Rashômon

Rashômon Ryunosuke Akutagawa




Resenhas - Rashômon e Outros Contos


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soyumve 18/01/2024

Rashomon
O livro Rashomon e outros contos é - como diz no título- uma coletânea de contos de Akutagawa, um escritor japonês. Sinceramente eu devo admitir que os contos desse livro estavam bem 8 ou 80, ou eles eram muito bons ou eu não aguentava mais ler uma palavra do conto, mas, em sua maioria eles eram bons. O conto que da nome ao livro é o mais excepcional, um conto com características folclóricas de animais falantes e fantasia, com um belo significado por trás. O conto que se sucede, ?dentro do bosque?, particularmente foi meu favorito, esse conto tem um leve lado de investigação, afinal nele aconteceu um crime e nós recebemos a testemunha de várias pessoas que viram aquele crime.
Os contos de modo geral são muito bons, e me deu vontade de conhecer mais da literatura asiática que não seja mangás, manhwas ou quadrinhos de modo geral.
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v de vanisse 16/11/2023

Não é à toa que o cara tem um prêmio com o nome dele
Li esse livro bem uma quatro vezes só no ano de 2023. Muito boooooom!! E cada releitura foi bastante necessária, porque certas coisas eu não peguei de primeira.
Vou guardar esse livro pra sempre, foi bastante necessário pra mim.
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Caroline Vital 25/10/2023

Lido em 2018
Gostei, fui ler por conta de Kurosawa. Alguns contos achei bem arrastados, mas no geral é uma boa leitura.
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tassiane 30/08/2023

Contos!
Confesso que eu não era grande fã de contos, e esse ano decidi ler os livros dos poetas japoneses (por causa de bsd) confesso que achei que rashomon fosse uma história maior e mais detalhada, mas gostei da mesma forma, é um livro rápido e interessante de ler.
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Amanda.Andrade 11/07/2023

Emocional e bastante diferente das literaturas ocidentais
Bem diferente. Inicia com contis bem influenciados e mencionando bastante o cristianismo. Depois vem outros contos mencionando outros autores e por fim os autobiográficos. No geral é bem interessante.
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manu.villa 07/05/2023

Interessante!
Foi a primeira obra que eu li do akutagawa, e sinceramente, gostei bastante da escrita e das histórias
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Mih Vicxin 19/04/2023

Rashomon
Um livro de contos, tinha como dar errado? Não mesmo, esse livro é fascinante eu amo o começo do livro eu me prendi muito la, o fato muito religioso no final me deixou meio fraca de terminar ou não o livro mais eu consegui e foi realmente muito fantástico.
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Marcos606 24/03/2023

Embora tenha se tornado o homônimo do filme de Akira Kurosawa de 1950, Rashomon, tira apenas algumas coisas da história original, como o roubo do quimono e a área moral cinzenta entre a morte e o roubo como tática de sobrevivência. O próprio nome "Rashōmon" vem de uma peça Noh japonesa (c.1420), que foi alterada de seu título correto, "Rajomon", para substituir o último caractere "jo" ("castelo") por "sho" ("vida ”). O enredo em si é totalmente diferente da história de Akutagawa.

Nesta história, o narrador desempenha o papel modernista de apresentar a consciência do servo do começo ao fim. Na verdade, muitos dos eventos são motivados pela interpretação do narrador dos pensamentos do servo, e não pelas ações. É a obra mais curta de Akutagawa e ainda assim continua sendo uma das histórias mais duradouras devido à sua narrativa complexa e matizada do dilema ético enfrentado por muitos em tempos de pobreza.

Como é típico do estilo de Akutagawa, ele fornece menos respostas do que perguntas. Um servo que serviu um samurai durante a maior parte de sua vida deve ser muito versado no código de conduta do samurai, que é muito rigoroso. Na verdade, uma das principais características do código é enfrentar a morte sem hesitação quando necessário. Mas neste caso, Akutagawa permite que o servo tenha uma reação emocional a um ato que parece maligno. É um exagero do ato que ele já pensou em praticar, o roubo. A mulher que arranca cabelos não está apenas desonrando os mortos de quem rouba, mas também negligenciou o possível valor da vida humana em conjunto. O servo vê roubar os mortos como uma atrocidade pior do que roubar os vivos, então suas ações são mais honrosas que as dela.

