La Peste

La Peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Jose372 08/01/2024

1947 ou 2020?
Ao ler esse livro me arrepiei em muitos momentos porquê mesmo sendo escrito em 1947, tem muita coisa em comum com 2020. De resto não me surpreendeu muito, e por ser um livro antigo tem uma linguagem adequada a época e que é um pouco rebuscada.
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Terremoto resplandecente 07/01/2024

Uma nova perspectiva
Realmente ler esse livro depois da pandemia é uma outra experiência. Extremamente diferent de quem leu antes.
Muito inspirador ver as pessoas lidando com a peste. Seus sentimentos, angústias, medos... E pensar q isso tudo veio de antes.
Podeira dar uma nota maior e ter aproveitado a leitura se eu não tivesse parado de ler e deixado de lado por muito tempo
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Jander 04/01/2024

Ela está em toda a parte
Lê-lo após passarmos por uma pandemia dá a impressão de que o relato estava sendo dos acontecimentos de até bem pouco tempo atrás.

Em forma de uma história contada através de um relator indefinido, o livro se passa em uma cidade fictícia (mas nem tanto). É rico em detalhes e descrições. Albert Camus tece uma premonição como nunca e ninguém poderia ter feito.

E ela está em toda a parte, em todos nós e adormecida.
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Felipe Augusto 31/12/2023

"A Peste", de Albert Camus, é uma obra intensa que mergulha na condição humana sob o impacto de uma epidemia de peste em Oran. Publicado em 1947, o livro segue o médico Bernard Rieux, cuja luta contra a doença torna-se uma alegoria profunda da existência. Camus utiliza a peste como metáfora das crises existenciais, explorando as reações psicológicas e filosóficas dos personagens diante da morte iminente.

A narrativa aborda a busca por sentido em um universo aparentemente absurdo, destacando a resistência e solidariedade humanas perante a adversidade. A escrita precisa de Camus reflete sua filosofia do absurdismo, onde a vida é confrontada como inerentemente sem sentido, mas os indivíduos têm o poder de criar significado através de suas ações.

"A Peste" desafia os leitores a refletirem sobre questões existenciais, moralidade e responsabilidade em face das tragédias coletivas. A obra continua a ser uma reflexão atemporal sobre a natureza da vida, incentivando-nos a confrontar as complexidades de nossa própria existência e a encontrar significado mesmo nas situações mais desafiadoras.
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Marcelo Purificação 31/12/2023

Breve Resenha
"A Peste" é uma obra-prima existencialista de Albert Camus que se desenrola na cidade fictícia de Oran, na Argélia. A narrativa se desdobra quando a cidade é atingida por uma praga devastadora, tornando-se uma alegoria poderosa sobre o absurdo da vida. Camus explora as reações humanas diante da morte iminente, oferecendo uma reflexão profunda sobre a natureza humana, solidariedade e a busca por sentido em um mundo aparentemente indiferente. Sua prosa envolvente e a complexidade dos personagens tornam "A Peste" uma obra cativante, deixando os leitores imersos em questionamentos existenciais duradouros.
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Leandro.Santana 29/12/2023

A Peste - Albert Camus
O livro “A Peste” foi publicado em 1947, pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial. A história retrata uma epidemia na cidade argelina de Oran. Camus teria se inspirado em uma epidemia de cólera que ocorreu naquela cidade, no século XIX, mas também nas escolhas éticas feitas pelos franceses durante a ocupação nazista.

O fato é que diante de uma epidemia bacteriana ou virótica, ou do jugo de um regime autoritário, as pessoas se veem diante de escolhas difíceis, nas quais os valores morais individuais e da sociedade se revelam como nunca.

Gostei muito de um trecho da crítica publicada por Marina Warner no The Guardian, que reproduzo abaixo:

“Repetidamente, Camus invoca alguma condição de bem-estar que foi perdida, porque a pestilência se instalou. Isolados na cidade da peste, perdem-se as amarras dos amores e valores passados: "Eles experimentaram o sofrimento profundo de todos os prisioneiros e de todos os exilados, que é viver com uma memória que não serve para nada." Isolados e maculados, os habitantes sofrem a quebra de todos os laços sociais; todo o tempo se torna presente e apaga a esperança (no futuro) e o amor (com sua conexão com o passado). Mas o quebra-cabeça central com que Camus se preocupa chega no final do romance, com a célebre pergunta de Tarrou: "Alguém pode ser santo sem Deus?" Ao que o Dr. Rieux responde: "Heroísmo e santidade não me atraem realmente ... O que me interessa é ser um homem.”"

E o que é ser um homem, neste caso? Camus responde “os homens são mais bons que maus, e na verdade a questão não é essa. Alguns ignoram mais outros menos, e é a isso que se chama virtude ou vício, sendo o vício mais desesperado o da ignorância, que julga saber tudo e se autoriza, então, a matar. A alma do assassino é cega, e não há verdadeira bondade nem belo amor sem toda a clarividência possível”.
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Kethiza 28/12/2023

Livro pesado, denso com narrativas que muito me lembravam do período da COVID em que vivemos recolhidos, em isolamento, distantes de amigos, família e pessoas que amamos. Alguns distanciamentos nunca terminaram.

