Ratos

Ratos Gordon Reece




Resenhas - Ratos


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Marcela.Hideu 16/11/2011

Shelley e a mãe foram maltradas a vida inteira ,as cicatrizes do rosto da menina faz ela lembrar muito bem disso ,então o livro tem uma leitura muito fácil de absorver e um deserolar emocionante ,alguns trechos do livro me tocou muito .É Impressionante como a menina e mãe se veem em uma encruzilhada e começam a amadurecer e se tornando fortes.
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Kelly 05/10/2013

Genial !!!
Primeiramente preciso falar da arte da capa que é muito bacana , realmente tem um toca de rato na capa do livro , eu achei que esse toque final deixou o livro melhor ainda.
Bom , então vamos a ele né .

Ratos conta uma estoria interessantíssima sobre o mais puro , simples e forte sentimento humano , o medo. O medo de se impor , o medo de reagir diante de uma injustiça , o medo de dizer algo improprio .
Medo.

Shelley e sua mãe tem algo em comum , além do parentesco , elas tem personalidades muito parecidas na verdade iguais . Devido a isso a vida pra elas é bem difícil .
O pai de shelley foi embora de casa com sua secretaria muitos anos mais nova que ele ,deixando sua mãe praticamente sem nada , e ainda tentou ganhar a guarda de Shelley mas como com a idade de 15 anos ela já podia escolher , ela escolheu ficar com sua mãe e como punição ele simplesmente passou a ignorar a existência de Shelley.
Ele é advogado e conheceu a mão de Shelley quando ela começou a trabalhar para a mesma firma que ele , eles se apaixonaram e se casaram e assim que Shelley nasceu a exigência de seu pai foi que ela , que estava prestes a se tornar sócia da firma , abandonasse o trabalho para cuidar de Shelley , e como rato que ela era , acatou a ordem. e passou a ser uma dona de casa exemplar e uma mãe cuidadosa .

Já Shelley por sua vez sempre foi muito estudiosa e boa filha sempre se dedicou muito a artes e a boa literatura. Na escola passou por maus bocados com suas ex amigas de infância e sofreu um bullying pesado durante meses e que acabou culminando em ataque brutal que resultou em internação e afastamento permanente da escola .

em meio a essa atmosfera de medo e desamparo as duas resolvem se mudar para um lugar bem afastado da cidade para que elas pudessem ficar isoladas e para que elas não fossem perturbadas e na verdade para que pudessem se esconder . Quando tudo começa a melhorar e elas começam a ter uma vida , mesmo como ratos, feliz e agradável , algo terrível acontece ameaça essa já muito frágil alegria.

É ai que essas duas se vêem diante de algo tão complicado que não tem como não reagir , desse momento em diante ou elas deixam de ser ratos ou deixam de existir.

A forma como a mãe de Shelley lidou com os problemas que surgiram , como lidou com a situação principalmente no final do livro , me deixou de queixo caído , com tamanha perspicácia e me fez pensar em como uma mulher tão inteligente e com uma capacidade de raciocínio tão ágil pôde ser capaz de aceitar todas essas coisas , todas essas humilhações durante tantos anos .

E até Shelley que me irritou bastante , não durante o bullyng , depois que tudo ocorreu ela ainda mantinha um pouco das suas atitudes de rato , mesmo ela começou a mudar e no fim pude dizer que simpatizei com ela .

