As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Camila 06/06/2022

Desafiador
Um texto completamente diferente de tudo que já li um dia.
Uma leitura verdadeiramente desafiadora pela sua estrutura e caminhar de pensamento.
A história de três jovens garotas, moradoras de um mesmo pensionato, envolvidas cada qual com seu conflito pessoal e ao mesmo tempo com os conflitos das demais.
Uma história que transita pelo fluxo de ações e pensamentos de cada uma delas com uma fluidez que muitas vezes nosso pensamento falha ao acompanhar.
Um texto perfeito que traz menos respostas do que gostaríamos, mas que nos entrega um detalhamento interessante de muitas situações.
Certamente encontrarei com esse texto novamente para uma nova leitura.
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Noemia 05/06/2022

O que o medo faz com as pessoas
"Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo. Imaginamos consequências, censuras, sofrimentos que talvez não venham nunca e assim fugimos ao que é mais vital, mais profundo, mais vivo."

Acho que dentre tantos trechos magníficos, este se destaca por dizer muito do que me ficou dessa leitura - que ainda estou processando.

O livro é famoso pela sua técnica narrativa e por descrever um relato de tortura (baseado num caso real) durante o ápice da ditadura militar no país. Mas, concluída a leitura, o que me chamou mais a atenção foi a forma como Lygia tratou a influência desse período de medo e insegurança na subjetividade das personagens. O foco aqui não é a repressão em si, mas o que ela faz com as pessoas.

Lorena, Lia e Ana Clara. Três personagens cheias de sonhos, medos, defeitos e algumas hipocrisias. Extremamente humanas, como não podia deixar de ser. Tive raiva delas em alguns momentos, em outros quis abraçá-las.

Que honra ler uma escritora grandiosa e corajosa como Lygia.
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Cintia295 05/06/2022

A época em que o livro foi escrito sobre o é retratado sem dúvida nenhuma Lygia arrasou como sempre.
Temas pesados, cenas fortes, sofrimento, ambições, amizades, amores, dinheiro, vaidade, dilemas, fala de tudo um pouco.
Agora a minha opinião de leitora, foi super rápido, o fluxo de consciência das personagens as vezes me deixava meio perdida, não sabia quem era quem kkkk.
Me incomodou bastante (questão pessoal) a autora usar muitas palavras no diminutivo nossaaaaa.
Apesar de tudo isso é um livro que vale muito a pena dar uma chance.
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Tina Lilian Azevedo 03/06/2022

Magnum Opus da Literatura Brasileira
Lygia Fagundes Telles relata em entrevista que chorou quando terminou de escrever este livro pois achou difícil se despedir das personagens. Eu não chorei, mas resisti a dar esta leitura por concluída. Demorei a dar por encerrada minha incursão no Pensionato Nossa Senhora de Fátima e na mente das três protagonistas - Lorena, Lia e Ana Clara. O que caracteriza um clássico é sua constante atualidade. Lygia, nesta obra magnífica, nos fala de acontecimentos passados em dois dias da vida destas jovens no ano de 1970, porém, as temáticas e os problemas que as envolvem são atuais. A opressão dos valores da "tradicional família brasileira"; a violência sexual contra crianças; o tabu inerente à masturbação; o aborto clandestino; o abandono familiar; o abuso de entorpecentes como fuga de uma realidade massacrante; enfim, a história se passa em 1970, mas modificado alguns elementos poderia ser hoje, sobretudo em tempos de saudosismos da famigerada ditadura brasileira. A narrativa, feita em fluxo de pensamento, nos conta a vida destas três meninas, jovens universitárias e suas vidas díspares mas que se entrelaçam. Tão diferentes entre si, mas que se complementam. É uma escrita magistral que condensa estilos e cria o seu próprio estilo. O estilo Lygia Fagundes Telles, único na literatura brasileira e merecedor de todos os elogios que lhe são destinados. Vou ler novamente, estudar a obra e, pretendo ler textos de referência de pesquisadores. Com certeza, darei de presente, especialmente àqueles que dizem não gostar de literatura brasileira. E, pretendo ler as demais obras da autora. Minha preferida, dentre todos os escritores brasileiros.
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Ju Harue 03/06/2022

