Os diários de Sylvia Plath

Os diários de Sylvia Plath Sylvia Plath
Karen V. Kukil




Resenhas - Os Diários de Sylvia Plath


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Marina 09/01/2022

Eu estou apaixonada pela escrita da Sylvia, existem passagens nos diários dela que mesmo sem pretensão são poesia pura. Porém não recomendo a leitura para todos, a Sylvia escrevia muito em momentos de crise, tornando muitos dos seus textos angustiantes.
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Leonardo Bezerra 26/12/2023

Queria que ela tivesse sido mais voraz ao descrever seus sentimentos porque em muitas passagens passou muito mais a imagem de garota mimada do que de alguém com uma depressão severa (e sabemos bem que o caso dela era este último). Me empolguei pensando que os diários seriam muito mais reflexivos e me deparei com muita coisa descritiva que faziam sentido para ela enquanto escritora do diário, mas pouco sentido para comercializar esses escritos.

A sensação que tive no final da leitura - infelizmente - foi de liberdade. A nota é pelas algumas ótimas passagens dos diários.
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Hele 18/11/2013

Sylvia
Dá vontade de escrever um diário lendo este livro. Troquei ele pelo skoob. Inesquecível! Troquei porque não gosto de acumular coisas e acho o skoob uma ótima ferramenta de fazer a energia girar.
Dani 02/04/2014minha estante
Então troca comigo, please! Quero muito ler esse livro. :-)


Livia Maria. 14/07/2014minha estante
Eu gostaria muito! =)


Lucas 26/09/2015minha estante
Olá Hele, vc tem ou sabe quem tem Os Diários para trocar ou vender?




zzzz 08/07/2022

marcante e inspirador
acho que descreveria esse diário com essas duas palavras acima. foi uma leitura demorada e intensa, mas sinto que valeu cada momento que li. ver a paixão que Sylvia sente pela escrita me tocou bastante, cada momento que ela retratava a necessidade que ela tinha em escrever só deixa claro o quão apaixonada ela era pelo que fazia. eu realmente sinto muito que ela não tenha vivido mais e escrito mais, no entanto as palavras que deixou sem dúvida alguma são a prova de seu talento e respeito pelas palavras.

"Minha vida, sinto, não será vivida até que haja livros e histórias que a revivam perpetuamente no tempo." (PLATH, 1957 p. 330)
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Priscila Bennati Santana 13/05/2023

Lembro perfeitamente da primeira vez que ouvi falar de Sylvia Plath. Foi em uma nota sobre uma nova edição de A Redoma de Vidro em um edição da Veja, quando ainda era criança. A informação que ela se matara colocando a cabeça no forno e ter o mesmo nome de minha mãe fizeram com que eu nunca esquecesse de sua história. Já havia lido A Redoma de Vidro e A Mulher Calada, uma biografia dela, mas ler suas próprias palavras foi uma experiência fascinante. Tudo nela é poesia, cada linha que escreve. Parece em muitos momentos que ela leu a alma das mulheres e transcreveu em seus diários. Brilhante!
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Vic 29/09/2021

Bem legal, gostei bastante. Detestei o diário da viúva mangaba ou algo assim. Demorei três anos pra ler, mas li ?? não vou classificar pq é uma biografia, e não faz sentido, pra mim, classificar. Mas foi bem legal, saber o que ela pensava e sentia.
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MMMAk 29/05/2023

Sylvia Plath não é lá uma das minhas personalidades favoritas do mundo da literatura, mas consegui me sensibilizar com ela lendo seus diários, a leitura é bem difícil emocionalmente falando, quando ela escreve sobre seus sentimentos não poupa palavras. Recomendo o livro pra quem quer se aprofundar mais na vida dela e pra quem quer ou já leu a redoma de vidro, pois da uma visão mais ampla da obra.
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Ana Luiza 19/08/2018

Os Diários de Sylvia Plath – Sylvia Plath e Karen V. Kukil
SOBRE O LIVRO

Sylvia Plath faleceu jovem e nos deixou poucos de seus trabalhos como legado, além de uma história de vida fascinante. Em 2004 a editora Globo lançou a primeira edição de um compilado de seus diários em um volume único organizado por Karen V. Kukil que logo saiu do mercado.

“É impossível ‘capturar a vida’ se a gente não mantém diários.”

