Resenhas - Carta ao Pai

Michela Wakami 01/07/2021

É uma carta extremamente íntima, que na minha opinião não deveria ter virado livro, e sim ter ficado no âmbito familiar.
Uma carta extremamente, cheia de mágoas e rancores em um relacionamento que faltou diálogo e principalmente amor.
Obs: essa edição, está bem fraquinha, o final ficou confuso, fiquei sem saber se era uma resposta do pai ao filho.

Ivanildo16 25/03/2023

A libertação
A carta de libertação de Kafka a toda tirania e insatisfação do seu pai. O reconhecimento do seu valor como escritor. A vontade de tomar suas decisões, mesmo sem aprovação. A comparação de não querer ser igual a quem nunca o amou.

Magasoares 24/11/2017

Um homem doente.
Um pai por mais erros que cometa na educação do seu filho(a), é e sempre será para que o filho se torne um homem forte, mas o pai de Franz Kafka esqueceu que os filhos não são todos iguais, tem caráter diferentes. O pai não sabia que em vez de estar criando um forte, estava criando um fraco. Essa carta não foi uma vingança contra o pai, e sim uma culpabilização pelo seu fracasso. Depois de todos os esforços do pai para que ele se tornasse um homem forte e seguro, se tornou foi num fraco e um imbecil!

Eliza.Beth 24/11/2021

Grande Kafka
Essa carta esclarece muito a relação do Kafka com o pai. Eles não tinham uma relação afetuosa, amistosa.
O Kafka não tinha uma figura masculina na qual pudesse se apoiar e isso fez muita falta para ele.

Ele pegou todas as suas frustrações, medos e dores e despejou tudo isso em grandes obras literárias, sempre colocando uma figura paterna abusiva ou uma figura autoritária (inspiradas no seu próprio pai).

Essa carta só aumentou minha vontade de ler todas as suas obras e um dia ler sua biografia.

lequeer 10/11/2023

Muito bom
Kafka é muito corajoso ao escrever uma carta onde confronta o pai e tenta resolver sua relação com ele. No fim da carta, ao se despedir, ele diz que faz isso para que os dois se resolvam e possam morrer e viver tranquilamente. Foi uma leitura intensa e marcante, imagina ser genial a ponto de sua carta virar um livro.

Lili 02/01/2016

Desabafo
Releitura em uma outra edição, e desta vez gostei mais.

Resumo do livro: "Pai, se eu sou um merda a culpa é sua".

Fica claro que o pai tinha uma personalidade dominadora e que exercia uma grande influência em tudo o que Kafka pensava e fazia. Da parte da "vítima" fica a dúvida se ele era anormalmente sensível ou se o pai era realmente tão destrutivo. Obviamente nada se conclui; apenas fica explicada toda a angústia que se sente na leitura de outras obras, como "O processo" e "A metamorfose".

Tangerina 16/12/2021

Acho que seria de uma enorme indelicadeza avaliar com menos de 5 estrelas algo tão íntimo como Carta ao Pai.

Kafka foi certamente uma grande representação de como a figura paterna autoritária danifica e leva a desgraça a confiança de um filho, e é nítido o quão permanente é o dano, tendo em vista o traço melancólico que ele estampa em suas obras.

?Minha atividade de escritor tratava de ti, nela eu apenas me queixava daquilo que não podia me queixar em teu peito.?
Mesmo tentado ao máximo se distanciar do peso que seu pai fora em sua vida, existiu sempre o desejo desesperado da aprovação do mesmo, e isso veio a refletir tanto em sua vida pessoal, quanto em sua vida profissional.

Profunda, cheia de antigos e presentes sentimentos amargos e agudos, esta carta nos despeja um enorme peso, e junto uma fadiga instantânea.

AndrA65 02/08/2020

Espelho em forma de livro
Com espelho estou me referindo que este livro reflete exatamente a maneira como são algumas relações entre pais e filhos.
É impossível fazer a leitura dessa obra sem identificar características em comum com o escritor, mesmo que sejam mínimas.

Todas as dores, pressões, paranóias e inseguranças alimentadas no pobre Kafka por parte de seu pai nos faz refletir, porque a maneira que o Kafka lida com tudo isso é extremamente racional, entendendo o lado do pai ao mesmo tempo que não o poupa de franqueza quando necessário, atitude que nós, "filhos injustiçados", carecemos e muitas vezes desprezamos.

