Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


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jpbattisti 07/10/2015

Amo e odeio Victor Hugo
Uma leitura hora técnica, hora narrativa. Quando técnica, prolixa, quando narrativa, imersiva. Essa variante de na escrita torna o livro mais amado e odiado, torna a leitura de cada capítulo indispensável, torna cada linha de texto mais emocionante.
Hora parado, hora agitado. Em cada ação somos levados pra dentro da mente de cada personagem, temos conhecimento de todos os seus pensamentos e entendemos cada uma de suas ações. A ação é suportada pelas Coisas, há a explicação natural e física de tudo, há a ciência em cada ato de fé, há a fé em cada demonstração de ciência.
Não há o implausível.
Não prende o leitor como Dan Brown, JK Rowling, CS Lewis, RR Martin ou outros autores que inserem elementos de suporte ou terminam cada capítulo como se fosse o final de um seriado televisivo. Tem que querer continuar, tem que querer ler mais, a leitura é massiva mas ao mesmo tempo apaixonante, monótona mas imersiva, prolixa mas necessária.
Por fim, considero, dentro da gama de livros que já li, um dos mais imersivos, tão detalhado quanto Os Sertões, tão grandioso quanto O Inferno de Dante, tão apaixonante quanto O Senhor dos Anéis. O local descrito existe, os personagens não existiram, a imersão temporal é real, a história não. O Canal da Mancha passa a ser mais que uma ligação entre França e Inglaterra, o Século XIX é mais do que apenas histórias. Guernsey é um lugar foda e quero ainda visitá-lo, Gilliatt não existiu , mas é, hoje, o melhor personagem que um autor já colocou na minha cabeça.
Passo a amar Victor Hugo, mas odiá-lo mais.
Isso é Os Trabalhadores do Mar
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Bruno 18/07/2015

Inconstante
Anos atrás tentei ler esse livro e, por algum motivo que não me recordava, desisti.

Pois bem, eis que resolvo dar uma nova chance ao mesmo, na dúvida de por que resolvi desistir de sua leitura. E me surpreendo com a qualidade do primeiro terço do livro. Ele tem um início extremamente prazeiroso. Apesar de tratar-se somente da personificação dos personagens - o grosso da história em si só começa a ser contado depois de mais de cem páginas de leitura - essa personificação é de uma ironia e humor deliciosos, nos quais é impossível não sorrir frente às situações em que o autor coloca seus personagens.

Infelizmente, o romance não segue essa linha de narrativa até o fim. Se o fizesse, sem dúvidas figuraria na lista de grandes títulos que tive o prazer de ler. Ao fim dessa 'introdução' e o começo 'pra valer' da história, o autor mostra-se um autêntico expoente da literatura romântica: Páginas e mais páginas, capítulos e mais capítulos de descrições vazias e metáforas que só postergam o desenrolar da história. Ideias que poderiam ser passadas em dois ou três parágrafos são arrastadas por cinco, oito, dez páginas.

Tudo isso poderia ser perdoado (em parte) se o desfecho da história fosse mais interessante. Infelizmente não o é. Apesar da virada promovida pelo autor, o modo como o fim da história se desenrola, principalmente para o nosso 'herói', é algo tão sem graça que deixa um sabor amargo ao fim da leitura.

Enfim. Uma obra que se inicia com um enorme potencial, que é desperdiçado do meio para o final. Caso você goste dessa escola literária, talvez a leitura valha a pena. Caso contrário, existem outras obras sobre o homem versus a natureza muito mais interessantes (e filosóficas) do que essa aqui. Hemingway ("O Velho e o Mar) é uma boa pedida.

