O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley D. H. Lawrence




Resenhas - O Amante de Lady Chatterley


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Suzart1 09/02/2024

Uma ode amor carnal e natureza
Cheguei a esse livro através do filme da Netflix, que me deixou com grande curiosidade ler o livro. O livro tem suas particularidades em relação ao filme, mas os dois se complementam.

No livro há espaço para o debate sobre luta classes - na oposição clara entre Mellors e Clifford, no jogo de poder/servidão entre mineiros e donos -, a abominação à modernidade/tecnologia e como elas afetam a natureza - sua destruição e modificação por meio da exploração e poluição, as relações humanas - como as pessoas passaram a focar mais no racional em detrimento do carnal, o que tornou as pessoas frias - e as estruturas (da antiga Inglaterra, das grandes casas e salões para dar lugar as casas de baixo orçamento).

E claro, um dos pontos mais debatidos na busca não só do prazer, mas também da compreensão de Connie, que encontra uma nova perspectiva de vida nas falas e ação de seu amante (apesar de o romance dos dois não me convencer tanto assim).

No fim, é um livro bem interessante. Pensei que seria mais maçante, mas acabou não sendo e trouxe algumas provocações.

Alguns quotes:

E vagamente ela se deu conta de uma das grandes leis da alma humana: que, quando a alma emocional sofre um choque incisivo que não mata o corpo, a alma parece se recuperar junto ao corpo. Mas isso é só aparência. é só o mecanismo, na verdade, da retomada dos hábitos. Lenta, muito lentamente, o ferimento da alma começa a se fazer sentir, como um hematoma, lentamente aprofunda sua dor terrível até ocupar toda a psique. E, bem quando pensamos que nos recuperamos e esquecemos, os piores efeitos subsequentes se manifestam.

Como ela odiava as palavras, sempre se interpondo entre ela e a vida! Eram elas que violavam as coisas, se é que algo o fazia: as palavras e frases pré fabricadas, que secavam toda a seiva das coisas vivas.

Não entendia a beleza que ele encontrava no toque em seu corpo vivente e secreto, quase o êxtase da beleza. Pois apenas a paixão é capaz de reconhecê-la e, quando a paixão está morta ou ausente, o pulsar magnífico da beleza é imcompreensível, até um pouco desprezível; a beleza cálida e viva do contato é muito mais profunda que a beleza da visão.

É essa a nossa civilização e educação: instruímos as massas a viver em função de gastar dinheiro.

E esse é único jeito de jeito de resolver o problema insdutrial: treinar as pessas poder viver, viver uma vida bela, sem precisar gastar.

Há tanto de você aqui comigo, na verdade, que é uma pena não estar toda aqui.
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Adriana854 08/02/2024

O Amante de Lady Chatterley
Eu decidi que esse ano leria mais clássicos. Na minha época de adolescência li bastante esse tipo de obra, mas com o tempo fui deixando de lado. Escolhi começar pelo "O Amante de Lady Chatterley", um livro que causou ao ser lançado, pois abordava temas inaceitáveis para epoca: sexo e traição.

Eu achei uma ótima leitura com um texto envolvente que prende o leitor. Sugiro também assistir ao filme na Netflix.

TÍTULO: O Amante de Lady Chatterley

AUTOR: D.H Lawrence

TRADUÇÃO: Isadora Próspero

EDITORA: Antofagica ( @antofagica )

NÚMERO DE PÁGINAS: 618 páginas

SINOPSE EXTRAIDA DO SITE DA AMAZON: Quem poderia imaginar o que acontece no interior de uma propriedade rural, antiga e ? até então ? absolutamente puritana? Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento. Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal.

Publicada em 1928, mas vinda ao público apenas em 1960, a história rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena ? e livre ? experiência da sexualidade.

