Casados com Paris

Casados com Paris Paula Mclain




Resenhas - Casados com Paris


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Mylla 13/07/2014

Intenso
O livro é muito intenso retratando o início da carreira de Hemingway contado ficticiamente por sua primeira esposa, Hadley. Além disso, mostra as relações do jovem escritor com outros grandes nomes como Gertrude Stein.
Cleuzita 10/03/2017minha estante
Poxa, você deu zero estrelas :(


Mylla 27/03/2017minha estante
Esqueci de marcar as estrelas. O livro é excelente.


Cleuzita 27/03/2017minha estante
Bom saber, eu ganhei esse livro e ainda não li, fiquei curiosa. Obrigada por responder. Bjsss




Janaina Vieira - Escritora 24/06/2012

A geração perdida. Perdida?!
A famosa geração dos anos 20 chamada de "geração perdida" pela própria Gertrude Stein , que se reuniu em Paris, transformou-se em ícone de algo que nunca mais se viu no meio literário: a reunião de tantos talentos maravilhosos, em uma única cidade e em um único período justamente no pós-guerra, quando o mundo estava apenas sacudindo a poeira e as dores daquela que foi a primeira experiência moderna de luta inútil e sem sentido, a Primeira Guerra Mundial.

O livro conta uma parte da história dessa geração louca por intermédio de Ernest Hemingway em sua juventude. A autora escreveu um romance com base em informações históricas, cartas, relatos e muita pesquisa, mas é impressionante constatar como ela conseguiu de fato captar a alma irrequieta, instável e genial de um dos grandes escritores do nosso tempo. O Hemingway que surge em cada página é tal e qual o imaginamos, principalmente em seus anos parisienses, cidade cujo encanto parecia ser ainda mais irresistível naquela época. Época de muita boemia, certamente, pois a guerra deixara em todos o forte sentimento de que a vida podia ser muito curta e que a morte rondava em cada esquina. Por isso, viver intensamente cada dia era a única coisa que realmente valia a pena.

O texto é muito bom e leva o leitor a viajar por todos os lugares junto com Ernest e sua esposa Hadley a primeira e certamente a mais amada de todas que ele teve. Melhor ainda é sentir-se lado a lado de personalidades como Gertrude Stein, Scott Fitzgerald e sua louca Zelda, Ezra Pound e tantos outros, efetivamente históricos. O livro é uma viagem no tempo e todos aqueles que amam a literatura e conhecem ou já ouviram falar da famosa geração parisiense dos anos 20 precisam ler este livro, sem sombra de dúvida!

Também é emocionante acompanhar a trajetória criativa de Hemingway, que, de certa forma, era a mesma de todos os autores daquele período, todos em busca da excelência criativa, o que gerava longas discussões estilísticas, sempre regadas a muita boemia e noites em claro. Afinal de contas, o fantasma da guerra habitava a alma de todos eles, a morte estava bem ali e já lhes provara isso. Ou seja, não havia tempo a perder.

Porém, o mais emocionante é o final do livro, que conseguiu me arrancar lágrimas, algo que não acontecia há muito tempo. Lindo final, tocante, simples e absolutamente verdadeiro. Eu sempre gostei muito dos livros de Hemingway, mas agora gosto mais ainda dele como escritor, que tinha a escrita como profissão e de forma absolutamente visceral.

Super recomendado!
Lycia Barros 15/06/2016minha estante
to lendo amiga :)




Ju Dantas 16/08/2011

A história de amor e traição do casal Hemingway em Paris dos anos 20
Baseado em relatos, cartas e no livro escrito por Hemingway "Paris é uma festa", conta a história do primeiro casamento de Hemingway, no começo dos anos 20, quando este tinha apenas 21 anos e apenas sonhava em ser um dos maiores escritores de todos os tempos, como veio a se tornar.
É interessante, pois é totalmente romanceado, como se fosse ficcção, mas a todo momento somos lembrados de que tudo o que viviam entraria na história; Adoro a parte em que eles conhecem grandes nomes da literatura como Zelda e Scott fitzgerald e como foi se delineando o primeiro romance dele "O sol também se levanta".
Mas o melhor pra mim é a história deles, como casal. É bem romantica em algumas partes, mesmo Hemingway sendo um cara difícil. E claro, bem triste em outras, até mesmo revoltante.
E sofri mesmo sabendo de antemão que o livro não acabava bem, afinal, Hadley foi apenas a primeira esposa de Hemingway numa lista de 4, até sua morte por suicidio em 1962.
Vale a pena ser lido, por ser uma história de amor intensa (e dramática)e também para se conhecer um pouco mais de Hemingway.
Acabei de ler o livro com muita vontade de ler as obras dele.
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Jaqueline 09/06/2012

