Daniel.Simoes 16/01/2019
O ser humano nasce indefeso e precisa utilizar a mente e a energia para transformar o que a Natureza lhe fornece (produção). É essa troca mútua e voluntária que traz aumento significativo no padrão de vida de todos. Oppenheimer diz que há duas formas de adquirir riqueza: 1) meio econômico: por produção e troca; 2) meio político: por confisco de bens e serviços do outro por força e/ou violência, reduzindo "o incentivo ao produtor produzir além de sua subsistência" (sistematizado pelo Estado).
O livre mercado é anterior ao Estado, que nasceu da conquista e exploração (e não por um estado social).
O Estado se eterniza no longo prazo através da força e da ideologia. Para esse apoio ideológico, ele precisa se unir aos intelectuais (formadores de opinião), e o faz sob os argumentos de que os governantes são os melhores (tecnocracia), de que a subjugação é inevitável (se cair fica pior), e de que as alternativas são amedrontadoras (instauração do medo). Portanto, "o maior perigo para o Estado é a crítica intelectual independente". E para cortar novas ideias pela raiz ele inventa teorias da conspiração e diz que todo lucro é exploração.
Para transcender seus limites, o Estado faz uso da "revisão judicial" como meio para assegurar expansão dos poderes do Estado, pois Poder Judicial é uma parte essencial do aparato governamental e, sendo assim, "o Governo é juiz de sua própria causa". O Estado é anti-capitalista e sobrevive do confisco compulsório do capital privado.
As ameaças fundamentais ao poder e à existência do Estado são a Guerra e a Revolução, sendo um abuso o recrutamento obrigatório. Apesar da guerra poder trazer algumas oportunidades aos Estados, como de conquistar territórios e aumentar os encargos, ela pode trazer grandes estragos também, e por isso é uma ameaça.
As principais tentativas de se limitar o Estado são, no campo interno, o constitucionalismo, e, no campo externo, o Direito Internacional. Este, em tempo de guerra, tenta limitar os danos aos cidadãos, e sempre objetiva proteger os comerciantes da limitação ao seu direito de propriedade.
Um livro que defende uma ideologia libertariana, de que o Estado é um mal em sua definição. Apesar de possuir algumas ideias interessantes, como os capítulos iniciais sobre definição do conceito de Estado e sobre como se pode adquirir riquezas, ele não consegue desenvolver argumentos coerentes ao tentar explicar a união do Estado com intelectuais, se valendo de teorias da conspiração. Na parte final do livro o autor não desenvolve como as Revoluções ameaçam o Estado. E não há uma conclusão, o livro termina sem finalizar a ideia.