A edição da Antofágica conta com tradução inédita de Isadora Prospero, além de ilustrações a óleo da artista Mariana Darvenne e apresentação de Clara Drummond. Assinam os textos de apoio Carolina Correia dos Santos, doutora em Letras pela USP, que tem como foco a teoria pós-colonial e filosofia feminista; a psicanalista e escritora Luciana Saddi e Nara Vidal, escritora e mestre em Artes e Herança Cultural pela London Met University..
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Carol Azevedo 31/01/2024

O livro é inovador e corajoso por ser um dos primeiros a tirar a mulher desse lugar de apenas objeto de desejo dos homens e a coloca nos holofotes, como um ser com seus próprios desejos, libido e paixão.

no entanto, o que tem de revolucionário em relação à mulher (branca e rica, diga-se de passagem) tem de conservador em tantas outras questões que acabam sendo difíceis de ler, viu. show de racismo, misoginia, lesbofobia? não dá pra negar que o livro é um produto da sua época mesmo.

realmente, no fim esse é um dos poucos casos em que vale mais a pena ver a adaptação, especialmente a lançada em 2022, na qual o casal tem muito mais química e a narrativa tem menos questões tão problemáticas.

***

?Me dê o corpo. Acredito que a vida do corpo é uma realidade maior que a vida da mente quando o corpo realmente desperta para a vida.? pg 465

?Eu disse, é invisível. Eu não acredito no mundo, nem no dinheiro, nem em avançar na vida, nem no futuro da nossa civilização. Se houver um futuro para a humanidade, terá de haver uma grande mudança do que ela é hoje.? pg 531
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Richard.Capiotto 31/01/2024

Um clássico desafiador, pra mim.
Falar sobre clássicos da literatura é sempre um grande desafio, visto que há tantas formas que já se foi interpretado que parece não haver como contribuir.
A leitura deste romance foi, de certa forma, ambígua; a leitura fluía ao mesmo tempo que estagnava-se. Lawrence aborda temas complexos e quase indiscutíveis há época, de forma explícita e extremamente clara, o que sem dúvida é uma das maiores qualidades da obra, embora tenha me perdido em momentos de puro devaneio sobre questões de filosofia e política, por exemplo. Não me entendam mal, não há problema em abordar tais temas, porém é preciso envolver o leitor, e comigo não funcionou. Parágrafos extensos sobre temas que não agregariam e nada o andamento da narrativa.
Encontrei questões elitistas, racistas, misóginas, e obviamente, sexistas durante toda a leitura. Identifiquei, talvez, até uma questão de homoafetividade e assexualidade, eu diria. Num contexto geral, é m bom livro! As descrições, os pensamentos e falas dos personagens são riquíssimas e agregaram demais no processo de leitura.
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Biblioteca Álvaro Guerra 30/01/2024

Considerado obsceno , O amante de Lady Chatterley foi publicado clandestinamente em 1928 , na França , e sua circulação foi proibida na Inglaterra até 1960 , quando o livro saiu vitorioso de uma grande batalha judicial . Este romance de Lawrence explora abertamente o amor e o sexo , rompendo as convenções sociais e as relações de classe .
O autor glorifica a alegria dos corpos durante o sexo , rompendo as convenções sociais e relações de classe .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788577990122
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Vitória.Glauser 25/01/2024

O amante de Lady Chatterley conta a história de Connie, uma moça q é um tanto infeliz em seu casamento e então acaba buscando por algumas aventuras amorosas, até q conhece o guarda-caça de seu marido e se vê apaixonada por ele!
O livro fala sobre sexo, traição e também sobre as diferenças entre as classes sociais.
Uma leitura um tanto interessante, as vezes vc se vê preso e ansioso pra saber o q vai acontecer e outras vezes vc se sente cansado com os diálogos longos e sem nexo!
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Joyce585 23/01/2024