Possui um início genial. E um final medíocre.
Anne 07/07/2016minha estante
Perfeito, descreveu exatamente o que penso




Viviane 02/06/2015

Homem X Natureza
Esse livro me marcou profundamente. Victor Hugo consegue , logo no início, despertar nossa curiosidade com uma apresentação magistral de Gilliat e Derruchete. O caminho, os pezinhos dela e o nome de Gilliat gravados na neve. Esse livro deve ser degustado com paciência, saboreando cada descrição dos personagens e de suas belíssimas paisagens. Pura poesia em forma de prosa que deixou em mim marcas indeléveis.
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Daniel Rolim 17/10/2014

Victor Hugo certamente não influenciou Walt Disney, então não esperem que tudo ocorra às mil maravilhas, que o bem vença o mal e tudo o mais. O que o autor quer nos passar é que, independentemente de nossas atitudes e do que fazemos para superar os obstáculos que nos advém, há sempre o acaso, esse deus imparcial, pra modificar o que esperamos da vida. Assim é que funcionam as coisas, ao contrário do mundo perfeito de Disney, e é isto que faz a vida não ser maçante e ter graça.
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Fernanda 12/09/2014

"Trabalhadores do Mar" é a história de um homem disposto a aplicar um grande golpe, de um homem de honra e posses que vai à falência pela vingança de outro e de um terceiro ser, insignificante aos olhos dos outros e que fará de tudo para ser o herói dessa trama.


site: http://duosimplicantes.blogspot.com.br/2014/08/os-trabalhadores-do-mar-de-victor-hugo.html
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DIÓGENES ARAÚJO 27/08/2014

Genial
Impossível ler um livro de Victor Hugo e não se impressionar com a capacidade narrativa do autor. Sem dúvidas um dos melhores dele.
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Leila Marisa 30/07/2014

Homenagem para minha filha Isabelly Marisa.
Isabelly...., é uma criaturinha...., que se
pudessemos ve-la como realmente é,
em vez de menina, mostrar-se-ia
pássaro. Imagina que a tem em casa,
supõe que é Isabelly. deliciosa
criatura! dá vontade dizer: Bom dia,
mademoiselle alvéloa. não se vêem
asas, mas ouve-se-lhe o gorjeio. canta
as vezes, tem mistérios aquele
canto. Pensa-se ao ve-la: que boa que
ela é em não bater as asas para ir-se
embora! A meiga e familiar criatura
acomoda-se em casa, de ramo em
ramo, isto é de quarto em quarto,
entra, sai, acerca-se, afasta-se, alisa as
penas, ou penteia os cabelos, faz
toda espécie de rumores delicados,
murmura um não sei que de inefável
aos teus ouvidos. há uma porção
celeste nessa menina. Alegras-te por
vê-la tão esquiva, tão ligeira, tão
fugitiva; agradece-lhe a bondade de
não ser invisível, ela, que poderia,
creio eu, ser impalpavel. Neste
mundo o lindo é necessário. Há
poucas funções tão importantes
como esta de ser encantadora. exalar
alegrias, irradiar venturas, possuir no
meio das coisas sombrias uma
transudação de luz, ser
o dourado do destino, a harmonia, a
graça, é favorecer-te. A beleza basta
ser bela para fazer-te o bem. Há
criaturas que tem consigo a magia de
fascinar tudo quanto a rodeia; as
vezes nem ela mesmo o sabe, e é
quando o prestígio é mais poderoso;
a sua presença ilumina, o seu contato
aquece, se ela passa, ficas contente, se
pára, és feliz; contemplá-la é viver; é a
aurora com figura humana; não faz
nada, nada que não seja estar
presente, e é quanto basta para
endenizar o lar doméstico; de todos
os poros sai-lhe um paraíso; é um
êxtase que ela distribui aos outros,
sem mais trabalho que o de respirar
junto á nós; tem um sorriso que
ninguém sabe a razão, diminui o peso
da cadeia enorme arrastada em
comum por todos os viventes, que
queres que te diga? É divino.
A Isabelly tem este sorriso.
Te Amo menina, você é minha vida.
De: Leila Marisa Martins,
para minha adorada filha:
Isabelly Marisa Martins.
*Obs: contém trechos do livro: Os
trabalhadores do mar, de Vitor Hugo.*
30/07/2014
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Rahmati 09/07/2014

