Sentimento do mundo

Sentimento do mundo Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Sentimento do Mundo


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Lethycia.Leal 04/08/2021

Eu esperava mais do livro. Porém ele é muito bom.
Não foi como eu imaginava mas a leitura é tranquila.
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cath 02/08/2021

Sentimento do mundo
Em Sentimento do mundo de Carlos Drummond de Andrade, vemos que o poeta quis fornecer a amplitude de seu horizonte atual. Quis mostrar uma consciência do que se passava nos corações e nas almas das pessoas naquela época. Como o livro se passa em 1935 - 1940, sabemos que é uma época triste para o mundo inteiro, em uma ambientação pós-primeira guerra e começo da segunda. Por isso, existe muito pessimismo na obra mas não deixa de existir ESPERANÇA. "O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."
Drummond apresenta poemas sem rimas, em um estilo modernista, vemos versos com métricas diversificadas.
Eu me apaixonei pela escrita, pela forma simples de passar os sentimentos e pela experiência coletiva de uma só época, mesmo com a temática do "eu" ainda em destaque.
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Ana 29/07/2021

Adoro muitos dos poemas de Drummond, mas esse tipo em específico não me agrada taaaaanto assim, embora eu tenha gostado. Acho que preciso de um pouco mais de maturidade e estudo pra apreciar essa obra. No futuro lerei novamente.
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Felipe.Camargo 20/07/2021

É Drummond, não tem o que falar...
Meu poeta brasileiro predileto, em um de seus livros mais sombrios, cujo pano de fundo é a segunda guerra Mundial e a (des)esperança crônica em relação ao amanhã... A edição possui um pósfacio maravilhoso de Murilo Marcondes de Moura.
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Marcio.Miller 01/07/2021

Pessimista, melancólico, consciente e profundo
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carolina.doce.1 19/06/2021

"Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo"

Esse início do livro enuncia a profundidade e a sensibilidade de Carlos Drummond de Andrade nessa obra.

Foi meu primeiro contato com o autor e gostei muito. Em seus poemas ele introduz temas importantes como preocupações de cunho político, injustiças e desigualdades sociais incluindo às vezes um tom irônico e também melancólico, mas sempre regado por muita sensibilidade, o que torna sua crítica mais carregada de significado.
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Alessandra.Adams 13/06/2021

Sentimento do mundo permanece, tantos anos depois de seu lançamento, ainda um dos livros mais celebrados de Drummond. Não é para menos: o livro apresenta poemas clássicos como ?Sentimento do mundo?, ?Confidência do Itabirano?, ?Poema da necessidade?, entre outros. Excepcional!
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Rogério 04/06/2021

Que negócio é esse de dentaduras duplas?
Realmente, não foi falta de vontade; juro que li cada poema mais de duas vezes, parava, pensava , olhava pro vazio e não conseguia entender quase nada... Poesia não é um gênero literário que funciona pra mim.
Dos poucos poemas que entendi, é perceptível o tom nostálgico e melancólico do autor em relação ao passado, como em " Confidência do itabirano" e "Lembrança do mundo antigo". A apresentação do livro também ajudou a compreender algumas passagens que mencionam os acontecimentos da época, como a Segunda Guerra e o Estado Novo no Brasil, como em " Congresso Internacional do Medo". Já "Privilégio do mar" e "Inocentes do Leblon" fazem críticas sociais úteis ainda nos dias de hoje, em relação ao ostracismo que certas pessoas ricas vivem.
PORÉM há poesias que nem se eu batesse a cabeça na parede saía alguma coisa, como um que fala de dentaduras duplas !!!
Enfim, sei da importância deste livro pra nossa literatura, mas é algo que dificilmente retornarei algum dia.Talvez leia o livro seguinte do autor após este, 'A rosa do povo', parece que ele é mais direto nas críticas.
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João 04/06/2021

Sentimento do mundo - Drummond
"Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo [...]"
O livro faz parte de um ponto importante na obra de Drummond, no qual o autor se volta para a realidade do mundo e suas mazelas. Dessa forma, Sentimento do mundo difere de Alguma poesia e Brejo das almas. No entanto, o poeta ainda descreve momentos emocionais/individuais e usa de contradições e antíteses para demonstrar que ainda vive uma "luta interna". Esse conflito entre "ter apenas duas mãos", mas possuir o "sentimento do mundo" marca os poemas e pode ser observado logo de cara ao analisar os dois primeiros: "sentimento do mundo" e "confidência do Itabirano".
Um livro simplesmente fantástico!
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rorolovespizza 03/06/2021

Infelizmente, não posso atrubuir uma nota pois sou ima ameba no que diz respeito à poesia, mas foi uma boa experiência ler esse livro.
Pretendo reler mais para frente.
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Lucas1429 20/05/2021

O sentimento do mundo, e o fim dele, em duas mãos com caneta e tinta
Poética prazerosa, inquisidora, consciente, delicada. Há espaços para todas estas retóricas na gracinha essencial que é este compilado de Drummond. Suas poesias são curtas e precisas; elas acalentam um corpo precisado do amor e da inquietação de suas métricas e palavras. Se sai, um mestre como era, esplendidamente bem.

Pela precisão de época, alguns desavisados com os fatos construtivos do país e mundo podem passar desapercebidos pelas suas intenções, mas sua História está lá: alguém parte de movimentos, da classe, da humanidade, pois Drummond reitera a importância de um Estado complacente se bem administrado e igualitário, porém mediado pela imensidão de desesperança e do próprio homem como genitor desencadeador dela. Além, tem memórias, nostalgia e o carinho ao seu tempo ingênuo e puro de menino do interior, de início de vida, quando as preocupação existem em apenas indagar qual rima casará com seu possível amor. E mais, tem dedicatória ao seu Rio, eterno Rio. Fala por muitos.

