Há muito o que contar....aqui

Há muito o que contar....aqui A. L. Kennedy




Resenhas - Há muito o que contar....aqui


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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 28/01/2021

Há muito o que contar... aqui
Há muito o que contar…aqui, livro de Alison Louise Kenned, publicado pela Primavera Editorial, traz em sua narrativa, as lembranças – e dores – de Alfred Day, um homem que sobreviveu ao Holocausto, aos horrores da Segunda Guerra Mundial. Uma obra-prima que merece ser lida por quem admira obras da maior guerra e devastação humana.

Alfred Day, é um aviador da Força Aérea Britânica, ex-prisioneiro de guerra, mesmo com sua posição de ”artilheiro da torre de cauda”, ou seja, o soldado que, em batalha, permanece atirando no compartimento debaixo da cauda do caça de guerra, que pode ser uma das posições mais perigosas, na aviação, durante as guerras. E mesmo assim, ele sobreviveu à guerra e a prisão no qual foi pego como prisioneiro.

Seis anos após sair do momento de prisão, mesmo tendo dormindo mal, comendo alimentos de origem duvidosa, ele se vê ligado às lembranças que está enfrentando seus demônios interiores, e por mais que pareça estranho, está participando como figurante de um filme sobre a Segunda Guerra e seus campos de prisioneiros.

Autodidata, estava acostumado a aprender sozinho em seus livros e julgou que isso bastaria, ao partir para a Guerra, Alfred achou estar preparado para o que viria a enfrentar em uma época terrível e nebulosa. No entanto, a guerra pode mudar e mexer com a cabeça de um homem. Certamente ele sairá diferente de como ele entrou.

A. L. Kennedy, autora da obra, narra com extrema sensibilidade, através dos olhos de Alfred Day, revivendo seus traumas e suas lembranças. E a forma como é apresentado, leva o leitor a viver tudo o que se passa com o protagonista. Os momentos de contentamento e de angústia. Terror e momentos de alegrias.

Inegavelmente, Há muito o que contar….aqui, viaja entre o passado conflituoso de Alfred Day, suas terríveis experiências no campo de batalha, seus companheiros de batalha, e o presente, seu momento, emoções, sentimentos, e tudo que acontece quando ele revive certos fatos em meio a ficção do cinema.

Há muito o que contar….aqui, é um drama que emociona quem o lê, por conta do conflito interno do protagonista entre as alegrias e, na grande maioria, tristezas do protagonista. Sem dúvida, um livro indicado para quem amam viajar pela Segunda Guerra Mundial. Recomendo.

site: bit.ly/iLPost2701
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Naty__ 13/03/2020

Recebi esse livro da editora para resenhar há uns meses. Demorei para finalizar a leitura porque senti dificuldades com o estilo utilizado para diagramar a história. Como já foi dito, tenho um sentimento de puro ódio com livros que não utilizam travessão e os diálogos são entre aspas. Sinto que demorarei um mês para ler e na verdade acabo demorando dois.

Mesmo com esse ponto negativíssimo, o livro possui uma história comovente e de prender totalmente a atenção do leitor – tirando a minha que só ficava chorando com as aspas. Kennedy nos conta a história de um homem que foi prisioneiro de guerra, foi piloto de um bombardeio da Força Aérea Britânica, durante a Segunda Guerra Mundial. Alfred tinha uma das tarefas mais arriscadas durante a guerra: artilheiro da torre de cauda.

Mesmo com a posição tão perigosa, ele sobreviveu à Guerra Mundial, passou por momentos ardilosos. Além de muitas vezes não se deparar com nada para se alimentar, muitas outras ele se deparou com a sua própria vida em risco. Anos se passam e aquele sentimento e imagem ainda permeiam em seu interior, afinal, as pessoas que vão para uma guerra nunca voltam como eram. Sempre existirá algum sentimento forte dentro de si, seja por ver grandes amigos morrerem ou quer seja por matar pessoas que não mereciam.

Após a guerra, em 1949, ele participa como figurante de um filme que relembra a sua experiência como prisioneiro de guerra. Com isso, através da ficção encenada, Alfred repensa a sua realidade e realiza uma investigação sobre o estrago psicológico que sofreu durante a batalha, tanto por ver seus amigos partirem quanto por ficar longe da mulher amada.

A lição que o livro quer nos passar é sobre o processo de mudança que uma guerra pode provocar na vida de um ser humano. Somos moldados por aquilo que vivenciamos e pelas dificuldades encontradas em cada dia de perigo, de choros e de saudades. Qual o benefício que uma guerra proporciona? É difícil essa resposta, eu diria que não há. A consequência dela para quem está no campo de batalhas é algo marcante e eterno. É como se um pedaço dele ficasse por lá e a outra voltasse para casa.