Os diários são relatos, entradas escritas por Sylvia nos anos de 1950 à 1962. Alguns dos cadernos teriam sido lacrados por seu marido Ted Hughes e só poderiam ser liberados em 2013, no entanto, em 1998 percebendo que sua saúde estava debilitada ele liberou os diários pouco antes de sua morte, dando aos fãs da autora uma oportunidade de conhece-la através de suas próprias impressões e personalidade.

Além dos escritos que compõe a obra existiriam ainda mais três cadernos, escritos até pouco antes de ela cometer o suicídio. Contudo, dois destes cadernos foram destruídos pelo marido e aparentemente um deles ainda está perdido.

MINHA OPINIÃO

Começando pelo final, ou talvez o início para o entendimento da descrição da obra, o que Ted Hughes fez foi manter trancados os diários onde a esposa falava sobre o relacionamento dos dois, fazendo com que eles fossem publicados somente após sua morte. O que pode ter sido consequência de existirem neles alguns relatos de certa forma inconvenientes para o marido, já que mais para o final dos escritos vamos acompanhar a “decadência” do relacionamento entre os dois. Em uma das entradas ela relata com detalhes um ocorrido na universidade em que Ted lecionava, em um local escondido onde ela o flagra com uma aluna; além disto ela deixa escapar outros pontos não muito explícitos sobre a infidelidade dele, descritos em momentos de raiva ou tristeza.

É importante saber que os relatos são variados de acordo com o humor de Sylvia, sendo assim, enquanto algumas entradas são extremamente bem humoradas, outras são bastante deprimentes. É claro que todos temos momentos de altos e baixos, mas aqui, devido à personalidade dela, tudo é muito intenso, tanto os momentos bons quanto os ruins. O que quero trazer à tona é que deve-se prestar bastante atenção ao momento em que você se encontra quando decidir ler os diários.

“Para mim, o presente é para sempre, e o eterno está sempre mudando, fluindo, se dissolvendo. Este segundo é vida.”

Talvez a parte mais interessantes de ler algo assim de alguém é o exato fato de que normalmente a pessoa não tem a intenção de outros tenham conhecimento de seus pensamentos, desta forma, elas são na maior parte do tempo sinceros e espontâneos, exceto talvez, quando buscam enganar a si mesmos. Entre uma juventude cheia de farras mas ao mesmo tempo cheia de questionamentos, Sylvia se propõe pensar sobre questões cotidianas que a acometeram de certa forma, em sua maioria, algo o qual ela não considerava justo ou correto, como por exemplo os bons costumes quanto a comportamentos femininos não só físicos mas intelectuais.

Uma vida repleta de pessoas, pessoas com as quais ela se apaixonava por seus mínimos defeitos. Todos eram personagens potenciais, personalidades a serem exploradas. Tanto amor e necessidade de estar entre outros acaba explicitando a insegurança, a necessidade de se provar e até mesmo a falta de fé em si. Algumas pessoas podem dizer que ela deixou indícios de que futuramente cometeria suicídio, mas em minha opinião, mais do que pensamentos tristes são necessários para isto.

Após o casamento, ela oscila a maior parte do tempo entre inveja do marido por ele ser um poeta publicado e ela não (tinha algumas poesias publicadas mas nada tão grandioso) e o amor que sente por ele. O que fica claro também é que sua produtividade não foi a mesma desde então, afinal ela convivia diariamente com o sucesso dele enquanto seus escritos era rejeitados, sempre: “cru demais” , “sincero demais”. Existem alguns esboços de contos e poesias ao longo dos diários além de algumas ilustrações e, o que nos vem em mente enquanto lemos é o porque ela, tão talentosa, nunca fez nada com suas grandes ideias, talvez, porque não tenha tido tempo. A maioria de seus trabalhos foram publicados postumamente e ela só ganhou notoriedade significativa depois de morta.

“Se eu não pensasse, seria muito mais feliz; se não tivesse órgãos sexuais, não vacilaria à beira de um ataque de nervos e lágrimas o tempo todo.”

O início dos diários é marcado pela adolescência da escritora e seus encontros com namoradinhos e empregos de férias de verão. São em minha opinião, a parte mais divertida da história, apesar de explicitarem a necessidade de companhia, principalmente do sexo masculino. Um fato que talvez tenha colaborado para a carência foi o fato de seu pai ter falecido quando ela ainda era muito pequena, e ela o procurava, de certa forma, nos homens com os quais saia. O relacionamento conturbado com a mãe e a forma com que ela retrata o pai para a garota são pontos chaves para alguns questionamentos.

