O Aleph

O Aleph Jorge Luis Borges




Resenhas - O Aleph


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Matheus Fariaaas 27/11/2023

O Aleph: Uma faísca de Tudo e Todos
Convenientemente tive posse dessa livro por um gigantesco acaso: simplesmente a chance de algum dia em me deparar com ele e lê-lo até o fim era simplesmente baixíssima. Que grata surpresa eu tive, no entanto, pois a experiência que tive aqui - as múltiplas e infinitas experiências que existem neste livro - me proporcionou um nível de reflexão e questionamento que eu não havia sentido desde que li o "Grande Sertão: Veredas''.

O fantástico revelado nos mais banais dos detalhes: isso é o que torna essa obra singular! As histórias desse livro vieram em um ponto chave da minha vida; certamente há uns 3 anos atrás esse livro me seria ilegível, maçante e sem sentido. Borges constrói suas narrativas com um nível riquíssimo de referências em praticamente todos os contos. O livro parece exigir sim um conhecimento prévio do leitor, seja isso bom ou ruim; é necessário conhecer um pouco de teologia clássica; filosofia e história antiga; misticismo oriental e cabalista; ter bom conhecimento de escrituras sagradas como o Corão e a Biblia; entre outros por menores culturais e regionais da América do Sul como gaúchos, bandeiras, etc...

Não gosto de cair em classificações como "realismo fantástico" ou coisas parecidas pois me parece que o que Borges tentou traduzir nesses contos é de um conhecimento já muito milenar e místico, coisa que transcende e muito a crítica de uma única opinião, de um único ponto de vista. Eu recomendo muito a leitura!
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Regis 13/11/2023

"Delírios do racional"
Esse é um livro de histórias curtas publicado em 1949 e é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da obra de Jorge Luis Borges.
O conto O Aleph, que dá nome ao livro, é o último da coletânea; e Aleph é também a primeira letra do alfabeto hebraico.

Hábil com as palavras, Jorge Luis Borges consegue nos introduzir em uma realidade mística e insólita onde questões metafísicas permeiam nossa mente a cada conto lido.
Os labirintos rondam a mente e a escrita do autor, fazendo-se presentes em suas histórias, despertando a curiosidade e o fascínio de quem lê: "Um labirinto é uma casa edificada para confundir os homens; sua arquitetura, pródiga em simetrias, está subordinada a esse fim."

O primeiro conto, O Imortal, é assombrosamente deslumbrante! A realidade entrelaça-se com a ficção de forma fantástica, criando um universo ilusório onde vida e fantasia se confundem. A procura do personagem Marco Flamínio Rufo, tribuno de uma das legiões romanas, pela secreta cidade dos imortais e a vida eterna é contada de uma maneira que fica claro o efeito que a imortalidade causaria nos homens, e essa percepção nos faz penetrar na história, participar e vivenciar o desespero de sua busca anômala.

Os outros contos também são magistralmente escritos. Destaque para A Casa de Asterion: que em sua curta simplicidade sempre me faz chorar ao perceber a solidão infinita que fez parte da vida do Minotauro e em como a monstruosidade que a soberba e o erro de seu pai (o rei Minos) fez cair sobre ele, não é sua culpa.
Vê-lo vagando por aquele labirinto infinito criando jogos e amigos imaginários para suportar a solidão é, de certo modo, devastador de ler. Já li esse conto várias e várias vezes, mas todas as vezes meus olhos vertem lágrimas pela triste existência de Asterion. Além de sua prisão física, Borges evidência a prisão sem muros que o envolve tornando sua inocência em não percebê-la, o martírio de sua vida.
Conheci Borges através desse conto e sua escrita e sensibilidade me ganharam de imediato.

Borges nesses 17 contos aborda temas universais que desde sempre estiveram presentes na sua escrita, tornando seus livros fontes de sonhos e labirintos infinitos envoltos pelo fantástico. A solidão, a filosofia, a metafísica, a mitologia, a teologia, batalhas, guerras e o tempo fazem parte de suas historias tornando-as um reduto fantástico para os leitores do comum e do inusitado. Recomendo para todos esse grande autor.
Fabio 14/11/2023minha estante
Com toda a certeza , me convenceu lê-lo, Regis!
Que resenha primorosa!
Parabéns!??


