Resenhas - Cânticos

TalesVR 21/02/2024

Sê a árvore que floresce, que frutifica
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.

Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.

Todas as coisas esperam a luz.
Sem dizerem que a esperam,
Sem saberem que existe.

Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.

kenji 12/01/2024

Reflexivo
O livro reflete muito e nos dá uma lição muito boa. O que eu acho mais incrível é que com tão poucas palavras e páginas um livro consegue te inspirar, fazer você refletir ou até mesmo mudar, e isso que me faz ser cada vez mais apaixonada em livros, principalmente os de poesia.

Nallanda 05/01/2024

Não digas: ?O mundo é belo? Quando foi que viste o mundo? Não digas: ?O amor é triste?. Que é que tu conheces do amor? Não dias: ?A vida é rápida?. Como foi que mediste a vida? Não digas: ?Eu sofro?. Que é que dentro de ti és tu? Que foi que te ensinaram Que era sofrer?

Ellen 24/12/2023

Poemas suaves
"Não sejas o de hoje.
Não suspires por ontens
Não queiras ser o de amanhã
Faze-te sem limites no tempo
Vê a tua vida em todas as origens
Em todas as existências.
Em todas as mortes
E sabe que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua
E a tua eternidade.
É a eternidade.
És tu."

Gab 27/06/2023

Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberes que existe.
Todas as coisas esperarão por ti.
Sem te falarem.
Sem lhe falarem.

vai na fé que teu caminho tá trilhado já ;)

Clara 05/06/2023

Avassaladoramente, Cecília Meireles
Eu lembro perfeitamente, quando criança, de sempre entrar em um pequeno depósito na minha casa, onde vários livros eram guardados. Tenho uma irmã mais nova que, na época, possuía um fascínio mórbido em riscar qualquer livro que encontra-se. Na verdade, ela era proibida de entrar lá justamente por isso, mas novos livros continuavam aparecendo riscados.

Provavelmente, pelo capricho de uma garotinha de sete anos em não ficar com os livros que sua irmã já tinha vandalizado, me agarrei ao livro de Cânticos da Cecília, eu não entendia nada. Mas sempre que eu voltava era ele que me chamava. Com o tempo deixou de ser pura extravagância e curiosidade com o fato de minha irmã, possivelmente, não ter gostado da capa do livro e tê-lo poupado. As palavras dele, mesmo em minha completa ignorância, me fascinaram; houve uma mudança, algo como escreveu Clarice: "era uma mulher com seu amante.".

Ainda me sinto assim com esse livro. Hoje, ele me é, ao mesmo tempo, tão esclarecedor quanto também uma incógnita e eu percebo nas minhas muitas divagações, que aquela criança, a parte imortal e eterna dela, já entedia que aquelas linhas estavam sussurrando as verdades que tanto tempo depois sua alma ansiariam em deslumbrar. Aquela criança, que já entendia que estava cercada por prisões de pedra que a sufocavam, e também foi aquela criança que teve os primeiros vislumbres de algo cantando dentre si, mas o seu corpo tão mortal e sensível necessitava externar - do contrário de apenas vivenciar. E por ser mortal e sensível não conseguia.

A angústia e necessidade de fazer o outro entender que há um entendimento mútuo, que suas dores e histórias foram passadas e interceptadas corretamente. Hoje penso que é disso que a Cecília falava, sobre como nosso corpo precisa se fazer entender, de se ligar ao outro. Mas como Cecília também escreve tão lindamente: " é a tua eternidade... É a eternidade. És tu.". Somos todos parte do mesmo infinito.

Sempre acabo voltando para esse livro, tanto quanto aquela menina em busca de amparo para seu fascínio. Mas agora no rastro de calmaria depois de ler textos avassaladores, ou quando meia hora é gasta encarando a mesma pintura com o peito apertado, ou quando lágrimas escorrem pelo rosto ao ouvir uma música ou no silêncio de um quarto sem motivo aparente. Nesses momentos, eu me calo completamente e não mexo um músculo, porque eu quero, quero tentar escutar a música - ou silêncio!? - que jaz dentro deste ser.

