O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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luizbrbs 24/06/2024

Entendi o conceito, mas fiquei alheio a tudo o que estava acontecendo, a todos os personagens, inclusive a Meursault. Pode ser proposital, assim como o estado de espírito do protagonista, mas pode ser um livro que foi marcante para a época mesmo e hoje não choca tanto.

Obs.: quem lê o livro atraído pela sinopse, pode se decepcionar.
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Otavio129 23/06/2024

A representação da filosofia de Camus
Neste livro, o escritor dá contornos vivos à filosofia desenvolvida em "O mito de Sísifo", obra em que o autor afirma o valor da vida em um mundo sem sentido e sem dono (ou ao menos o dono é desconhecido). Ele chega a conclusão que para que a vida valha a pena é necessário ser absurdo.

O homem absurdo retratado por Camus não segue as "diretrizes" da civilização. Não finge sentimentos, não tenta se mostrar um ser moral e virtuoso e, por isso, provoca a repulsa e o ódio de seus iguais. Iguais sim porque aquele é como todos, apenas mais honesto consigo mesmo. O homem absurdo de Camus pertence apenas a si e, com isso, perde seu lugar na civilização humana se tornando um estrangeiro.
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batepapowall 23/06/2024

Solar power
Albert Camus é tão referenciado pelos autores que costumo ler que durante a leitura de O Estrangeiro frequentemente me vinha à cabeça a citação da Chappell Roan (que por sua vez foi inspirada pela Sasha Colby): "I'm your favorite artist's favorite artist".
É uma obra curta e fácil de ser lida, mas que exige muita capacidade de reflexão. O protagonista é colocado em uma situação onde ele é indiscutivelmente o centro dos acontecimentos, mas ao mesmo tempo coadjuvante de seu destino. Surge a grande problemática: e se nada importar? Como todo bom livro, a resposta para esta pergunta vai depender exatamente do leitor.
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annikav.a 22/06/2024

Tinha sido feliz e ainda o era
Meursault é um protagonista propositalmente absurdo (e talvez neurodivergente, isso são outros 500) mas um que nos faz identificar nossos piores momentos de desconexão com as outras pessoas, especialmente em momentos de fragilidade e alienação coletivas. Enfim. Ele passa 80% do tempo dissociando dos eventos presentes e isso poderia ser uma fonte de conflito com outras pessoas da sua convivência diária, no escritório e com os "amigos", mas não é. Talvez isso diga mais sobre os outros do quê ele próprio. Ninguém atribui responsabilidade (sentimental?) alguma a esse homem curioso que, também a eles, convém quando está por perto, por um motivo ou outro. A passividade dele só se torna realmente uma questão durante o escrutínio de sua personalidade e moral (em muito inventada) por parte do tribunal após o assassinato. Acho que não se pode dizer que seja uma novela pessimista ou mesmo amoral justamente porque temos acesso aos pensamentos de Meursault e a "realidade" passa longe do pessimismo ou mesmo da discussão da moralidade em si, mas eu diria sim que temos aqui umas ideias perigosas, de certa forma. Se por um lado a aceitação radical da natureza sem sentido da existência pode nos levar a apreciar mais a vida nas suas pequenas glórias e privilégios, por outro pode nos dessensibilizar e desresponsabilizar em relação à mudança tão necessária de sistema econômico/político. Ainda assim vale muito a pena uma leitura crítica.
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Beatriz 22/06/2024

O personagem é completamente alheio, apático, desapegado às coisas, indiferente ao que lhe acontece e ao que acontece aos outros. Ele não sofre e nem se encanta.
Fiquei pensando se ele ser assim não seria o resultado de um esforço em suprimir qualquer emoção para não sofrer e, como consequência, ele não sofre mesmo, mas também não se encanta.
É estrangeiro aos outros e é um estrangeiro de si.

"Mas todos sabem que a vida não vale a pena ser vivida. No fundo, não ignorava que tanto faz morrer aos trinta ou aos sessenta anos."
annikav.a 22/06/2024minha estante
Fiquei pensando muito se o Meursault não era neurodivergente de alguma forma ou por nascença ou pelos traumas de infância (a perda do pai sendo uma delas) mas, ignorando o tempo histórico da história, mesmo assim acho que ele não ia dar a mínima ?