A mulher, cuja racionalização só se dá pela ameaça à sua vida, admite que se trata de um ato maligno, mas necessário. Ela não faz nenhum mal além de manchar a honra dos mortos. Que outra escolha ela tem? É verdadeiramente uma escolha entre a vida desencantada e a morte. O código de conduta do samurai se aplica quando a situação se torna tão terrível? Alguma moral sobrevive na miséria abjeta? Além disso, a racionalização das ações sobrevive neste reino inferior? Para o servo é um grande salto se tornar um ladrão, mas a mulher parecia entender que não tinha outras opções para começar. O tempo todo a chuva e a escuridão permeiam, dando a esta história uma qualidade deprimida e pessimista.
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TrizRoss 05/02/2023

Maestria e literatura
Akutagawa é um dos maiores escritores japoneses e até hoje suas obras são relevantes e causam reflexões importantes sobre a moralidade. Essa edição conta com duas tradutoras incríveis e muito capazes, uma biografia e análise de sua produção artística bem feitas e complementares à leitura dos contos. Cada narrativa traz questões culturais de épocas diferentes do Japão e questões filosóficas interessantes. Vou falar brevemente dos contos incluídos nessa coletânea, começando com trechos da minha review de "Kappa e o Levante Imaginário" (recomendo muitooo também):

"Rashoumon é um de seus contos mais famosos e o que deu início a sua carreira de escritor. Já é perceptível a habilidade de Akutagawa de abordar temas da ética humana. Mesmo sendo uma história curta, ela traz o dilema de moralidade e o ciclo das pessoas cometendo atos imorais contra as outras só pra acabarem sendo as próximas vítimas, além dos pensamentos internos do servo e as contradições morais dele serem muito bem escritas. Essas contradições fazem sentido, mostrando que o personagem muda dependendo de suas emoções e da situação presente, mais realista do que se ele seguisse uma decisão o conto todo e não a mudasse por nada. Mais um conto que promove reflexão e uma análise completa de páginas e páginas.

(...)

No Matagal é outro dos mais famosos, tendo sido adaptado em filme live action (Rashomon, 1950), possui os aspectos de um mistério de assassinato com um foco na construção das personagens. Cada personagem é uma pessoa própria e com características de personalidade que o leitor consegue diferenciar pelos relatos e deve levar em conta ao analisar o que é verdade ou mentira. Cada detalhe que pode se contradizer só adiciona mais dúvidas do que realmente aconteceu, dos maiores como "quem matou?" até aos menores como "quem estava usando tal cor" e deixam ainda mais interessante de tentar desvendar o mistério (mesmo que não tenha como ter uma resposta definitiva). Até a vítima dá seu testemunho mas não tem como confiar 100% nele, até porque ele era uma pessoa diretamente envolvida que ia deixar as emoções e visões pessoais afetarem a sua versão dos fatos e não conclui todos os misterios em relação aos envolvidos. Esse é um conto que a cada lida você repara em algum detalhe diferente que talvez não tivesse reparado antes, merecendo sua fama."

Memorando: Ryosai Ogata introduz um olhar no contato inicial do cristianismo no Japão e o que as pessoas pensavam dessa nova crença. Tem vários pontos de contraste como ciência x religião ou lealdade a fé x lealdade a família. A parte que a menina ressuscita como um milagre foi ainda mais interessante pois parece algo que teria na bíblia, mas ao invés do narrador ficar maravilhado com aquilo e se converter, ele vê como provas de que é magia suspeita e não confiável.

Ogin trata desse tema de primeiro contato religioso de outro jeito, a partir de um narrador que crê nessa fé. Possui a mesma temática da fé x família, com o foco no amor familiar. No final, ao invés de acontecer o esperado deles se manterem na fé e morrerem como mártires, eles acabam na desgraça e parece que morrem mesmo assim, só que sem a fé pra se sustentar. Mais uma vez é interessante ver os termos estrangeiros que eles usam e como as rezas são idênticas às usadas numa missa de domingo, não muda nem uma palavra.

