Carta ao pai

Carta ao pai Franz Kafka




Resenhas - Carta ao Pai


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Cibele 21/04/2020

dois dias de rancor
isso não é uma resenha.

quem aguenta este homem ter escrito essas páginas de profundo rancor do pai é um guerreiro.
Maju 31/07/2020minha estante
Concordo kkkk Metamorfose me conquistou, mas essa carta, misericóridaaa


Maju 31/07/2020minha estante
Concordo! Metamorfose me conquistou, mas essa carta, misericórdia kkkkkk




Fernanda2643 09/01/2024

Kafka tem daddy issues ?
Não tem muito como avaliar este livro pois a carta é um desabafo, algo pessoal do autor, o que também torna boa parte da leitura maçante. Gostei de conhecer um pouco mais sobre a vida dele. Uma pena que Kafka nunca enviou a carta ao seu pai e no meio do livro colocaram um spoiler não sinalizado de "O Processo" na nota de rodapé da página 44.
Dann 09/01/2024minha estante
Vou aproveitar que tu já leu tudo e te perguntar fora o spoiler de "o processo" tem de mais algum livro do kafka? tô pensando em esse ser o próximo livro dele que vou ler


Fernanda2643 12/01/2024minha estante
Não, só teve spoiler de o Processo msm




Milena 20/09/2023

"Para mim você era a medida de todas as coisas"
Confesso que não sabia muito sobre este livro antes de o ler, mas ainda que soubesse, creio que não teria sentido menos impacto. A longa carta de Kafka ao pai é de partir o coração, uma tentativa desesperada de finalmente se libertar de sentimentos tão profundos e dolorosos que afligiam o autor desde a infância.

Tendo em vista as histórias descritas por Kafka, Hermann Kafka não era um homem de temperamento fácil. Com uma natureza aparentemente narcisista, o pai do autor dirigia não apenas a ele, mas aos demais filhos e funcionários, discursos repletos de recriminação, superioridade e orgulho. Mas foi Kafka o maior alvo:

"Eu teria sido feliz por tê-lo como amigo, chefe, tio, avô, até mesmo (embora mais hesitante) como sogro. Mas justo como pai você era forte demais para mim, principalmente porque meus irmãos morreram pequenos, minhas irmãs só vieram muito depois e eu tive, portanto, de suportar inteiramente só o primeiro golpe, e para isso eu era fraco demais."

É evidente, logo na primeira linha da carta, o quanto a relação entre ambos era conturbada: "Você me perguntou recentemente por que eu afirmo ter medo de você", escreve o autor. Apesar disso, Kafka escreve não para impor ao pai toda a culpa por suas dificuldades, sequer para despejar nele sua ira, mas como um derradeiro desabafo daquilo que foi reprimido por anos.

Ainda que o conteúdo em questão seja denso e, felizmente, nem todos os leitores possam se identificar com os problemas familiares vividos pelo autor, é difícil se manter indiferente às suas consequências. Essa é uma carta que ensina muito sobre as relações entre pessoas - especialmente entre pais e filhos - e como elas podem ser delicadas e danificadas.

Após a leitura, contudo, me encontrei em um estado de controvérsia. Por um lado, considerei a carta avassaladora, dessas que todos deveriam ler uma vez na vida. Por outro, me senti uma estranha lendo um diário íntimo que narra algo que deveria ter permanecido em segredo, mas fora violado. Uma sensação intensificada ao ler o pedido de Kafka a um amigo: queimar os seus escritos.

Em suma, Carta ao Pai é uma obra muito valiosa e pessoal de um dos escritores mais relevantes da história da literatura. Com ela, se torna possível uma compreensão maior sobre quem foi Kafka, o homem, mas também sobre o escritor e, consequentemente, suas obras.
Raven 29/01/2024minha estante
Isso nem foi resenha, foi uma super resenha


Gabriel1994 08/04/2024minha estante
Qual capítulo tem o carta ao pai?