Regis 14/11/2023minha estante
Obrigada, Fábio. Tomara que goste do Borges.??


Fabio.Nunes 15/11/2023minha estante
Tá bom tá bom. Botei na lista rsrs


Fabio 15/11/2023minha estante
Eu já tenho uma pequena experiência com o Borges em uma antologia, Regis, porém nunca li um romance dele. Espero que esse seja o primeiro!?


Brujo 15/11/2023minha estante
Que bela resenha !!!!!


Léo 15/11/2023minha estante
Deu vontade de ler, a resenha está maravilhosa. ?
Qual você recomendaria para eu ler primeiro, Ficções ou O Aleph?


Regis 15/11/2023minha estante
Obrigada, Sidney! ?


Regis 15/11/2023minha estante
Obrigada, Léo. ?
Ficções foi o primeiro que li e é nele que estão os contos: A Biblioteca de Babel e As Ruínas Circulares.


Regis 15/11/2023minha estante
O Aleph não é um romance, Fábio, é um livro de contos assim como Ficções, mas espero que ainda queira ler e que goste. ?


HenryClerval 20/11/2023minha estante
Resenha maravilhosa!!! ????


Regis 20/11/2023minha estante
Valeu, Leandro! ?


Mariane.Maske 26/12/2023minha estante
Resenha perfeita! Confesso que estou achando bem desafiadora a leitura, por perceber que é um verdadeiro quebra cabeças de referências as quais muitas vezes desconheço. Sua resenha está muito boa!


Regis 26/12/2023minha estante
Muitos obrigada, Mariane. Jorge Luis Borges era muito conhecido por sua imensa erudição e suas vastas referências. Li os grandes poemas épicos e mitologia grega, isso facilitou muito com todas as referências que o autor apresenta em seus contos. Quando não souber de algo pesquise, vai te ajudar muito na compreensão da leitura. ??




Vanessa453 10/10/2023

Aleph é um livro de pequenos contos, de linguagem rebuscada e temas paradoxais. O autor vagueia boa parte da leitura. Eu adorei sua forma escrita, mas ainda não consegui captar a essência do autor.
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jungesartur 05/10/2023

Não sabia que eram contos
Achei que o Aleph era um livro contínuo, não fiz pesquisa, mas comprei. Me havia sido indicado por um professor da faculdade que na época pensava em escrever um livro de poemas sobre Labirinto. Mal sabia eu que provavelmente ele havia se inspirado nesse livro, porque em mais de um conto a linguagem/imagem do labirinto aparece.
O do minotauro é muito bacana, você nem se dá conta e tchará, surpresa/ plot-twist.
Mas achei ou difícil a leitura, ou algo semelhante. Não consegui "captar" tudo, muita coisa fui deixando fluir, não me ative muito a entender tudo ou a leitura deixaria de ser prazerosa.
Que Deus me perdoe de dar nota 4 pro Borges, ele é um autor nota 5, alta literatura, mas como não consegui acompanhar tudo...
E não achei escancaradamente "literatura fantástica", lembro de ter lido Ficções em 2018 e se eu me lembro algum sentimento que ficou da leitura, tava mais dentro dessa chave.
Comprei também O livro das criaturas imaginárias, esse eu acho que vou gostar muito... logo empreendo a leitura.
Se eu puder resumir em três palavras esse livro, diria Deus, Labirinto e Deserto.
É um livro bom, não direi muito bom, mas é também. Recomendo.
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EduardoCDias 02/10/2023

Decepção
Sinceramente, pela fama desse livro, esperava muito mais. Como primeiro contato com Borges, não fui muito feliz. Espero que os próximos sejam melhores. Ou eu não estava num bom dia para ler Borges. Post-scriptum: Agora, na segunda leitura, tudo se torna mais claro e mais atraente. É difícil? Sim, muito difícil. Mas muito prazeroso desvendar os contos (mesmo que seja com ajuda). E vamos ler outros Borges!
brunaponce 13/10/2023minha estante
??