A maior parte do tempo se passa com esboços de criações, ideias para roteiros, nomes para personagens e descrições de lugares e pessoas. As ideias são fragmentadas na maior parte do tempo, sejam os relatos ficcionais ou reais. Em 1963 ela falece e a última entrada de seu diário é de 1959, e somente nos apêndices temos algumas entradas de 61 e 62 sobre seu dia a dia sendo a última, sobre um funeral.

Finalmente, este é um livro que não se esgota com apenas uma leitura e com toda certeza irei relê-lo daqui há algum tempo. É claro que é importante ter-se atenção com o momento já que se trata de uma personalidade delicada que oscila entre sentimentos bons e ruins, momentos de felicidade e extremo mal humor e, é claro, separar o que se leva, mais uma vez lembrando que a ideia de um diário é ser pessoal. Para mim que nunca li nada de Sylvia Plath, posso dizer que foi uma experiência fascinante e que me fez ter vontade de conhecer tudo o que ela escreveu, além do sentimento de proximidade com uma vida tão conturbada, mas ao mesmo tempo tão boa em suas singularidades.


site: http://resenhandosonhos.com/os-diarios-de-sylvia-plath-sylvia-plath-e-karen-v-kukil/
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Alinne 20/03/2024

Sylvia, Sylvia?
?LONGE DE TI

XXXI

Longe de ti, se escuto, porventura,
Teu nome, que uma boca indiferente
Entre outros nomes de mulher murmura,
Sobe-me o pranto aos olhos, de repente?

Tal aquele, que, mísero, a tortura
Sofre de amargo exílio, e tristemente
A linguagem natal, maviosa e pura,
Ouve falada por estranha gente?

Porque teu nome é para mim o nome
De uma pátria distante e idolatrada,
Cuja saudade ardente me consome:

E ouvi-lo é ver a eterna primavera
E a eterna luz da terra abençoada,
Onde, entre flores, teu amor me espera?

- Olavo Bilac
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Leka Britto 07/08/2022

Cansativo
Até onde li, achei muito arrastado e olha que são entradas do diário.Atualmente abandonei por esse motivo.Ainda não é pra mim.Mas, vou guardar pra futuramente e ver se rola.Resumindo achei arrastado e cansativo.(bendita redundância rs)
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Matt 25/07/2022

Sylvia Plath e seus diários
Mais de um ano foi o tempo que levei para finalizar "Os Diários de Sylvia Plath (1950-1962)". São diários densos, cheios de descrições acerca das emoções, das ideias, das pessoas, dos lugares... tudo isso feito por Plath com o intuito de capturar a vida e como uma forma de treinar as suas habilidades de escrita. Toda a existência de SP foi pautada na superação de si, das próprias capacidades enquanto pessoa e escritora, na descoberta de quem ela era e quem eram os outros através das suas palavras. Ela buscou viver e escrever bem sobre a vida. E conseguiu.

Além de ter dedicado a vida à escrita, Sylvia também se dedicou ao amor e ao ensino, ambos frustrantes para ela que ricocheteava entre ser constantemente ativa e feliz e introspectivamente passiva e triste. Também foi difícil aceitar a impotência inerente ao humano: seria impossível, em sua vida, ler todos os livros; ser todas as pessoas que queria ser; desenvolver todas as aptidões; "viver e sentir as nuances, os tons e as variações das experiências físicas e mentais possíveis de minha existência" (p. 59).

Geralmente, Sylvia escrevia quando estava triste e, por essa razão, boa parte dos seus diários trazem consigo certa dose de melancolia, bem como questões existenciais e questões acerca das dificuldades e preocupações da vida prática: cuidar da própria vida enquanto escritora, da casa, do marido e dos filhos. Temos acesso a 12 anos da vida de Plath e a sua luta constante contra o demônio da perfeição que habitava dentro dela mesma e, concomitantemente, contra o demônio que estava do lado de fora.

"Chega de me encolher, gemer, resmungar: a gente se acostuma com a dor. Isso machuca. Não ser perfeita machuca. Ter de me preocupar com trabalho para comer e ter uma casa dói. Grande coisa. Estava mais do que na hora. Este é o mês que encerra um quarto de século para mim, vivido sob a mesma sombra do medo: medo de que não chegarei à perfeição idealizada: sempre lutei, lutei & venci, sem perfeição, com a aceitação de mim mesma como alguém que tem o direito de viver em meus próprios termos humanos e falhos." (p. 712).

-- livro lido em novembro de 2021.
Bookgram: @mths.books
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