Um hot publicado em 1928 e que foi proibido por décadas
Se você já teve curiosidade em saber como eram escritos os hots na década de 1920 esse livro é para você ???. Brincadeiras a parte, é preciso falar de alguns temas que se destacam na escrita de D. H. Lawrence, a saber: 1) desigualdades sociais 2) os impactos da industrialização 3) ?liberdade? feminina (isso vem ali representado na personagem principal da história, a Constance ou Conie para os íntimos). A história que se passa majoritariamente após a primeira guerra mundial não vai falar de como os sobreviventes, que é o caso de Clifford - marido da Constante -, se lembram da guerra. Pelo contrário, vai se distanciar disso e mostrar inicialmente uma vida tão vazia quanto possível, uma vida que se passa no interior da Inglaterra e que tem como pano de fundo o trabalho (e as lutas) dos mineradores de carvão. Voltando ao casal Clifford e o Constance, Clifford perdeu a mobilidade das pernas durante a guerra e por um tempo, depois que eles se mudam para o interior, Connie passa a ser responsável por ajudar ele em todas as tarefas. Nesse contexto ela está exausta e vai perdendo a vontade de viver. Até que ela conhece Oliver Mellors, que tem a função de guarda-caças (seria uma mistura de jardineiro com caseiro, para nós aqui do Brasil). No início eles se estranham um pouco, mas ao longo da história eles vão se aproximando (se aproximam bastanteeee kkkkkkk). Quem ganha nessa história é Connie, que encontra um macho atencioso e carinhoso (se comparado aos outros machos dessa história, inclusive ao seu marido) e de brinde a querida ainda pode transar praticamente a todo instante, coisa que ela não fazia há muito tempo. Claro que tem muita coisa que eu deixei de fora e que a gente ainda vai encontrar por parte da escrita do autor vários elementos como preconceitos raciais e machismos (e inclusive o autor tinha uma certa inclinação para o facismo e coisa e tal). Mas considerando o contexto em que foi escrito e o fato de que a obra foi banida por décadas por descrever cenas de sexo de forma gráfica, é possível tirar um proveito ou outro da leitura, no momento que lemos de forma crítica.
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Julio.Argibay 23/01/2024

O Amante de Lady Chatterley - Autor D.H Lawrence
O amante de Lady Chatterley. Nesta estória a jovem Constance Chatterley casou com o aristocrata Clifford. Ele é um escritor inglês e proprietário de mina de carvão de Tevershall. O marido da jovem é membro da aristocracia inglesa. Eles moram em Wragby, próximo as minas, na região dos Midlands. Após a guerra, o marido volta paralítico da cintura para baixo. Connie tem uma irmã mais velha, Hilda. Elas estudaram e viajaram pela Europa antes da guerra. Devido a seu estado, o marido de Connie não pode ter filho. Assim, Clifford, permite que a esposa tenha um filho, se for da vontade dela, mas que seja discretamente. Pouco tempo depois, o casal vive num espécie de vazio existencial. Ela já teve um amante, chamado Michaelis, mas sem grandes sentimentalismos. O tempo passa, Connie começou a ser atraída por um dos empregados da propriedade, o Sr Mellors, couteiro da propriedade. Ele é jovem, louro, ex soldado repatriado da índia. Mellors vive de uma pequena pensão. Certo dia, Connie recebe a visita de Hilda. A irmã achou a aparência da caçula meio doentia e a levou ao médico. Além disto, pediu a Clifford para contratar uma pessoa para ajudá-lo nas atividades diárias. Assim, a Sra Bolton, foi morar no casarão. A dona tem uma personalidade bastante interessante e acaba sendo influente na vida do patrão. Ele agora é mais profissional e em casa é como uma criança adulta. Na mesma época, a jovem e o vigilante começam uma relação amorosa. Os amantes se encontram na casa do bosque. Um pouco de história e economia... Neste período a Inglaterra agrícola estava sendo substituída por uma nação industrial. A classe trabalhadora estava em transformação. Os antigos casarões eram demolidos, pois uma nova ordem social estava surgindo. Connie viaja para Veneza de férias, com o pai e Hilda. Na Itália, é informada pela Sra Bolton e pelo marido que a mulher de Mellors tinha voltado e tumultuou a vida do vigia, envolvendo toda a vizinhança na briga. Assim, para evitar maiores problemas, o Sr Mellors se mudou para Londres. Connie contou ao pai que estava grávida e que ia se separar do marido. O pai ficou preocupado. Em Londres, Sir Malcolm, conversa com o Sr Mellors. Já em Wragby, Sir Clifford exige a presença da esposa em casa para resolverem a situação. Assim, Connie e Hilda seguem para Wragby. Em casa o marido comunica a Connie que não aceitará o divórcio. Mesmo assim, ela sai de casa e vai morar com uma família conhecida, até as coisas se resolverem. O casal aguarda, separados, pelos divórcios, distantes um do outro, mas com esperanças no coração.
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Viferoli 23/01/2024

