam Fernando Sabino.

Luan 08/06/2021

O livro que guardo no fundo do meu coração ??
Falar deste livro é uma emoção a parte, e posso explicar o porquê.
Bom, na minha infância e adolescência nunca tive essa aproximação com a literatura seja nacional ou estrangeira, nunca via-me lendo livros, chegava a pensar que ler era uma perda de tempo. Meus pais nunca induziram ou aconselhava lê algum livro, nem muito menos a escola boa parte do fundamental, mas, quando estive próximo de terminar o ensino médio por volta do 2°ano, meu professor de português mostrou uma pilha deste mesmo livro, "O grande mentecapto", para turma e oferecendo a nós se gostaríamos de lê-lo. Claro que não iria levantar a mão para dizer ?Ei, professor! Eu quero?, que absurdo não acha?! Eu, um garoto totalmente alheio a literatura, que só conhecia Harry Potter por causa dos filmes, que tinha pavor de ler livros com mais de 300 páginas e que nem ouvira falar de Jorge Amado iria querer ler esse "tal" livro?
Só que, de maneira ou outra , na aquele momento parecia haver alguma coisa dentro de mim dizendo o contrário, ou seja, o inverso do que estava até ali vivendo. E surpreendentemente, pelo espanto dos meus amigos ao redor, até mesmo do próprio professor, eu levantei a mão dizendo o seguinte ?eu gostaria de ler, professor!?. Não me pergunte o porque, eu também não sei o que diabos me fez querer ler, e aí... Daí foi o começo da minha jornada, essa jornada fantástica, exuberante, magnífica e extraordinária dos livros que podem nos proporcionar.
Sou eternamente grato por esse livro, pelo autor Fernando Sabino, pelo meu antigo Professor que fez isso acontecer. Esse livro especialmente, me fez rir, chorar, pensar, refletir e comentar sobre ele para todas as pessoas que conheci, não é apenas uma história, é uma lição de vida. Acredito que nem um outro me deixou uma ressaca daquelas pesadas como este.
A história é linda, mas aquele final senhora e senhores, é arrebatador, conta numa perspectiva do protagonista Geraldo Viramundo, um mineiro tal como o americano Forest Gump, doidinho da cabeça, e tenta viver a sua vida aos trancos e barrancos, com muitas aventuras, amor e humor, nesse nosso Brasil.

Luh - Wishing a Book 20/05/2021

??O Grande Mentecapto

Autor: Fernando Sabino
Editora: Record

Este livro é um relato de um romance, que narra as aventuras de Geraldo Viramundo. Foi lançado em 1979.
Viramundo é uma espécie de Dom Quixote brasileiro, a história acontece em Minas Gerais, e é baseada em uma aposta que ele fez com seus amigos de parar um trem na cidade de Rio Acima.
O personagem é uma espécie de anti herói com traços de humor, loucura e excentricidade.

Li há muitos anos este livro, e não deixo de ter uma admiração por ele, Viramundo percorre além disso, varias cidades mineiras, e é tido como louco por suas atitudes. Ele nos mostra como é importante a simplicidade acima de tudo. "Todo aquele, pois, que se fizer pequeno como este menino, este será o maior no reino dos céus.". #ograndementecapto #fernandosabino #editorarecord #livros #leitura #leitorescompulsivos #leituradiaria #livrosemaislivros #instabooks #booksgram #booklovers #bookaholic #viciadosemlivros #loucosporlivros #booksbooksbooks #leiamais #resenha #literatura #amorporlivros #wishingabook

MIRANDA 14/05/2021

Parafraseando o próprio autor : " ... Confesso que me sinto tentado a interromper em definitivo o meu trabalho ... agora o jeito é vender o resto da entrada ... portanto ,continuemos , mesmo aos atropelos , trancos e barrancos ..." ( bem ao meio do livro citado )
Confesso que, realmente , o autor deveria ter interrompido mesmo ; pois a partir de então o livro se torna enfadonho e monótono .
PALAVRA PARA O LIVRO : UAI .

