Leite derramado

Leite derramado Chico Buarque




Resenhas - Leite derramado


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Laila 26/03/2022

Amor e ódio
Quase ao mesmo tempo que não estava gostando do ritmo do livro começava a gostar da forma sagaz com que a história foi contada. Demorou a engatar, mas ao fim gostei da forma propositalmente confusa como as coisas foram narradas.
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Isadora 06/03/2022

Memórias de um idoso
As memórias confusas do narrador compõem relatos que parecem ser de algumas poucas histórias contadas das formas mais variadas possíveis. É cativante tentar entender o que de fato aconteceu na vida desse narrador que é um senhor com pensamentos e falas problemáticos, mas familiarmente humano.
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mrs.booksof 18/02/2022

Leite derramado
Chico Buarque é um dos mais conhecidos cantores e compositores brasileiros, e sobretudo escritor conceituado. Meu primeiro contato com a obra literária de Chico foi através de ?Leite derramado?, e já posso afirmar que é diferente de tudo que li antes.
O narrador da obra Eulálio d?Assumpção é um velho centenário que sofre com Alzheimer, beirando a morte num leito de hospital. O personagem relembra conosco a história de sua vida, sua linhagem e seus delírios de nobreza, mas cuidado o próprio adverte: ?lembrança de velho não é confiável?. E assim Buarque nos presenteia com uma narrativa leve e sagaz, mesclando e repetindo o passado, presente e futuro (?Mas se com a idade a gente dá pra repetir certas histórias, não é por demência senil, é porque certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da vida?). A obra inteira conta com um humor desabusado sendo calcado numa espécie de nobreza decadente, além de um romance interrompido de súbito deixando seus leitores ávidos por mais respostas. Uma história de amor que terminou, bem... não se sabe como (?Olhei o envelope contra a luz, absolutamente opaco, e vai parecer covardia eu jamais ter aberto aquela carta?), mas vemos o seu começo repetidas vezes assim como acompanhamos o desenvolvimento dos personagens envolvidos no enredo.
Leite Derramado tem uma narrativa agradável e simples que mistura passagens engraçadas e trágicas ao mesmo tempo. Uma leitura intensa com personagens falhos, mesquinhos e egoístas como todos nós. Além de ter toda a ambiência do século passado, cria um Rio de Janeiro ao alcance quase real para quem lê, e traz todos os aspectos históricos da época.
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May 08/02/2022

Memórias Póstumas de Brás Cubas só que o protagonista consegue ser mais fracassado e puto com a vida amei leria de novo
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Camila.Nunes 19/01/2022

Síndrome de vira lata
Este é o segundo livro de Chico Buarque que leio. Gostei muito da narrativa. Na qual, um homem, membro de uma família tradicional brasileira, em que através de anos de privilégios históricos foi cada vez mais caindo em decadência. O livro é narrado pelo centenário enfermo em seu leito de hospital. Recontando toda a história de sua vida que também se mistura a história do país. Cheio de racismo, machismo, misoginia, superioridade e falta de reflexão sobre seus privilégios. O autor faz com que o leitor reflita sobre esses personagens que ainda habitam a nossa realidade.
Ricardo.Silvestre 29/01/2022minha estante
Se eu quisesse começar a ler algo de Chico Buarque, seria este livro uma boa opção?


Camila.Nunes 29/01/2022minha estante
Olha, eu só li dois livros dele até hoje. Esse e Budapeste. Não que Budapeste seja ruim. Mas esse é sensacional. Indico muito! Me prendeu do início ao fim. É fácil de ler, flui.


Ricardo.Silvestre 29/01/2022minha estante
Obrigado Camila. Já está na estante dos livros que quero ler.




Vivi 01/01/2022

Muito bom! Adorei a forma como o livro é escruto, expressa bem o intuito do personagem ao expor suas memórias. As falas das personagens expressam muito bem a classe social a qual pertencem, uma ótima forma de pensar os grupos sociais que nos rodeiam. Gostei e recomendo.
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adriscie 08/12/2021

Genial
Primeiro livro do Chico Buarque que li, e apesar de já admira-ló como compositor e cantor, não esperava que fosse gostar tanto do livro, então me surpreendi de uma maneira muito boa.
Foi muito interessante acompanhar o
monólogo de Eulálio, e a maneira como Chico o construiu achei genial. Nós mesmos acabamos nos perdendo nos devaneios do personagem, e me vi envolvida na sua história de vida, acompanhando a decadência de sua família, e sem conseguir separar imaginação da realidade.
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Celaro 02/12/2021

Do copo ao chão, o leite
A decadência de um aristocrata narrada por ele mesmo, dos tempos da casa de fazenda, para um chalé na capital, um apartamento no subúrbio, um?. Tudo narrado pelo próprio, alucinado, fatos que se misturam em sua memória em uma maca de hospital. O leite, mamado, chupado, derram?
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Cássio F B 19/11/2021

Leite Derramado
"Sure thing grandpa now let's get you to bed" - o livro. .
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Nena 19/11/2021

A história é narrada em primeira pessoa por Eulálio, um centenário senhor em um leito de hospital. Eulálio, outrora de família importante e respeitável da sociedade carioca, hj só carrega como herança (ou desgraça) o sobrenome Assumpção, fazendo questão de ressaltar o P mudo, para q não aja confusão. Entre delírios e realidades, as mazelas humanas são desnudas nessa narrativa inteligente. Há tempo de chorar sobre o leite derramado?
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Henrique Pariz Filho 13/11/2021

Leite Derramado
?? GATILHO: Violência, Racismo, Machismo

?Não adianta chorar pelo leite derramado.? - dito popular

O livro é um imenso quebra-cabeças, hora com peças demais hora com memórias quebradas, um mosaico dentro do velho homem no hospital.