Laura 18/08/2023

Carta ao pai
O que eu posso dizer é que é uma carta extremamente profunda, humana,e que nunca foi entregue ao seu destinatário.
Me senti como uma intrusa invadindo o espaço pessoal de alguém kkkkkkkk, pq é absurdamente íntimo, tópicos tão sensíveis a ponto dele nunca ter entregue a carta de fato.

Foi toda uma vida moldada por uma relação, e tal relação nunca teve o fim que era necessário,deu a impressão que ficou para sempre pendente, nunca houve o "seguir em frente". E isso que deixa a carta bem forte, tem culpa, tem frustração, raiva,tem incompreensibilidade, tem tudo, e tudo ficou para sempre guardado.
E me deixou reflexiva, fico imaginando como teria sido se ela tivesse sido entregue.

Com certeza eu não conseguiria dar uma nota para algo tão pessoal assim, então a minha nota é para a escrita.
A escrita do Kafka não é para mim, ela é densa e de arrasta muito, quando tentei ler "A metamorfose" aconteceu a mesma coisa, parecia que eu tinha que me esforçar muito para ler.
Acho que muito disso se deve também por que li esse livro apressada,minha assinatura do Kindle unlimited acaba hoje,então eu li o mais rápido possível,não aproveitei bem a leitura.
Apesar disso, ainda é uma leitura muito boa pq simplesmente me fez sentir bastante coisa, com toda a certeza vale a pena ler.
psraissafreire 19/08/2023minha estante
deve ser por isso que tu não aproveitaste mesmo, lau... e o kafka tem uma escrita mais complicada mesmo; s construções frasais dele são enormes! mas quem sabe daqui um tempo você faça uma releitura mais calma e absorva ainda mais o que ele teve pra dizer em suas obras? adorei a resenha, você escreve muito bem! ?


Laura 19/08/2023minha estante
siiim,eu quero tentar ler de novo "A metamorfose" tbm




spoiler visualizar
Gabi 16/04/2023minha estante
Eita, é tão ruim assim?


Gusta . 16/04/2023minha estante
não é isso, eu só desisti de comentar do final




Suzana 18/05/2021

Extremamente pessoal
Realmente é uma carta gigantesca e que nunca foi entregue ao seu destinatário. Provavelmente a intenção inicial era que fosse entregue, mas sua finalidade acabou mais como uma catarse. Kafka não poupou palavras para descrever todo o sentimento que tinha a respeito de seu pai, toda a sua indignação para com alguém que de certa forma admirava. No decorrer da leitura, tem várias referências de outras obras do autor, e tem muito da personalidade do pai de Kafka em alguns dos seus personagens.
Não espere nada de extraordinário desse livro, afinal, nem era pra ser um livro.
Amanda 18/05/2021minha estante
Ela faz a resenha dela ???




Juno 05/09/2020

Achei o livro bom e a leitura bem fluída, as vezes chego a ficar com dó do Kafka. O que eu acho interessante é observar o choque de geração entre o Kafka e seu pai quanto a paternidade, criação dos filhos e etc. Um livro rápido e legal de ler.


Letícia 20/11/2012

Querido Pai:
"Você me perguntou recentemente por que eu afirmo ter medo de você. Como de costume, não soube responder, em parte justamente por causa do medo que tenho de você, em parte porque na motivação desse medo intervêm tantos pormenores, que mal poderia reuni-los numa fala. E se aqui tento responder por escrito, será sem dúvida de um modo muito incompleto, porque, também ao escrever, o medo e suas conseqüências me inibem diante de você e porque a magnitude do assunto ultrapassa de longe minha memória e meu entendimento.”

