Os duelistas

Os duelistas Joseph Conrad




Resenhas - Os duelistas


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Claudio.Berlin 24/08/2023

Neuroses
Dois oficiais franceses passam anos de suas vidas em constante interligação por conta de uma desavença inicial.
O general Feraud , um completo desajustado, passa seus anos desafiando o General D'Hubert.
Por uma questão " de honra " o general d' Hubert não consegue se ver livre de Feraud , sempre aceita o duelo .
O que fica claro para mim , é que a neurose de um , precisa da neurose do outro para viver , e vice versa .
Chega a ser quase kafkiano.
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Juliano.Ramos 18/02/2023

Dois capitães resolvem duelar por uma causa que nunca fica clara, em meio uma das guerra do bonapartismo.
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Arthur.Maciel 18/03/2022

Não gostei
Sinceramente não gostei do livro, no começo até eu estava curtindo um pouco, mais acabou ficando uma chatice, Desculpa autor mais eu realmente não Gostei.
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Mara Vanessa Torres 05/03/2021

Honra, inveja e obsessão no caldeirão humano
Adquiri "Os Duelistas" na antiga Livraria Cultura do centro do Rio, na Senador Dantas. Naquele dia, foi a minha primeira opção de compra (li o nome Joseph Conrad e não precisei de mais nada).

Lido e relido, a história do duelo entre os oficiais Féraud e D'Hubert é o espelho de duas mentes humanas: o impetuoso e temperamental Féraud, autoproclamado melhor combatente e sedento por vitória, e o honrado e consciente D'Hubert, que nos conquista pelo caráter e honra, pagando um preço caro ~ mais de 15 anos ~ por ter se deixado levar pela sandice de outro.

Na trama, os dois oficiais vivem se desafiando em uma disputa pessoal sem fim, iniciada por uma tolice e finalizada, anos depois, pela consciência de D'Hubert. O que pode começar uma obsessão? Qualquer coisa, evidentemente. No entanto, para encerrá-la... Os problemas são muito maiores.

Há reflexões sobre o projeto expansionista de Napoleão (a famosa loucura dos déspotas), sobre guerra e política. E, acima de tudo, sobre o que uma época e seus acontecimentos podem ser capazes de fazer com as pessoas.

Leitura excelente! Para quem acredita e espalha por aí que clássicos não devem ser leitura obrigatória, só posso desejar que passe um final de semana com livros clássicos como "Os Duelistas". Difícil demais não se apaixonar.

site: Instagram: @abyssal_waters
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Georgeton.Leal 22/11/2020

O eterno embate do duplo
De todas as obras que já li no tocante à famosa "questão do duplo", esta se tornou uma das minhas preferidas. É intrigante a obsessão de Féraud e D'Hubert no interminável embate que nunca chega a uma conclusão e sempre gera mais conflitos. O plano de fundo tendo como momento histórico a era napoleônica também dá um toque especial à trama, tornando a narrativa bem verossímil. É interessante notar ainda que Conrad demonstra uma habilidade incrível em desenrolar uma ótima história mesmo em uma novela mais curta (a mesma façanha o autor também já fez em outras de suas obras).
Outro elemento bem empregado é a ação, que nos dá aquela sensação de estarmos assistindo a uma produção cinematográfica de época (ao mesmo tempo, estou fazendo também referência ao filme homônimo dirigido por Ridley Scott). Cada capítulo nos traz novas surpresas e reviravoltas que vão colidindo com as expectativas dos personagens no decorrer dos anos que se passam, chegando a um clímax satisfatório no final. Este é um livro que certamente vale a pena ser relido!

site: https://senso-literario.blogspot.com/2022/02/o-eterno-embate-do-duplo.html
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jota 24/03/2017

O bom soldado e o bruto...
A novela Os Duelistas foi escrita em 1908 mas se passa durante a era napoleônica e coloca em oposição dois tenentes hussardos: Feraud e Hubert. São tantas as diferenças que Joseph Conrad (1857-1924) coloca entre os dois personagens (diferenças físicas, de origem social, de temperamento, psicológicas etc.) que as coisas só poderiam mesmo terminar em duelo. Não apenas em um duelo, mas vários, não em sequência, mas ao longo de quinze anos.

O tenente Hubert pensa em sua carreira militar, é metódico, tranquilo, racional. Feraud gosta de lutar, tem o sangue quente, é bruto, se mete facilmente em encrencas. Ao tirar Feraud de uma delas, instruído por ordens superiores, Hubert ganha um inimigo para o resto da vida. A partir daí tem início o primeiro duelo de uma série entre os dois. Ainda que os duelos fossem proibidos pelo exército francês e que intimamente Hubert se sentisse mal aceitando o desafio de alguém como Feraud, um sujeito irracional, duelar era uma questão de honra então.