Autora: Paula McLain
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 336

- Eu poderia rastejar para debaixo da cama e só sair depois de me transformar numa velha gagá e não conseguir me lembrar de ter sentido alguma coisa por alguém (...).
- Você quer, mas não vai.


Um dos melhores livros de 2011, Casados Com Paris é uma obra que com certeza mexe com os amantes da boa literatura. Escrito por Paula McLain, este livro se baseia nas correspondências e diários do lendário escritor americano Ernest Hemingway para recontar uma época mais do que especial de sua vida – o período onde mudou-se de mala e cuia para Paris, passou a fazer parte de um grande grupo de intelectuais voluntariamente exilados na capital francesa e casou-se com a jovem americana Hadley, a sua “esposa de Paris”, brilhante narradora e protagonista deste romance.

A narrativa desta obra mescla emoção e técnica com precisão e habilidade de uma maneira muito fluida e sentimental. Há tempos eu não lia algo tão envolvente e que me fizesse mergulhar tão profundamente nas emoções de uma personagem quanto este livro, que mesmo baseado em documentos e correspondências verdadeiramente trocadas entre as pessoas citadas na obra, não perde sua verve ficcional, conduzida de modo exemplar pela autora. Artistas, escritores, pintores, membros caídos da aristocracia, wannabes, editores, músicos... Todos estavam reunidos em Paris esperando que algo acontecesse, assim como Hemingway. E se a pressão de sustentar uma família e manter uma casa era muito forte, sua determinação provou-se ainda mais. Em meio à festiva cidade, tão bem descrita pelo americano em “Paris é uma Festa”, Ernest e Hadley vivem uma história de amor, desilusão, traição e outros tantos sentimentos.

Com 21 anos, sonhando em se tornar um escritor e já demonstrando indícios de seu humor volúvel afogando os horrores passados na guerra em litros e litros de álcool e muito jazz, Ernest conhece a recatada e extremamente sincera Hadley, com então 28 anos. Entre cartas e viagens e um romance cheio de promessas e sonhos ingênuos, eles se casam. A dura realidade de uma vida a dois, com Ernest enfrentando dificuldades para sustentar seu apartamento mínimo, com todas as dúvidas e insegurança que trazem um início de carreira e a tentativa de Hadley de ser forte pelos dois, deixando-se de lado para sempre apoiar o marido, acabou impulsionando-os a se mudarem para Paris, o "lugar certo" para se estar quando se queria ter inspiração para escrever. Era na Cidade Luz onde estavam todos os escritores de verdade, onde havia o que fazer a qualquer hora e em qualquer lugar. Só que no cotidiano da vida boêmia ninguém mais acreditava no casamento e no “felizes para sempre".

Saindo de Chicago repleto da vontade de se tornar um escritor de verdade, Hemingway começou a trabalhar em seus escritos e iniciou uma nova vida ao lado de grandes artistas e gênios criativos, logo tornando-se um membro fundamental do grupo formado por nomes como Ezra Pound, Scott Fitzgerald e Gertrude Stein. A notoriedade, no entanto, deveu-se em grande parte ao apoio de Hadley, que sempre deixando suas vontades pessoais de lado para acompanhar o marido repleto de sonhos de sucesso e reconhecimento.

