O Estrangeiro

O Estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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elizarquivo 29/02/2024

Leitura obrigatória
Sinto que todo mundo deve se identificar em algum grau com o protagonista. É um daqueles livros que é preciso ler pelo menos uma vez na vida.
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giuliaruas 28/02/2024

Irritação pela Indiferença
Seguindo a filosofia do absurdo, "O Estrangeiro" apresenta uma leitura monótona e indiferente; abordando personagens que, assim como nós, vivem uma vida completamente normal. O enredo, sem muitos detalhes, retrata a vida do protagonista Meursault e os acontecimentos que o levam à prisão e, consequentemente, à pena de morte.

De início, apesar de avaliar em 3 estrelas, por ser uma obra sem muita emoção, que deixa o leitor sempre esperando por mais dos personagens; podemos aumentar para 3.5/4 ao levar em consideração sua linha filosófica e o conceito de que "a literatura tem o poder de despertar diversos sentimentos e emoções a quem lê", já que seu enredo de fato nos faz refletir sobre sua ações e nos instiga os sentimentos mais complexos: especialmente a indignação e a revolta.

Em todo momento, nos perguntamos o por que do protagonista ser tão indiferente e relaxado, tanto com os acontecimentos ao seu redor, quanto com as pessoas que o cercam. Ele não se defende, não se interessa por assunto mais complexos e tão pouco costuma puxar conversas desnecessárias. Para ele, tudo está bom. E para ele, não há nada que realmente possa ser feito. Em várias passagens o leitor se encontra revoltado, até porque um pensamento tão indiferente quanto o do protagonista, de fato, é "um absurdo", assim como tudo o que faz e tudo o que incita as suas ações tão impulsivas.

Foi minha primeira leitura de ficção filosófica e acredito que tenha começado com uma boa obra. Recomendo para aqueles que gostam de livros curtos, de leitura rápida, e que pretendem pesquisar mais sobre a corrente filosófica de Camus logo em seguida.

*Spoiler*

Obs.: Achei compreensível o protagonista utilizar o calor como incentivo para matar um homem. Com as temperaturas de hoje em dia e o suor constante, realmente ficamos mais suscetíveis à impulsividades da irritação — apesar de não tão graves quanto esta.
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Tuturu 28/02/2024

Seja em si mesmo ou em outro, indiferença total é uma completa desgraça. O protagonista chega a ser destetável por conta do disso.
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Fernando.Dimas 28/02/2024

Um clássico da indiferença.
Eu amo a dinâmica desse livro e acho indiferença do nosso protagonista, acho a indiferença do protagonista algo que me encanta e nos momentos sérios eu fiquei realmente sério e indignado.
Lari 28/02/2024minha estante
Quero muito ler esse




Sarah 26/02/2024

Sísifo nunca foi tão feliz.
O estrangeiro é alguém que não se encaixa na sociedade. Isto é, ele não segue as normas de pensamentos do coletivo, como religião. Ele não se lembra de quando a mãe morreu; matou alguém por causa "do Sol"(Como não ter raiva do Sol? Caçoando, antes e depois de você, castigando a pele e forçando você a tomar uma atitude...). Para ele, é simplesmente normal, e para nós, absurdo. Boas vindas ao absurdismo! A essência do livro é complexa, nunca confie em narradores em primeira pessoa. Há quem diga que a personagem principal é um tipo de psicopata. Uma leve pitada de compaixão no final.
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Stefany.Massi 26/02/2024

Uma leitura onde é necessário saber lidar com o absurdo. Até porque Camus é o criador do absurdismo. A apatia do personagem me incomodou em certos momentos e vê o como todos que conviviam com ele, tinham que aceitar o mínimo pra continuar àquele convívio. O livro termina deixando claro o como é boa a escrita do autor, tanto no desenrolar da história quanto em sua conclusão.
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Claudia 25/02/2024

É um livro absurdo!
Trata-se de um homem absurdo, vivendo uma vida absurda, condenado por motivo absurdo.
Enfim, um e excelente livro.
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Wiven 25/02/2024

Primeiro livro que leio de Albert Camus, por ordem de suas escritas literárias, é recomendável começar justamente por esse para poder entender melhor todo o universo de escrita de Camus, como introdução a isso me senti de certa forma desnorteado.
Estive ansioso por tempos para ler este, receio em dizer que o superestimei demais no termo "romance ficção", e como resultado não tive a leitura que esperava, em minha concepção seria algo mais vivo, ativo, fluido, mas o que recebi foi Mersault, um protagonista tão próximo e semelhante a muitos de nós, com sua rotina estabelecida, suas poucas ambições pessoais, seu jeito indiferente quanto as demais coisas.
A verdade que este livro é excelente, mas a carga que esse me trouxe foi muito mais forte que o esperado, seus versos chegam a ser muitas vezes "sufocantes", me sentia acorrentado nas ideias, costumes e ações de Mersault, nos seus cenários em misto de "hora quentes", "hora úmidos", ele começa com as primeiras frases mais únicas e marcantes possíveis, e então, volta a "se arrastar" no mesmo ritmo lento, e me pego preso aos diálogos a primeira vista superficiais do protagonista, mas que na verdade são as ideias absurdistas de Camus florescendo, como ficção, é uma obra excelente e que mesmo com as nuances de ritmo razoavelmente lentas, prende você e o motiva a querer entender o processo e o desfecho de tudo.
A história tem traços de escrita característicos e carregados de significado, foi uma experiência diferente e de fato foi a melhor obra pra começar a entender mais dos pensamentos de Albert Camus. Recomendo!
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Igor201 24/02/2024