Ocorrem tentativas para que os dois esqueçam as diferenças, se tornem amigos, mas devido à personalidade doentia de Feraud elas são infrutíferas. E sem as desavenças não haveria esta história, certo? Assim o tempo vai passando e toda vez que aparece uma oportunidade Feraud manda emissários a Hubert propondo um novo duelo. Saindo deles sempre vivo mas perdedor, nunca se sente suficientemente vingado pelas ofensas infligidas pelo outro: é assim que ele vê as coisas, completamente deturpadas.

Hubert começa a ficar cansado dessa guerra particular, melhor, de ter sua vida praticamente dirigida por um lunático, sente crescer dentro de si a vontade de matar o pérfido Feraud. Mas numa ocasião chega a interceder pelo inimigo, sem que ele soubesse, para salvá-lo da prisão militar. É claro que mais tarde irá se arrepender amargamente dessa ajuda, pois Feraud não se emenda jamais.

Por volta dos quarenta anos, justamente quando estava prestes a se casar com uma bela jovem, recebe através de dois companheiros de Feraud uma mensagem convocando-o para um novo duelo. Feraud continua ignorando que tem uma dívida para com Hubert e nesse ponto Os Duelistas se torna bastante empolgante: o último duelo está para acontecer.

Agora Hubert e Feraud vão duelar não mais com espadas, como sempre fizeram, mas com pistolas. É o duelo final, que deve terminar com um deles morto. Quem vencerá: o bom ou o bruto? Façam suas apostas, senhores e depois leiam Os Duelistas, que não se arrependerão.

Lido entre 21 e 24/03/2017. Minha avaliação: 4,5.
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Pateta 10/07/2016

DUAS FACES DA MOEDA
Para alguns, o objeto do seu ódio torna-se a única razão para viver. Assim, sem perceber, perseguem o suicídio quando tentando aniquilar o que dá sentido às suas vidas.
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Ricardo Santos 09/06/2016

Duelo fascinante
Conrad eleva a ficção de aventura, assim como le Carré faz com o suspense, Chandler com o policial e Gene Wolfe com a fantasia. Nesta novela, habilidosamente, Conrad transforma os duelos entre dois oficiais de Napoleão, travados ao longo de 15 anos, num texto, ao mesmo tempo, ágil e paciente. Não é contraditório. É uma aula de como parar e avançar uma trama, sem perder o maduro desenvolvimento de personagens e da ambientação, tudo muito rico, com detalhes que mostram, sem excessos, conhecimento de causa da vida militar e da atmosfera dos salões, das cidades, da natureza. O autor não se interessa muito pelos duelos em si, sempre descritos de maneira rápida, mesmo com bastante energia. O mais importante são a expectativa e as consequências desses embates. Talvez o único defeito do livro seja a visão sobre as mulheres, sempre caprichosas, indefesas, delicadas, impertinentes. A tradução está muito elegante. Há um belo filme, dirigido por Ridley Scott, bastante fiel à novela.
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Marcos Faria 25/04/2012

É difícil escrever um comentário de “Os duelistas” (L&PM Pocket, 2008) que não seja junguiano. Parece até que Joseph Conrad escreveu a história com um manual de Psicologia Analítica debaixo do braço. Os confrontos de D’Hubert (que nem por um instante deixa dúvidas quanto a quem é o personagem principal, o representante da razão contra os impulsos animais) e Feraud são um caso clássico de conflito entre Persona e Sombra. Até mesmo a sucessão das armas (espada, sabre, habilidades de sobrevivência, pistolas – para não falar no outro duelo, o permanente, das manobras políticas) é uma forma de ilustrar a variação dos arquétipos. Vai assim até a resolução, com D’Hubert absorvendo Feraud e com isso tornando-se capaz de finalmente ser inteiro, casar-se com a mocinha, reconciliar-se consigo mesmo, ser feliz. Só faltou receber alta do terapeuta.

Texto publicado também no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/04/05/meninos-eu-li-21/
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Tito 22/06/2010

Uma insensata e persistente disputa particular em nome da honra entre dois oficiais de cavalaria da Grand Armée de Napoleão.
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GustoPratt 09/09/2009

Joseph Conrad
Os Duelistas comecei a lê-lo e não consigo parar mais. Nossa é de uma leitura muito agradavel mesmo. Olha vale muito a pena conferir e além do mais é o Joseph Conrad.
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