Leonardo 01/12/2012
Nietzsche foi um filósofo Alemão do século XIX e um dos maiores pensadores de toda a humanidade.
Começando pelo conceito filosófico do livro. Ler filósofos é sem dúvida uma tarefa árdua. São ossos duros de ler não só no que toca à forma como expõe as suas palavras e ideias, mas principalmente pelo conceito intricado daquilo que acreditam e defendem. Como é óbvio, Nietzsche não é exceção. Assim Falou Zaratustra foi um livro difícil de ler. Apesar de prazeroso, custa bastante manter a concentração durante toda a leitura e manter o pensamento limpo enquanto se ouve Zaratustra gritando os seus pensamentos ao povo que o ouve. Também devido à edição que possuo, com letras de tamanho reduzido e páginas consideravelmente envelhecidas, a leitura se torna também mais complicado no campo visual. No entanto, deixando esse ponto de lado, ler Nietzsche incontestavelmente vale a pena especialmente Assim Falou Zaratustra, mas nunca, apesar de o tempo pedir, como uma leitura de praia.
Nietzsche no livro "Assim falou Zaratustra" dá voz àquele que desejou existir: "o super-homem".
O super-homem é precedido por Zaratustra e por todos os mortais.
Nietzsche considera que "deus está morto", mas algo semelhante é capaz de ser criado. Essa criação se fundaria no super-homem, na qual um homem supremo viria revolucionar o mundo do comum dos mortais.
Zaratustra, a personagem que precede o super-homem, vive numa caverna e dela, um dia, resolve sair. Após essa saída introduz aos homens, a si mesmo, e às coisas, um discurso superior que, além da supercrítica que faz acerca dos homens, também fala do outro (o super) que poderá existir.
Nos discursos de Zaratustra; Nietzsche evidencia a liberdade que os homens podem ter e não exercem apenas por medo. Assim, nos discursos, existe a revelação de que os homens não foram apenas a imagem histórica que as instituições procuraram transmitir. Os homens também foram um ser livre, ou tentaram.
Zaratustra fala do homem, do comum e do Super-Homem, fala das Mulheres, fala dos amigos próximos que deveriam ser amigos distantes. Fala de liberdade e do direito que temos de tê-la e fala de opressão.
Assumindo o nome de Zaratustra, Nietzsche discursa as suas próprias crenças.
A clarividência de Zaratustra é feita de uma forma discursiva que se demarca pela oralidade nele contida. Assim grita Nietzsche ao mundo na forma de Zaratustra, que não gostando do que vê, fecha-se novamente na sua caverna. E dança...
Confesso que tenho certa preguiça em voltar a ler este filósofo majoritariamente, devido ao peso intelectual que requer uma total concentração sem que nada mais possa perturbar a minha leitura. No entanto, uma obra de enorme valor para mim, daqueles livros que mudaram a minha maneira de pensar e de ver o mundo, também considerada pela crítica como a obra prima de Nietzsche.