eriksonsr 07/05/2015
Bom para entender os males do estado
De inicio achei que tinha faltado o livro falar um pouco sobre o liberalismo e as ideias liberais, porém depois me dei conta que o propósito do livro não era reste, o objetivo do autor é expor os males que o estado exerce sobre o indivíduo, e isso o autor consegue fazer muito bem!
Apesar do livro ser bem curto (50 páginas) ele é bem consistente e não poupa críticas a existência do estado. Mesmo sendo um liberal e concordando com muitas (bem dizer todas) das critícas, ainda não consigo ser contra a existência do estado como o autor parece ser, ainda vejo o mesmo (o estado) como algo necessário para prover serviços básicos como educação básica e segurança, até porque ausência de estado implica em anarquia, e esta não é uma coisa boa. Mas muitos dos ponto que o autor aborda são inegáveis, como o trecho em que ele fala como o governo é um parasita e a única instituição que não produz nada e ainda consome os recursos daqueles que produzem. Nesse trecho é impossível não ver como isto ocorre no inchado estado/governo brasileiro, onde uma casta de políticos, partidos e burocratas que não produzem nada, consomem e muito, os recursos e riquezas das pessoas.
Trechos que gostei e achei interessante:
"Com o advento da democracia, a identificação do estado com a sociedade foi redobrada ao ponto de ser comum ouvir a vocalização de sentimentos que violam quase todos os princípios da razão e do senso comum, tais como : "nós somos o governo" ou "nós somos o estado".";
"O termo coletivo útil "nós" permite lançar uma camuflagem ideológica sobre a realdiade da vida política. Se "nós somos o estado", então qualquer coisa que o estado faça a um indivíduo é não somente jsuto e não tirânico como também "voluntário" da parte do respectivo indivíduo";
"Devemos, portanto, enfatizar a ideia de que "nós" não somos o estado; o governo não somos "nós". O estado não "representa" de nenhuma forma concreta a maioria das pessoas";
"O estado é a organização social que visa manter o monopólio do uso da força e da violência em uma determinada área territorial; especificamente, é a única orgnanização da sociedade que obtém a sua receita não pela contribuição voluntária ou pelo pagamento de serviços fornecidos mas sim por meio da coerção";
"Enquanto os outros indivíduos ou instituição obtem o seu rendimento por meio da produção de bens e serviços e da venda voluntária e pacífica desses bens e serviços ao próximo, o estado obtém o seu rendimento através do uso da coerção; into é, pelo uso e pela ameaça de prisão e pelo uso das armas";
"O ser humano descobriu que, por meio do processo de troca mútua e voluntária (comércio), a produtividade, e logo o padrão de vida de todos os participantes desta troca pode aumentar significativamente. Portanto, o único caminho "natural" para o ser humano sobreviver e alcançar a prosperidade é utilizando sua mente e energia para se envolver no processo de produção-e-troca. Ele realiza isto, primeiro, encontrnado recursos naturais, segundo, transformando-os ("misturando seu trabalho a eles", tal como disse John Locke), fazendo deles a sua propriedade individual, e depois trocando esta propriedade pela propriedade de outros que foi obtida de forma semelhante";
"O caminho social ditado pelas exigências da natureza humana, portanto, é o caminho dos "direitos de propriedade" e do "livre mercado" de doações ou trocas de tais direitos";
"Franz Oppenheimer apontou para o fato de que existem duas formas mutuamente exclusivas de adquirir riqueza: aprimeira, aforma referida acima, de produção e troca, ele chamou de "meio econômico". A outra forma é mais simples, na media em que não requer produtividade; é a forma em que se confisca os bens e serviços do outro através do uso da força e da violência. É o método do confisco unilateral, do roubo da propriedade dos outros. A este método Oppenheimer rotulou de o "o meio político" de aquisição de riqueza";
"Deve estar igualmente claro que o meio coercivo, explorador, é contrário à lei natural; é parasítico, pois em vez de adicionar à produção, apenas subtrai";
"O estado, no entanto, providencia um meio legal, ordeiro e sistemática para a depredação da propriedade privada; ele torna certa, segura e relativamente pacífica a vida da casta parasita na sociedade.";
"Dado que a produção tem sempre que preceder qualquer depredação, conclui-se que o livre mercado é anterior ao estado. O estado nunca foi criado por um "contrato social"; ele sempre nasceu da conquista e da exploração;
"Uma vez que a depredação tem que necessariamente de ser mantida por um excedente da produção, é um fato necessariamente verdadeiro que a classe que constitui o estado, a burocracia estabelecida (e a nobreza), tem de ser uma pequena fração minoritária no território, embora possa, claro, comprar aliados entre os grupos importantes da população. Como tal, a principal tarefa dos governantes é sempre a de assgurar a aceitação ativa ou resignada da maioria dos cidadãos";
"O rei sozinho não pode governar; ele precisa de um grupo considerável de seguidores que desfrutem os privilégios do domínio, por exemplo, os membros do aparato estatal, como a burocracia em tempo integral ou a nobreza estabelecida. Mas ainda assim isto assegura apenas uma minoria de apoiadores fervorosos, e até a compra essencial de apoio por meio de subsídios e outras conecessões de privilégios não é suficiente para obter o consentimento da maioria. Para produzir esta aceitação crucial, a maioria tem de ser persuadida por uma ideologia de que o seu governo é bom, sábio, pelo menos, inevitável e certamente melhor do que outras possíveis alternativos. A promoção desta ideologia entre o povo é a tarefa social vital dos "intelectuais". Pois as massas não criam as suas próprias ideias, ou sequer pensam de maneira independente sobre estas ideias; elas seguem passivamente as ideias adotadas e disseminadas pelo grupo de intelectuais. Os intelectuais são, por isso, os "formadores de opinião" da sociedade. E dado que é precisamente de uma modelagem da opinião aquilo de que o estado desesperadamente precisa, a razão da milenar aliança entre o estado e os intelectuais torna-se clara. É evidente que o estado precisa de intelectuais; mas não é algo tão evidente por que os intelectuais precisam do estado. Posto de forma simples, podemos afirmar que o sustento do intelectual no livre mercado nunca é algo garantido, pois o intelectual tem de depender dos valroes e das escolhas das massas dos seus concidadãos, e é uma característica indelével das massas o fato de serem geralmente desinteressadas de assuntos intelectuais";
"Os sacerdotes do estado cumpriam a função intelectual básica de obter o apoio popular e até a adoração aos governantes";
"Uma vez que a maioria das pessoas tende a amar a sua terra natal, a identificação dessa terra e do seu povo com o estado foi um meio de usar o patriotismo natural para benefício do próprio estado. Se a "Ruritânia" estivesse sendo atacada pela "Uldávia", a primeira função do estado e dos seus intelectuais seria convencer as pessoas da Ruritânia que o ataque era dirigido a eles e não apenas à casta dominante";
"É também muito importante que o estado faça parecer que o seu domínio é inevitável";
"O povo assumiu que ao novo governo não seria permitido determinar os limites da sua própria autoridade, uma vez que isto tornaria o próprio governo, e não constituição, supremo";
"Uma vez que o estado sobrevive necessariamente do confisco compulsório do capital privado, e uma vez que a sua expansão envolve necessariamente uma incursão cada vez maior sobre indivíduos e empresas privadas, é imperativo afirmar que o estado é uma instituição profunda e inerentemente anticapitalista";