Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas

Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas Robert Pirsig




Resenhas - Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas


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Erica 11/04/2013

viajar é melhor do que chegar ao destino
"grandes intelectos se esforçam para curar doenças a fim de que as pessoas possam viver por mais tempo -- mas só os loucos se perguntam por quê" (p.82)

"Toda vez, um aluno perguntava como a regra se aplicava numa determinada circunstância especial. Fedro, então, podia escolher entre fabricar uma explicação falsa de como a regra funcionava ou seguir o caminho da imparcialidade e dizer o que realmente pensava. E o que realmente pensava era que a regra tinha sido sobreposta ao texto depois de ele ter sido terminado. Era post hoc, posterior ao fato, e não anterior ao fato. E convenceu-se de que todos os escritores que os alunos deveriam imitar escreviam sem regras, redigindo da maneira que lhes parecia a melhor, voltando para ser se realmente era a melhor e modificando o texto caso não fosse. Alguns aparentemente escreviam com uma premeditação calculada porque era essa a impressão dada pelo produto final. Porém, essa aparência parecia muito pobre aos olhos de Fedro. Como dissera uma vez Gertrude Strein, tinha muito mel mas não adoçava. Mas como se faz para ensinar algo que não é premeditado?" (p. 175-176)
Flávio Ceola 19/02/2015minha estante
Esse trecho foi especialmente tocante a mim... até hoje peno com a construção ortográfica das palavras, por outro lado sempre dei muito valor a construção narrativa do que pretendia 'informar', ao ler particularmente este trecho descobri que talvez, a minha forma de comunicação escrita se parecia muito a qual Fedro pretendia ensinar seus alunos. Do todo à particularidade.


Erica 17/09/2022minha estante
"Vivemos numa época de confusão, e acho que o que causa a sensação de confusão é o fato de as antigas formas de pensamento não serem adequadas para lidar com as novas experiências. Já ouvi dizer que todo verdadeiro aprendizado nasce de um dilema. Num caso desses, em vez de expandir os ramos daquilo que já sabe, você tem de parar e vagar lateralmente por certo tempo até encontrar algo que lhe permita expandir as raízes de seus conhecimentos."
(p. 168)




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Cassio Kendi 05/08/2021minha estante
Resenha fantástica! Li o livro faz alguns anos, e confesso que não tinha percebido metade das coisas que você percebeu, mas as sensações aqui descritas foram bem parecidas para mim. Deu vontade de ler de novo


Júlia 17/08/2021minha estante
Obrigada Cassio, acho que é um livro que vale muito a releitura mesmo! Me fez muito bem a leitura




Cinara 13/06/2010

Antes e depois
Um divisor de águas para os amantes informais de filosofia - mais do que o conteúdo, a forma com que Pirsig desenvolve o argumento principal - o conceito de qualidade - prende a atenção e, forçosamente, obriga a repensar a própria escala de valores. Não se lê este livro impunemente. No mínimo, não se consegue permanecer o mesmo, depois de sua leitura.
Flávio Ceola 19/02/2015minha estante
"Não se lê este livro impunemente. No mínimo, não se consegue permanecer o mesmo, depois de sua leitura." - traduziu perfeitamente o propósito do livro... temo que muitos ainda não experimentaram isso.




Suellen 10/03/2011

Instigante
De início achei que a leitura seria monótona, mas ao decorrer deste livro me identifiquei com as descrições sobre como podemos amar ou detestar a tecnologia e como ela influência nossas vidas.
O modo como aborda o ensino no nível superior foi uma das descrições mais interessantes que li sobre metodologia de ensino. Recomendo a todos os professores e alunos que já passaram por essa fase. O modo como descreve a viagem de motocicleta apesar de se tornar assunto secundário como não sugere o título, traz a tona uma vontade de pegar uma moto e viajar para conhecer o mundo, conhecer o mundo dentro de si e o mundo de cada pessoa.
Flávio Ceola 19/02/2015minha estante
É incrível, mas esse livro foi a causa primária de eu finalmente comprar uma moto. Tudo que ele descreve, sobre a moto, tecnologia e viagem pode ser literalmente comprovado, quanto a parte filosófica, não precisamos tecer comentários.




