Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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caiohlp 25/12/2023

Olhai os lírios, a vida e acima de tudo as pessoas.
Érico consegue captar a atenção do leitor numa história com duas fases de escrita complementares, principalmente, por um primeiro momento mais emotivo e saudosista, com recortes de uma criação permeada por obstáculos e inseguranças que ilustram a falta de pistas que a caminhada terrena nos traz. No decorrer da páginas temos contato com dramas e peculiaridades cada vez mais humanas e recheadas de reflexões, que, em excesso, acabam por poluir o fluxo narrativo com um prolongamento quase desnecessário. Nessa proposta, o autor comove e impacta com os eventos que circundam a vida, como a morte, o desejo, o sonho e a esperança, tudo isso num tom psicológico que mescla tons materialistas, religiosos e filosóficos. A grande virtude do livro se encerra na capacidade de mostrar que na corrida contra o tempo em busca de ser alguém, temos a contraproposta da vida em deixarmos de ser quem se é, nessa encruzilhada o bem aventurado é aquele que escolhe enxergar, ver e reparar o seu redor e não só aquele que triunfa, lucra ou constrói, pois, à nossa maneira, podemos ser benfeitores da humanidade ainda que não tenhamos nossos nomes em fachadas, ruas ou prédios.
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Luciana1005 24/12/2023

Olhai os lírios do campo
?Olhai os lírios do campo? foi publicado em 1938 e a galera da época amou tanto a história que os exemplares esgotavam rapidinho e precisavam ser reimpressos. Ele também foi um grande divisor na carreira de Érico Veríssimo. Foi a partir da publicação deste livro que o autor passou a viver exclusivamente do seu trabalho como escritor.

Tanto a editora quanto Veríssimo ficaram surpresos com tanto sucesso. Para entender melhor este fenômeno é necessário olhar para o contexto histórico em que o Brasil estava vivendo, sendo que os temas inseridos na trama perpassam o cenário político, cultural, social e econômico da época.

A história se passa em Porto Alegre na década de 1930. Ela traz a trajetória de Eugênio Pontes, um homem de origem humilde que carrega um ENORME complexo de inferioridade. Eugênio não se conforma em ser pobre e sente muita vergonha de tudo que envolve a sua vida, inclusive seus pais. E do início ao fim acompanhamos este personagem com valores muito questionáveis tomando decisões que vão trazer, no decorrer da sua vida, questões existenciais que de alguma forma precisarão ser ?repensadas? ou resolvidas.

Os personagens dessa história são bastante transparentes, sabemos muito bem o que esperar de cada um, mas ainda assim eles deixam a sua ?mensagem? com um certo impacto para o leitor. Nos deparamos com personagens extremamente privilegiados e com zero consciência de classe. É difícil não nos sentirmos enojados por admiradores de ideologias nazistas. Assim como é intragável acompanhar a vida de uma mulher sendo decidida pelos homens ao seu redor. E por aí vai.

Todos estão inseridos em um cenário de transformação, onde os centros urbanos estavam se desenvolvendo rapidamente, a classe média estava se estabelecendo, e o cenário político estava BORBULHANDO. Esses personagens acompanhavam um governo autoritário, no auge do Estado Novo.

O discurso religioso também é muito forte na história, e já somos introduzidos a ele através do título da obra. A fé se contrapõe ao materialismo com muita frequência e somos convidados a refletir sobre o capitalismo X religião através dos conflitos internos do Eugenio. Confesso que foi bem neste ponto que não consegui me conectar tanto com a história.

Veríssimo é muito talentoso, mas a história me incomodou em diversos pontos. Enfim, gostei, mas não amei.
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Nycole.Eloi 21/12/2023

Olhai os Lírios do Campo é um clássico nacional, escrito por Érico Veríssimo, o livro fala sobre um jovem e sobre seus arrependimentos da vida, juntamente por lamentar certas decisões.
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Juliane 19/12/2023

Me surpreendi
Achei o livro maravilhoso, muito profundo. O Eugênio é um personagem muito complexo. Com certeza lerei mais Veríssimo.
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Mel 17/12/2023

Gosto de digressões e tem umas reflexões bonitas, mas o contexto onde ele põe... É muito simplista e problemático em vários aspectos, principalmente o fato de deixar gritando nas entrelinhas do texto a imparcialidade do autor em relação à crença, reforçando o estereótipo do ateu como uma pessoa egoísta e ambiciosa em contraponto com o crente bonzinho e humilde, e a realidade não é bem assim...