É meio engraçado imaginar que Franz Kafka, considerado um dos três escritores mais importantes do século XX (os outros dois são Marcel Proust e James Joyce) foi uma pessoa doentiamente indecisa, sem autoconfiança e frágil. Características que de maneira alguma foram um empecilho para o notável escritor que deu origem a uma das expressões mais características e representativas da literatura, o termo “kafkiano”. Suas cartas são as mais ansiosas já escritas, mas sua eloquência e poder de metáfora são tão geniais que toda sua insegurança torna-se nossa insegurança, e a atmosfera sufocante e fantástica de sua obra vai além de uma simples influência autobiográfica. Kafka nos contém. Apesar de sua original e estranha sensibilidade, é muito fácil e provável ter empatia, embora muitas vezes ele nos faça sentir estranhos na nossa própria pele. Como se, de repente, você acordasse metamorfoseado num inseto.

Em novembro de 1919, o autor do famoso A Metamorfose, levou dez dias escrevendo essa carta, mas nunca a enviou. O que Kafka não contava é que seu amigo Max Brod iria descumprir a promessa de destruir todos os seus escritos. A carta recebeu o nome de Carta ao Pai e só foi publicada em 1950, numa reunião das obras do autor.

Costumo dizer que leio Kafka e passo mal. Carta ao Pai é particularmente difícil pra mim. É um daqueles textos que descrevem nosso conflito interno, mas longe de nos permitir uma visão mais serena do caso, nos deixam ainda mais impotentes. O autor faz uma longa análise de si mesmo, onde ele procura explicar seu fracasso através da difícil relação que teve com o pai. Ele não busca vingança e menos ainda uma reconciliação tardia. Seria humanamente impossível. Oprimido pela figura paterna, a alternativa que Kafka encontrou foi uma fuga para dentro de si, crescendo à sombra do pai por saber que não corresponderia às suas expectativas. Porém, ele reconhece as boas intenções do pai, e sabe que numa personalidade menos fraca e covarde a autoridade paterna teria sido menos traumática. E daí ele é invadido por um imenso sentimento de culpa que dá o tom angustiante do livro.

“Da sua poltrona você regia o mundo. Sua opinião era certa, todas as outras disparatadas, extravagantes, anormais. Tão grande era sua autoconfiança, que você não precisava de modo algum ser consequente, sem, no entanto deixar de ter razão. Podia também ser o caso de você não ter opinião alguma sobre um assunto, e, consequentemente, todas as opiniões possíveis relativas a ele precisavam ser sem exceção erradas. Você podia, por exemplo, xingar os tchecos, depois os alemães, depois os judeus, na verdade não sob este ou aquele aspecto, mas sob todos, e no final não sobrava mais ninguém além de você. Você assumia para mim o que há de enigmático em todos os tiranos, cujo direito está fundado, não no pensamento, mas na própria pessoa.”

Fica bastante claro que o pai – um comerciante judeu, autoritário e rude – desperta no filho um conjunto de emoções conflitantes, que vão de revolta à mais profunda admiração. A capacidade de análise e argumentação do autor nos deixa abalados e surpreendidos, uma vez que ele antecipa todas as reações do pai e já responde à elas, numa escrita dolorosamente ágil. Você se sente completamente desconfortável e fascinado. Franz Kafka faz uma incômoda autópsia psicológica, e no fim da leitura nada é mais pungente que nosso próprio sentimento de impotência.

“Meus escritos tratavam de você, neles eu expunha as queixas que não podia fazer no seu peito. Eram uma despedida intencionalmente prolongada de você; só que ela, apesar de imposta por você, corria na direção definida por mim. Mas como tudo isso era pouco! Só vale a pena falar a respeito porque aconteceu na minha vida, em qualquer outro lugar essa atividade não seria absolutamente notada, e mesmo assim porque dominava minha vida, na infância como pressentimento, mais tarde como esperança, mais tarde ainda como desespero, ditando-me – se se quiser, novamente de acordo com o seu figurino – minhas poucas e pequenas decisões.”

clorofilarosa.blogspot.com.br
Sa 13/11/2017minha estante
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Edoaruda 15/08/2023