É delicioso assistir a dinâmica de Ernest com outras personalidades do mundo literário e cultural. A partir de cartas e anotações, o relacionamento do indomável escritor com seus colegas foi desvelado pela autora do livro, que mostra rixas, brigas e desentendimentos sem pudor. Ciúmes, traições e falhas de caráter são exibidas ao leitor de forma realista e não tendenciosa, o que dá um toque todo especial ao livro. Nele, acompanhamos praticamente de camarote as viagens que Ernest fez a Pamplona, na Espanha, onde viu e viveu situações que lhe inspiraram a escrever uma de suas maiores obras, o livro “O Sol Também Se Levanta”. As touradas, o temperamento da população e a influência da personalidade dos seus amigos pessoais na criação de seus personagens é totalmente explicitada em Casados com Paris, onde a primeira esposa do célebre escritor narra com uma sensibilidade comovente as mudanças de humor, a ambição e a vontade de se tornar imortal através das palavras do marido, assim como as consequências de tudo isto em seu relacionamento. Hadley é uma personagem tão humana e consciente que em certo momento torna-se impossível não sentir pena do fato de ela ser tão diferente de Ernest e seus amigos boêmios, todos selvagemente envolvidos com as diversões, aspirações e prazeres dos famosos “anos loucos”, como é conhecida a década de 1920.

Nesta época, a Europa encontrava-se em franca recuperação após a Primeira Guerra Mundial, que envolveu grandes potências europeias contra os Impérios Alemão, Austro- Húngaro e Russo após o atentado ao arquiduque Francisco Ferdinando. Após anos de combate, provações materiais e restrições morais, além de milhares de mortes, o mundo pode respirar em paz novamente, trilhando caminhos nunca antes desbravados: o crescimento da autonomia feminina, a discussão do sufrágio (direito ao voto) universal, a regulação do divórcio, entre outras muitas mudanças do Antigo Mundo.

Tanto Hadley quando Ernest vinham de famílias comandadas por mulheres dominadoras e inflexíveis, cujas exigências podavam qualquer espírito criativo e individualidade dos filhos, enquanto enlouqueciam e anulavam os maridos com suas vontades indomáveis. O surgimento de planos e juras de que eles jamais se tornaria esse tipo de pessoa foi natural, algo como uma busca por ar fresco, mas através das páginas de "Casados com Paris" percebemos como o cotidiano pode mudar nossas resoluções e influenciar nossa força de vontade e auto-estima, como vemos acontecer com Hadley. Sua espiral de sentimentos é o torna esse romance tão forte. Sua fragilidade a enaltece, tornando seu caráter mais centrado e resoluto de que ela jamais seria o suficiente para Ernest, mas de uma maneira distinta e muito bem desenvolvida por Paula McLain, misturando sentimentos controversos, vida e muita emoção em menos de 400 páginas de forma magistral.

- Análise publicada no site www.up-brasil.com
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Alê 29/09/2011

Revelador
Primeiro de tudo, recomendo antes de iniciar a leitura deste livro, ler primeiro "Paris é uma Festa", do próprio Ernest Hemingway. É uma excitante viagem através das idéias e emoções de Hemingway, que nos faz sentir mais próximos não só dele, mas de todos aqueles ícones da literatura de seu tempo.
Em "Casados com Paris", a autora retrata o mesmo período descrito por Hemingway em "Paris é uma Festa", porém através do ponto de vista de Hadley, sua primeira esposa. Apesar de ser uma obra ficcional, baseia-se em relatos e cartas dos protagonistas,e é escrito de uma forma tão convincente, que é impossível não acreditar que tudo aconteceu exatamente como descrito no livro, especialmente pelos diálogos impecáveis no mais autêntico estilo 'Hemingway'. Tendo 'Paris é uma Festa' como referência dos eventos, pessoas e diálogos, a experiência de leitura deste livro fica muito mais rica.
É uma leitura intrigante, fácil e extremamente reveladora, especialmente para aqueles fãs do inesquecível Hemingway!
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Natasha Melo 02/11/2011

A história do livro é realmente envolvente, principalmente por mostrar tão cruamente o cotidiano de um casal, desde o momento que se conheceam até o casamento. No entanto, ele gerou em mim um sentimento de desprezo por Ernerst Hemingway.
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Me, My Shelf An 15/02/2012

