O Cavaleiro inexistente

O Cavaleiro inexistente Italo Calvino




Resenhas - O Cavaleiro Inexistente


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Deghety 09/11/2023

O Cavaleiro Inexistente
O Cavaleiro Inexistente conta a história de alguns soldados do imperador Carlos Magno no início da Idade Média.
O personagem que dá nome ao livro é só um dos protagonistas que dão sentido à obra. O cavaleiro Inexistente, Agilulfo, é um soldado que é formado só pela sua armadura , mas com ideais e valores como os que possuem um corpo.
Todos os principais personagens são movidos por ideais próprios, cada qual a sua maneira e com objetivos ligados às suas posições, dando ideia que não existem como pessoas e somente como uma armadura e/ou um título, como de fato ocorre com o Cavaleiro Inexistente.
A leitura é muito agradável, divertida e com interessantes aventuras e enredo bem desenvolvido.
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Andre.Pithon 30/08/2023

2.5

Percebo que nunca escrevi sobre Dom Quixote. Li Quixote no meio da pandemia de 2020, quase completamente, para uma matéria optativa sobre o livro. Na época, ainda não era viciado em Goodreads, e não me expressei aqui. Hora de retificar isso. Hora de retificar isso na resenha de um livro completamente diferente. (Mas deixei a uma estrela que Dom Quixote merece na página dele)

Dom Quixote é repetitivo, você tem a história clássica do "Hurr Durr quero matar moinhos" no primeiro punhado de capítulo, e depois as mesmas piadas e cenários se repetem ad infintum. O humor é ruim, grotesco e escatológico, "haha, olha ele com medo se cagando, haha". A crítica aos épicos de cavalaria é tão diluída que perde quase qualquer potência, homeopática. Beleza, importância histórica, justo, mas se observado por uma ótica de 2023, é praticamente ilegível, e gosto de não dar estrelas extras aqui no Goodreads pelo mérito de algo ser velho.

O Cavaleiro Inexistente, de Italo Calvino, é quase a mesma história. É muito melhor, infinitamente melhor, incomparável. Ainda é meio ruim, obviamente, mas "meio ruim" está eras de distância de Dom Quixote.

Agilulfo não existe. Ele é um conjunto vazio de armadura, parte do exército de Carlos Magno, que existe por pura força de vontade, por sua forte e inquebrável adoração aos valores de cavalaria. E toda a obra se dá desconstruindo esses valores, apontando o absurdo nas tradições tão bem estabelecidas, no mais tradicional estilo de paródia. É uma paródia melhor que Dom Quixote, consegue passar sua mensagem muito mais rápido (Cervantes 🤬 #$%!& escrevendo dois livros por nenhum motivo só pra ganhar mais dinheiro), em alguns raros momentos consegue arrancar algum sorrisinho, mesmo que nunca uma risada.

Mas nunca mais que isso. Alguns episódios são irrelevantes, filler. Alguns personagens não realmente possuem motivo para existir, e tiram o foco no núcleo principal. Qualquer mensagem existencialista se encontra escondida abaixo de uma montanha de lixo, e eu não vou sujar minhas mãos escavando. Mas ainda assim, em alguns momentos, um flash da genialidade de Calvino que tanto me fascinou em Cidades Invisíveis resplandece, e algumas cenas são boas. Há uma parte em que a narradora começa a descrever que teria que descrever toda a jornada longa e detalhada de Agliufo, suas aventuras e peripécias, mas bate a preguiça e ela só rabisca umas linhas num mapa. 10/10 achei engraçado, me lembrou de Dom Quixote, se tivesse uma página rabiscadona sem nada no meio eu ia achar a melhor parte do livro.