~
Não há o que comentar, somente sentir.
Franz passou pela vida acreditando fielmente que não servia, que não era o suficiente, pelo modo como o seu pai lhe "educou" e "cuidou".
Difícil imaginar quantos traumas uma pessoa é capaz de carregar por se espelhar em pessoas que não sabem o que fazem/dizem. Ainda mais quando o exemplo vem de seu próprio pai.
Existem histórias que não há culpados, apenas vítimas.
Lyta @lytaverso 21/08/2023minha estante
Triste




pierrealmeidaba 24/09/2022

Kafka escreveu "Carta ao Pai" no mês de novembro de 1919. A carta começa com um desconforto do filho ao receber um questionamento realizado pelo seu pai, Hermann Kafka, que desejava saber o motivo pelo qual Franz afirmava ter medo dele.

A partir de uma simples pergunta, diversas situações vivenciadas por Franz Kafka na sua relação com o pai começam a ser expostas de uma maneira inteiramente enérgica e repleta de detalhes, que nos fazem perceber o quanto as marcas da infância/adolescência refletem na idade adulta do autor.

Kafka consegue expressar muito bem e transmite ao leitor - talvez - a mesma sensação e emoção que desejava que o pai sentisse ao ler a carta que não chegou a ser entregue.


Preciso fazer menção também ao excelente trabalho do tradutor Modesto Carone que preparou um posfácio repleto de informações complementares a respeito da obra.
Lara 25/09/2022minha estante
Adicionando esse na minha lista!




clarice 26/12/2021

representatividade
o reizinho dos daddy issues representando toda a população que tem problemas paternos e queria atropelar o pai com uma caminhonete pesada pelo menos 79 vezes até usei como inspiração pra escrever uma carta pro meu veio que nunca mandei óbvio mas que cito o quanto acho ele careca fudido carioca
gabzsch 26/12/2021minha estante
acho que é a quinta vez que te vejo na minha home




Rafael Nazar 18/01/2021

Intenso e profundo.
Intenso e profundo, assim eu definiria essa obra. Essa carta é uma fonte primária da conturbada relação entre Kafka e seu pai, ele abre seu coração e mostra todo seu rancor e amargura para com seu pai, a quem ele lança toda a culpa por sua falta de autoestima e insegurança e por ter desenvolvido uma personalidade medrosa e hesitante. Kafka, com sua incrível capacidade de escolher bem as palavras, desabafa ao mostrar toda a pressão esmagadora e despótica que sofreu desde a infância por parte de seu pai. A imagem que ele tem do pai flutua entre o medo e a admiração, seu pai é para si a medida de todas as coisas, o que gera nele um intenso conflito interno. Ele se ressente pelo fato de seu pai nunca se contentar com nada do que ele faça e ao mesmo nunca ter feito as coisas que cobra dos filhos, especialmente de Kafka. Obviamente é um relato parcial, afinal só temos a versão do Kafka, mas é um relato impressionante e fundamental para entendermos a personalidade do escritor e o impacto em sua obra.
Jaina 06/10/2022minha estante
Gostaria de ler.




fuckinormie 01/07/2022

complexo de édipo não resolvido.
embora a carta seja uma peça para entender melhor as outras obras de kafka ? como o processo e metamorfose ? acredito que é algo extremamente pessoal, não devia ter se tornado um livro. (tampouco uma de suas obras mais famosas).
DANILÃO1505 01/07/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Tuzze 08/02/2023

Esse livro n precisava existir
É uma carta que seria destinada ao pai do Kafka
Porém, ele nunca a enviou
Não tem nada de novo, revolucionário ou inteligente nela. Não vai agregar em nada na sua vida
É uma trend ruim do twitter, basicamente.
yatamaki 03/04/2023minha estante
? a menina veio bostejar em uma carta em que o autor expõe toda a dor paterna que o aflinge e avalia em 1 estrela como se fosse uma fanfic do Wattpad alegando "que não tem nada de revolucionário" kalalskzksksksk tu e quem "avalia" O Diário de Anne Frank a 80km/h não sei qual é pior




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