O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O continente 1


12 encontrados | exibindo 1 a 12


NINAZEN1K 11/12/2023

Na maioria dos dias o tempo voava como o vento
Em primeiro volume, enxurrada de valores, dores e sentidos. Ah, ser gaúcho. Viver e sentir da terra. Ouvir a música do paraíso. Esperar a guerra. As crenças na teiniaguá. O lunar de São Sepé. As ruínas de São Miguel. A colheita do trigo. Demarcação das fronteiras. Criação de estâncias. Revoluções. Capitães e tenentes. Amaral, Caré, Cambará e Terra. Imigrações.

O continente nos vê por completo, com nossas lutas e ideais.
Como se diz no prefácio: não é uma obra belicista, mas sim uma que sublinha os sacrifícios pela guerra, nos conta as revoluções pelo olhar de quem fica, mostra o uns contra os outros por um ideal. Com seriedade, ódios e durezas.

Não só a guerra: as relações de poder através da posse da terra. Os que ganham títulos, os que não tem onde morrer. Unidos pelo tempo e pelo vento, que conecta todas as partes. Para cada um, um significado. Noite de vento, noite dos mortos.

Veríssimo traça retrato o da vida simples e dura, buscando o impulso de apaixonar-se pela história da terra gaúcha, procurando as raízes do presente, com uma visão da violência e das paixões. Sim, violências e paixões. Entre uma humanidade batida pela intempérie, suada, sofrida, embarrada, terra a terra. Que luta e que ama.

Quatro famílias que carregam significados. Quatro sobrenomes, por bem dizer. Gerações contadas sob o laço do punhal. Passagem fantasticamente ligada entre ficção e fatos históricos.

Érico retrata as mulheres com afeição, deixando claro o sentimento de dever feminino. A dor de ser mulher, o nascer como escrava. O dia todo, todos os dias. Terapeuta, mãe, empregada. Ninfa e virgem. Enfermeira e serva.

Sem mais, até O Sobrado, em suas curtas partes, gera tamanho interesse. Uma saga que não é nada menos que épica.

“A fronteira marchava com eles. Eles eram a fronteira.”
comentários(0)comente



Roberta.Larissa 14/05/2023

Emocionante
Esse livro conta a história do Rio Grande do Sul com outras persperctivas, de uma maneira brilhante. Em vários momentos me emocionei muito, principalmente com as mulheres da família Terra Cambará, são mulheres fortes e dignas de todo amor e felicidade do mundo, porém seus destinos são sempre fiar, trabalhar e esperar, esperar o marido voltar da guerra, esperar os filhos nascerem, o tempo passar e esperar que um dia a vida mude. Todas elas, queriam liberdade e felicidade, todas tiveram seus amores mortos e a felicidade arrancada.
O contexto histórico no qual o livro está inserido, faz com que o leitor se envolva ainda mais na história.
As guerras permeiam toda a história e é muito triste na verdade perceber que todos esses conflitos estavam presentes na formação de nosso estado e país.
comentários(0)comente



Adriana1161 10/05/2023

O tempo e o vento
Primeiro livro da série de sete livros. Trilogia O continente, 2 volumes, O retrato, 2 volumes, O arquipélago, 3 volumes.
Uma saga familiar muito bem escrita, personagens cativantes!
Marca a passagem do tempo.
O vento e a natureza sempre presentes.
Mulheres fortes, porém submissas.
Roca, tesoura enferrujada, facão.
Mostra super bem o contexto histórico e político da época.
Leitura super recomendada! Passagens belíssimas!
"O tempo voava como o vento"
Personagens: Ana Terra, Pedro Missioneiro, Pedro, Bibiana, Juvenal, Padre Lara, Capitão Rodrigo, Licurgo, Maria Valéria, Alice
Local: Rio Grande do Sul - 1745/1895
@driperini
comentários(0)comente



Andréia 13/10/2022

Perfeito!
O único defeito que encontrei foi não ter lido essa saga antes. Erico tem uma forma de escrita tão leve e cativante que faz com que queiramos viver aquela história junto. A trajetória e formação da família Terra Cambará conta um pouco da história do RS, e faz com que acreditamos de fato que a família existiu. Erico já é meu autor nacional favorito há tempos, e a Saga O Tempo e o Vento só fez confirmar isso! O livro é espetacular!!!
comentários(0)comente



Marcelo.Alencar 13/01/2022

Nota 10/10 Perfeito

A Saga pela história dos Terra Cambará com suas intrigas, lutas, paixões, tramas, amores e invejas continua.
Terminado o 1.o volume já iniciei o segundo tomo de O Continente.