É muito comum utilizarmos exemplos de terceiros e regras de outras famílias para explicar as nossas injustiças familiares, mas Kafka vai além: o desgraçado possui todo um mundo voltado às dores que o mesmo sentia em sua infância e adolescência, e toda essa dor e impotência é refletida em suas obras através do tão conhecido "sentimento Kafkiano".

Essa é uma leitura extremamente necessária para entender o resto de suas obras. Sabendo disso, desejo-lhes uma ótima leitura e um lenço à disposição, vocês irão precisar.

Fer Paimel 03/04/2021

Bom
Ainda estou me adaptando ao estilo de escrita do Kafka. Acho bem formal e cheio de divagações.
Gostei desse livro, porém, pois mostra uma parte interessante da vida e personalidade dele... um lado um pouco rancoroso e mal resolvido com problemas paternos...
Ainda quero ler mais livros dele.

Dilalilac 15/12/2021

"Eu não podia sofrer uma súbita metamorfose"
É difícil resenhar sobre essa carta...
Impecável, quero ler tudo do Kafka. Estou um pouco obsecada por ele desde que li A Metamorfose. Toda hora me pego pesquisando alguma coisa da vida dele ou desenhando algo sobre ele.
O Kafka tem uma argumentação fora do normal, e apesar de ser uma carta pessoal, não me senti confusa sobre os acontecimentos em momento algum. Muitas vezes eu precisava reler coisas, mas isso se deve ao fato de que é muita informação, muita coisa pra absorver.
E é muito doloroso ver como a criação influência tanto na formação, como ele ficou marcado e frágil por coisas que ao pai dele eram absolutamente banais.
Como Kafka escreve em um momento:
"O que para você não tem consequências pode ser a tampa do meu caixão"
É preciso muito cuidado ao se tratar de pessoas, nós nunca temos absoluta certeza do que nossos atos são capazes de fazer além de si, como eles ecoarão no outro.
Eu só posso dizer que no final eu só queria dar um abraço nele. Quero ler tudo o que ele escreveu. E que é uma pena ele ter destruído 90% do que escreveu. Quando a gente destrói o que faz, em geral há um ódio por si mesmo muito grande. Espero do fundo do coração que ele tenha se amado em algum momento.

Gusta . 15/04/2023

Okay.
Eu tinha escrito uma resenha até que grande, mas desisti dela.

Só queria dizer que, com base nessa carta, é de se deduzir que o pai de Franz era um homem ruim, mas o próprio Franz não era um santinho.

Eu teria que entrar em alguns pontos pra talvez explicar tudo isso, mas quem sou eu pra fazer isso? ?

Esse final mudou toda a minha percepção do próprio autor e do pai dele, enfim...

Tenhos minhas dúvidas.

Maju Deolindo 11/12/2020

Meu primeiro contato com o autor
É uma carta extremamente íntima para ter sido publicada.
Obs para quem sabe da história da publicação: Se eu fosse o Kafka tinha voltado do Além para puxar o pé do amigo q publicou essa carta contra a minha vontade.

Aline 13/12/2013

Carta a Mim Mesmo
Eu vou para o inferno depois dessa, mas preciso falar:

Kafka escreveu essa carta para quê? Para convencer-se de sua incrível sensatez diante da arrogância do pai?
Gente, me desculpe, mas colocar-se em posição de vítima diante da autoridade familiar não é novidade desde os tempos das cavernas.

Desculpe, Kafka.

Isabel331 16/08/2023

Um desabafo extremamente denso.
A priori, fiquei com receio de ler esta obra, pois ela é uma carta extremamente pessoal que talvez só quem era da família conseguiria entender de fato as nuances, sentimentos, etc, que Kafka declarou.

Kafka nos mostra como o abuso psicológico/verbal consegue ser mais danoso que a violência física. O tratamento de seu pai refletiu diretamente no seu comportamento, nas suas obras escritas, nos seus relacionamentos, etc.

Entretanto, não vou mentir que, por ser uma carta com mais de 80 páginas, em alguns momentos eu me perdia e me cansava da leitura, pois o autor tende a escrever parágrafos e frases extremamente longas.

É uma obra muito interessante, especialmente para os estudantes/profissionais de Psicologia, porém saiba que é uma leitura muito densa e que pode cansar.

Cibele 21/04/2020

dois dias de rancor
isso não é uma resenha.

quem aguenta este homem ter escrito essas páginas de profundo rancor do pai é um guerreiro.