O sentimento sentido ao ler a história de Alfred foi esse e Kennedy soube descrever muito bem isso. Uma pena que os diálogos são feitos por aspas, isso acabou me fazendo demorar na leitura e a lamentar a falta de concentração total na obra. Lamentavelmente isso acontece com muitos leitores, na dúvida, a editora poderia fazer uma votação para saber o que realmente o leitor gosta. Mas não deixe que isso impeça você de mergulhar nessa grande lição de Alfred.

Resenhado 09/03/2016

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2016/03/resenha-ha-muito-o-que-contaraqui.html
Angela Cunha 19/03/2020minha estante
Nessa época eu não fazia parte do blog ainda, por isso, não conhecia sobre este livro. Apesar de amar o gênero, confesso que fiquei pé atrás.por conta dos diálogos nesse formato também. Incomoda né? rs
Prefiro o negócio mais exposto, mais real, diria eu.
Mesmo assim,não digo que não lerei em algum momento!!!
Beijo


Michelle 21/06/2020minha estante
Acabei de terminar um livro que também não utiliza travessão nos diálogos e demorei muito pra me acostumar e não curti nada.
Já li alguns livros com a temática de guerra e os personagens nunca mais foram os mesmos. A guerra os transforma para melhor ou pior.




Paula Juliana 20/06/2015

Resenha: Há muito o que contar....aqui - A. L. Kennedy

'' Você podia evitar algumas lembranças, se evadir delas, mas ainda assim elas o assombrariam.''

Liberdade!

A liberdade existe quando uma pessoas se encontra pressa dentro de si mesma? Há muito o que contar....aqui, realmente conta muito, conta sobre o auto conhecimento humano, conta sobre superação, conta sobre os horrores de um homem que sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, um homem que sobreviveu ser prisioneiro de Guerra, e que depois teve que descobrir como VIVER novamente, como superar seus problemas, superar seus medos, e aceitar sua história!

''E o fato de ter de pensar, por si só, não ajudava em nada, mas mesmo assim você era obrigada a pensar o tempo todo.''

Alfred Day, mais conhecido como Chefe, mesmo nunca tendo sido Chefe de nada, é um cara aparentemente normal, não é nenhum bonitão, com sua baixa estatura, seus um metro e sessenta e dois, ele é calvo, um pouquinho avantajado na cintura e agora deixou seu bigode crescer!

''Qualquer um poderia te abandonar.''

É aviador da Força Aérea Britânica, ex-prisioneiro de guerra, mesmo com sua posição de ''artilheiro da torre de cauda'', isso é, o cara que fica atirando na casinha embaixo da cauda do avião, uma das posições mais perigosas de se ter na guerra, Alfred sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, sobreviveu a ser prisioneiro naquela época negra, e mesmo comendo tudo que tem pela sua frente e dormindo muito mal todas as noites, ele está vivo. Não que ele realmente quisesse viver, agora quase seis anos depois da guerra ter acabado, Chefe está enfrentando seus demônios interiores, e por mais que pareça estranho, está participando como figurante de um filme sobre a Segunda Guerra e seus campos de prisioneiros.

O livro viaja entre o passado de Guerra do Chefe, suas experiências no campo de batalha, seus companheiros, seu capitão, e o presente, seu momento, seus sentimentos, emoções, e tudo que acontece quando ele revive certos fatos em meio a ficção do cinema.

''É isso mesmo. Eu fui um bom garoto. Eu matei, roubei e usei grandes palavras, mas nunca fumei e fui um bom garoto. Que rapaz bonzinho eu fui.''

Alfred achava que sabia das coisas, autodidata, estava acostumado a aprender sozinho em seus livros e achou que isso bastaria, quando partiu para a Guerra achou que estava preparado, mas a guerra pode mudar e mexer com a cabeça de um homem, dificilmente ele sai o mesmo que entrou, ser prisioneiro também não ajudou, ele agora quer se recuperar, quer sair do abismo, sentir novamente, se sentir vivo.
A autora conta a historia de Day com muita sensibilidade, estamos direto na cabeça desse homem, que viaja pelas suas lembranças e revive seus traumas, Chefe dividi com o leitor muito mais que sua história, ele dividi tudo que resta, tudo que tem e tudo que vai descobrir existir dentro de si novamente, mesmo que se encontre em um lugar um tanto inusitado!

'' Você tem sido e não tem sido. Você não faz e não fez.''

Há muito o que contar....aqui é um tremendo drama, uma ótima história para se ler com o coração aberto, aqui não vai se encontrar um romance avassalador, ou vilões e grandes mocinho, o próprio protagonista briga com esse bem e esse mau que existe dentro de si, tem que conviver com o que fez, com as mortes que causou. Indico A. L. Kennedy e sua gostosa escrita para os leitores que amam viajar pela Segunda Guerra mundial, e que gostam de desvendar a profundidade da alma de um personagem! Recomodadíssimo!

''O infinito aprecia as guerras, ele permite que elas surjam.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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