Resenhas - Shalimar, o equilibrista

Matheus842 19/07/2023

Na Corda Bamba da Vida
A obra fictícia tem como pano de fundo marcantes e concretos conflitos internacionais e regionais, desenrola-se ao longo do século passado e explicita os confrontos entre a vida pública e a vida privada. A maior parte de seu enredo aborda a questão da Caxemira ao narrar a vida humana em uma aldeia dessa nação, onde as culturas mulçumana e hindu amalgamam-se. O livro não segue uma sequência cronológica na exposição dos dilemas das vidas cujas histórias narra. Os fatos são apresentados ao leitor em uma ordem a qual reforça as impressões que despertam em quem lê. Da luta contra o nazifascismo ao estabelecimento do imperialismo estadunidense, o livro encadeia uma série de acontecimentos que interligam as intimidades e as ambições da vida pessoal com os sentimentos nacionais e com os desacordos políticos. Ao lê-lo, é-se exposto às reflexões mais profundas acerca da realidade humana: a relação do homem com a natureza, a sobrevivência das culturas locais frente aos poderes globais, a matéria do amor romântico, a intolerância religiosa, o preconceito racial, o nascimento do terrorismo no mundo moderno, as relações assimétricas entre os Estados soberanos.

Luiz.Goulart 12/01/2023

O insuperável Rushdie acerta novamente
O 10º livro que li de Salman Rushdie e que curiosamente aborda o mesmo tema do livro da sua conterrânea Arundhati Roy: os conflitos na Caxemira. Como sempre, Rushdie dá um show sem se desviar do seu característico humor fino, tornando este um dos seus melhores trabalhos. Uma história épica de amor e vingança em meio a revoluções, atentados políticos, xenofobia, limpezas étnicas e tabus religiosos que transcorrem em sessenta anos no século XX. O relato tem início com a paixão súbita e proibida de um embaixador americano na Índia por uma bela dançarina da Caxemira, o que desencadeia acontecimentos trágicos.

site: http://chacais-sempre-espreitam.blogspot.com/

Luiz 04/12/2022

As voltas que a vida dá?
Dividido em 5 partes, o livro é caudaloso e cheio de personagens secundários interessantes. Aqui vamos encontrar um ficção rica e imbricada por história e política. E nessa viagem têmporo-espacial tem Estrasburgo, Segunda Guerra, Estados Unidos, Caxemira, Paquistão? No fim, uma história de amor, ódio, vingança, guerra, religião, fundamentalismo, coragem e covardia. O universo é a cidade, por menor que ela seja.
E se é tão bom, não merecia 5 estrelas? Bem, a última parte é abaixo das demais, não compromete mas ainda bem estava terminando?
Ficam personagens bem desenhados, com nuances psicológicas, sem um desenho simplificado, onde as decisões ocorrem e o maniqueísmo passa longe. E por isso mesmo a vida é rica e as rupturas, necessárias. E o autor não se furtou a tomar suas posições.

Biblioteca Álvaro Guerra 12/06/2019

Shalimar, O Equilibrista (Brasil) ou Shalimar, o Palhaço é uma obra de ficção de Salman Rushdie publicada em 2005 e que conta a história do personagem Shalimar, da infância à morte, da sua carreira como artista a assassino profissional, tendo em foco em quatro personagens fundamentais: Índia/Caxemira, Boonyi, Max, e o próprio Shalimar. O livro não segue a ordem cronológica dos eventos e inicia-se com um misterioso assassinato que se desvenda ao longo do romance.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8535906746

Valério 20/11/2017

Muito bom
Um livro bem escrito, com uma história tocante. Vingança, amor, reviravoltas.
Li também "Versos satânicos". E, honestamente, a impressão que fica é que o sucesso de "versos.." se deve muito mais à Jihad imposta à Salman em razão deste livro do que sua qualidade literária.
Já "Shalimar, o equilibrista" padece do mal contrário: Não anagaria o sucesso que merecia. Uma pena.
Espero que essa resenha possa arrecadar alguns leitores a mais para "Shalimar", que a princípio pensavam em ler "Versos Satânicos".

Priscilla Akao 12/01/2017

Resistência
Rushdie é um magnífico contador de histórias. A Resistência Francesa durante a Segunda Guerra se mescla com a resistência da Caxemira . Contra o Nazismo , contra o ISIS e toda intolerância e ódio que trazem contra a liberdade de expressão e pensamento. Não foi por acaso que Rushdie foi ameaçado de morte pelos muçulmanos. Ele tenta levantar o véu e revelar ao mundo ocidental a escuridão que nos ameaça.

Lance 14/02/2012

Boa surpresa
Um dos melhores livros dele desde o Último Suspiro do mouro, talvez o melhor. Mas, como sempre quando se trata desse autor, alguns momentos que deveria ter sido deixados fora, em especial os capitulos sobre o 'herói' da resistência francesa. Mas vale a pena.