Uma frase que me marcou no livro: ?? jamais alguém será livre enquanto houver flagelos?. Enquanto houver guerras, doenças e violência estaremos teremos nossa liberdade cerceada independente se somos inocentes ou culpados.
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Arquimimo0 19/12/2023

Gostei. Havia lido quando estava na universidade. Li novamente e a leitura deste livro, depois da pandemia, é simplesmente uma descrição muito parecida do que aconteceu no Século XXI.
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Heitor 17/12/2023

Impressões do nosso exílio
É interessante como a leitura desta obra, para aqueles que viveram os dias reclusos, nunca mais estará desvinculada do próprio exílio vivido na carne de cada um. e, assim como a obra é bem capaz de captar, a experiência humana, das memórias de vidas e mortes, depois que tudo é vivido, quando perdem a qualidade visceral da presença, tornam-se em manchas que acabam por serem esquecidas. mas que nunca deixarão de nos marcar; dia-a-dia: refletidos.
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Leonardo.H.Lopes 17/12/2023

La Peste, de Camus
A Peste, de Albert Camus, conta a história de uma epidemia de peste que assola a cidade de Oran, na Argélia. Após centenas de ratos saírem dos esgotos da cidade para morrerem nas ruas, a peste transmite-se para os seres humanos provocando mortes em massa. A cidade é fechada e isolada do mundo; ninguém mais entra ou sai de Oran; notícias não chegam mais e nem são enviadas; famílias são separadas; quarentena; escassez de recursos; limitação de lazer …

Nesse cenário, acompanhamos a história do médico, do capitalista, do jornalista, do servidor público e de uma miríade de personagens que desfilam pela alienação e opressão da situação que se abate sobre Oran e dura meses.

A praga que se abate na cidade literária de Camus é, nas palavras de Otto Maria Carpeaux¹, uma transparente alegaria da ocupação nazista na França. Entretanto, do romance cabem tantas interpretações que o mesmo deixa de ser alegoria e é elevado à categoria de símbolo. A posição da epidemia, entre ser praga em sentido real e, ao mesmo tempo, em sentido figurado, cria uma atmosfera onírica e de pesadelo que permeia todo o enredo. Segundo Carpeaux, “Camus escreveu o livro clássico sobre a Peste do nosso tempo”.

Através dos efeitos que o flagelo causa na sociedade d’A Peste, Camus retrata questões relacionadas ao destino e condições humanas, tecendo a impossibilidade dessas situações e declarando impossível, ou seja, absurda, a vida.

Pessoalmente, achei que o livro se inicia muito bem e se mantém interessante até a metade. Contudo, para a minha experiência de leitura, Camus não cria personagens vividamente interessantes. Não consegui sentir interesse pelo rumo dos personagens principais da narrativa, pois achei o livro cansativo da metade para o final, sem grandes acontecimentos que impulsionam a curiosidade do leitor, fazendo da leitura de um romance algo prazeroso e instigante. O enredo fica morno, sem tempero depois que nos acostumamos com a realidade endêmica de Oran que é criada no início da história.

Ressalvadas essas considerações altamente pessoais, A Peste é um bom livro que merece ser lido , afinal “o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e nas roupas, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. [..] viria talvez o dia em que para a desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus rayo e os mandaria morrer numa cidade feliz.”




1 CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial - p. 2816-7
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Streisky 06/12/2023

Infelizmente não segue um único caminho, não é a vivência do médico, nem da cidade, nem filosófico, e sim uma mistura de todos,
acaba sendo muito distante.
A lembrança pandemica veio com força, mas senti mais pelas minhas lembranças de fato do que o instigado pelo livro.
Apesar disso, é uma boa leitura.
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Vanessa453 02/12/2023

Um romance de Albert Camus que conta a história do horror e da resiliência do ser humano durante um período de peste. Uma parábola intemporal, publicado originalmente em 1947, que não está tão distante dos últimos acontecimentos.
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ivnachaib 09/11/2023

Um fechamento para a pandemia.
"Tudo o que o homem pode ganhar no jogo da peste e da vida é o conhecimento e a memória."

Depois de devorar O Estrangeiro, achei que ler A Peste seria uma continuação apropriada, e eu o achei lindamente escrito desde o início. A delicadeza de Camus na escolha das palavras já havia chamado minha atenção anteriormente, mas ele leva isso a outro patamar nessa obra.

Embora, na minha perspectiva, a estratégia de começar uma história com ênfase descritiva tenda a levar a um excesso de informações supérfluo e monótono, não vemos nada disso na forma como o autor tece a sua análise tanto da cidade como dos seus habitantes. Na verdade, foi exatamente esse aspecto que primeiro me fisgou.

Através da história de como a peste condenou à morte os cidadãos de Oran, somos apresentados a uma história sobre a vida e, mais especificamente, sobre como escolhemos viver. Seria, portanto, uma leitura pertinente em qualquer circunstância, mas sinto que se revelou muito mais surpreendente depois de ter vivido a pandemia que, em muitos aspectos, se assemelhou ao que Camus narrou de uma forma muito mais profunda que eu poderia imaginar.

Sempre ouvi que a história é cíclica e, ao ler este livro, pude realmente perceber isso. É ao mesmo tempo estranho e fascinante pensar que um autor de outra nacionalidade e século seria capaz de relatar com fidelidade o que aconteceu em termos políticos, de saúde, sociais e existenciais algo que vivi agora há pouco. E acho que foi uma boa maneira de efetivamente encerrar esse momento.

No entanto, a narrativa fica um pouco lenta no meio e achei difícil me relacionar com os personagens principais durante a maior parte dela, o que foi um pouco decepcionante. Por outro lado, gostei muito da forma como o livro nos apresenta muitas perspectivas, evitando tratar de uma experiência particular, bem como da referência subtil ao caso de Meursault e do acontecimento na cena da companhia de ópera interpretando Orfeu e Eurídice. Esse trecho me lembrou um pouco de A Máscara da Morte Rubra, que eu adoro.

Em suma, a obra tem seus altos e baixos mas é uma leitura encantadora, necessária e interessante.
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