Resenhas - O Estrangeiro

guiguinhos 14/01/2024

Acho que esse livro entrou como um dos meus favoritos (junto com wuthering heights). O "estrangeiro" do Alberto Camus nos apresenta o apático Meursault, que nos é mostrado bem no início da leitura a morte de sua mãe que estava em um asilo, vemos que suas atitudes quanto a isso não são nada de se agradar, já que o mesmo age com um ar de indiferença pela perda, o que logo de cara me deixou bastante curioso pelo personagem e sua história. Ao final do livro, me deixou tão triste por assim dizer, acho que ele me pegou de um jeito que eu não esperava, nada disso eu esperava, o ar melancólico presente na narração do narrador, e como o final dele chegou, e como sua execução era certa e ele relembrava de sua antiga vida, como ele sentia falta daquilo e também como a conversa com o tal padre lhe deixou furioso.

"enquanto meu advogado continuava a falar, eu ouvi o ecoar da buzina do vendedor de sorvetes. Assaltaram-me as lembranças de uma vida que já não me pertencia, mas onde encontrara as mais pobres e as mais tenazes das minhas alegrias: cheiros de verão, o bairro que eu amava, um certo céu de entardecer, o riso e os vestidos de Marie. Tudo quanto eu fazia de inútil neste lugar subiu-me então à garganta e só tive uma pressa: acabar com isto e voltar à minha cela para dormir."

ares 14/01/2024

É uma boa introdução aos livros da filosofia absurdista de camus, explora superficialmente alguns dos temas (como religião, esperança e apatia) da filosofia de modo prático; achei a proposta parecida com Crime e Castigo, só que bem mais curto

Bruna Isabela 14/01/2024

Fui do sentimento de ódio pelo protagonista e por fim terminei sentindo pena. Apenas tristeza por aqueles que não não tomam decisões, que deixa-o se levar apenas pela vida sem emoção alguma. Apenas tristeza ao terminar essa leitura.

lauroca! 13/01/2024

Guilhotina
Eu gostei muito do protagonista. Principalmente do jeito que ele faz o que os outros querem porque não custa nada pra ele.
Gosto quando um livro nos faz questionar as convenções sociais. "O Estrangeiro" nos faz questionar o sistema de justiça, que não é nada justo. Ele nos mostra como os julgamentos, às vezes, não tem sentido nenhum e, muito menos, a pena de morte.

Ruth87 13/01/2024

Eu não sei o que dizer sobre esse livro, o caminho que ele tomou foi totalmente inesperado, mas eu gostei bastante do livro. Só me incomodou tanto das pessoas ficarem incomodadas de como o personagem principal agia. Tanto que no julgamento dele as pessoas estavam mais preocupadas pela forma como ele agiu no velório da mãe, o que não tinha nada a ver com o julgamento que estava transcorrendo.
É meu primeiro livro do Camus e gostei bastante

ferbrito__ 11/01/2024

É um livro sensacional, não concordo com o que muitos dizem sobre esse ser melhor que A Peste, mas ainda sim é um livro incrível de Camus, gostei muito.

duda 11/01/2024

Desinteressante
Amo livros com análises filosóficas e quis dar uma chance para esse esperando por isso. Simplesmente a escrita foi muito fluída, porem a história é bem superficial e não me intrigou nem um pouco. Sinceramente fiquei bem triste de não ter aproveitado a leitura?

Paula1735 11/01/2024

?Surrealista?
?Surrealista? foi a palavra que me marcou na contracapa desse livro. De fato, é do tipo de obra que você mais sente do que entende. A frieza do personagem principal - e narrador - é incontestável, já que isso se dá pela lente realista pela qual ele encara os fatos.
?Você me ama??
?Não. Mas isso não quer dizer nada.?
Porém, no final do livro, apesar de continuar realista sobre a tragédia de sua vida, percebi um ar emotivo, algo ligado à natureza de qualquer animal que busca sempre pela sobrevivência, o desespero íntimo em pensar o que ele deixaria de viver tendo sua vida interrompida? somente ?por causa do sol?.
É um livro que, dizem por aí, retoma o seu impacto a cada vez que se relê. Pra mim, tendo sido a primeira vez, tenho certeza que vou me lembrar de Meursault de vez em quando e sentir esse conforto e esse desespero em aceitar o que a vida tem a me oferecer realmente.