A realidade de Victor Hugo

Ler Victor Hugo não pode ser considerado um ato de entretenimento, eu acho; é, antes, uma experiência. Para mim, é perfeitamente clara a diferença entre ele, enquanto escritor, e outros autores, enquanto contadores de histórias. É o tipo de escritor que consegue construir uma obra relevante e interessante sobre qualquer coisa, ou sobre o nada. E sim, consegue, no presente, porque é imortal. Ler Victor Hugo é como ouvi-lo nos falar, dissertar sobre a natureza das coisas, e perceber não ter qualquer argumento para rebatê-lo.

Os Trabalhadores do Mar é aquela que alguns dizem ser sua obra-prima. Outros defendem ser, naturalmente, Os Miseráveis, a mais midiática talvez, e outros ainda Nossa Senhora de Paris, mais conhecida como O Corcunda de Notre-Dame, mas eu, particularmente, duvido que ele tenha alguma obra menos melhor que a outra. Ainda não li as outras - pecado que pretendo reparar em breve -, mas essa que acabei de ler é, sem dúvida, uma das melhores ficções não fantásticas (no sentido da FC&F) que li em minha vida.

Não bastasse ser um excelente filósofo, por assim dizer; um excelente observador da vida e de igual perícia em descrevê-la com palavras; ele é, ainda, um ótimo narrador da ação, quando ela toma espaço na história. Tem perfeito domínio do que quer causar em seu leitor, seja admiração, espanto, desilusão ou nervosismo - como na cena com a pieuvre; quem leu há de saber. Sem dúvida, era algo que eu não esperava, e causou uma tensão terrível e magistralmente construída.

Do meio para o final do livro, da forma em que a história se desenvolve, eu já imaginava que o final não poderia ser exatamente feliz, mas de forma alguma previa a virada do rumo das coisas daquela maneira. Não que tenha sido triste, ou errado; apenas foi um final real - que é exatamente o que mais gosto nas histórias, seja lá de qual forma ela forem contadas. A escrita de Victor Hugo parece ser a vida real em sua essência, com os seus melhores e piores aspectos, como se, por uma mágica, ela fosse transportada para o papel.

E, afinal, talvez seja mesmo isso o que ele fez - o que ele faz: mágica. Ele apenas nos engana ao escrever; o que em verdade faz é criar um portal temporal que nos leva diretamente àquela realidade, filtrada por seus olhos para que pareça ainda mais real, bela e admirável.

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Alessandro232 20/04/2014

O homem versus Natureza na visão romântica de Victor Hugo
Menos conhecido que outros romances que integram uma trilogia temática sobre a fatalidade, constituída por Os Miseráveis e O Corcunda de Notre Dame, Os trabalhadores do mar,também atesta as qualidades da escrita de Hugo,um dos grandes romanticistas do século IXI e grande expoente do romantismo na França. Assim como as outras obras, Hugo por meio de uma escrita exuberante, cheia de metáforas investe na criação que um romance que, aparentemente, sob o formato de uma história de aventura marítima, traz interessantes reflexões sobre o conflito entre o homem e a Natureza. É em suas descrições de elementos da Natureza, que aparecem sempre como algo sublime, vivo e em movimento, às vezes, impossível de serem alcançados e, até mesmo difíceis de serem derrotados pelo homem, que se encontra um dos maiores atrativos dessa obra de Hugo. Além disso, o sentimento do protagonista, Gilliat, que também representa o homem Natureza, por sua amada, Dereuchétte, a personificação da mulher etérea e inacessível, bem ao gosto do românticos, remete ao amor cortês espiritual que tem suas origens na literatura medieval. Assim como em outras obras, o final é de uma ironia cortante, capaz de comover o leitor e reforça os elementos românticos de seu enredo. Além disso, em algumas passagens, o romance remete ao exílio do próprio Hugo, isolado pelo mar e seus segredos fascinantes e assustadores ao mesmo tempo, conforme atesta este clássico da literatura.
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Zana 11/03/2014

Não convence!
Em uma tradução talvez se perca, altere ou se modifique algo do original, devido à barreira da língua, sentido linguístico, ou mesmo quem sabe, devido ao próprio tradutor. Contudo, se assim for, as características e particularidades de Victor Hugo estão impecavelmente reconhecíveis em "Os Trabalhadores do Mar”, cuja tradução coube ao conhecido Machado de Assis.