Pra resumir , o livro é ótimo , nunca tinha ouvido falar desse autor e fiquei encantada com a forma como ele conta uma estoria e de como ele desenvolveu a estoria através dos olhos de Shelley , adorei o livro e super recomendo .
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Só Sobre Livros 18/12/2013

Abnegaação e medo em "Ratos"
Confira resenha no blog

site: http://sosobrelivros.blogspot.com.br/2013/12/abnegacao-e-medo-em-ratos-kelly-santos.html
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Raquel 29/01/2014

BLOG SWEET CORNER: RATOS, DE GORDON RECCE
Shelley e a mãe estão procurando uma casa afastada para morarem e se esconderem após a separação da mãe e os ataques frequentes de bullying que Shelley sofria na escola, até que encontram o Chalé Madressilva, à meia hora da cidade. A casa é perfeita para as duas: é o esconderijo perfeito para os ratos habitarem e fugirem das más situações - ratos estes são as pessoas que se encondem dos problemas, que não enfrentam os medos e os agressores, ou seja, Shelley e Elizabeth (mãe de Shelley), que se autoproclamam como ratos. Mãe e filha, ao se acostumarem com a casa e a localização, passam a pensar que serão felizes novamente e livre de problemas, mas tudo muda com a chegada de um desconhecido no chalé no dia do aniversário de dezesseis anos de Shelley, e esta experimenta um novo sentimento, um sentimento que jamais pensou que pudesse sentir e realizá-lo, mas realizou. E é aí que a história começa a se desenvolver de verdade.


Não posso contar mais que isso da história, se não, quem for ler o livro, não sentirá o que eu senti quando li: a história era desconhecida por mim, pois nada é contado na sinopse, não há nenhum sinal fora do livo que indique o verdadeiro enredo. Na verdade há, sim, pistas sobre a história na capa, nas críticas e nas citações, mas que só é possível realmente decifrá-las quando já estamos na metade do livro. Então, a cada linha que eu lia eu me surpreendia com o quanto as protagonistas mudaram a maneira de pensar após o "presente de aniversário" da garota e o quanto eu percebia, junto com elas, que elas não eram mais os ratos que achavam que eram. A história, a cada página, fica mais tensa e cheia de suspenses, mas que logo são terminados no próximo capítulo - todos os capítulos são curtos, o que faz a leitura fluir bem.

Realmente, Gordon Reece fez um maravilhoso trabalho com a narrativa cheia de detalhes e descrições, deixando-a dinâmica e nenhum pouco cansativa. Aliás, ele não abriu mesmo a mão dos detalhes, pois além de dispo-los muito bem e com uma escrita coloquial, foi de extrema importância para entendermos os motivos de Shelley e da mãe dela terem feito o que fizeram e é entendendo esses motivos que me fez sentir uma vontade enorme de torcer por elas e pela felicidade das duas.

Além disso, não consigo acreditar que o autor é um homem, porque ele soube tão bem construir duas personagens femininas perfeitas que não pude deixar de perceber o quanto eu me identifiquei com os sentimentos de Shelley e a relação de mãe e filha das duas. Reece também me fez refletir se eu sou também uma rata e o que eu poderia fazer para inverter essa situação, caso eu fosse. É claro que eu não estou falando - para quem já leu o livro - que ele nos ensinou a cometer o que as duas cometeram, mas, sim, as atitudes que elas tomaram após perceberem que são capazes de enfrentar seus agressores.

Por fim, não posso deixar de citar a capa e a diagramação da edição da Intrínseca. A capa é perfeita e cheia de mistérios, e, como vocês podem ver na foto (foto no link do blog), há um desenho de uma toca de rato na parede vazado, ou seja, dá uma sensação de profundidade, pois o fundo do buraco é a aba da capa. Gostei muito também da fonte e do tamanho dela e há um espaçamento perfeito. A única coisa que eu posso reclamar do livro é da tradução da editora que tem vários erros de pronomes possessivos e que me incomodaram bastante, mas fora isso não tenho nenhuma reclamação, apenas um desejo: ler mais livros de Gordon Reece, que merece um prêmio por me fazer sentir tanto frio na barriga!

site: http://morethanaworld.blogspot.com.br/2014/01/resenha-ratos.html
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jardel.rocha.165 02/01/2015