Luciano 26/04/2021

História de aventuras e desventuras
Por se passar em Minas Gerais e ter como proncipal o mineirinho Viramundo e as histórias de suas peregrinações por diversas cidades mineiras,já vale a pena a leitura.

Cássia Agapito 07/04/2021

Para maior de 18
Um pouco desavergonhado em alguns trechos. Inegável que o autor sabe lidar com as palavras.

Tuts 05/04/2021

Divertido e engraçado
Esse livro refuta a ideia preconcebida de que clássicos são chatos. Esse livro relata as aventuras de Viramundo,narradas de forma tão emocionante e divertida,que nos faz querer saber o que vai acontecer com esse personagem. Muito bom! Tive que ler pra escola e gostei muito.

Manços 01/04/2021

Doido
Geraldo Viramundo é muito doido! Ele apronta altas peripécias e através delas vamos conhecendo o Brasil pouco explorado. Um pé em Guimarães Rosa, outro em Cervantes, mas bem mais fácil de ler. Talvez uma preparação para eles.

Juliana Molina 17/03/2021

Divertido
Esse é o primeiro livro de leio do Fernando Sabino e confesso que me divirtiu muito. Uma história leve e ao mesmo tempo marcante com grandes ensinamentos em suas entrelinhas.

Juju 22/02/2021

um livro um tanto quanto confuso e de final esperado. primeiro livro de fernando sabino que eu leio e eu gostei bastante de sua escrita

Lu Tibiriçá 13/02/2021

Sempre atual
Ainda atual e sempre passível de ser encontrado por aí, o livro me fez rir e chorar também. Até porque a forma como tratamos nossos semelhantes não deixa de ser uma das temáticas possíveis desse texto.
São tantas que a resenha ficaria monstruosa mas outra que mais me encantou foi a forma divertida de falar com o leitor.
Só aumentou a vontade de reler a coleção "Para gostar de ler" que tomou conta do início da minha adolescência, lá nos anos 80 ?.
Um projeto a se levar a sério...

Cris 06/02/2021

Aventuras e Desventuras de viramundo
Conhecer Geraldo Viramundo foi um prazer imenso, é aquele personagem que ilustra nossa imaginacao de causos ou historias de pescadores, a leitura fica leve, engraçada e cheia de reviravoltas.
O livro é todo ambientado em Minas Gerais e assim como uma boa mineira fica facil se identificar com situacoes, costumes e historias.
 É um livro simples e despretensioso, com uma mensagem forte sobre como enfrentar e vencer a vida do jeito que dá, mas com honestidade e coragem.
Recomendo pra quem como eu quer começar a ler mais literatura brasileira.

Raquel 14/01/2021

Um homem movido pela culpa e pela confusão
José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva era um menino como qualquer outro criado em Rio Acima, interior do estado de Minas Gerais. Fugia para tomar banho de rio com os amigos e aprontar todo tipo de travessura pela cidade. Parte de uma família extensa, com incontáveis irmãos, o seu mais promissor prognóstico era o de tocar o pequeno comércio da família no futuro.

Contudo, Geraldo era audacioso, e numa tediosa tarde resolveu assombrar todos os seus amigos com uma aposta: faria o trem parar na estação abandonada da cidade, onde havia anos que ele não parava.

Venceu a aposta, porém seu ato não passou sem maiores consequências. E certo de que a desastrosa consequência havia sido sua culpa, resolveu abandonar seu destino antes determinado e entrar para o seminário. Quando sua vida parecia ter finalmente entrado nos eixos, uma enorme confusão em Mariana, cidade onde ficava o seminário, o fez largar a futura batina e seguir sem rumo pelo estado de Minas Gerais.

Na sua andança sem fim, José Geraldo vai fazendo amigos e recebendo nomes por onde passa, fazendo desta grande obra de Fernando Sabino uma tragicomédia da melhor qualidade. Em sua narrativa, o autor conversa sem papas na língua com o leitor. Expõe seus pontos de vista, seus medos e suas desconfianças, compondo um livro divertidíssimo, pare se ler rindo e terminar chorando.