Maria Clara 02/02/2020
Um livro protestante resenhado por uma católica.
Dá pra conciliar?
A resposta é não. Não dá.
Li consciente do papel de fundo religioso, mas queria lê-lo porque me parecia ser um livro modesto e casto, minhas suposições foram confirmadas, pois o é.
Esse livro foi um dos meus favoritos não pelo fundo religioso e nem mesmo pelo romance do casal, na verdade, o que mais gostei no livro foi a confiança e o abandono pleno de Jamie à vontade de Deus em sua vida, isso é algo admirável em qualquer ser humano. Além do mais, Jamie é uma mulher caridosa até à inconveniência.
Então, esses, para mim, são os pontos que descansarão em minha mente: o abandono e a confiança plena em Cristo.
Ótimo. E agora? Por que não dá pra conciliar?
Um certo velhinho, conhecido como o maior teólogo da atualidade chamado Joseph Ratzinger, dizia que as obras e manifestações protestantes devem ser evitadas porque podem haver heresias no meio e nós, meros leitores de rótulos de supermercado, não os identificaríamos. Eu escolho as minhas batalhas. Confio 100% no que meu velho diz e confio porque é a Verdade.
Não o lerei novamente, nem assistirei ao filme.
Não me arrependo de tê-lo lido também (mas o porquê você vai descobrir logo), apenas sei que não devo repiti-lo e, isso, é suficiente.
Também não pretendo comprar ou credibilizar qualquer outro romance protestante, porque sou católica.
Mas não digo isso com raiva ou rancor, simplesmente sei que ali não é o meu lugar. Para o autor (que não está nem aí pra isso hahaha) e admiradores do livro (e qualquer outra categoria) fica aqui minha conclusão: abandonemo-nos e confiemos no Senhor, não porque Jamie Sullivan o fez (no livro), mas porque ela não deveria me lembrar disso e muito menos lembrar você... isso deveria estar tatuado nos nossos corações, pois só quando nos entregamos, humildemente, aos desígnios de Deus, é que poderemos ser menos medíocres e quem sabe? até mesmo santos!
Fiquem com o bom Deus.