Leitura obrigatória para quem curte um ótimo thriller.
O livro conta a história de Shelley e sua mãe Elizabeth. Contada em primeira pessoa pela adolescente, a narrativa envolve traição, divórcio, bullying e "fatos que deveriam acontecer". É impressionante a mudança de atitude das sofridas mãe e filha de meros "ratos" para verdadeiros "gatos". Você termina de ler e, realmente, apesar de ocorrer acontecimentos que talvez são considerados "ilegais", ao pesar tudo na "balança", não poderia se desenvolver de outra maneira.
Leiam o livro, por favor. Tenho certeza que irão amar. :)
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Matheus Fellipe 16/01/2015

Sengue nas páginas!
"A realidade era exatamente o oposto da ordem e da beleza; era o caos e o sofrimento, a crueldade e o horror. [...] A realidade era um massacre diário de inocentes. Era um abatedouro, um açougue, forrado pelos corpos de inúmeros ratos..." Pág. 68

Ratos é o primeiro romance de Gordon Reece, e com ele foi possível sentir todas as emoções que um bom thriller deve ter, suspense a cada página, uma boa dose de terror psicológico, personagens bem construídos e cenas muito bem descritas. O livro é sangrento, recomendo a leitura para todos, mas devo dizer que quem tem estômago fraco deve evitá-lo.

Com respeito a editoração, a Intrínseca fez um ótimo trabalho. A capa é perfeita, com o sangue respingado na parede, o buraco dos ratos, etc. A diagramação foi muito bem trabalhada, com um bom espaçamento entre linhas e margens. Essa edição possui 240 páginas, e elas são amareladas.

Em suma, Ratos é excepcional, li em um dia, recebeu 5 estrelas e ficou entre meus favoritos.

site: http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/2014/12/1-resenha-ratos-gordon-reece.html
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Michelle 02/02/2015

Fascinante
Desde a primeira página, o autor nos insere no universo da Shelley, que é cercado de medo, insegurança e injustiça. Acompanhamos ela em um dos processos mais difíceis da sua vida e é impossível não se sensibilizar com tal situação. Vitima de bullying dos mais pesados, vamos acompanhando a sombra que esse ato deixa na vida de uma pessoa. E quando pensamos que tudo pode ter sido 'resolvido, eis que a história sofre uma reviravolta da melhor qualidade.
A cada página virada uma surpresa, e sem tempo nem para tomar folego vamos acompanhando a trajetória dessa mãe e filha que lutam por seu lugar ao sol.
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Taisa 04/02/2015

Ratas
Quando peguei esse livro para ler já estava preparada psicologicamente para ter sangue jorrando na minha cara a cada virada de página. Tinha lido umas resenhas e infelizmente peguei alguns spoilers, e posso garantir que não é nada de tão horripilante assim.

É claro que existe uma tensão, mas ela na maioria das vezes é psicológica. Todo o livro é contado pelos olhos de Shelley, a princípio ela é uma menina assustada, que não reage, se deixa ser humilhada de várias maneiras possíveis. Mesmo assim eu não tive raiva dela, consegui entendê-la, é triste mas realmente existem pessoas assim, principalmente na adolescência, período em que ao mesmo tempo em que somos corajosos somos também mais vulneráveis, sentindo sempre a necessidade de provar alguma coisa a alguém.

"Saber o que aconteceu depois me faz pensar em como a aparência e o comportamento delas em relação a mim mudaram na mesma época. Sempre me perguntei se existia alguma conexão. Nossa aparência afeta nossa personalidade? Ou é nossa personalidade que afeta nossa aparência? A pintura corporal para um guerra transforma um índio covarde em um guerreiro corajoso?...(Pg. 20)"

Depois do acontecimento ocorrido após o aniversário de 16 anos da Shelley, é palpável a mudança de personalidade nas duas. De uma maneira muito destorcida e me sentindo culpada eu gostei disso. Foi legal vê-las mais corajosas e destemidas. Adorei a relação entre elas, apesar de todas as coisas horríveis, sempre houve muito amor e companheirismo ali.