Durval 06/11/2011

Um grande romance filosófico
Apesar do título, este livro não é um tratado sobre Zen Budismo nem sobre manutenção de motocicletas. É uma novela sobre um homem que viaja através dos Estados Unidos, numa motocicleta, junto com seu filho e um casal de amigos. Paralelamente à narrativa da viagem ele desenvolve uma série de reflexões sobre filosofia e sobre sua própria vida.

O ponto de partida das reflexões é a atitude das pessoas em relação a máquinas e tecnologia em geral. Ele constata que existem diferentes atitudes e que as diferenças decorrem de maneiras conflitantes de perceber o mundo e a existência. Buscando resolver esse conflito ele se volta para a questão dos valores.

Ao longo da viagem, e à medida em que passa por lugares onde esteve anteriormente, ele vai se lembrando de sua vida anterior, envolta num mistério que vai sendo elucidado à medida que se recorda do drama de sua vida. Esse drama está entrelaçado às questões filosóficas sobre as quais ele reflete e o quadro geral vai sendo exposto gradativamente.

Pirsig fala de grandes problemas filosóficos com muita clareza sem usar linguagem técnica. Ele não faz citações e referências cansativas mas revela a origem e os autores das idéias e conceitos que usa na obra. No livro existem algumas referências ao Zen Budismo mas a abordagem principal não é ancorada nele e sim na filosofia ocidental. Ele efetivamente se refere à manutenção de motocicletas como analogia do pensamento racional.

É um livro muito agradável de ler, que nos prende pela curiosidade sobre o mistério pessoal do narrador, pelas descrições da viagem, lugares e pessoas, pelas instigantes questões filosóficas que ele trata. Já li esse livro várias vezes, sempre com prazer, nas duas traduções para o português e também no original inglês, e cada nova leitura me proporcionou novos insights.
Flávio Ceola 19/02/2015minha estante
Lembro que o autor narra uma lista de coisas a se levar numa viagem de motocicleta, e entre elas, recomenda levar um livro, preferencialmente complexo, par servir de ponto de 'debate', propositadamente ou não, o próprio livro em si, é um ótimo exemplo de livro a ser levado em viagens...




Letícia 08/04/2023

Esse é um livro de filosofia e eu recomendo a leitura
Quando foi publicado em 1974, o livro foi uma sensação literária e, de fato, foi um livro surpreendente, estava na minha lista há tempos e li através do Amazon Prime. Eu esperava um drama familiar, mas na verdade se trata de um livro de filosofia romanceado.
A história começa quando nosso personagem principal, que é o próprio autor, e o filho Chris saem em uma jornada pelos Estados Unidos de moto, indo de Minneapolis até San Francisco. A aventura não é apenas turística, ao longo do caminho somos apresentados a uma série de reflexões que se tornam cada vez mais profundas e complexas.
No decorrer da narrativa, Pirsig acrescenta elementos da Grécia antiga e da filosofia oriental, em especial o zen budismo, para enriquecer as suas meditações sobre a realidade.
Em paralelo, os capítulos intercalam essas reflexões com o drama pessoal do personagem principal e sua relação com a família. Eu entendi que em algum momento o personagem deixou de ser quem era por alguma intervenção psiquiátrica, mas seu eu antigo ainda o assombra como um fantasma. A relação que já estava estremecida com a sua família acabou se deteriorando mais.
No geral, o livro é instigante e acessível, por isso conquistou seu lugar como um clássico da filosofia popular. A mistura de narrativa pessoal, investigação filosófica do autor e suas percepções sobre a natureza da existência e a experiência humana continuam a inspirar e desafiar os leitores mais de quatro décadas após sua publicação. Seja você um leitor filosófico experiente ou simplesmente procurando um livro instigante, esse vale muito a pena, é uma mistura única e envolvente de filosofia, espiritualidade e conselhos práticos.

