A Lua e as Fogueiras

A Lua e as Fogueiras Cesare Pavese




Resenhas - A Lua e as Fogueiras


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Carlos Aglio 25/02/2014

Romance italiano, indicação de leitura básica para aspirantes a escritor...
PAVESE, Cesare. A lua e as fogueiras. Berlendis & Vertecchia Editores, 2003.

Romance italiano, indicação de leitura básica para aspirantes a escritor...

A Lua e as fogueiras é um dos romances indicados numa lista enorme de leitura básica de ficção, sugerida pelo professor Furio Lonza, que ministrou o curso Escrever é fácil, que fiz na Estação das Letras, há alguns anos atrás. E sempre que posso procuro ler uma das indicações já que sou um aspirante a escritor.
Consegui esse exemplar no Skoob, no esquema de trocas e hoje ele me foi solicitado para troca por outro Skoober, então resolvi registrar alguma coisa a respeito do livro, antes de encaminhá-lo ao seu novo leitor. Já o li há algum tempo e não me lembro de detalhes, sei que a personagem principal, um italiano, retorna a sua região de origem, reencontra velhos amigos e envolve-se numa relação de amizade com uma criança portadora de deficiência física numa das pernas, o Nuto. Relembrando o passado, ali vivido, ele conta e também ouve do menino histórias sobre o passado, dentre elas o costume dos habitantes daquela região de observarem a lua e as fogueiras.
Hoje ao pegar o livro para enviá-lo ao seu novo destino, vi uma pequena orelhinha que fiz numa das páginas e fiquei curioso. Geralmente eu faço essa pequena dobra quando alguma coisa me chama a atenção em especial na leitura. Desta forma transcrevo aqui esse pequeno trecho da página 104 que me encantou novamente com a releitura de hoje:
‘A coisa que eu não entendia, naquele tempo, era que todas as mulheres são iguais, todas procuram um homem. É assim que deve ser, eu dizia pensando nisso; mas que todas, mesmo as mais bonitas, mesmo as mais refinadas, gostassem de semelhante coisa me deixava pasmo. Naquele tempo eu já era mais esperto, já ouvira tantas histórias e sabia, via como Irene e Silvia também corriam atrás dos homens. Mas ficava pasmo. E Nuto me dizia: "o que você pensa? A lua existe para todos, como as chuvas e as doenças. Podem viver em um buraco ou em um palácio, o sangue é vermelho em todo lugar".
"Mas então o que diz o pároco, que é pecado?"
"É pecado na sexta-feira", dizia Nuto enxugando a boca, "Mas existem outros seis dias." ’

Assim, Desejo que esse belo romance siga seu caminho por aí, encantando novos leitores.

By Carlos Aglio, em 23/02/2014.
Alessandro 04/03/2015minha estante
Fiquei curioso para saber os outros livros indicados por Furio.




Carol 08/12/2009

O que mais me encanta nesse livro é a maneira como Cesare Pavese descreve as mudanças no modo de viver e pensar humanos através dos olhos de quem um dia renegou suas origens e a si próprio. Quase como viajar a uma paisagem italiana outrora intocada, hoje consumida pelo tempo, é entender a vida da forma mais nua e cruel - a partir de um duro regresso ao passado.
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