Resenhas do Me, My Shelf And My Books
Visite o blog:http://memyshelfandmybooks.blogspot.com/

“Para mim era às vezes doloroso saber que, para aqueles que acompanharam sua vida com interesse, eu era apenas a primeira esposa, a esposa de Paris. Talvez isso fosse vaidade, querer se sobressair numa longa fila de mulheres. Na verdade, não importava o que os outros vissem. Sabíamos o que havíamos tido e o que significara, e, embora tanta coisa nos tivesse acontecido desde então, nada foi como aqueles anos em Paris, depois da guerra. A vida era dolorosamente pura, simples e boa, e eu acredito que Ernest era o melhor de si mesmo. Tive o melhor dele. Tivemos o melhor um do outro.”

Fazia tempo que eu não lia algo que me deixasse tão envolvida, sem fôlego e arrebatada por cada acontecimento narrado em suas páginas! Casados com Paris, apesar de ser um relato ficcional da vida do jovem casal Hemingway, baseado em cartas, livros e documentos é como uma espécie de contraponto à grande obra de Ernest Hemingway, “Paris é uma Festa”. É como se fosse a versão de Hadley de todos os acontecimentos que envolveram tantos artistas na Paris de 1920, época conhecida como “Os anos loucos”. Não pensem que estamos tratando aqui de uma biografia ou um livro de texto única e exclusivamente voltado para os fatos reais. Estamos falando de um grande romance. Da narração de uma grande história de amor, traição, ambição e sentimentos conturbados ambientados no cotidiano de um dos casais mais célebres do meio literário.
A história começa em Chicago onde Ernest, com 21 anos, sonhando em se tornar escritor e já demonstrando indícios de seu humor volúvel afogando os horrores passados na guerra em litros e litros de álcool e muito Jazz, conhece a recatada e extremamente sincera Hadley, com então 28 anos. Entre cartas e viagens e um romance cheio de promessas e sonhos ingênuos, eles se casam. Ambos vinham de famílias comandadas por mulheres dominadoras e inflexíveis, cujas exigências podavam qualquer espírito criativo e individualidade dos filhos, enquanto enlouqueciam e anulavam os maridos com suas vontades indomáveis. Então foi natural a criação de planos e juras de que jamais seriam assim.
Mas a dura realidade de uma vida a dois, com Ernest enfrentando as dificuldades de sustentar seu apartamento mínimo, com todas as dúvidas e insegurança que trazem um início de carreira e a tentativa de Hadley de ser forte pelos dois, deixando-se de lado para sempre apoiar o marido, acabou impulsionando-os a mudar-se para Paris. Paris que era o lugar certo para se estar, quando se queria ter inspiração para escrever. Era onde estavam todos os escritores de verdade. Onde havia o que fazer a qualquer hora e todos eram interessantes. Mas, o verdadeiro retrato de Paris na época era a vida boêmia, onde ninguém mais acreditava no casamento e no “felizes para sempre”. Pois com o fim da guerra, a única coisa que se sabia de verdade era que existia o hoje. Então a idéia era viver intensamente e sem limites. Uma filosofia regada a muito álcool, vícios e comportamentos nada convencionais. Nada mais era chocante, era normal! Monogamia então, era coisa do passado... apenas teimosia de poucos resistentes que ainda acreditavam em construir uma vida juntos.

"- Espero que tenhamos a sorte de envelhecer juntos. A gente os vê na rua, aqueles casais que estão casados há tanto tempo que você não consegue saber quem é quem. Que tal a idéia?- Eu ia adorar ser como você – respondi. – iria adorar ser você.Eu nunca tinha dito nada mais verdadeiro. Eu teria saído feliz da minha pele naquela noite e entrado na dele,por que eu acreditava que era aquele o significado do amor. Não tínhamos acabado de desfalecer um dentro do outro, até que não houvesse diferença entre nós?A lição mais difícil do meu casamento foi descobrir a falha desse pensamento. Eu não conseguia alcançar todas as partes de Ernest, e ele não queria que eu o fizesse. Ele precisava de mim para se sentir seguro e apoiado, sim, da mesma forma que eu precisava dele. Mas ele também gostava de poder desaparecer dentro do seu trabalho, longe de mim. E voltar quando quisesse.”