Para ler a resenha completa, acesse o link!

site: https://desafiolivrospelomundo.wordpress.com/2023/02/05/zen-e-a-arte-da-manutencao-de-motocicletas/


haroeira 21/01/2009

Sensacional
Relata a busca do equilíbrio e da unidade frente às tensões e pressões do mundo contemporâneo. Atravessando de moto as planícies americanas, com seu filho na garupa, o narrador faz toda a sua trajetória de vida e de seu relacionamento com a figura fantasmagórica de Fedro. O final é tão inesperado quanto extraordinário.
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cliffoliveira 25/12/2009

abrindo mentes
Zen e a Arte da Manutenção das Motocicletas é uma das obras que eu considero obrigatórias.
O livro realmente abre a mente com indagações pertinentes e interessantes, envolvidas na busca pela qualidade. O debate aborda o formato de nossa educação, os paradigmas sociais e o papel da universidade.
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Aninha Terra 30/05/2010

Um livro da minha adolescência
Adolescer é tenso, diluído de racionalidade, hormônios em harmonia, logo em desarmonia. Eu vivi essa época, claro, claro, seres-humanos passam por etapas, ciclos, estágios do desenvolvimento e declínio do corpo e da mente. Nesses tempos de conturbação e formação alucinada, um dia caçando entre estantes paternas, encontrei o Zen e não larguei. Livro grosso, mas nem tanto, foi símbolo de uma visão de mundo que contaminou a minha existência naquelas vespertinas horas. O mundo dividido entre românticos e clássicos, a arte de arrumar as motocicletas e uma teoria de vida cheia de uma longa jornada pelas estradas dos EUA. Talvez fosse terapia ocupacional, talvez fosse uma forma de tentar entender as referências desse mundo contemporâneo. O que ficou foi a gostosa sensação de olhar o mundo de forma mais livre e densa. Boa leitura.
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Teca 20/02/2011

Cada vez mais atual
Um livro fundamental. Anterior à enxurrada da literatura de auto ajuda, deve voltar a ser lido como uma âncora de valores em meio à prevalência da internet e da informação desenfreada e sem limites.
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prof.vinic 09/01/2012

Sofismo e retórica, uma dialética de séculos!
Um livro com certeza único, claro que sua leitura é razoavelmente lenta, porém mais devido as reflexões que te leva do que àlguma dificuldade no texto. Como professor, motociclista e pai me identifiquei bastante com o personagem central e seu alter-ego Fredo.

Sua leitura me proporcionou algumas dicas na manutenção da minha própria motocicleta, assim como algumas ideias sobre a vida, o universo e tudo mais (sim isto é outro livro, mas não resisti). Percebi que os problemas enfrentados por Fredo em suas aulas são muito parecidos com os meus próprios, e olha que somos de áreas completamente diferentes! Suas soluções foram parecidas com as que pensei para me ajudar em aula, e outras são completamente inéditas para mim ... genial.

Mas não é só isso ... de forma ampla e geral, este livro segue a linha da auto-ajuda, mas não para a pessoa em si, mas para sua mente. São várias preocupações filosóficas envolvidas e realmente ainda estou com problemas de definir Qualidade! Um verdadeiro passei pelas obras clássicas da filosofia, em especial Aristóteles e Platão.

Altamente recomendado por mim, pois afinal, quem nunca foi um sofista em alguma situação e não almejou falar em perfeita retórica?
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Janine 02/06/2013

Não leia pelo título
Nada tem de manual de manutenção de motocicletas!
Apenas para registro:
Iniciei a leitura desta obra numa noite de chuva intensa, no fim de janeiro de 2007, num quarto de hospital em Cataguases, onde minha avó, aos 100 anos, encontrava-se internada com pneumonia e eu a acompanhava - ela faleceu no dia 21 de fevereiro dequele ano.

Possui um conteúdo extremamente filosófico!
Quando li, fiquei um bom tempo lidando com questionamentos internos adormecidos.

Vale a pena, não só para motociclistas, pois nos remete a um universo que experimentamos inconscientemente com frequência, mas também para os amantes de uma filosofia de vida voltada para aspectos introspectivos!
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