Dom Quixote e O Cavaleiro Inexistente são dois livros muito parecidos, cuja aproximação ao tema parte de um ponto muito similar, e cujo objetivo é ironizar os clássicos de cavalaria. Ambos são ruins. Um é muito melhor que o outro.
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annikav.a 18/08/2023

Todos poderiam ser cidadãos da Curvaldia
Não vou abordar os aspectos filosóficos da obra pq são muitos e isso já foi feito de maneira bem competente pelas principais resenhas. No geral, gostei bastante; é engraçado, reflexivo, faz muito sentido para quem gosta de história mas também é sem pé nem cabeça, como o nosso querido Agiulfo. Todos os personagens são tipos ideais, mas não deixam de resolver seus conflitos invididuais, de uma forma ou de outra. Gostei especialmente de como o livro faz uma alusão à falência dos ideais medievos, fazendo com que os ideais, que já eram vazios de significado realmente religioso à época, literalmente se esvaíssem de pronto. Calvino já no final usa Bradamante como âncora para o leitor, instigando a reflexão sobre o tempo entre nós leitores e o início da Idade Moderna, da ascenção burguesa. Por falar nele, sua escrita é riquíssima, cheia de impressionantes recursos de linguagem para um livro de tão poucas páginas.
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Daniel_Vianna 08/08/2023

O cavaleiro inexistente é uma paródia dos romances de Cavalaria, com um toque cômico de realismo.

Acompanhamos a história de Agilulfo, um cavaleiro inexistente, que não possui corpo, apenas armadura, e representa o ápice dos valores racionais - organização, diligência, ponderação e disciplina.

As descrições dos eventos, das batalhas, do dia a dia nos acampamentos de guerra, dos banquetes são excelentes.

O autor conseguiu muito bem fazer com que o leitor reflita sobre a dicotomia entre a narrativa heróica, dos contos de cavalaria, e a realidade histórica dos eventos.

A história em si, apesar de curta, em muitos momentos não me prendeu, senti que alguns personagens ficaram sem um desfecho claro e foram mal explorados em
suas complexidades individuais. O final também não me agradou.

Um livro curto e rápido, sagaz nas críticas e analogias aos romances de cavalaria, com personagens interessantes, mas pouco trabalhados e com uma história intricada e corrida. Boa leitura pra passar o tempo.
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Carol 11/07/2023

Surpreendente
Outro livro que tive que ler por conta da escola. Tem uma história bem interessante com uma mensagem por traz. É fora do que eu leio, mas me surpreendi positivamente com a história
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Josana.Baltazar 02/07/2023

Um cavaleiro que não existe e é de uma retitude de caráter e valores, armadura branca e sempre impecável, a busca da virgindade e o vai e vem da história, princípios, gostei. Indico.
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Val 20/06/2023

As realidades de O Cavaleiro Inexistente
Tudo que vemos só é real se fizer parte de nosso contexto de conhecimento. Nada será diferente disso perante nossa experiência de vida. E é disso que trata o primoroso romance do italiano Italo Calvino em sua obra O Cavaleiro Inexistente. Calvino, um merecedor de um Nobel de Literatura, preterido a inúmeros premiados, segundo meus conceitos de qualidade literária. Sinta-se à vontade para discordar.
Nesta sua obra, mais uma vez fantástica, ele nos assombra com nossa própria sombra: aquilo que somos e que jamais mostramos ser. Para isso, vai até Carlos Magno, na Idade Média, século VIII, para apresentar-nos uma extravagante história sobre uma armadura viva, porém sem seu suposto cavaleiro, contada por uma penitente freira.
Um livro que mostra um cavaleiro que não existe, mas que traz algumas reflexões sobre a nossa própria existência e insignificância. O protagonista é um paladino com tudo que se esperaria de um cavaleiro medieval, ou melhor, de um ser humano em qualquer época: caráter inabalável, incorruptível, fiel, nobre, honesto, imbuído de honra, coragem e retidão. Isto é, uma figura principal que não existe, mas que seria desejável na humanidade.
Dentre as diversas alegorias elaboradas por Calvino a principal é o próprio protagonista. Além de ser o cara certinho, lógico, irritantemente perfeccionista, que não entende as exceções, ele cumpre cegamente todas as regras, normas e protocolos até as últimas consequências. Um indivíduo representado por uma armadura de cavaleiro, de caráter inabalável, voz metálica, incorruptível, devoto, nobre, fiel, imbuído de honra, coragem, retidão e que por isso mesmo não existe.
Apesar das comparações de alguns críticos e analistas com os homens modernos e tecnológicos, pecam por ignorar que este é um romance de fantasia e crítica social escrito em 1959, época em que os computadores – ainda rudimentares - acabavam de trocar as válvulas pelos transistores. Não se sonhava sequer com a internet. Evidente que o autor visava demonstrar um ser utópico que, por pretensamente ser poderoso apesar de humilde, é, por isso, cortejado, invejado e orbitado por um idiota, uma mulher perfeitamente empoderada e um ambicioso e tremendo invejoso que lhe pretende a proeminência, assim como por um admirador jovem e inexperiente que num golpe de sorte se torna seu herdeiro material.
Nesta poderosa e irônica crítica social, Calvino ridiculariza a Sagrada Ordem dos Cavaleiros do Graal, historicamente aclamados como heróis, mostrando seu treinamento como isolacionista e idiotizante, numa aparente crítica ao fanatismo religioso. Apesar de uma história simples e curta, é cheia de cenas que oscilam entre ridículas e até hilariantes.
Um belíssimo exercício literário rico em sátiras e metáforas elaborado por um dos mais importantes escritores italianos do século XX.
Valdemir Martins
16.06.03