Livro espetacular!
comentários(0)comente



12/10/2021

Com certeza um dos meus livros e autores favoritos!

História e ficção numa trama envolvente, com personagens que nos inspiram e nos encantam!
comentários(0)comente



Maia 20/11/2020

Amando tudo
Sem defeitos, amando todos os detalhes, embora sofrendo as vezes, que obra!
comentários(0)comente



Bella 30/03/2019

Um livro que todo gaúcho deveria ler
Érico Veríssimo captou o espírito gaúcho por meio dessa envolvente e linda história. Para quem precisa ler no vestibular, agradeça essa dádiva de fazer uma prova sobre uma história tão bela, e para quem não chegou ao vestibular ainda ou não precisou ler para a prova, leia também. Apenas porque é considerado uma obra clássica e de leitura obrigatória, não significa que seja um livro chato. Me encantei pelas três histórias, A Fonte, Ana Terra e principalmente Um Certo Capitão Rodrigo. Senti como se tivesse passado a sexta-feira em Santa Fé. Me preocupei com os moradores do Sobrado e quando terminei o livro, senti imediata saudade dos personagens.
comentários(0)comente



monique.gerke 06/09/2018

Não sou muito fã de séries, mas quando li o livro "um certo capitão Rodrigo" e descobri que fazia parte do grande romance "O tempo e o vento", e que na verdade não era um livro e sim um capítulo, fiquei encantada.
A série "o tempo e o vento" é composta por sete livros, divididos em três partes: O Continente, O Retrato e O Arquipélago, e conta a história da formação do Rio grande do Sul e a formação da família Terra-Cambará.
Esse primeiro livro (O continente, vol. 1) é simplesmente belíssimo, e conta a história do Rio Grande do Sul, no período de 1745 a 1895. Os personagens criados por Verissimo são únicos. E adorei o destaque dados as personagens femininas, que são protagonistas em boa parte das histórias. Amei em especial o capítulo 'Ana Terra' e 'Um certo Capitão Rodrigo'.
Estou amando ler sobre a história do Rio Grande do Sul (e nem sou gaúcha ;)).A literatura brasileira é linda demais, tão diferente das outras..e como povo também temos muita história. Muito animada para ler o restante dos livros dessa série. Recomendadíssimo:)
comentários(0)comente



ricardo.machado 17/01/2016

5 estrelas.
Um livro fantástico e intenso. Combina fatos históricos com personagens fictícios de uma forma crível e surpreendente.

Não há como não ficar indiferente ao carismático e surpreendente Capitão Rodrigo e sua espontaneidade escancarada. Não há como negar a resignação e fibra de mulheres fortes com Ana, Bibiana e Valeria que aceitam suas sinas e as adversidades que a vida lhes proporcionam. Mas contrariando os preceitos da época se mostram fortes e protagonistas da sobrevivência de suas famílias.