?É como se dizia antigamente, pai rico, filho nobre, neto pobre.? - Pág. 38

Chico ironiza com as desigualdades de classe e raça, com a pobreza, e mostra um relato retrato da elite brasileira, um povo ainda com traços do imperialismo colonizador português.

?? [Leia completa em @palavrasmargina_es no Instagram]
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Jacque Spotto 15/10/2021

Leite Derramado como o próprio título sugere vem da famosa expressão: "Chorar pelo leite derramado" que é quando a pessoa reclama de algo ruim que aconteceu mas que de alguma forma há um certo arrependimento de não ter feito diferente. E aqui no livro quem "chora pelo leite derramado" é o protagonista Eulálio, um centenário que está hospitalizado, ao que parece em um hospital público, e tenta contar para as enfermeiras, filha ou qualquer pessoa que ele acredita estar ouvindo, a história de
sua vida e de sua família.

É narrado em primeira pessoa pelo Eulálio, que já não é um narrador confiável não só por narrar do seu ponto de vista, mas também porque ele tem lapsos de memória, confunde pessoas, reconta histórias de formas diferentes, o que nos leva a pensar que tudo pode ser verdade, ou apenas alguns fragmentos, ou também pode ser que nada tenha sido real, somente uma alucinação do personagem.

A narrativa de Eulálio é sobre sua família, típica da "elite carioca", onde viveu sua infância como filho único de um casal de família renomada, o pai um político também chamado Eulálio e sua mãe uma dama da sociedade carioca. A todo momento Eulálio engrandece o sobrenome da família "Assumpção", como a única e verdadeira herança que uma família pode passar de geração para geração.

Interessante que há um certo panorama de sua genealogia desde seu tataravô até seu tataraneto e todos eles levam seu nome Eulálio, até mesmo sua filha, da forma feminina Maria Eulália, uma clara maneira de não deixar que suas raízes se percam.

Matilde era a esposa de Eulálio, e dela é a que ele mais se lembra, uma moça que era filha também de um político, mas fora do casamento, Matilde era diferente de suas irmãs porque não era da mesma mãe
e era negra, mas Eulálio em várias de suas descrições sempre fala que ela era "moreninha", uma forma de clareamento da própria esposa. Em outras falas do narrador percebe-se essa sua tentativa.

"Minha mãe era de outro século, em certa ocasião chegou a me perguntar se Matilde não tinha cheiro de corpo. Só porque Matilde era de pele quase castanha, era a mais moreninha de sete irmãs..." (p.29)

E em Matilde que se encontra um dos maiores arrependimentos de Eulálio, em momento algum sentia que ela pertencia a forma de vida que viviam, tentava mudá-la a se tornar como sua mãe e Matilde era totalmente diferente, era alegre, gostava de dançar músicas populares, conversava com todos, o que deixava o marido com um ciúme doentio, sua atitude me lembrou o próprio Bentinho de Dom Casmurro. Eulálio chegava a formular histórias de como Matilde o estaria traindo sem nem mesmo ter provas disso.

Há vários acontecimentos referente aos seus pais, seu casamento e a fortuna da família que foi se desintegrando após a morte do pai, a típica decadência de uma família rica e tradicional. E essa forma de contar a sua história talvez seja uma maneira de Eulálio não deixar morrer o que ele acredita ter sido
um dos melhores anos de sua vida, quando havia dinheiro e sua esposa. Uma certa volta ao passado que ele considera ser seu lugar idílico.

Toda essa narrativa de Eulálio e sua busca da memória do lugar onde se sentia seguro e feliz, com algumas infelicidades, é claro. Mostra como nos forçamos a buscar lembranças que nos faz hoje o que somos e como também a memória é um campo indecifrável, como um grande quarto de gavetas que às vezes um arquivo complementa o outro, mas no momento não associamos de imediato. Há uma passagem no livro que Eulálio compra um vestido para Matilde e ele guarda na memória as mãos da
vendedora, e quando ele reconta esse momento ele destrava uma memória de ter visto aquelas mesmas mãos entregando um vestido para seu pai, um presente que ele daria a uma amante, e aí, nesse momento, quase 80 anos depois, ele descobre o motivo da morte do pai.

"A memória é deveras um pandemônio, mas está tudo lá dentro, depois de fuçar um pouco o dono é capaz de encontrar todas as coisas." (p. 41)

Leite derramado é um livro que nos deixa com raiva do protagonista pela forma de como ele trata a esposa e as pessoas que ele julga serem inferiores a ele, mas também me peguei em certos momentos com um sentimento de pena de Eulálio, um velho que as pessoas já não dão tanta atenção, uma pessoa presa ao passado a um momento em que ele poderia fazer tudo diferente e não fez.

Pessoalmente adorei a leitura deste livro, espero que o próximo que escolher de Chico me prenda como esse aqui foi capaz de fazer.
Espero que gostem da dica? Leiam Chico Buarque! ;)
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Liv 09/10/2021

Quando chegamos a velhice na maioria das vezes não nos arrependemos do que fizemos, mas do que deixamos de fazer e é isso que o livro retrata:memórias e arrependimentos .
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