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Larii 21/04/2023

Bom
Li por causa da escola, achei meio sem nexo, mas a história é legal e divertida. o final me surpreendeu.
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Léia Beatriz 16/03/2023

Não sei o que eu achei...
O livro em si é muito legal e a história é boa, tem personagens interessantes e cenários legais, mas acho que não é o meu tipo de livro, apesar de ser uma historia muito interessante eu não leria novamente.
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clara716 24/02/2023

Apesar de eu ter achado o estilo da escrita do calvino fascinante infelizmente a história não conseguiu me prender e eu demorei um tempão pra ler.
Mas eu super recomendo exclusivamente por conta da trama existêncialista do Agilulfo e do Gurdulu, muito interessante!!
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arthur966 31/01/2023

a arte de escrever histórias consiste em saber extrair daquele nada que se entendeu da vida todo o resto; mas, concluída a página, retoma-se a vida, e nos damos conta de que aquilo que sabíamos é realmente nada.
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Jardim de histórias 30/01/2023

A existência de quem não existe
Uma experiência sobre a formação de camadas humanas, da ideia da perfeição de uma pessoa que não existe, tornando-a uma síntese perfeita da inexistência da perfeição, a ideia da fé, força de vontade e disciplina que existe em alguém que não existe, logo se o ser é inexistente, somente prevalece o ideal. Simplesmente Italo Calvino de maneira notabilíssima, aborda essa percepção nos fazendo refletir profundamente em um universo que a filosofia considera como existencialismo. É claro que não estou me referindo a uma obra densa filosófica e sim de um romance divertidíssimo de cavalaria às avessas, uma leitura fluída e envolvente que traz essa percepção existencial inserido quase que em fragmentos nessa dinâmica atemporal. Uma história bem contada, muito dinâmica, em alguns momentos, chega a ser parecido com Don quixote. Calvino, faz histórias absurdamente impossíveis, como o visconde partido ao meio, o barão na árvore, o cavaleiro inexistente, cidades invisíveis entre outras parecerem reais. Somos totalmente envolvidos na história de uma forma tão fantástica, que nem questionamos a verossimilhança, simplesmente embarcamos nessa viagem deliciosamente reflexiva. Assim como Fiodor Dostoievski, Italo Calvino, nasceu para ser lido e estudado.
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ana 12/01/2023

No começo eu estava achando o livro extremamente confuso e entediante, mas do meio pro final foi ficando divertido e eu consegui embarcar na história.
Gostei das tramas e do plot twist no final, gostei da ambientação também.
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mari:) 29/12/2022

Legal
A história é legal mas me perdi muitas vezes. Não me prendeu tanto quanto gostaria. Não seria o primeiro livro que recomendaria pra alguém
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Camila 17/12/2022

Um bom começo
Nunca tinha lido nada do autor. Achei a história divertida, gostei de ter pegado para ler. Também foi uma leitura bem rápida.
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