Leonardo Lemes 19/07/2022
AMITYVILLE
Entre o ceticismo e o anticeticismo ? depende da crença do leitor ?, a história sobre uma residência e as duas famílias que viveram no local, apresenta relatos verossímeis que podem ser conferidos por terceiros, pela mídia e pelos próprios residentes. Jay Anson, autor e pesquisador do caso, discorre que outras pessoas sentiram a presença do sobrenatural na casa, além da família Lutz e do DeFeo que assassinou os pais e os irmãos enquanto dormiam. Por se tratar de um relato em terceira pessoa, floreado com elementos narrativos, a opressão física e psíquica descrita aos Lutz, torna-se crua. Contudo, os discursos de especialistas no assunto (padres, médiuns, pesquisadores, parapsicólogos etc) conseguem validar a presença do mal no terreno ao contato direto. Amityville tem uma típica narrativa de casa assombrada com terror psicológico, o que a difere de outras, são os fatos explorados e a presença do benefício da dúvida. "Quanto mais racional a explicação, menos sustentável nos parece. E o caso a que chamei de Horror em Amityville continua sendo um daqueles tenebrosos mistérios que desafiam nossa concepção convencional do mundo."