Não sei nem se eu entendi esse livro
Na teoria o livro é sobre o desejo sexual e a contextualização do desenvolvimento industria na Europa. No entanto, não senti nada disso ao ler. A parte sobre a industrialização não achei nada revolucionário, são opiniões sobre o contexto, mas de forma bem massante e repetitiva, sem um desenvolvimento sobre aquilo. E a parte sobre o desejo sexual é só isso mesmo, umas partes bem descritivas, mas uma protagonista que é submissa a praticamente todos os personagens, que corta relações com um pra ser submissa ao outro, carente de tanto que pergunta se a pessoa gosta dela, quer ter um filho com ela... E o final foi meio blé. Não entendi qual é o ponto do livro, mas esperar que um homem do século 19 escreva sobre mulheres fortes é difícil né
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Lais544 19/01/2024

Uma partida de xadrez ??
Achei a leitura extremamente arrastada e cansativa, parecia que a história não ia pra frente e ficava dando voltas e voltas, assim como a escrita onde o autor repete as mesmas palavras tantas vezes que chega a ser irritante. Enfim, não é ruim, só não gostei kkk


? Malditas mulheres, são todas assim? resmungou.? Ou não terminam de modo algum, como se fossem mortas por dentro? Ou esperam até o sujeito acabar e então começam a se satisfazer, e ele tem que aguentar firme. Nunca conheci uma mulher que terminasse junto comigo.
? Mas você quer que eu obtenha minha satisfação, não quer?? repetiu.? Ora, certo! Não tenho nada contra. Mas, diabos, ficar esperando uma mulher se satisfazer não é nada divertido para um homem?

Ai ai, macho com ejaculação precoce que não consegue satisfazer mulher desde 1928
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Reg 17/01/2024

Achei que fosse gostar mais
É um livro bem polêmico pelo seu conteúdo na epoca e como Lady Chatterley vivia sua vida da forma que queria e trazendo toda a polêmica da mulher se satisfazer e a visão dos homens da época em relação a isso. O Livro não me prendeu, gostei bastante do livro, mas achei uma leitura arrastada, não gosto muito dos hots, mas isso é questão de gosto. Mas é inegável o quanto Lady Chatterley é uma personagem bem construída, bem resolvida, totalmente a frente do seu tempo.
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Pâm 17/01/2024

O amante de Lady Chatterley
Livro de fácil compreensão. Leitura simples e instigante. No período de sua publicação foi considerado um livro polêmico, talvez hoje ainda seja, principalmente pelos termos e palavras utilizadas pelo autor. Principalmente porque essas palavras expressam a sexualidade da Connie (Lady Chatterley). Considero a relevância histórica do livro acerca da visibilidade feminina, no entanto discordo de algumas ações do Mellors (o amante), achei ele, por vezes grosseiro e machista. Talvez por ser a compreensão de um homem. No que diz respeito às questões de classe, Considero bem desenvolvidas e evidentes nas relações do livro. A personagem que mais me chamou atenção foi a Sra. Bolton.
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irys. 16/01/2024

"Mas ela nunca o possuiria".
Novela escrita em 1928, compreensível o escândalo que o manuscrito causou.
Todo o enredo discute assuntos polêmicos e considerados difíceis de se conversar, como classes sociais, sexualidade e política. Lawrence discorre perfeitamente sobre esses temas, é interessante ter noção dos sentimentos não só da Connie, mas de Clifford e de Mellors, além de pautar o sentimento e a agitação do povo, mulheres que precisavam ser tocadas no âmago, pessoas famintas e a soberba dos que tinham poder sobre eles. Gosto de como não há espaço para restrições de detalhes.

"É porque os homens não são homens que as mulheres têm de ser".
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