Logo o casal começou a chamar atenção por sua “união perfeita”. E Ernest se dedicou de corpo e alma à escrita, sua sede de aprender e sua fome de conhecimento lhe trouxe um círculo de amigos talentosos e influentes, como Ezra Pound, Gertrude Stein, o Casal Fitzgerald, Sherwood Anderson e todos os expatriados que fizeram de Paris o lar de seu sucesso. Chanel começava a montar sua marca e a silhueta e atitudes femininas nunca mais seriam as mesmas. Enquanto Ernest se apaixonava por tudo aquilo, Hadley ainda lutava pra se encaixar num universo onde todos eram artistas e queriam estar na companhia de artistas... Mas ela não tinha talento algum... Era só a esposa adorável. Pertencia ao universo das esposas, e mesmo se sentindo realizada com esse papel, enfrentava uma batalha interna contra a insegurança e o ciúme. Vendo tantas mulheres interessantes, inteligentes, bem vestidas e brilhantemente armadas de sedução sempre circulando, flertando e encorajando os novos talentos com suas influências, dando-lhes “inspiração”.
As viagens, os relacionamentos, os erros e seus danos irreparáveis, os detalhes da vida de Hadley e Ernest são tão bem retratados na narrativa de Paula Mclain, que você praticamente se sente inserido na trama. Com vontade de aconselhar os personagens, lhe abrir os olhos... É tão cru e real ver Hemingway vivendo dentro de sua própria mente o tempo todo, renegando o desgaste que a vida doméstica apertada lhe trazia e coletando material para se tornar o que é hoje. Vê-lo se afastar de todos os amigos por orgulho, ambição e pelo desejo de não dever nada a ninguém ao alcançar seu espaço no mundo literário. Vê-lo destruir aos poucos a mulher que ele amava e que o amava acima de tudo. Ver Hadley, que prometeu nunca competir ou tentar ficar a frente do trabalho de Ernest, que sentiu dor ao vê-lo se tornar o protótipo do artista que antes ele criticava, sentir a esposa que em alguns momentos desejou que ele fosse tão triste quanto ela e em outros se dedicou a lutar arduamente por uma causa perdida.

“Esta não é uma história de detetive – nem de longe. Não quero dizer, cuidado com a garota bonita que vai chegar e estragar tudo, mas ela vai chegar de qualquer maneira, cheia de determinação, num encantador casaco de pele de esquilo e belos sapatos, o cabelo macio e castanho encaracolados tão perto de sua cabeça bem resolvida que ela parecerá uma linda lontra na minha cozinha. O sorriso fácil. A conversa rápida e inteligente... enquanto no quarto, desarrumado, de barba por fazer e jogado na cama como um rei déspota, Ernest lerá seu livro e não prestará atenção nela. Não no começo.”

Espero que minha paixão pelo livro, seus personagens reais (em especial o próprio Hemingway, de quem sou fã confessa) e esta Paris tão peculiar de 1920, não os faça acreditar que este é um livro água com açúcar ou um dramalhão mexicano. Muito pelo contrário, é um livro sensível, mas pontuado por uma sinceridade dilacerante. Às vezes cruel, às vez chocante e muitas vezes avassalador. Paula Mclain ganhou um espaço especial na minha estante. Diferente de muitos romances descartáveis que tenho visto ultimamente, só posso dizer que esta é uma obra para ler e reler.
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Guila 18/05/2012

Assistiu ao filme Meia noite em PAris? Então leia o livro. Leu o livro? Assista ao filme. Fez os dois, sabe do que estou falando. A história do casamento de Hemingway com sua primeira mulher, contado por essa mulher apaixonada, dependente, que procura ser forte. É a Paris dos anos 1920, em que escritores e artistas bebiam, criavam, se angustiavam e riam. É o cenário de uma relação que tem tudo para dar certo e tudo para dar errado. Vale a pena ler.
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Paulo V. 29/06/2012

Mini-crítica
"Casados com Paris" é uma espécie de "biografia fictícia", onde a autora conta a história do casamento entre o famoso autor Ernest Hemingway e a sua primeira esposa, Hadley, baseando-se na história real do casal. O livro mostra da luta de Ernest para ter seus trabalhos publicados e a relação um tanto quanto conturbada do casal em Paris. O livro me decepcionou um pouco porque eu esperava mais do que ele podia (e prometia) oferecer. Também não gostei das atitudes da protagonista e esse conjunto de coisas me levou a dar uma nota mais baixa para o livro. Apesar de tudo, gostei da história e fiquei inspirado pela determinação de Ernest Hemingway.