Isabela 28/09/2023

Começando Borges
Esse livro foi meu primeiro contato com o autor, devo admitir que em alguns contos tive que buscar auxílio de interpretação posteriormente e em vários trechos tive que reler pelo menos umas 3x, para entender o estava escrito. Contudo foi uma leitura muito positiva para mim, quase como um desafio pessoal. Fui lendo aos poucos, um conto por dia, com calma.
No geral, gostei muito da leitura, os contos que tive mais afinidade foram: "O aleph", "o imortal", "emma zunz", "a casa de astérion" e "aben hakam, o bokari, morto em seu labirinto".
É interessante como o labirinto, reflexões sobre a vida, morte e universo (e toda sua imensidão) são pontos muito presentes nas passagens de Borges.
Por fim, no decorrer desses contos pensei bastante sobre como a linguagem muitas vezes nos limita na transmissão de informações ou até mesmo na explicação de conceitos como vastidão, universo e infinito, porém segue sendo a forma de comunicação mais evoluída que conhecemos.
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Maria 26/09/2023

O Aleph
Achei que seria muito difícil ler Borges e não é. É desafiador sim, em muitos contos fiquei perdida e não consegui acompanhar as referências. Entretanto a escrita é fluida e você continua lendo, mesmo sem entender tudo, você pega o contexto.
Gostei muito dos contos: o imortal; o morto; os teólogos; história do guerreiro e da cativa; aben hakan, o botaria, o morto em seu labirinto; os dois reis e os dois labirintos; o homem no umbral.
Acredito que lerei de novo futuramente, depois de ter mais bagagem de leitura.
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Sayonara 26/07/2023

O Aleph
Pode uma pessoa comportar - e dar vasão! - um mundo interior tão rico? É o que me pergunto sobre Borges. A crença patente na existência de um tempo circular e na lei do eterno retorno é poetisada nesse livro, e em "Ficções", de um jeito tão bonito, sem ser delicado, e erudito, sem denotar pedantismo, que deixa qualquer leitor sem palavras.
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Joao.Gabriel 15/06/2023

Uma coletânea muito boa. Todos os contos são, no mínimo, muito bem feitos. Por questão de gosto e entendimento, houve um ou dois que gostei menos ? o que não significa que desgostei.

No geral, achei ótimo. Os contos que mais gostei foram "Os Imortais", "O zahir", "a escrita do deus", "o homem no umbral" e "o aleph". Dentre estes destaco Os Imortais e O Aleph.

Recomendo a todos, a literatura de Borges é única é excepcional, uma fantasia sutil e absurda com uma escrita bem feita e imersiva.
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Rafick 10/06/2023

O livro é verdadeiramente fascinante. O estilo de escrita do autor é envolvente e complexo, o que contribui para a qualidade da obra. Ao longo do livro, o autor habilmente incorpora referências literárias sofisticadas, enriquecendo ainda mais a experiência de leitura. Embora a linguagem seja complexa, isso não compromete a qualidade do livro, que se mantém excelente."
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Rafa 06/06/2023

Crueza da vida
A narrativa do autor prescindi padrões ao tento de entabular o fantástico. Os contos atingem uma profundidade alheia à narrativa usual, o que, de certa forma, valoriza o tema fantástico.
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Ariadne 21/05/2023

Sou uma mulher simples. Comecei a ler Borges porque queria ter assunto com outra mulher. A gente se coloca em algumas posições - submissas demais - às vezes. Ela nunca soube que eu havia comprado o livro e lido o bendito de cabo a rabo, claro: o destino não funciona assim. Seria simples demais, e o nosso mundo é complicado demais.

Borges resmungaria alguma coisa sobre movimentos cíclicos, traria inúmeras referências as quais eu teria que pesquisar a fundo para entender, diria que essa resenha é um labirinto e que provavelmente a autora é covarde.