O Mártir é bem diferente do estilo que o Akutagawa normalmente usa, mas parece que isso da uma certa veridicidade a característica de relato histórico (que ele fala que só adaptou o conto de um livro antigo), principalmente a protagonista que se mantém como uma pessoa boa durante toda história, servindo para destacar as imperfeições das outras personagens à sua volta. Enquanto tem um final trágico, ele parece ter um tom um pouco mais esperançoso, mesmo com a tragédia. A revelação final é bem surpreendente e faz com que você pense na história com outros olhos.

Terra Morta possui vários elementos de análise individual das personagens e como a personalidade de cada uma é distinta de acordo com as reações em relação a morte, eu achei que isso é parecido com No Matagal nesse quesito. Os próprios poemas do Basho Matsuo que são relacionados aos acontecimentos ficaram bem colocados, até por conta da temática de natureza e pelo poema inicial ter sido o último que ele produziu. Me pergunto se tem alguma relação/inspiração com a morte de Natsume Soseki, mentor de Akutagawa, que morreu 2 anos antes dele escrever esse conto.

Devoção à literatura popular é um dos que eu mais gosto dessa coletânea. Ele traz muito a questão da arte (seu propósito e definição), produção artística e elementos culturais da época, temática que o próprio Akutagawa costumava a discutir, como em uma série de cartas trocadas com Junichiro Tanizaki (Literário, Literário Demais) e em outro conto que não está presente nessa edição (Inferno). Vários dos pensamentos internos de Bakin, principalmente em relação a escrita, fazem muito sentido e o leitor consegue se identificar com ele. Leva a pensar se o próprio Akutagawa talvez não sentisse algumas dessas coisas quando escrevia, ainda mais na parte de se sentir inferior como autor ou não gostar das próprias obras. Tanto esse quanto Terra Morta são sobre autores que realmente existiram só q um foca no dia da morte (pelos olhares de outros) enquanto o outro foca num dia da vida (pelo olhar do protagonista).

O baile trata sobre o período de inserção do Japão na política global e a difusão de cultura ocidental é bem representada nesse contato de uma moça japonesa com um homem francês nesse baile cheio de gente de várias partes do mundo. No final o moço francês ser o escritor dessa história do ponto de vista dele (e, portanto, o ponto de vista europeu) me deixou curiosa pra ler e ver quais são as diferenças de olhar nesse contato.

Passagens do caderno de notas de Yasukichi é outro dos meus favoritos, com muitos trechos que ficam na mente mesmo dias depois. Assim como Rodas Dentadas, Akutagawa escreve algo mais autobiográfico e separa em partes com títulos temáticos. Esse conto se passa na época que ele era professor de uma escola militar, o que traz algumas questões de como eram os militares da época. Cada divisão que ele faz tem algo que valha a pena comentar sobre. Em Au! o leitor fica com raiva desse militar e consegue entender muito bem que ele se sente superior em fazer o garoto mendigo se humilhar para conseguir um pouco de comida, trazendo mais uma questão psicológica. No final o Yasukichi perguntando se queria que ele latisse também pra receber o pagamento foi genial. Pausa de meio dia (um devaneio) me lembrou ao mesmo tempo de Alice no País das Maravilhas e do Diário de um Louco de Nikolai Gogol na parte em que ele começa a imaginar as lagartas falando, ou que uma mancha de tinta é uma lagartixa, ou que o professor de química é um demônio, ou que o idoso ficou jovem e ele tinha ficado idoso. Leva a pensar se ele ficou tão perdido em pensamentos que começou a imaginar coisas ou ele estava alucinando. A vergonha é muito legal de ver um lado mais vulnerável dele em uma coisinha do dia a dia, fiquei imaginando como seria ter uma aula com ele. Ele também tem um pensamento interno sobre todo sistema de aulas que eu achei muito legal, sobre querer compartilhar outras questões em sala mas não poder. Um guarda corajoso traz de novo um foco no psicológico militar e a questão do heroísmo e recompensa, a conversa no final te faz pensar bastante sobre o assunto. A escrita de Akutagawa nesses contos cotidianos é tão deliciosa, é como se tivesse lendo paginas de um diário mesmo, incluindo os pensamentos pessoais dele e coisinhas do dia a dia.

