Mara Islanne 10/02/2021E a ira cresce entre os esfaimados..Um retrato bem real da miséria humana, da mesquinhez e crueldade dos que têm poder. Apesar de todo sofrimento, os Joad são movidos pela força da mãe, que nunca desiste e que sempre tem esperança. Daquelas pessoas que apanham e continuam seguindo em frente, que usam o sofrimento como combustível. Esperança pelo prato de comida, pelo trabalho, por uma casinha branca. E nos homens a ira cresce ao ver tantos campos com fartura que eles não têm o direito de plantar e muito menos de comer da colheita. O povo segue, brigam, as crianças morrem de fome e o povo supera contando somente com os "da sua própria gente".
Particularmente não gostei muito do desenrolar e do final, mas é compreensível o título de clássico da literatura. É uma experiência da vivência de outras pessoas, de uma outra realidade, outro mundo. Se pensarmos bem, não tão distante da miséria ainda existente tão próxima a nós.