Sei que sou um rato e que estou me escondendo de todos em meu ninho aconchegante, atrás dessas paredes, mas minha vida de rato é repleta de todas as coisas boas que existem: arte, música, literatura...amor. (Pg. 50)

Ficou bem claro que uma decisão ruim pode levar a um caminho desastroso, no decorrer da história assistimos à bola de neve ficando maior e maior até chegar um ponto em que você espera por qualquer final possível. Eu gostei da conclusão, achei que apesar dos pesares elas mereceram esse desfecho. Não sou nenhuma expert em thrillers mas eu gostei dele, os capítulos são bem curtos deixando a leitura super ágil e quando você percebe esta nas últimas páginas. E o melhor, ele é super baratinho, paguei uns dois reais no Submarino, ele sempre está em promoção e vale a pena.

site: http://leiturasdataisa.blogspot.com.br/
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Cláudia 08/02/2017

Ratos
Ratos passam suas vidas escondidos, com medos de seus possíveis predadores. É assim que vivem Shelley e a mãe. Foram maltratadas a vida toda. Elas têm consciência disso, mas não sabem como reagir - são como ratos, estão sempre entocadas e coagidas. Vítima de um longo período de bullying que culminou em um violento atentado, Shelley não frequenta mais a escola. Esteve perto da morte, e as cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe se refugiam em um chalé afastado da cidade.
Confiantes de que o pesadelo acabou, elas enfim sentem-se confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate quente junto à lareira. Na noite em que Shelley completa dezesseis anos, porém, um estranho interrompe a tranquilidade das duas, e um sentimento é despertado na menina. O que acontece em seguida instaura o caos em tudo o que pensam e sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou.
Até mesmo os ratos têm um limite.
É assim que começa a eletrizante narração de Gordon Reece, "Ratos", da Editora Intrínseca. O foco é batido - bullying -, mas a direção que toma a história é inimaginável. É incrível como a teoria de causa e efeito se aplica bem aqui.
Os rumos que nosso inconsciente dá as nossas vidas quando se sente atacado, violentado, agredido é impressionante.
Uma leitura fácil, uma história comovente, um enredo forte.
Recomendo!

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2015/07/voce-e-um-gato-ou-um-rato-ratos.html
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Eli Coelho 13/02/2017

Pretensioso, mas decepcionante
O livro começa bem. Até o capitulo doze é narrado as mudanças na vida das protagonistas e a progressão do bullying que a personagem principal viveu. Apesar de excessiva autocomiseração, já que ela julga-se e a mãe como ratos devido a passividade e covardia.

Na sequencia em poucos capitulos é resolvido um conflito (que mudará as personagens. Não sei se para o bem ou para o mal). Muito é inverossímil nesse trauma que não tem a força narrativa necessária para ser o clímax do livro, embora seja.

A partir disso são quase 100 páginas de especulação, preocupação, sonhos, pesadelos, paranoia, etc. Narrados pela garota de 16 anos tão chatinha e sua mãe insossa que em momento algum atraíram minha simpatia ou empatia. É um livro de muita enrolação e pouca ação pra empurrar a narrativa. Torna-se cansativo demais o "mais do mesmo" das personagens.

Por volta da página 200 acontece algo (finalmente!) que tenta (eu disse tenta) agitar um pouco as coisas e preparar um clímax de suspense para o final. É um livro que claramente poderia ter umas 80 páginas a menos. Lamentável. Muito promete em relação a psicologia das personagens, mas pouco entrega.
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Dani 25/10/2017

Ratos, Gordon Reece
A adolescente Shelley acabou de se mudar com sua mãe para uma casa em local o mais afastado possível da "civilização". As duas são apenas mais um par de ratos; pessoas que já sofreram muito mesmo em suas vidas, e isso as impactou de forma que apenas podem se esconder. Além de ter passado pelo divórcio conturbado dos pais, Shelley também sofreu um bullying violento que resultou em cicatrizes físicas e emocionais.

Nossa aparência afeta nossa personalidade? Ou é nossa personalidade que afeta nossa aparência?