A vida de um idiota, assim como Rodas Dentadas e Passagens do caderno de notas de Yasukichi, também é um conto autobiográfico separado em varias partes temáticas, se assemelhando mais com Rodas dentadas por passar o mesmo sentimento de não aguentar mais viver e mesmo buscando sentido da vida na literatura ou nas coisinhas do dia a dia ele simplesmente não consegue mais sentir prazer em viver. O final é impactante demais sabendo que ele morreu um mês depois, do exato jeito que ele descreveu na parte 51, dá um sentimento de desespero até. As partes dessa história contam a vida toda a partir de uns 20 anos e cada trecho, por mais curto que seja, expressa muito as emoções puras, mesmo sem elaboração nos pensamentos o leitor consegue sentir o que ele queria dizer naquele momento. Por conta disso, tiveram várias partes que mesmo se fosse só uma frase ou uma linha eu parava e ficava pensando nelas pela pura emoção que elas causam. Também mostra bastante das relações humanas dele e como ele pensava sobre as pessoas na sua vida, aquela parte que ele pensa "será que eu ainda a amo?" e fica surpreso com a própria resposta positiva ou a parte do nascimento do primeiro filho que ele só consegue se sentir melancólico ou a parte com a amante que ele parecia contente por um momento ou a parte que ele se sente preso por tentar não decepcionar a família dele e assim não poder fazer o que realmente queria pra aproveitar a vida. No fim, parece tanto uma autobiografia quanto uma carta de suicídio. Eu gostei bastante desse também, entra no meu top3 contos dessa edição e traz trechos que mesmo depois de ler há um tempo você ainda para e pensa neles.

Recomendo muito a escrita de Akutagawa, seus contos seguem pertinentes até hoje e possuem um conteúdo riquíssimo!
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nyx 21/01/2023

a melhor parte foi ?a história de um idiota?, eu gostei de alguns contos tbm (definitivamente não de todos) mas a autobiografia sem dúvida foi a melhor parte.
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Ash 15/01/2023

Demorei mais vim, achei no início que ia ser mais um livro de contos porque eu não estava entrando na escrita, mas não precisou de muitos parágrafos para entender o quão impactante e brilhante o Akutagawa foi com a sua escrita. É simplesmente envolvente o ambiente as descrições os detalhes e as imagens que ele transmitem sem que deixe a leitura enfadonha e confusão são para mim a melhor parte de todos os contos que tive o prazer de ler. Sentir os cheiros, os gostos, as texturas cada sensação com poucas palavras foi um sentimento que só ele poderia proporcionar, genuinamente sou apaixonado. Desde que acabei, sinto falta da sensação inebriante que envolveram meus tão queridos dias de leitura. "Devoção a Literatura Popular" é meu conto favorito, sem dúvidas.
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Charmssss 29/10/2022

Contos não tão fáceis de ingerir
Aqui podemos ver alguns contos que retratam certo ponto da história do Japão. Achei os contos muito legais, daquele tipo que te fazem pensar, refletir e que leva até um tempinho pra absorver. A versão desse livro que peguei ajudou muito na leitura também, com vários comentários e algumas opiniões sobre os contos. Achei um livro bom e de fácil leitura.
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lAvia494 17/08/2022

gostei muito do conto do seinnen e fiquei com pena do coitado do garoto... mas que bom que no final ele conseguiu fazer a "magia"
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nicolas 11/06/2022

8º vez (juro que não é exagero eu tenho problemas) que eu leio esse livro, mesmo com rashom?n já quase decorado esse livro nunca vai deixar de me entreter. akutagawa ryuunosuke é uma pessoa fascinante, sem falar nos seus trabalhos, que misturam religião, sentimentos conflitantes e crimes talvez não tão elaborados. enfim, esse livro é perfeito, queria que ele e o autor fossem mais conhecidos
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@rostadz 27/04/2022

Ênfase no final
Uma leitura cansativa, recomendaria para quem está com o hábito da leitura (algo que não foi o meu caso), a parte final foi a mais instigante, se cansar no meio (como aconteceu comigo) recomendaria um esforço para continuar. Claro, possui tanto contos muito bons quando uns nem tanto em sei meio.
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