A forma como a escrita da autora me pegou - o famoso fluxo de consciência - foi interessante, embora muitas vezes, me sentisse um pouco perdida nas metáforas, sentia também que havia algo a mais ali, não consegui parar de ler. Essa foi a experiência da minha primeira leitura da famosíssima Lygia Fagundes Telles.
A plurissignificação que misturava o presente com o passado, pensamentos e situações vividas, me fez lembrar um pouco de Clarice, Jeferson Tenório - foi empolgante... Sentia que tudo fazia parte de um só dia, de um só momento na vida das três personagens (depois vim a saber que talvez sejam dois dias mesmo, no posfácio de Cristovão Tezza na edição de 2009 da Companhia das Letras).
Estas, personagens que me fizeram concordar em algumas coisas, ver poeticamente de uma forma outras e na mesma hora ter asco dos preconceitos escancarados, para logo em seguida tomar um soco no estômago por alguma tragédia vivenciada, sem contar o período externo, a realidade da sociedade refletida na vida de Lorena, Lia e Ana Clara. O final, para mim, foi o famoso inesperado já esperado, condizente com a realidade porém eu não achava que veríamos isso aqui.
A coragem de Lygia de falar sobre tudo que ocorria na época, de ter publicado em 73 mesmo, torna-o ainda mais significativo, potente e devastador. Ela foi a primeira autora a ousar publicar sobre as torturas da ditadura, que diga-se, foi inserida na obra com maestria. No livro também fala sobre tabus e preconceitos pertinentes na época (e que infelizmente perpetuam até hoje) de forma incômoda, escancarada e real. Enfim, eu gostei bastante da leitura, foi um ótimo primeiro contato, me fazendo querer ler mais da autora.

"Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim."
Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 04/06/2022minha estante
Ai fiquei até mais animada depois dessa resenha!


Ju Harue 05/06/2022minha estante
E eu animada para participar do PL hehehehe ?.




Gabi 31/05/2022

Assim gente, vamos ser sinceros? Se arrependimento matasse...eu não teria criticado essa OBRA PRIMA, se soubesse o quão bom ficaria a medida que ia lendo.
É sensacional, o joguete que a autora faz com fluxo de consciência, narração em primeira, terceira pessoa, e por outro, as transferências sutis de narração entre as personagens é de tirar o fôlego, sem mais. Acompanhar o raciocínio que Teles estabeleceu no decurso da história é tarefa difícil e te auxilia a raciocinar, sem falar nas entrelinhas tão disfarçadas, fazendo com você pegue o contexto por datas, passagens que autora coloca como pistas de um jogo de verdades. Esse livro me chocou muito. O plot é esperado? Não digo esperado, mas algo que já é de conhecimento social que acontece, cotidianamente.
Recomendo que leiam, uma obra brasileira de peso.
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#Anafox 16/05/2022

Que fluxo é esse?
Pra quem já leu Saramago, nem era pra estranhar?, mas sim, a leitura causa um estranhamento já que nossa Lygia Fagundes Telles nos apresenta um texto do ponto de vista de três personagens, e um narrador, eventualmente. Três amigas de origens bem diferentes entre si, que convivem num pensionato, são as personagens principais que nos narram alguns breves momentos de suas histórias. O enredo se desenvolve de forma que nos permite acompanhar o fluxo de pensamento de cada uma, o que por vezes é quase enlouquecedor, e noutras é tão íntimo de como pensamos... Até se acostumar com a troca súbita de narrador a leitura é um pouco cansativa, mas é sensacional como Lygia faz essa troca, sem nos avisar, mas dando a pista. Tive a sensação de que o tempo não passava, como se tudo acontecesse num só dia. Enfim, recomendo! Mas leia a sinopse antes, vai facilitar a vida ?
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Kecia.Viana 16/05/2022

Terei que reler
Linguagem fácil, bons personagens e uma coragem enorme da Lygia em escrever essa história em plena ditadura.

