O Estrangeiro

O Estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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tioassis 10/02/2024

Indiferente, Incompreendido e Imutável
"O estrangeiro" foi um livro recomendado por um amigo meu, e, usando suas palavras, pode ser descrito como "uma obra com partes que fazem o livro inteiro valer a pena, e com um final bombástico". Devo admitir que meu amigo está mais que certo nessa definição.

Do começo ao fim, Meursault passa uma energia constante de desconforto, com seus monólogos sobre como nada para ele fazia a diferença e ações que levam o leitor a sentir certa repulsa pela personagem. Tanto seu relacionamento com a mãe quanto com sua amante Marie mostram que Meursault nunca teve um certo apego a vida.

Culpando o sol como seu principal motivo, Camus passa a mensagem que, tanto na morte do árabe quanto no enterro de sua mãe, o existencialismo estava sempre presente ao redor de Meursault, que não coloca peso nenhum em suas ações: tanto a de puxar o gatilho, quanto a de tomar um simples café no velório de sua mãe. Não existe arrependimento.

Durante seu julgamento, apesar de ressaltar várias vezes suas ideias, Meursault se vê muitas vezes sendo silenciado por outros, que o julgam sem saber de suas real intenções e pensamentos. É visto pelo mundo todo como um louco, como um estrangeiro, não sendo bem-vindo nem a se proclamar 'humano'. Sentenciado, a única forma que encontra de finalmente expressar tudo é ao capelão, explodindo em cólera e alegria. O alívio que sente após mostra que, no fim, ele finalmente entendeu a vida que levava, e estava feliz com o rumo das coisas.

Meursault morreu como um homem qualquer. E poderia ter morrido 20, 30, 40 anos depois ainda como o mesmo. Abraçando a indiferença do mundo, Meursault, em união a Camus, deixou claro o seu posicionamento acerca do propósito inexistente da vida humana.

Tempo levado para ler (cronometrado aproximadamente): 2 horas
Nota final: 4,5/5
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bobsleigh 09/02/2024

Bleh
Sinceramente, nada me agrada a indiferença, o existencialismo, o subjetivismo. Só sai mais convicto disso.
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Lorena Veneziani 08/02/2024

Cansativo, mas com boas reflexões!
Obra originalmente publicada em 1957.
Uma das obras consideradas de "os absurdos de Camus".


Aqui temos a história de Mersault. Um homem que vive na França, completamente alheio às coisas que acontecem ao seu redor.
E para ele, tudo, "tanto faz".

A passagem mais conhecida no livro, em que já percebemos como o personagem é:
"Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: "Sua mãe faleceu. Enterro amanhã. Sentidos pêsames." Isso não esclarece nada. Talvez tenha sido ontem."

Um personagem desligado? Sem emoções?
Longe disso... Ao longo das páginas, vimos as críticas que ele faz e recebe da sociedade.
Suas ações, como se relacionar com uma nova mulher logo no dia seguinte ao falecimento de sua mãe, o acusam de mau caráter.

Mersault é um homem atípico. Por não ter condições financeiras, enviou sua mãe para um asilo, onde ela seria melhor cuidada e ficaria mais feliz.
Ele é um bom trabalhador. Um bom amigo, um homem honesto. Um bom amante, que faz a sua querida Marie querer casar com ele.
Mas Mersault não encontra nenhum sentido na vida. Não acredita em nenhuma ideologia, fé ou até mesmo na ciência, não podendo se amparar em nada.
Talvez ele viva uma vida em grande liberdade, sem esses pensamentos ou ideias... Ou talvez ele tenha uma vida de pura angústia.

Um acontecimento muito grave ocorre na vida do protagonista, o levando a ser julgado em um tribunal de júri.
E é ali onde temos as maiores e melhores reflexões que o autor pincelou em sua obra.


Um livro completamente fora da minha zona de conforto. Com pensamentos e ideias filosóficas.
Confesso que foi cansativo ler essas 128 páginas. A densidade do tema é absurda.
Mas foi uma ótima experiência. A história, apenas narrada como um monólogo e rara em diálogos, me trouxe uma outra percepção para como vemos e vivemos a vida entre a sociedade.

Cansativo, mas com boas reflexões!
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Luiza2205 07/02/2024

O estrangeiro
É bom, mas eu esperava mais. O livro consiste no personagem principal descrevendo sua rotina, umas vida bem medíocre, ele tem uma visão sobre a vida sempre muito cética. E no desenrolar da história ele vai adaptando suas ideia.
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Canoff 06/02/2024

L'étranger - Albert Camus (pode conter spoilers).
"O Estrangeiro", obra clássica do autor Albert Camus, cativa e desafia os leitores com sua narrativa singular e personagem intrigante. A indiferença do narrador, Meursault, permeia todo o livro, confundindo e intrigando o leitor com suas atitudes arbitrárias e falta de emoção diante dos eventos ao seu redor.

A narrativa melancólica e detalhista de Meursault cumpre o papel de um clássico literário, trazendo uma atmosfera lenta e agonizante que reflete o intuito do autor. No entanto, para alguns leitores, a aparente monotonia do protagonista pode tornar a leitura cansativa, especialmente se não estão habituados a esse estilo de narrativa.

Embora não seja uma obra para os amantes de thrillers, "O Estrangeiro" é uma excelente escolha para aqueles interessados em uma análise profunda da psicologia humana. A mente de Meursault se torna um campo vasto para estudo, levantando questões sobre sua saúde mental e emocional.

O final do livro pode deixar alguns leitores confusos e insatisfeitos, especialmente aqueles que esperam uma conclusão mais clara e tradicional. No entanto, para os apreciadores do existencialismo e da reflexão sobre a condição humana, o desfecho abstrato e provocativo de Camus é uma fonte de fascínio e debate.

