Zulu 03/08/2016
Lindamente triste
Não sei o que dizer desse livro, ou melhor, não sei como descrever o amor e ódio por ele...
Tentei ler esse livro pelo menos umas três vezes, antes de fazê-lo de todo, simplesmente porque o começo dele é muito chato e tediante, ruim mesmo, mas como sou brasileiro e não desisto nunca, pelo fato de ter começado eu vou ate o fim, e preciso dizer, eu simplesmente amo esse livro, se não for o meu preferido, é um deles...
Bom, primeiro preciso dizer que o livro é dividido em duas partes, sendo a primeira parte maçante e difícil de ler por ser tão ruim e vai melhorar pouco antes do fim dessa primeira parte, já a segunda (parte), é perfeita, de um humor peculiar e uma singeleza impar e tocante.
O livro conta a historia de Richard Collier, um jovem teatrólogo do século XX que se apaixona obsessivamente por uma fotografia de Elise McKenna, atriz de sucesso que viveu no século XIX. Ele fica tão encantado com a imagem de Elise que decide fazer uma pesquisa sobre a vida da artista, e descobre que eles já se encontraram. Numa tentativa de se desligar do presente para viver essa paixão intensa, ele se submete a uma auto-hipnose que o transporta no tempo. (vale dizer que ele tem um tumor cancerígeno no cérebro)
E é aí, na segunda parte do livro, a partir dessa volta no tempo que a treta começa, onde ele encontra Elise e vive um historia de amor com ela, não sem antes passar por vários momentos difíceis. E nada, nada do que eu escreva aqui, pode descrever o que é esse livro, o que essa historia é e significa...
Eu que sou tão adepto por menos finais felizes, admito que torci muito pelo "felizes para sempre" desses dois, mesmo já sabendo que no futuro eles não ficam juntos, acreditei de verdade e de todo coração que ele talvez pudesse mudar o futuro e os dois pudessem viver essa história de amor, como homem é difícil admitir essas coisas, mas esse foi o primeiro livro que me fez chorar, chorar copiosamente, a sequencia em que ele é sequestrado, consegue fugir, não encontra o vagão do trem que Elise partiria para sempre da região onde estavam, a chegada ao hotel e o desespero dele batendo na porta do quarto onde ela estava hospedada, putz!!! Me derrubou...
E que final, não sei como dizer, me faltam palavras para um final tão lindamente sincero, tão lindamente escrito, tão lindamente tocante, tão lindamente triste...
E nas palavras de Elise: “O amor muito amada, fala manso”.
Ps:. Existe o filme do livro com o Christopher Reeve (o eterno Superman), mas para ser sincero e não minha opinião, não faz jus ao livro...