Achei um livro muito bom. A primeira parte pode parecer chata, mas é proposital, e ao ler a segunda parte tudo faz sentido e fica tudo emocionante. O narrador é repugnantemente neutro e apático, ao mesmo tempo que é interessante e dá vontade de saber mais sobre o que ele pensa. Dá pra tirar muita coisa desse livro.
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Marcus 24/02/2024

Estrangeiro
A história de um homem que vive sua vida à deriva. Sem sentimentos. Sem vontades. Sem desejos, que não os puramente físicos. E que comete um crime, quase por um acaso.
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Pedro3906 23/02/2024

"? É que nunca tenho grande coisa a dizer."
A incompreensão das próprias sensações cria monstruosidade. No julgamento final que se presta ao ridículo, rememorei eventos de minha vida quanto a expressar sorrisos, lástimas e amabilidade dos homens: talvez por erros atitudinais, quiçá aspectos biológicos e sociais, definiria o "não sei sentir" de Álvaro de Campos como subtítulo acompanhando meu nome.

Meursault ? ao qual não empresto juízo de valor nenhum no aprofundamento raso do agora ? serve de peão de cena da mudez, horrorificado num crime subvertido. "Um árabe", quem morreu é isto. É um. E se degladiam e se incriminam, e se acham justos por conservarem o axioma mecânico.

As cenas finais na cadeia são de sumo lirismo e imagética.

Lembrei-me do livro de Melville, embora os paralelos cessem. Se é uma história para surtados? Então serve a todos. Que cada um se refugie na sensatez pessoal.
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grazibarbanera 23/02/2024

O estrangeiro
Livro cansativo e maçante de se ler porém trás alguma reflexões interessantes de se pensar como a liberdade, o existencialismo e o absurdismo, com um protagonista de comportamentos indiferente
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TheTannedEmperor 22/02/2024

Humanidade.
A lenta realização de que nenhuma vida tem valor. Um estudo da apatia. A forma como Camus escreveu esse livro mudou minha visão de mundo.
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AleixoItalo 21/02/2024

O século XX foi um momento de grande reflexão para o gênero humano, uma vez que as revoluções ocorridas no Ocidente trouxeram à discussão Narrativas individualistas como, o Existencialismo e o Humanismo — as vezes considerado a grande religião da modernidade — e o homem passou a olhar cada vez mais para dentro de si em busca de dar um sentido para a vida. Essas indagações repercutiram amplamente na literatura e na filosofia, enquanto Nietzsche defendia que tal libertação das amarras poderia levar ao surgimento do super-homem, Dostoievski mergulhava seus personagens na angústia causadas por essa ausência de sentido. Tais Narrativas podem ter nuances positivas e significar liberdade para o indivíduo ou podem inclinar para o pessimismo e culminarem no individualismo ou puro egoísmo. Esse "pessimismo literário", ganhou formas nas páginas de Céline, Phillip Roth e Bukowski.

Albert Camus, um grande intelectual do século XX, segue os passos de Dostoievski e também usa a literatura para divagar sobre as ideologias da época, em especial o Existencialismo. Em O Estrangeiro, Meursault é julgado por um crime, porém responde à todo o processo com uma despreocupação que beira a indiferença. Aqui fica evidente uma influência direta de Crime e Castigo, que também utiliza um assassinato para ponderar a filosofia de seu personagem, mas enquanto o protagonista da obra russa, Raskólnikov, é fervoroso em tentar provar seu ponto de vista, Meursault é dotado de uma apatia doentia e um desligamento total com as Narrativas vigentes.

O que me desagrada na obra de Camus, não é o debate filosófico em si, mas sim as escolhas narrativas feitas pelo autor — e uma vez que se trata de uma obra literária, antes de um ensaio filosófico, é pertinente ponderar esses fatores. Até certo ponto, Mersault mostra muito do pessimismo presente no excelente Viagem ao Fim da Noite, mas enquanto o protagonista da obra de Céline é um mau caráter em essência, que luta para sobreviver e ostenta esse rótulo sem remorsos, o personagem de Camus apresenta uma apatia completa que atrapalha o andar da leitura. Esse é o grande problema, apesar de ser considerado assim, é difícil ver Meursault como um símbolo de seu tempo: o típico cidadão comum, mas que não sofre, não discute ou nem mesmo assume uma postura completamente egoísta — como na obra de Céline — e por isso o personagem acaba se tornando um tanto quanto inverossímil. A postura do protagonista, faz com que o próprio enredo tome decisões pouco convincentes: dificilmente um personagem tão passivo e desprovido de vontade seria capaz de cometer um assassinato premeditado, mas mesmo assim o faz por uma conveniência narrativa.

É certo que O Estrangeiro figura na lista dentre os vários "romances do século", mas sendo esse o caso, figura apenas numa posição modesta!

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Giacomet1 21/02/2024

Apatia diante da existência humana
Camus retrata a história de um homem comum totalmente apático e conformado com tudo que acontece ao seu redor. A partir das morte de sua mãe, ocorrem várias situações que beiram a imoralidade, ou que até são imorais. E a forma com que Camus descreve as situações e os sentimentos desse homem dá uma naturalidade a todas as situações: qual o problema de não se comover com a morte da mãe, ou qual o problema de se casar sem amor, ou qual o problema de ser amigo e ajudar um cara que espanca uma mulher, qual o problema de matar ou morrer? Camus levanta essas e outras várias questões, de forma profunda. Até que, mais ao final do livro, o homem se diz com medo, explode e briga violentamente com outra pessoa, deixando dúvidas até sobre a própria apatia dele.
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