Tomando como base “Os Miseráveis” (primeiro livro que li do autor sob a tradução de Martin Claret) em um comparativo, percebe-se que mesmo em menor intensidade, o apego de Hugo a minúcias, devaneios e apartes também está presente em "Os Trabalhadores do Mar", características que já reconheço como indubitáveis ao autor. Esses atributos não contribuem para uma leitura fluida, embora, essa morosidade termine por ser ofuscada pela admirável capacidade narrativa do autor. Apesar de "Os Trabalhadores do Mar” ser considerado por muitos críticos e leitores como a verdadeira obra-prima de Victor Hugo, a meu ver não chega aos pés de “Os Miseráveis”, nem de longe é tão intenso e marcante.

Como o título encerra, a história do livro envolve personagens e costumes do mar de uma pequena ilha chamada Guernesey, situada na Normandia, local utilizado por Hugo para viver seu auto imposto exílio. O livro conta a história de Gilliat, um jovem trabalhador repudiado pela comunidade em que vive, apaixonado por Déruchette, a linda sobrinha do armador Lethierry. Para viver esse amor impossível, Gilliat, enfrenta um duelo com a natureza para recuperar o motor do navio a vapor naufragado de Lethierry, um grande invento da época.

Os núcleos de personagens masculinos são destaque na trama, enquanto os femininos quase inexistem. Para esta leitora Victor Hugo é bom em qualquer circunstância, mas depois de rotular “Os Miseráveis” como um dos melhores livros já lido confesso que "Os Trabalhadores do Mar" não convenceu.
Luciana.Rabelo 26/09/2019minha estante
Para mim também Os miseráveis é a obra-prima de Vitor Hugo.




DIÓGENES ARAÚJO 01/10/2013

Genial
Impossível ler um livro de Victor Hugo e não se impressionar com a capacidade narrativa do autor. Sem dúvidas um dos melhores dele.
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Bells 17/08/2013

Obra Emocionante
Minha primeira experiencia com Victor Hugo, Sua escrita nos aproxima muito dele, como uma especie de intimidade amistosa; Um livro agitado, que não apenas conta a história de Gilliath, mas os pensamentos do autor em diversos assuntos. Um livro para emocionar no fim,uma linda história sobre a capacidade humana e seus limites.
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Dose Literária 28/07/2013

Mais um "cinematográfico" Victor Hugo
Victor Hugo continua bastante “cinematográfico” para mim. A própria escolha da “gente do mar” para contar suas histórias já dá mais profundidade à obra. As viagens ao mar permitiam literalmente ir além do horizonte, conhecendo o mundo, relativizando suas verdades culturais. Que caldo mais nobre para o fortalecimento da alma humana?
Seu desenrolar das histórias em diferentes núcleos de personagens que se cruzam (que comentem em resenhas anteriores), faz com que se crie uma espécie de cumplicidade com o leitor. Assim, ele pode num capítulo descrever um vulto, com uma determinada roupa, que desempenha determinadas atividades, sem nunca citar qual o personagem, mas com a certeza de que sabemos qual é , e de que continuamos no “fio” da história. O ambiente inteiro é descrito, sem que esta exposição seja enfadonha. Você conseguirá sentir a brisa, o cheiro de mar, a rispidez do solo, o ferimento numa pedra pontiaguda, a dificuldade de uma peripécia...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/05/mais-um-cinematografico-victor-hugo.html
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