Lido pela segunda vez, e de amadurecimentos ideológicos, crescem a admiração política e os valores ensimesmados de um poeta todo nosso, que postos à prova e para fora, aliviam seus ombros num abraço de ambas mãos, e já morto, previsível na condenação humana: ainda somos um fardo pesado demais para nós mesmos.
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Virginia 15/05/2021

Quem sou eu, mera estudante de letras, pra criticar Drummond. O homem é um gênio, esse livro é um baú do tesouro pra qualquer um que goste de fazer análise de poesia
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Juliana Amaro 14/05/2021

Ótimo livro
Perfeita depuração dos livros anteriores, este é um verdadeiro marco - e como se isso não bastasse, é o livro que prepara o terreno para nada menos do que A rosa do povo (1945). Por isso a ênfase, ao longo de todo o livro, na vida presente.
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Jeanine 05/05/2021

É um livro curtinho de poemas, bem criticado do autor, foi publicado em 1940 e aborda temáticas políticas e sociais, que ainda se tornam atemporais. Naquela época o fascismo, nazismo e conflitos regionais estavam se destacando e com o fim da primeira guerra Drummond esperava que houvesse paz e solidariedade, essa dicotomia de esperança e frustração acabou gerando diversos sentimentos que o autor colocou em seus poemas.
Com um toque de solidão, nostalgia, medo e eu diria também cansado de tantos sentimentos aflorados, o que mais chamou minha atenção foi a transposição em palavras dessas tantas angústias, sofrimento e dor. Achei também vídeos com famosos declamando poemas de Drummond e gostei bastante do “Consideração do Poema: por Caetano Veloso, Chico Buarque e Fernanda Torres - Dia Drummond 2011”.
Foram poemas que me tocaram, talvez até demais pelo meu momento sentimental nessa primeira leitura, amei demais o poema “Mundo Grande”, mas esse livro deve ser degustado e relido. Nesse momento de pandemia me fez ter algumas reflexões.
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Cassionei 30/04/2021

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UM VÍRUS
Carlos Drummond de Andrade foi o maior poeta do país. Isso é quase uma unanimidade e ainda bem que seja quase. Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo, escreveu em uma de suas crônicas: “não sou um escritor unânime, porque a unanimidade é uma burrice”. Da vasta obra poética drummondiana (ele também foi um excelente cronista), meu livro preferido é “Sentimento do mundo”, de 1940, cuja edição mais recente é da Companhia das Letras.

Pode-se dizer que Drummond é daqueles poetas proféticos. Sempre encontramos algum verso que fala sobre “o tempo presente, os homens presentes, / a vida presente”, como escreveu em “Mãos dadas”, poema desse mesmo livro, em que ironicamente diz que não será “o poeta de um mundo caduco”. Mas foi e continua sendo esse poeta. É também desse volume, por exemplo, “Elegia 1938”, cujos versos foram relembrados na época do atentado ao World Trade Center, no fatídico 11 de setembro de 2011: “Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição / porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.” Já um poema dos anos 80, “Lira itabirana”, publicado apenas em jornal, foi resgatado depois da tragédia na barragem de Brumadinho: “O Rio? É doce. / A Vale? Amarga. / Ai, antes fosse / Mais leve a carga. / Entre estatais / E multinacionais, / Quantos ais! / A dívida interna. / A dívida externa / A dívida eterna. / Quantas toneladas exportamos / De ferro? / Quantas lágrimas disfarçamos / Sem berro?”

O poeta era de Itabira, cidade de Minas Gerais, onde também há barragens e extração de ferro. Em “Sentimento do mundo”, temos sua “Confidência de itabirano”, em que evoca o “ferro nas calçadas” e o “ferro nas almas” de sua população, sendo que o próprio eu lírico diz ser “triste, orgulhoso: de ferro”. Drummond, no entanto, parte de sua aldeia para o mundo (“Itabira é apenas uma fotografia na parede”), que na época entrava na Segunda Grande Guerra, mostrando-se angustiado com as transformações de ordem política e o que elas afetam no indivíduo e nas relações humanas: “Os camaradas não disseram / que havia uma guerra / e era necessário / trazer fogo e alimento. / Sinto-me disperso”.

Como seus versos são atemporais, é inevitável lê-lo pensando na pandemia que estamos vivenciando, o que traz mais uma vez à baila o seu caráter profético. Em “Congresso internacional do medo”, lemos aquilo que talvez mais nos afete atualmente, ao não poder, por precaução, nos aproximar das pessoas queridas devido ao vírus: “Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços”. Assim como vemos nossas “lideranças” perdidas, afirmando aquilo que pode nos levar a um destino que tememos: “cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, / cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte”. E o que dizer sobre aqueles que não querem ficar em casa, Drummond? “Chegou um tempo em que a vida é uma ordem”, escreve em “Os ombros suportam o mundo”.

No seu primeiro livro, “Alguma poesia”, de 1930, Drummond escreveu que “no meio do caminho tinha um pedra”. Hoje, no meio do nosso caminho existe um vírus. Sempre houve pedras e vírus no nosso caminho (“Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos”), sempre houve gente incapaz que nos lidera, sempre vivemos tempos ruins. No entanto, sempre o mundo sobreviveu. Ou não? Às vezes, Drummond é pessimista: “O mundo não tem remédio… / Os suicidas tinham razão”. Em outros versos, porém, dá um pouquinho de esperança nesse isolamento social: “Neste terraço mediocremente confortável, / bebemos cerveja e olhamos o mar. / Sabemos que nada nos acontecerá. / O edifício é sólido e o mundo também”.

site: https://cassionei.blogspot.com/2020/04/no-meio-do-caminho-tinha-um-virus.html
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