Demorei-me nestes textos, confesso. O esforço inicial em decifrar a escrita complexa para impressionar passou a ser prazer, e impressionei-me. Entendi o porquê de ler Borges. Investiguei quase todos os detalhes e tentei entender algumas das referências infinitas. (nunca acabam, juro). Tenho certeza de que entrei em um esquema de pirâmide e que terei que devorar, chutando baixo, uns vinte outros textos só pra compreender um pouco mais disso tudo (o mundo?), pra não ficar por isso mesmo, pra não jogar tudo no vácuo, pela vontade.

Todos os contos deste livro são difíceis (ao menos pra mim). Aqui, a linguagem é acessível, mas o conteúdo é complexo, quase cifrado. O escritor traz referências inúmeras, mencionando pensadores gregos, textos ocidentais bíblicos, alguns escritos árabes, como "As mil e uma noites", de Antoine Galland, e várias mitologias.

Pude perceber certa insistência (e obsessão) em temas gerais, como o tempo, o universo, a identidade, a eternidade, a (i)mortalidade etc. Certos temas específicos também me chamaram atenção pela frequência com que apareceram: os movimentos cíclicos, os labirintos, a crítica sutil às instituições religiosas, os movimentos pendulares, a transformação abrupta do caráter, o fantástico, o onírico etc.

Anotei em lápis, na última página, uma experiência que tive durante a leitura de um dos contos (não me lembro em qual estava, me desculpem): "Quando te leio, sou levada, como que em plena despersonalização, a assuntos metafísicos. Não ignoro mais o mundo e a passagem do tempo. Teus segredos estão seguros entre os meus". Acho que foi uma espécie de anedota a Borges. Gosto de fingir que converso com o autor, quando o texto me marca muito.

Para concluir, estudei muito e saí dessas páginas um tiquinho maluca. Ainda bem que a gente se coloca em algumas posições -submissas demais - às vezes.

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joaoggur 17/05/2023

Borges; o irreverente.
Jorge Luís Borges é um autor que deixa claro que está caçoando do leitor a cada palavra de seu texto. Seu estilo é muito próprio; foca-se nas minúcias, e simultaneamente, não há papas na língua para haver uma grande quantidade de informações em poucas linhas. Sua literatura deve ser devorada com calma, pelas beiradas, internalizando cada pequeno tópico de seus contos sem pressa alguma.

Meu maior conselho para ler ?O Aleph? é ficar atento a cada conto, para ler com um foco ímpar. O autor, além de esbanjar de escrita difícil, não teme em mostrar que era um homem letrado; por entre os contos, há inúmeras referências a obras gregas, outras egípcias, e até shakesperianas. Cada conto tem sua unicidade, mas seu estilo narrativo é predominante. Ouso dizer que seus textos têm camadas: quanto mais vezes lemos o mesmo texto, mais minúcias implícitas são achadas.

Não há dúvidas da minha recomendação de ?O Aleph?, dado que todos os contos aqui presentes têm o seu valor. Apenas ressalvaria que deve-se ler com muita atenção, em um ambiente calmo e, principalmente, com a mente calma. A magia de Borges está nas entrelinhas, está muito mais que nas histórias fantásticas.
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Fernanda Dezopi 12/05/2023

O autor é realmente genial e faz várias correlações ao decorrer das suas obras. Cita várias referências de lugares, escritores, Deus, momentos da história que é realmente interessante. O grande problema dessa obra para mim foi que eu me perdi em vários momentos e tive que reler novamente. Como também, tive que recorrer a várias resenhas para poder conectar e compreender. Talvez relendo em outro momento da minha vida eu consiga captar maiores mensagens e que a leitura se torne mais leve e fluida.
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Brandi 29/04/2023

Uma coletânea de contos maravilhosa que evidencia as características mais marcantes da obra de Borges: o uso arrebatador só fantástico; as questões metafísicas e existências poderosas; e a invenção de realidades extremamente palpáveis.
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