Mas infelizmente eu não consegui acompanhar as 3 narradoras e o fluxo de consciência.

Deveria ter parado para ler em outro momento...

Terei que reler!
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VictAria 15/05/2022

é um ótimo livro. daqueles que o objetivo é gostar da leitura em si, não tanto da história porque é uma história sem o comum ?início-meio-fim?, sem uma narrativa exata. me identifiquei muito com a Lia. é muito interessante a escrita da autora, gosto desse ?fluxo de pensamentos? entre as personagens e o narrador, sem aviso prévio.
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Francisco240 10/05/2022

Ficção se faz com gente
Uma narrativa muito poderosa e ao mesmo tempo impactante, o qual Lígia Fagundes Telles vai discorrer sobre muitos assuntos cascudos como Homossexualismo, libertinagem Liberdade política; e e a narrativa se passa durante o ano de 1969, a ditadura militar no Brasil.
O livro é repleto de fluxo de consciência que tem a troca involuntária de narradores, os quais são quatro tornando o livro um romance polifônico muito interessante.
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boemillys 02/05/2022

Mais um de Lygia
Esse foi o meu segundo romance de Lygia, leitura que resolvi adiantar quando soube de sua morte.

Fiquei encantada com a estrutura narrativa que a autora usa, foi ousado e de um qualidade absurda. Me vi sentindo a mesma empolgação de quando li meu primeiro livro da Lispector, o que fez com que esse livro ganhasse um espaço especial entre os meus queridinhos.

As 4 estrelas se devem ao fato de não ter me conectado como quando li Ciranda de Pedra, acho que a expectativa de um romance parecido acabou interferindo na experiência.
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Juliana 27/04/2022

Importante, relevante, atual e genial
Comecei por indicação de um professor de literatura no YouTube. Coincidentemente emprestei na biblioteca dias antes do falecimento da autora. Meu primeiro livro dela. Li 30-40 páginas e pensei em abandonar. Que difícil! Mas persisti... a história foi melhorando de uma tal maneira que me envolveu completamente! Três jovens mulheres, brasileiras, em 1969, amigas, estudantes universitárias. Três personalidades e realidades sociais totalmente diferentes. Amizade, conversas e pensamentos se misturam através desta técnica incrível, que é o fluxo de consciência, que, se em um determinado trecho, confunde o leitor, no outro, seduz e abraça. A riqueza de conteúdos abordados, a relevância dos temas (atuais, relevantes e importantes até mesmo para os dias de hoje), como a sexualidade feminina, aborto, drogas e liberdade, são colocados de uma forma notável, com maestria. O conteúdo histórico, a ditadura e a repressão no seu auge no Brasil, o primeiro relato de tortura de um preso político numa obra de nossa literatura, fazem com que a obra tenha grande pertinência e valia. Virei fã de Lygia.
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Brenda Rafaele 27/04/2022

Lia, Lorena e Ana Clara, são universitárias em um pensionato religioso. O livro conta a história dessas jovens que são amigas e suas vidas são entrelaçam pela convivência e pelo compartilhamento de problemas.
O enredo é focado na busca pela felicidade, nas desilusões, nas paixões e nas angústias dessas três jovens.
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Lucikelly.Oliveira 26/04/2022

Perfeito
Final surpreendente! Eu fiquei mto surpresa positivamente com o livro e como a autora desenvolveu os personagens principais.
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Vinder 26/04/2022

Primeiro livro que leio da Lygia Fagundes Telles e já quero ler os próximos. Leitura agradável, forte e impactante.
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