O ano 1000

O ano 1000 Robert Lacey
Robert Lacey




Resenhas - O ano 1000


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Anderson.Fernandes 09/02/2020

Minhas notas sobre o livro
O ano 1000
Robert Lacey, Danny Danziger
Bom livro, fácil de ler e entender. Por trazer muitas informações, gostaria de ler novamente.

Os Anglo-saxões ocuparam a maior parte das ilhas britânicas desde a chegada dos romanos. 9 em cada 10 viviam em campos verdejantes e sem poluição, dieta simples e sadia, que desenvolvia braços e pernas vigorosos e dentes muito saudáveis. Açúcar praticamente não existia. Era só o açúcar de frutas e do mel. Aliás o mel era muito valorizado entre os anglo-saxões. Foi encontrado registros de encantamentos e frases para atrair abelhas para o seu terreno, com objetivo de construírem ali uma colméia.

Pelo ido dos anos 1000, a inglaterra já estava se tornando um país próspero, principalmente devido ao comércio de lãs. O mês de Maio era um mês alegre, de tosquear as ovelhas e o produto era muito utilizado nas tecelagens da bélgica e apreciado por comerciantes Normandos e até mesmo Vikings. Isto é fundamentado através da descoberta de que muito do ouro e da prata utilizado para cunhar as moedas inglesas vinham de minas da Alemanha. Principalmente a região de Harz. O problema é que Ethelred “unred” não conseguiu rechaçar as invasões vikings e estes se tornavam cada vez mais ousados. Ethelred chegou a oferecer dinheiro para que as invasões parassem, mas os vikings não cumpriam o acordo. Paravam por um tempo e logo voltavam a saquear as vilas. Isto chegou a um ponto onde o Ethelred fugiu para a Normandia, largando Engla-lond para lá. Bem, fugiu ou exilou-se. Quando é um rei, este pode dar-se ao luxo de utilizar a palavra “exilar” ao invés de fugir. Na prática é a mesma coisa. Em 1013 o rei Sweyn Forkbeard da Dinamarca desembarcou em Gainsborough, em Lindsey. Toda a Inglaterra dinamarquesa aceitou-o imediatamente como rei, enquanto que outras cidades como Oxford e Winchester tb foram aceitando conforme ele marchava para o sul. O líder estrangeiro assumiu o poder e Ethelred fugiu para a Normandia.
As páginas do Anglo-Saxon Chronicle possuem relatos complementares a este livro, onde a fome era um terror e ameaça constante: 975 Houve uma grande fome. 976 Grande fome na raça inglesa. 986 Grande pestilência chegou à engla-lond, primeiro entre o gado...
Beda o venerável relata uma comevente história de suicídios entre as vítimas de uma fome em Sussex no século VI: “Com frequência, 40 ou 50 pessoas emaciadas e famintas iam para um penhasco, ou para a beira do mar, davam-se as mãos e saltavam para morrer, da queda ou de afogamento”.
A beor, cerveja do ano 1000 tinha de ser consumida sem demora. Provavelmente era uma bebida doce, meio pastosa.
A mead, bebida preferida dos comensais, era muito doce, alto teor alcóolico, feita de mel e refugos moídos de colméias.
Vinho era menos comum, tb com teor alcóolico menor. Maior parte do vinho era leve, com gosto de uva, como o Beaujolais Nouveau de hoje, para ser consumido jovem.
Origem dos dias da semana:
Dia do sol Sun-day, dia da lua Moon-day, dia de Tiw Tiw’s day, dia de Woden Woden’s day, dia de Thor Thor’s day, dia de Frig Frig’s day, dia de Saturno Saturday
Caso interessante sobre o paganismo:
Rei Aldwulf de East Anglia, contemporâneo de Beda, em sua infância vira o templo criado por seu antecessor, rei Redwald, que queria se manter nas boas graças das duas religiões e mandou construir dois altares, lado a lado. Num altar, o rei partilhava o pão e o vinho, “o sagrado sacrifício de Cristo”, enquanto no outro sacrificava ao estilo antigo. Minha nota: Me questiono que tipo de sacrifício ao estilo antigo seria este. Bem, segundo Beda o venerável, o rei de Kent não passou para a nova religião através de qq revelação profundamente pessoal ou emocional, mas apenas porque chegou à conclusão de que o novo sistema de crença oferecia melhores perspectivas para ele e seu reino do que o antigo.
Não havia jogo de cartas no ano 1000. Só surgiram na Europa no século XIV. Mas temos indicações de que as pessoas jogavam gamão e apreciavam o jogo da velha. Com as noites se tornando mais longas, os anglo-saxões ampliavam a capacidade de se divertirem. Gostavam muito de enigmas, que às vezes eram poéticos. Assim como seus poemas também podiam ser enigmáticos:
Multicolorido, vôo pelo céu e o fundo da terra
Não há lugar para mim no solo, nem em qualquer parte dos pólos
Ninguém teme um exílio tão cruel quanto o meu
Mas faço o mundo ficar verde com minhas lágrimas chuvosas
A resposta para esse enigma, composto por um estudioso do século VI, St. Aldhelm, era “uma nuvem”. Seus enigmas sobrevivem num manuscrito do século X na biblioteca da Catedral de Canterbury. Nota minha: No livro Hobbit, Bilbo duela com Golum através de poemas de enigmas, similar ao poema acima.

Alguns nomes interessantes:
Athelstan, Wulfhelm, Alfred, Ethelred, Beda, Aelfric, Wulfstam, Sweyn Forkbeard, Edmund, Canuto I, Gruoc, Aldwulf, Ethelbert, Aldhelm, Elfweard, Aelfthryth, Bispo Ethelwold
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