Tiago S. Cruz 11/01/2024

Curioso
O livro nos apresenta a Meursault, um personagem apático, passivo e indiferente da vida. Um francês que vive na Argélia (colônia francesa na época).
Logo no inicio Meursault descobre que sua mãe que vivia em um asilo, morreu, e o mesmo se da como indiferente à perda, o que pode levar a alguns leitores a ter desprezo por ele, mas em meu caso, eu o achei no mínimo curioso.
O livro apresenta diversos insights e discussões sobre uma lógica sobre a vida, sobre o sentido ou o não sentido da vida.

Gabrielle667 10/01/2024

O livro é muito bom, não é atoa que é premiado. Ele me deixou muito incomodada com o personagem principal e o seu fatalismo. E talvez seja isso que o autor queria que sentíamos ao ler ele.
Em suma, o livro é uma obra prima do existencialismo!

gibs28 10/01/2024

O estrangeiro 08/01
Primeira vez que nao sei oque falar sobre um livro aqui porque é tao aberto a interpretação de cada um,é tao ame ou odeio que parece que nada que eu tenha pra falar seria verdade absoluta,mersault nao liga pra nada,tecnicamente isso seria verdade absoluta no decorrer do livro,mais sera que nao liga mesmo pra nada? ou ele so não quer ligar. é uma visao nilista do mundo,é interessante e nao envelhece nunca,eu entendo o apelo de albert camus agora depois de finalmente ler

Lariiix 10/01/2024

?
Pela primeira vez eu não sei o que falar em uma resenha ?

Esse livro me deixou muito pensativa de diversas formas. Não consegui formar uma opinião solida do que eu tinha achado assim que li a última página.
O prefácio nos ajuda a entender um pouco o porquê de tudo mas ainda assim eu queria ter tirado minhas próprias conclusões da história.

No começo eu compreendi e até me identifiquei um pouco com o personagem, ele tendo toda essa indiferença e apatia em relação aos problemas talvez como uma forma de escape. Mas a partir do momento que ele matou aquele árabe eu me afastei muito dele. Até porque não houve um motivo sólido para que ele atirasse naquele homem, muito menos que não só desse um como vários tiros. Eu fiquei chocada com a frieza que ele teve e aparentemente sem nenhum tipo de remorso depois.

Eu entendo que muita coisa desse livro são metáforas, críticas e referências que refletem nossa sociedade, mas olhando o livro de forma crua eu não consigo aceitar o que o protagonista fez. Acho que ele mereceu ser preso pelo crime que ele cometeu, mas não precisava ter sido executado. Ainda mais que ele foi mais julgado por não ter tido "empatia" do que por ter tirado a vida do cara.

Enfim, foi uma leitura interessante.

Amanda3913 10/01/2024

Camus, filósofo do absurdo
O estrangeiro é a representação de um niilista, é como se ele falasse "tanto faz" pra tudo que acontece na sua vida. Ao mesmo tempo ele nega que os acontecimentos possuem sentido ou um significado que possa ser extraído.
Ele vive alheio a tudo o que acontece no mundo e na própria vida , inclusive coisas que nos parecem ser importantes... sua mãe, a vida, a morte, o amor, o trabalho, estar preso ou livre, ser condenado à morte ou não, etc...
É um livro daqueles que incomoda e faz pensar!

Hamilton.Fonseca 09/01/2024

Não sei o porquê de eu ter adiado tanto essa leitura. Achava que seria complicado mas na realidade foi bem simples, e isso não impediu de a obra transmitir profundidade e fazer você se sentir realmente como um espectador que vê tudo através dos olhos do protagonista (ao menos foi como me senti).
Toda essa apatia e esse comportamento fleumático do protagonista vai aos poucos ficando mais incômoda para o leitor, e faz você refletir muito sobre o fator psicológico dele.
Estou ansioso pra procurar algumas análises sobre o protagonista

Dunkstl 09/01/2024

A ironia de Mersault
A obra prima de Camus enfatiza os pensamentos ditos como "inumanos" de seu protagonista de maneira gloriosa.
A morte de sua própria mãe não o afeta, mata um homem Árabe sem nenhum remorso, dando diversos tiros mesmo o homem estando morto.
A parte final de seu julgamento absurdo, é onde a obra brilha, a sentença de morte, que nem levou o crime como principal acusação, força o leitor a pensar sobre Mersault e tudo que fez e pensou no livro, e no fim aceita a sua sentença de morte.