Em resumo, "O Estrangeiro" é uma obra que cumpre seu propósito ao explorar temas existenciais e psicológicos de forma profunda e provocativa. Para aqueles que se interessam por essa abordagem, é uma leitura indispensável, enquanto os leitores em busca de mero entretenimento podem não encontrar satisfação nesta obra.
Canoff 06/02/2024minha estante
Nota:

Particularmente, não sei o que achar desse livro.


Alane.Sthefany 07/02/2024minha estante
Eu gostei mais depois de ler a história em quadrinhos. Mas foi uma leitura que tive uma estranheza no início, depois passei a entender melhor, ficou um pouco arrastado no meio, mas gostei do final, a parte do julgamento e quando o padre tenta absorver os pecados dele, kakakakakakakaka....




Lady Zulis 06/02/2024

"Acertavam meu destino sem me pedir uma opinião"
Que livro absurdo! Em alguns momentos, esqueci completamente que estava lendo um livro de tão envolvida que fiquei com a história. É um livro triste e deprimente, porém muito fácil se identificar com o personagem Meursault, que vive indiferente as adversidades cotidianas.

Inicialmente, questionei se ele era um psicopata, mas sendo uma leitora assídua de True Crimes e diante das indagações sobre a vida que ele faz, descartei imediatamente essa ideia. Ele é apenas um personagem alheio e apático ao mundo à sua volta. Para ele tanto faz e tanto fez, o que nos fazem questionar sobre a maneira como levamos a vida, a banalização de determinadas situações.

O que me pegou em cheio não foi ele ser condenado pelo crime que cometeu, mas sim, por apresentar comportamentos diferentes aos "normalizados" pela sociedade aos acontecimentos da vida. Meursault é um estrangeiro em seu mundo, um alien.

"Pela primeira vez, há muitos anos, tive uma vontade tola de chorar, porque senti até que ponto era detestado por toda aquela gente."
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marii torquato 05/02/2024

Achei uma leitura bem monótona e chata, bem diferente do que eu estou acostumada a ler, porém tem críticas interessantes, como a alienação e a absurdez da vida. é uma leitura que incomoda, com um personagem fora do comum, indiferente a tudo e extremamente frio.
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Michael147 04/02/2024

Apatia
Gostei do livro. Ficou um pouco com medo de começar a leitura pois vi muita gente falando mal, mas decidir me aventurar e sendo sincero, foi uma experiência bastante unica
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pelzinha 02/02/2024

Livro para te por para pensar.
Comecei a leitura por recomendação. as sinopses me deixaram meio cabreira a respeito do livro, mas embarquei na jornada com fé e coragem. ainda bem que não desisti!

esse livro é dividido em duas partes: antes e depois do assassinato do árabe. a primeira é de ritmo lento e faz-te questionar quando diabos o mussoumano morre. na segunda parte, a ansiedade sessa. você acompanha o julgamento do narrador e se pergunta o que tá acontecendo na cabeça da humanidade. o que acontece é o início dos anos 1900.

(daqui em diante tem spoilers)

O autor resumiu o livro em como a sociedade sentenciaria um homem somente por ele não chorar no funeral da mãe. a história é sobre a sensibilidade extrema, sobre esperar que outros acreditem em Deus e chorem e funerais, mas não aceitem um homem matar para tentar defender seu amigo, que ele seja trabalhador, feliz e etc enquanto não mude essas coisas. gosto dessa critica.
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linaekiet0 02/02/2024

O abismo do absurdo
Essa é minha primeira leitura do Albert Camus, apesar de já tê-lo conhecido e ser encantada pela sua pessoa, inicialmente precisamos admirar suas obras.

O estrangeiro, um dos clássicos que abordam o absurdismo de Camus e que dizem valer a pena ser lido e relido.

Segue com um protagonista distante de si próprio, alheio diante suas emoções e normas impostas pela sociedade.

Mersault é um personagem apático, o ser condenado por um crime que não cometeu.

Devo confessar que de imediato pensava que apenas era apresentado como um protagonista indiferente, adotando a forma de viver alheia. Angustiante como esse personagem se vê apático a tudo que lhe é apresentado a sua vida, o cotidiano, cansativo e constante.

Algo que nos deixa envoltos a estarmos ligados no piloto automático.

Uma leitura curta, que trás reflexões precisas.
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jusousan 02/02/2024

O estrangeiro Camus
Fleumático. É assim que eu descreveria o personagem principal, Mersault. No mais, passivo quanto a tudo e a todos. Nos poucos livros que já li, ainda não tinha me deparado com um enredo igual.

O autor Albert Camus brinca com o leitor e nos oferece reflexões baseadas principalmente na ética filosófica de vida que nos incomodam e, ao mesmo tempo, nos estimulam. Dualidade sensacional.

Mersault se mostra um forasteiro diante da sociedade. Ao mesmo tempo que o protagonista sente-se liberto das convenções sociais, talvez, para a sociedade, o mesmo esteja preso na sua própria caverna de Platão.

Mersault vive sua vida. De acordo com o seu próprio entendimento. É algo tão ruim assim?

No decorrer da história nos deparamos com o adentro do outro, de pouco em pouco, na vida do protagonista. É perceptível, entretanto, que quanto mais o outro se espreme para adentrar o mundo de Mersault, temos a falsa percepção que o personagem esteja, enfim, compreendendo a sua própria existência, a dos outros e, além disso, libertando-se da sua própria ignorância. Porém, o que vemos é seu próprio declínio.

A partir disso, temos o começo do ápice da história. O protagonista é obrigado a conformidades e emoções forjadas para o agrado social. E o final fica ao seu critério. Mersault sai mesmo, afinal, da sua caverna interior?
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