Essa é a "mini-crítica" do livro, se quiser ler minha resenha completa, acesse: http://conversacult.blogspot.com.br/2012/06/resenha-casados-com-paris-de-paula.html
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Suzete 16/07/2012

Paula McLain narra o começo da carreira de Ernest Hemingway, seu primeiro casamento, suas dificuldades financeiras, a busca por uma identidade literária e o retrato da própria personalidade do grande artista. O relato é ficcional, mas poderia ser verídico. Os personagens são ilustres conhecidos e os fatos baseados em registros históricos de fontes pesquisadas pela autora. Paula compôs um relato ambientado numa Paris pós guerra, pós esperança. Para quem escreve, ver Hemingway em início de carreira, pobre, desconhecido e perdido em sua própria arte buscando-se como pessoa e escritor é um estímulo e tanto. Surpreendeu-me a forma como Ernest supostamente escrevia, tendo local (ateliê) e horário diário determinado, onde a escrita era suor e dor, uma eterna busca pelo novo, o inusitado. Depois destes períodos produtivos vinham férias regadas a muita bebida e boa vida (patrocinada pelos bons amigos daquela época). A ideia de amor, casamento, fidelidade, família e carreira estão em cada linha de “Casados com Paris”. A Paris de Ernest Hemingway e Hadley Richardson.
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Tamires 08/10/2012

“Casados com Paris – A História de Amor e Traição do Jovem Casal Hemingway nos Loucos Anos 1920”
fonte:
http://pedemexerica.blogspot.com.br/2012/09/casadoscom-paris-historia-de-amor-e.html

" Paris guarda um espaço especial no imaginário popular. Existe uma mítica que cerca a cidade que a põe como o lugar onde se vive bem, e se vive intensamente. É o retrato da alta gastronomia, do romantismo e da efervescência cultural: um espaço frequentemente retratado no cinema e na literatura. Também pudera, pois a cidade acolheu numerosos artistas estrangeiros que sempre a enxergaram como o espaço propício para fazer proliferar a sua arte. Talvez o boom desse movimento artístico tenha sido a década de 20 do século passado, mais conhecida como Belle Époque ou, se preferir, os Anos Loucos, retratada no filme Meia Noite em Paris, escrito e dirigido por Woody Allen, lançado em 2011. Foi também nessa época que passaram pela cidade nomes como Gertrude Stein, Picasso, Ezra Pound, Joyce e Ernest Hemingway, este último um dos personagens centrais do livro que vou falar hoje: Casados com Paris, da estado-unidense Paula McLain.

Entretanto, não pense que você vai encontrar nas páginas desse livro uma biografia do escritor Ernest Hemingway, ganhador do Nobel e também conhecido pelo seu lado viril, sedutor e beberrão. No romance “Casados com Paris – A História de Amor e Traição do Jovem Casal Hemingway nos Loucos Anos 1920”, Hemingway está longe de ser o personagem mais interessante. O livro é contado em primeira pessoa por Hadley Richardson, a primeira esposa de Hemingway, ou a esposa de Paris, como ficou conhecida nos círculos intelectuais.

Enquanto Hemingway tinha uma personalidade selvagem e extrovertida, gostava de ser o centro das atenções e era famoso por cortejar todos ao seu redor, Hadley, ainda que não menos perspicaz, era uma moça pacata e insegura, que fez das ambições do marido os seus próprios sonhos.