Gauche 22/06/2024minha estante
Ignorando o tempo histórico da história? Como assim?


annikav.a 22/06/2024minha estante
Foi mal, não fez sentido mesmo KKKKK digo o contexto histórico da publicação, se não me engano durante a ocupação de Paris pelos nazistas. Imagino que não houvesse diagnóstico preciso para a maioria das doenças mentais na época (mas é achismo, não sei realmente)




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h3llan4 21/06/2024

"acertavam o meu destino sem me pedir uma opinião"
O absurdo!!!!!!!

que loucura esse livro. todo ele é incrível, mas a segunda parte é absurda.
me fez ter empatia por um quase robô, cara todo esquisitinho.

camus deixa perceptível e claro nessa segunda parte o que é ser o homem comum, o que, pra mim, transformou as perspectivas e sensações que tive quanto as ações do mersault e que me causou essa certa simpatia por ele. gente como a gente!!!
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pão de mel 20/06/2024

Estou maravilhada
Eu nem ao menos sabia sobre o absurdismo ou quem era Albert Camus, peguei o livro por recomendação e agora estou maravilhada com esse final, o livro conseguiu fazer eu sentir empatia por um homem que possuía apatia em relação a tudo em sua vida, eu amaria saber mais sobre ele agora ou ler mais um de seus outros livros, pois está leitura foi fantástica, apenas.
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Rafa 19/06/2024

"Killing an arab" - The Cure e a anomia social
Tudo começou por conta da música "killing an arab" do The Cure, que me deixou com uma pulguinha atrás da orelha pra saber mais sobre o livro.
No começo, já amei poder tentar analisar psicologicamente as ações de mersault e seus sentimentos (ou a falta deles) com relação aos arredores. Tudo isso me encantou, além de algumas brisas filosóficas e antropológicas que entrei durante a leitura.
Achei que a magia seria isso, até a chegada das últimas páginas, que superaram até as últimas das minhas expectativas, me deixando alucinada com essa quebra de tudo que vimos durante o livro e todas as implicações desse comportamento.
Pode ser interessante para quem lê, dar uma olhada no conceito de anomia social, de Durkheim, que complementa perfeitamente a obra, na minha visão! No começo, Mersault parece viver desde sempre em estado anômico, mas com esse final *meio q spoiler* parece ter entrado na anomia da anomia, por meio desse processo de "humanização" que o tempo de cárcere e audiências trouxeram ao personagem.
Albert Camus foi excepcional nessa obra, e tenho MUITA vontade de presenciar essa genialidade em outras que lerei futuramente!!
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pinkhasovna 19/06/2024

Esse livro foi o primeiro contato que eu tive com o ''absurdo'' do Albert Camus e é muito legal a experiência de estar o relendo depois de tanto tempo.

O protagonista, Meursault, é indiferente a tudo que acontece ao seu redor, a sua apatia e falta de emoção desafiam algumas expectativas sociais, como a de atribuir algum significado profundo as suas ações. A indiferença de Meursault em relação a vida e a morte é um reflexo da alienação do indivíduo moderno; o que é muito interessante, pois ele não é um estrangeiro somente no sentido geográfico, mas existencial. A falta de tato e conexão com as coisas ao seu redor reforça a ideia de que a vida é intrinsecamente absurda. Afinal, a busca por sentido na vida, ou ordem no universo, é fútil, porque ele é essencialmente irracional.

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Mahya.Lameira 19/06/2024

O estrangeiro
A sensação que eu tive foi de que o personagem se acostumou com a vida monótona e se tornou monótono também. Deixou de sentir os verdadeiros prazeres da vida. Nada mais lhe causava qualquer sentimento senão cansaço e tédio. Poucos são os momentos em que algo parece mexer com seus sentimentos, mesmo assim, nada muito importante.

É um verdadeiro ?tanto faz? e nada importa. Mesmo com toda reviravolta em sua vida ele apenas se adapta e aceita a realidade. Não se frusta nem se empolga com nada.

Mas ao mesmo tempo senti empatia por ele, discordei de algumas atitudes, mas não achei que merecia aquele final. Senti portanto, as sensações que ele não sentiu e achei que ele deveria sentir.
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Bruna 18/06/2024

Que leitura desconfortável
Eu quase parei de ler logo no início do livro? pra mim foi uma leitura muito desconfortável pela forma como o personagem lida com a vida, com as situações e com os relacionamentos pessoais.
O livro é bom! traz um pouco de contexto da França e de como se dá a pena de morte lá , e da a relação com os árabes imigrantes.
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Fernanda309 18/06/2024

Era como se desse quatro batidas secas na porta da desgraça
É uma leitura diferente das que costumo ter, mas válida. Passa uma vibe livro clássico difícil de entender mas, no fim das contas, a explicação é sempre a mais simples.
O discurso do protagonista se mostra, desde o início, niilista, onde nada tem razão ou sentido de ser. Me fez pensar muito, especialmente nos trechos do julgamento, sobre como precisamos atribuir sentido e profundidade aos acontecimentos da vida.
O estrangeiro, ao contrário, deixa a vida passar por ele sem essa necessidade.
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