Penso que todo mundo deveria ler Cecília Meireles.

James36 09/05/2023

Uma Reflexão da vida
Cecília Meireles tem uma escrita encantadora. O seu livro, cânticos, ele contém poemas de cujo reflexivo e existências. Então uma só leitura não vai dar conta, pois assim que você terminar cada poema, você pensa que entendeu, no entanto, os poemas despertam a vontade de uma segunda leitura, já que você fica curioso, pois realmente mexem com você. Logo percebe-se a profundidade do livro de poemas.

Vitoria 23/02/2023

É um livro muito bom, é cheio de reflexões profundas sobre a existência e a vida, além de que é um livro bem leve e rápido de terminar, porém em alguns dos cânticos/poemas você precisa tirar uns minutos pra refletir e entender a fundo o que ela quis dizer com aquelas palavras, e ai você percebe que está fazendo oq ela queria q quem lesse fizesse, refletisse sobre a a existência k

Lett 21/02/2023

Adorei o livro, principalmente pelo fato dele ter sido da minha avó e ela ter me dado ele, amei dms da conta

Alexandre 12/11/2022

Cecília
Os poemas e ou poesias são grandes canais para a reflexão sobre a criatividade, reflexão e transcendência das coisas comuns.

Usagi a coelha 14/07/2022

Sei lá.
So li porque ganhei. Não sou apreciadora de poemas e confesso que a sua grande maioria eu não entendi nada.

Maiiviss 08/05/2022

O peso de cada palavra é ideal
Lendo esse livro de poemas me senti descobrindo a Cecília e me descobrindo junto... Cada poema com a sua reflexão, algo muito pessoal e incrível. Uma leitura de enriquecer a alma.

wiz 17/03/2022

UAU MANO
É interessante o quanto ela fala de eternidade, ela quer muitoo eternizar algo, ou alguém...
e pra mim a maioria são românticos de forma bem indireta. Acredito também que ela faça para ela mesma, o que me cativa demais. É bem melancólica em alguns mas fala do mundo e de tudo, inspiradora.

Luana.Salviano 10/02/2022

Alma-me
Cânticos nasce em 1927, Cecília tinha em torno de 26 anos, e quando se torna público esse material já é meados dos anos 80.
Cecília faleceu em 1964, ou seja essas poesias não foram algo pensado para vender, acredito que era uma espécie de encontro com algo muito maior dentro dela, e tão íntimo, e em tempos que não cabia sua publicação. Lendo-os senti seus sentimentos mais profundos, uma conexão do Ser Alma que ela havia deslumbrado e mesmo tão jovem, mostrou-se profunda!

Do signo de Escorpião, eu não esperava menos dessa mulher, e que orgulho, Brasileira!

No final dos Cânticos há a cronologia das suas obras, mostrando que ela fora muita ativa na sua escrita, publicando anualmente.

Receber esse presente, que é acessar a essa intimidade de Cecília, o nível da sua consciência e sensibilidade, é uma honra!

Por isso o que consigo falar dessa leitura, Necessária, ainda que lendo nos pareça tão difícil, distante é incompreensível, porque justamente somos carentes dessa conexão com um Ser que carregamos em nós, que é o que somos e que está encoberto pelo que não somos.

Essa leitura é uma fresta que se abre a nossa alma que está sufocada, para que ela se recorde e nos acorde de quem verdadeiramente somos!


Obrigada Cecília Meireles, quero mais de ti em mim ?

Nicole.Coelho 26/11/2021

cânticos
li e reli e reli de novo, mas mesmo assim eu sei que não compreendi plenamente. A sensação de ler foi única, cada poema se conectou de uma maneira diferente comigo. Me senti abraçada.