Ratos é um livro estranho para mim, já que não gosto do tipo de pessoa que se torna resignada, mas as personagens conseguiram ganhar minha empatia. Me perguntava qual seria o conflito do livro, e esse não demora muito a aparecer.

— Zugzwang. É um termo nos jogos de xadrez, usado quando é preciso fazer uma jogada mas não há qualquer movimento que não seja prejudicial ao jogador.

A vida tranquila de Shelley e sua mãe se mostra distante quando, durante um assalto comum, a adolescente acaba implicando que as duas matassem o ladrão. A partir daí elas precisam conviver com esse fato, além de se livrarem das provas e de qualquer coisa que possa trazer a polícia a elas.

A realidade era exatamente o oposto da ordem e da beleza; era o caos e o sofrimento, a crueldade e o horror.

Esse conflito me impactou por mostrar como a violência pode desumanizar alguém, fazendo-a até mesmo repetir isso. Porém, ao mesmo tempo, eu queria que as duas fossem apanhadas em seus crimes, eu torcia por isso!

Tudo em que pensava era que não importa o quanto somos próximos de alguém, sempre existirão limites — fronteiras que simplesmente não somos capazes de atravessar, questões que nos tocam tão profundamente que não podem ser compartilhadas. Talvez, pensei, aquilo que não conseguimos compartilhar com os outros seja o que realmente define quem somos.

Esse romance é um livro pequeno, então dá para se ler rapidamente além da narrativa ter um ritmo bom. Foi uma leitura fluída, mas Ratos não se tornou uma das minhas obras favoritas, principalmente por o desfecho não ter sido como queria.

site: https://danielabyrinth.blogspot.com.br/2017/10/ratos-gordon-reece.html
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Thif S 20/11/2017

Foi... foi... e...
Esse ano foi bem corrido para mim (ENEM, final de período, formatura, etc.). Porém, assim que passou o maior dos meus problemas (vulgo Vestibular), pude voltar a me dedicar às minhas leituras. Peguei esse livro de primeira, pois a tempos estava ansiando por ele. A sinopse me conquistou, algumas resenhas que li foram boas, então, por que esperar mais?
Logo no início, somos apresentados, de cara, a Shelley e a todos os seus problemas. Por passar por situações bem caóticas, a personagem resolve se afastar da sua antiga vida. Ela e sua mãe, vão morar num lugar bem distante da cidade, achando que todos os seus problemas serão magicamente resolvidos. Porém, nem tudo é do jeito que foi planejado e as personagens vão se meter em um grande problema.
Me senti um pouco incomodada no início do livro, pois o autor não faz mistério sobre o que se passava na vida das personagens antes da mudança. No início, achei que o ?mistério? do livro seria baseado em algo que, talvez, a narradora não estivesse nos revelando. No entanto, a leitura foi se arrastando e os acontecimentos do passado foram deixados no passado.
Confesso que me desempolguei bastante com a história antes mesmo da metade. O fato que dá início a toda a trama do livro é muito mal elaborado e cheio de ?brechas?. Nada de extraordinário acontece com Shelley ou sua mãe. Resumidamente, a história é uma peleja constante do medo da personagem de ser ?descoberta? e não passa disso. Acho que não abandonei a leitura justamente por ser o primeiro livro que li a tempos e estava ansiando por isso.
Outro ponto fraco são os próprios personagens. O livro se resume a dois protagonistas: Shelley e a mãe. A mãe é a personagem mais passível e excludente que já vi na vida. Tive muita raiva de como ela foi construída. A imagem passada é de uma mulher constantemente a mercê da sociedade e que aceita isso. A odiei completamente. Shelley, no início, senti muita pena dela. Mas depois que o ?bum? da história acontece, se torna repetitiva e chata. Alguns outros personagens só aparecem para ?encher linguiça?, não contribuindo em nada para a história. Basicamente, o livro termina no mesmo ponto que começou, o que achei bem decepcionante.
O autor tem uma boa escrita. Suas descrições são fluidas e com o tempo narrativo bem marcado. É uma pena que a história tenha deixado tanto a desejar.
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Gabe | @cafecomgabe 20/01/2018

Intrigante e surpreendente
"Fitando o céu, eu gostava de imaginar que vivia em uma época mais simples e inocente - de preferência antes de surgirem os seres humanos, quando a Terra era um vasto paraíso verde e quando a crueldade de ferir apenas por puro prazer era completamente desconhecida.