Recomendo muito a leitura desse livro!
comentários(0)comente



Ana Luíza 16/06/2015

O Continente I
Quando vi que só havia uma resenha para este livro incrível aqui no Skoob, me senti na obrigatoriedade de escrever sobre ele, um dos meus livros favoritos da vida.
O Continente I, da saga O Tempo e o Vento, rico em acontecimentos históricos do Sul e do Brasil no geral, possui personagens extremamente cativantes, um enredo que atiça a curiosidade do leitor e que, principalmente, emociona.
Érico constrói personagens femininas incríveis, que mesmo em meio a submissão masculina característica da época, demonstram força e coragem. Ana Terra, Bibiana, Maria Valéria.
As personagens masculinas, principalmente da linhagem dos Cambará, também possuem um encanto indescritível que apenas quem lê entende. Mesmo após ter lido novamente Um Certo Capitão Rodrigo, não sei se amo ou detesto a personagem, porque ele é humano demais. O autor criou personagens cinzas, errantes, humanas e quem têm um quê de benevolência, atraindo rapidamente os leitores.
A leitura é leve e envolvente. A cada parágrafo, a imagem que eu tinha do Érico era que ele ia escrevendo naturalmente, sem pausas e sem requintes, como se estivesse contando uma história pessoalmente pra mim. Sou suspeita pra falar, visto que gosto muito dos livros (que conheço) dele. Não sei bem explicar, mas a escrita dele parece ser algo tão natural, tão dele, tão simples. E essas particularidades é que me encantam.
Outro ponto é a menção ao vento. E ao tempo. A relação sempre presente do tempo e do vento. Os dois são quase que personagens da história, acompanham as personagens durante todo o decorrer da história, seguem gerações.
Não há palavras pra descrever o carinho que tenho por esse livro, então finalizo com a recomendação de que confiram um dos melhores romances (pra mim, deixando claro) da literatura brasileira. E que venha o resto da saga! rs

site: enfeitandomingos.wordpress.com
comentários(0)comente



Beto 03/08/2013

O tempo e o vento
Autor: Erico Verissimo

Primeiro vou ter que pagar uma penitência, como é que não li esta saga antes, já tinha visto os seriados e filmes sobre o assunto, mas nada é melhor do que a leitura, envolvente, clara, objetiva, rica em personagens, brilhante escritor. Este primeiro livro traz a história do Rio Grande, as fronteiras conquistadas e perdidas, o começo da Revolução Farroupilha.

" E agora, observando o moço de Porto alegre que viera casar com uma filha de Santa Fé, o pe. Lara mais uma vez ficava em dúvida quanto ao tipo que mais lhe agradava: o habitante sedentário e pacato do litoral, ou aquela gente meio bárbara do interior? E concluía um tanto alarmado que, contra toda a lógica, entre o futuro genro de Joca - o moço quieto, que se confessava, tomava comunhão e ia à missa - e Rodrigo Cambará, que não tinha Deus nem lei e zombava da religião, ele, um sacerdote, preferia o último, de todo o coração. Era uma questão de simpatia que nada tinha ver com suas conveniências ou convicções religiosas."

"- Por falar nisso- disse ele com ar casual. - Que foi que vosmecê fez pro padre Lara que ele ficou tão sentido?

Rodrigo riu, deu um chupão forte na bomba, e depois narrou a "cena da extrema-unção", rematando-a com as seguintes palavras:

- E não me arrependo do que fiz.

- A intenção do pobre homem foi boa - observou Juvenal.

- E a minha também. Nunca acreditei em padre, igreja, santos e essas coisas de religião. Veja bem, amigo Juvenal, se eu morresse sem me confessar e depois descobrisse que havia outra vida... bom, eu sustentava a nota e aguentava os castigos porque não havia outro remédio. Se eu me confessasse e não morresse, ia ficar com uma vergonha danada de ter me entregado só por medo da morte. Todo mundo ia dizer que afrouxei o garrão, e isso, amigo, era o diabo...

Fez uma pausa, cansado.

-É... - murmurou Juvenal.

- Agora, se eu me confessasse, tomasse a comunhão e morresse... e se houvesse outro mundo e Deus e mais essas lorotas todas, o que é que acontecia? Acho que Ele logo ia ver que eu tinha me confessado só por conveniência e aí não me valia de nada o arrependimento.

Juvenal escutava, tomando em calma seu chimarrão. Depois de nova pausa, acariciando as barbas com as mãos trêmulas, Rodrigo concluiu:

- E se eu morresse e não encontrasse nada do outro lado, então... então nada tinha importância e tudo estava muito bem."

Esta citação mostra a simplicidade e sinceridade das palavras, o respeito pelos pais...

"A própria Bibiana sentiu que era Ana Terra quando respondeu:

- Parece que é sina um de nós ficar triste. Veja só, papai, Se eu me caso com ele, vosmecê fica triste, mas eu fico alegre. Se vosmecê me proíbe de casar, não caso, mas fico triste, e me vendo sempre triste vosmecê vai ficar triste e a mamãe também. Não é melhor só um triste em vez de três?

Os anjos falaram pela boca dessa menina! - pensou o pe. Lara."
comentários(0)comente



12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR