Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Guilherme Vechiato 14/06/2023

Livro Angustiante
Eu tinha a ideia de ler Vidas Secas, mas Angustia ficou disponível no KU, então acabei pulando algumas leituras para iniciar este.

O romance de Graciliano Ramos consegue nos entreter de uma maneira impactante, pois entramos literalmente na cabeça do personagem principal, em seus pensamentos, em suas lembranças, visão do mundo e das pessoas ao seu redor.

Luis não é um personagem que você vai morrer de amores, ele possui várias camadas, e todas tem um grau de cobrança forte. No trabalho, nas amizades, no passado, tudo parece incomodá-lo e ao mesmo tempo ele está acomodado com a vida que leva. Existe uma crise existencial muito grande.

Você precisa de um tempo para se acostumar com a maneira da escrita, pode ser que essa não linearidade do tempo e dos pensamentos dificultem sua leitura.

O autor vai se utilizar da história para passar seus pensamentos sobre questões políticas, sociais, psicológicas em um momento cheio de mudanças que estava acontecendo no Brasil daquela época.

Angustia é o título perfeito para essa história. É angustiante ler a queda física e mental desse personagem principal. Ele acaba definhando por pensar demais em coisas que ele dizia não se importar, ele deixa de fazer coisas por martelar em sua cabeça situações inexistentes. Será que não somos assim também em nossas vidas? Se importar demais por situações que não vão mudar quem somos, o que fazemos?

Uma dica é ler o início de livro após o término, algumas questões que parecem ficar em aberto, vão ser sanadas. É um livro cíclico, e quando descobri isso, fiquei ainda mais impactado com essa história. Quanto mais penso nela, mais eu gosto.
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Soso:)) 14/06/2023

Identificação
Encontrei um Luís da Silva dentro de mim.
A forma como Graciliano Ramos desenvolve todo o ambiente é muito envolvente e realmente te leva a 1930.
O tempo psicológico me fez sentir cada vez mais íntima da história, como se realmente fosse um ombro direiro de Luís.
Recomendo muito!!!
( já entrou na lista dos meus favs )
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Gabyz 13/06/2023

Um livro que li mais rápido do que esperava, um dos poucos clássicos que li que gostei ,mas fica atrás do meu querido memórias póstumas. A história em sim é muito interessante e tantas verdades trazidas .
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starlight 11/06/2023

Angústia
Adoro o fluxo de consciência e poder acompanhar a complexidade dos pensamentos do protagonista (Luís continua sendo um estranho, principalmente a obsessão dele pela Marina e o jeito que ele descreve ela), a linguagem não é tão difícil e a narrativa pode ser meio cansativa no início, mas acho que flui muito bem. Superou minhas expectativas, principalmente a cena final.
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Beatrys 10/06/2023

Raramente percebo qualquer coisa que se relacione comigo
Clássico da década de 30, em meio ao caos político, nacionalmente com o golpe de 30 e a nível internacional com a crise de 29 e as crescentes tensões entre as colônias e os Impérios europeus. Ler esse livro quase 100 anos depois, com a efervescência política atual onde tu é politizado, é no mínimo angustiante.
Luís da Silva, vem de uma família em decadência que perdeu terras. Cresceu no sertão, tinha consciência política e religiosa. Mas com a perda das terras, ele trabalha com jornalismo. Apesar de ser rude e bruto, é inseguro e apaixonado, personalidade arrogante, mas caminha pelas ruas com a cabeça baixa e isso o torna um personagem complexo. ?Quanto mais me vejo rodeado mais me isolo e entristeço. Quero recolher-me, afastar-me daqueles estranhos que não compreendo, ouvir o Currupaco, ler, escrever. A multidão é hostil e terrível.?
É letrado, intelectual e sensível ?O amor para mim sempre fora uma coisa dolorosa, complicada e incompleta.?
Mesmo apaixonado não consegue ser amável com Marina, a presença de Julião o atormenta.
Posso dizer que a leitura não é fácil, me perdi, várias vezes voltei e li tudo de novo. Isso às vezes é empolgante em alguns casos, mas nesse livro foi cansativo porque ele é denso. Temos narrativas do passado e logo vamos para diálogos no presente, sempre passando por parágrafos reflexivos.
A leitura nem sempre tem que ser fácil para ser boa e prazerosa , mas nesse caso até o Graciliano reconheceu certa redundância. Mas ele não é um bom parâmetro, sempre foi muito autocrítico.
Tive bastante dificuldade, às vezes foi chato, mas realmente acredito que devemos nos desafiar literariamente como exercício para melhora da qualidade de leitura.
Ótima obra do regionalismo, o autor escreve bem demais, amei vidas secas. Espero aproveitar mais ?Angústia? em uma futura releitura.
?Como certos acontecimentos insignificantes tomam vulto, perturbam a gente! Vamos andando sem nada ver, o mundo é empastado e nevoento. Súbito uma coisa entre mil nos desperta a atenção e nos acompanha.?
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jackpveras 09/06/2023

Leitura Angustiada
Ler as páginas dessa incrível obra é a garantia certa de um turbilhão gratuito de angústia. Narrador mágico, dotado da capacidade de angustiar as pessoas que mergulham em sua prosa perturbadora e desassossegada. Vale a pena pela inquietação e perturbação experimentada em cada página.
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ephemelis 08/06/2023

Queria dar mais estrelas, mas esse livro é tão abertamente machista, racista e pró escravidão que não dá!!! é uma experiência incrível, mas não dá. ter que dar uma nota é impossível.
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maduxz 08/06/2023

Angústia
Apesar de ser uma leitura obrigatória para a Fuvest, eu gostei muito.
Acho que vai ser um dos melhores.
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Bárbara_22 02/06/2023

Não é uma leitura fácil, no começo é super confuso mas depois se torna mais fácil de compreender, e se torna em algumas partes angustiante de ler
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Mariana812 28/05/2023

?Os armadores rangiam. O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando-se, traindo-se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem?.
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OssosDePapel - Instagram 28/05/2023

Foi impossível não lembrar de Crime e Castigo.

O fluxo da narrativa desperta mesmo a noção de angústia. É irregular e desconfortável.

O autor dá saltos no tempo e até usa o início para complementar o final. Esse recurso remete a um círculo eternamente a girar e acentua o sentimento que dá título à obra.
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Mari 28/05/2023

Embora curto, não é uma leitura fácil. A narrativa é um fluxo de consciência que a todo tempo mescla passado, presente e devaneios, um se sobrepondo ao outro.

Entendo a comparação com Crime e Castigo pelo estilo da narrativa, como também pela ação de Luís, que assim como Raskólnikov, comete um crime e, logo depois, adoece, como uma forma de autopunição por não saber lidar com o que fez, e o leitor mergulha ainda mais fundo na mente do personagem.

É um livro interessante, com incontáveis trechos reflexivos e bem escritos (o talento de Graciliano é muito perceptível), mas acho que é necessário o tempo certo para lê-lo, pois do contrário acredito que muitos possam acabar achando chato e abandonando a leitura.

Obs.: Angústia é tipo Dom Casmurro que foi longe demais. É o que provavelmente o Bentinho gostaria de ter feito rs
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Renato375 26/05/2023

Dentista e Psicólogo, dois hábitos que devemos adotar.
Angústia, escrito entre os anos de 1935 e 1936, foi a terceira obra publicada por Graciliano Ramos. À época, o escritor vivia em Maceió ? Alagoas, e trabalhava como diretor na Instrução Pública do Estado. Vencedor do Prêmio Lima Barreto - 1936, foi eleito um dos melhores romances brasileiros por grandes críticos e escritores, tais como Octávio de Faria, Lúcio Cardoso, Rachel de Queirós e Jorge Amado.

O título já diz muito sobre a obra. Um homem submerso em pensamentos aflitivos que tem muita dificuldade em se relacionar com as pessoas, e que por conta de uma paixão entra em estado de paranoia severa. Para além da estória de Luís da Silva, Angústia faz uma crítica seca, dura e direta sobre o Brasil; suas mazelas sociais e como a mudança dos costumes na virada de século estava refletindo na sociedade.

O início do livro é bastante confuso e pode desanimar o leitor, mas não se deixe desmotivar pois logo tudo fica mais fluido. Ao final vale voltar ao primeiro capitulo e relê-lo. A 84ª edição (2020) conta com um ótimo posfácio escrito pelo Silviano Santiago.
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