Que livro tenso! Aqui somos apresentados à história de Shelley e sua mãe. Diversos problemas rondam a vida das duas, Shelley precisa enfrentar a rejeição por parte das melhores amigas que se tornam seus maiores pesadelos, atacam a garota diariamente tanto física como verbalmente, hábito que surgiu sem nenhum motivo específico. Ao mesmo tempo Shelley e sua mãe precisam superar a separação e abandono de seu pai que decide sumir de suas vidas com outra mulher. Visando se afastar de todo esse caos as duas decidem se mudar para uma casa no meio do nada, distante da civilização onde elas não serão mais perturbadas... é o que pensam.

Através de uma narrativa cativante, tudo que tinha pra ser uma história de drama familiar rapidamente evolui para um thriller a partir do momento em que um estranho resolve mostrar que não importa por quantos obstáculos você tenha passado, tudo pode piorar. Exatamente no dia de seu aniversário de 16 anos Shelley se vê diante de um acontecimento que faz todo o bullying vivenciado por ela parecer piada.

Não vou comentar mais nada senão vou destruir o suspense!! Vou me ater ao desenvolvimento da história, muito bem escrita e coerente, com todos os detalhes suficientes somos expostos a discussões sobre relacionamento familiar, confiança, bullying, depressão, as sequelas que a sociedade "perfeita" é capaz de nos deixar. Como somos altamente influenciados pelo ambiente e como de oprimidos passamos a opressor depois de sofremos traumas psicológicos. O autor retrata tudo isso de maneira madura, não notei dramas excessivos ou características de vitimismo (como li em algumas resenhas). Tanto a personagem Shelley quanto sua mãe são construídas em cima de uma base sólida, são batalhadoras, tem fraquezas obviamente mas não se deixam abater tão facilmente, personagens altamente inteligentes. Apenas não consigo falar sobre o final, tenho medo de dizer que foi aceitável e estar sendo conivente com atitudes que eu repudio e ao mesmo tempo não consigo dizer "esperava outra coisa" pois nem eu sei o que esperava depois de ler essa história absurdamente intrigante. Concluí o livro desejando paz para as duas.
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Alana N. 26/04/2018

"A pintura corporal para a guerra transforma um índio covarde em um guerreiro corajoso? Ou um guerreiro corajoso se pinta para mostar sua crueldade?"
“Ratos” foi um livro que prendeu minha atenção do começo ao fim e que evolui de maneira tão incrível que é difícil não tecer elogios.
Shelley e sua mãe se mudam para um pequeno chalé afastado da turbulência da cidade, mas em uma determinada noite um estranho invade a casa, pondo fim a paz fragilmente construída das duas.
Um dos destaques, para mim, foi a simplicidade da escrita, mas que em alguns momentos, principalmente com relação as analogias e metáforas, se torna muito rebuscada, beirando o “poético”. Algumas passagens explicativas/avaliativas da personagem são tão bem construídas que conseguem unir duas coisas tão opostas que são: a simplicidade e o requinte.
Outro ponto é que a história caminha em um crescente, tanto da tensão, quanto dos personagens. Se no começo temos duas mulheres rasas, conforme vamos avançando na leitura elas vão ganhando profundidade e verossimilidade. E conforme as personagens se tornam mais reais, seus medos também se tornam, o que aumenta o clima de tensão.
De modo geral foi um livro que me prendeu e me deixou muito nervosa. Uma leitura onde todos os elementos vieram na medida certa.
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