Após o casamento dos dois jovens, começa a peregrinação de Hemingway para se tornar um grande escritor. Com uma vida cheia de altos e baixos, o escritor encontra em Hadley a sua maior admiradora, a voz de incentivo e o suporte necessários para conseguir realizar os méritos de sua carreira. No livro, é retratada com minúcia a história de uma mulher que esqueceu das suas próprias vontades, fazendo com que sua felicidade dependesse da felicidade do seu marido. Quando emprestei esse livro para uma amiga, a primeira coisa que ela me perguntou ao terminar a leitura foi “Que amor foi esse?”. Para mim, essa frase descreve bem o que eu também senti ao acompanhar a trajetória de Hadley.

E talvez, por isso, a vida parisiense não tenha sido fácil para Hadley. Por mais que tentasse se adequar às novas regras do Velho Mundo, ela era em sua essência uma moça recatada do interior dos Estados Unidos, que, de repente, se viu numa cidade cosmopolita, cercada por artistas liberais, casada com um homem de muitas mulheres. O que vemos no livro é a história dessa mulher que tenta, de todas as maneiras, manter uma dignidade destroçada por um marido tão afeito às profanações do mundo e, mesmo com sua retidão de caráter, ultrapassa alguns limites de sua conduta pessoal, ferindo seu orgulho e amor-próprio.

Há muito tempo um livro não mexia tanto comigo. Com uma narrativa verdadeira, tocante e simples, a autora te traz para dentro da história e te faz sentir a mesma dor de Hadley e perceber como Ernest tinha a escrita como profissão de forma absolutamente visceral.

A maior prova do amor de Hadley vem no final, (que, por sinal, conseguiu me arrancar lágrimas)! A primeira esposa de Hemingway, apesar de toda a humilhação, sofrimento, apesar de tudo que ela abriu mão para correr atrás do sonho de seu marido, acredita ter sido uma garota incrivelmente afortunada pelo simples fato de um dia ter descido de um trem para ir ao encontro de um homem que transformaria sua vida, um dos escritores mais importantes do século 20, Ernest Hemingway. Ou como ela costumava chamá-lo em sua intimidade, simplesmente Hem.


Agora, alguns trechos do livro para vocês ficarem com ainda mais vontade de ler:

"Eu gostava de sua companhia e sabia que, se o encorajasse, ele se apaixonaria por mim e talvez até me pedisse em casamento, mas eu me sentia pouco ou quase nada atraída por ele."
—MCLAIN, Paula. Casados com Paris. P. 47

"- Eu poderia rastejar para debaixo da cama e só sair depois de me transformar numa velha gagá e não conseguir me lembrar de ter sentido alguma coisa por alguém
- Você quer, mas não vai. "

—MCLAIN, Paula. Casados com Paris. P.50

"Éramos amigos e confidentes, sim… mas ele não me devia coisa alguma, não fizera qualquer promessa, nem mesmo uma falsa promessa. Ele podia seguir aquele vestido verde como uma sereia até o lago, se quisesse. Eu não tinha qualquer domínio sobre ele." — MCLAIN, Paula. Casados com Paris. P. 49

"- Você é sempre tão sensata, Ruth?
- Só quando se trata da vida dos outros."
— MCLAIN, Paula. Casados com Paris. P. 59

"- Não é o amor um belo mentiroso maldito?"
— MCLAIN, Paula. Casados com Paris. P. 56"


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Priscilla 15/01/2013

Visão sobre casamento e Biografia de Ernest Hemingway
Gostei bastante desse livro por dois motivos: a autora usou como plano de fundo a biografia do autor americano de Ernest Hemingway, mas contada por sua primeira esposa, Hadley. Visão da companheira sobre a evolução intelectual do marido, que ao mesmo tempo, expõe a visão de casamento, o comportamento do ser humano dentro dessa instituição. Podemos analisar os acontecimentos sob o prisma psicológico e comportamental, o que é muito interessante. Apesar de se passar na década de 20, o livro continua sendo bastante atual no que diz respeito a traição, vida em casal, doação da esposa ao casamento. Muito bom! Qualquer semelhança, pode ser mera coincidência, mas é emocionante ver como Hadley tratou da separação e lidou com seus sentimentos.
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