Tina 31/01/2023
As facetas do amor na Idade Média
'O Corcunda de Notre-Dame' foi meu debut com Victor Hugo. Posso dizer que o livro não é nada, mas absolutamente NADA parecido com o que eu pintei na minha imaginação. Aqui, temos uma história triste, muito trágica, e em certos trechos, maçante. Victor utiliza muitas referências a filósofos, sociólogos, arquitetos, e grandes nomes da história, chegando a citar inclusive Fernando Pessoa. Dessa forma, temos muitas notas de rodapé com explicações, sem falar nos trechos em latim ou em francês que necessitam de tradução. Sendo assim, é praticamente impossível sentar e ler, por exemplo, 100 páginas sem parar, portanto a história não flui tão bem assim. Porém, contudo, entretanto, não deixa de ter seus méritos e de fisgar o leitor em certos momentos muito marcantes. Acompanhamos Quasímodo, o corcunda; Dom Claude Frollo, pai adotivo de Quasímodo e arquidiácono de Notre-Dame; a Esmeralda, cigana cativante que alegra as ruas da Paris da Idade Média, juntamente com Djali, sua cabra; acrescente Pierre Gringoire, Phoebus, Chantefleurie, o rei da França e por fim Jehan Frollo, irmão de Claude, e temos os personagens mais importantes. Com uma trama que inicialmente parece não ter pé nem cabeça, nos surpreendemos com o final e o coração chega até a doer com tamanha tristeza. Claude, Quasímodo, Phoebus e Esmeralda nos apresentam o amor em suas mais diversas facetas, principalmente aquele amor que não é correspondido, mas que perdura até a morte.