Enfim, o trecho que me fez procurar o livro e é um dos raros pertinentes:

"Tu uma vez comparaste a vida a um transatlântico e te perguntaste a ti mesmo: 'Estarei fazendo uma viagem agradável?' Mas eu te asseguro que o mais decente seria perguntar: 'Estarei sendo um bom companheiro de viagem?'"
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Léo 28/11/2023

Uma característica presente em todo e qualquer livro clássico é a complexidade de temas e personagens. Não há respostas fáceis, nada é evidente ou "preto no branco". Há nuanças, há necessidade de reflexão e interpretação.

Aqui temos um romance complexo. Acompanhamos a vida de Eugênio, desde a infância. Ensimesmado, o menino se sente inferior e acredita que a felicidade e a realização só serão possíveis com a superação da realidade miserável. Ele sonha em ser mais e maior para, assim, poder encarar as outras pessoas sem abaixar a cabeça.

Aí é que entra a personagem Olívia -- quase uma Sônia, de Crime e Castigo. E, tal qual acontece no romance russo, Olívia vai exercer influência suficiente para fazer nosso protagonista viver uma verdadeira metanoia. (Mais: a personagem nos faz refletir sobre as marcas que as pessoas deixam na gente, sobre o quanto somos uma soma de todos aqueles com quem convivemos e amamos.)

O livro, além disso, trata de questões religiosas, políticas, psicanalíticas (haja Freud), morais, amorosas... Sempre fugindo do óbvio. Um espetáculo.
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Patty Lima 16/11/2023

Esta foi uma releitura há muito adiada. Estava na hora de reler Érico. Que viagem sensacional é esse livro: validade temática, personagens envolventes (vamos do amor ao ódio), debates necessários para uma evolução moral (pra quem acredita nessa possibilidade). Na primeira leitura, ainda adolescente, acredito que não vi tudo que enxerguei agora. Eugênio me dá raiva, às vezes nojo, outras pena. Mas o crescimento dele se mistura ao meu. Esse é daqueles livros que deveria estar na lista de todo mundo.
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Mayumi.Sanches 10/11/2023

O Eugênio é um pé no saco
Mas todo mundo tem um pouquinho dele em si, e dói afirmar isso. Esse é meu livro favorito, ele te leva pra uma terapia inversa, que ao invés de resolver problema, ele te joga cada vez mais em um poço fundo de humanidade. olivia eu te amo
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RaquelTerezani 18/10/2023

Para refletir
Essa é uma releitura que eu estava ansiosa para fazer. Da primeira leitura, onze anos atrás, só lembro de ter finalizado impactada e muito otimista. Agora, veja só, estou com um sentimento diferente.


Ainda acho o livro muito bem escrito. Mas, dessa vez, achei um pouco lento, tanto que levei um mês e meio para ler.


O protagonista Eugênio é bastante complexo e eu adoro achar ele tão irritante na primeira parte do livro. Olivia me parece compreensiva e bondosa demais. A segunda parte da história é um pouco entediante, com uns "causos" que nem precisavam existir. Porém, é essa a parte que contém as melhores discussões morais e éticas entre os personagens.

Sim, há momentos machistas, é bom avisar, mas, vamos relevar já que o livro foi escrito na década de 30.


Em resumo, um ótimo clássico, que deve ser lido e saboreado com calma. Não espere uma história ágil, mas espere uma história reflexiva que te deixará pensando por dias. 
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Morgan 15/10/2023

Para mim a escrita do Verissimo é bem fluida, mas nesse livro o personagem principal é muito complexo, no começo do livro eu odiava ele, é muito sem noção, mas ao longo do tempo ele foi mudando.
É meu primeiro livro do Verissimo, o livro em si tem muito sobre o cotidiano, faz muitas vezes duras criticas de como vivemos e como podemos viver, a dura realidade de um ser humano que uma decisão pode mudar tudo.
Olivia e Ana Maria, são sem dúvidas as melhores personagens, mas é isso, o livro fala dos acertos e erros do ser humano e como um evento pode mudar toda uma trajetória de uma vida.
Vale a pena ler e se surpreender em várias partes.
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Valdir 14/10/2023

Meu primeiro contato com a literatura de Verissimo não poderia ter sido mais feliz!

É verdade que a segunda parte do livro fica devendo para a primeira e torna a leitura desgostosa em muitos momentos, mas a queda do ritmo não compromete a avaliação geral da obra.
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Rafaellasnt 02/10/2023

O primeiro amor literário a gente nunca esquece...
Desde pequena minha mãe sempre me incentivou a ler, livros, revistas, placas de trânsito, rótulos, etc. Li histórias de princesa, livros didáticos, clássicos infantis... até que me encontrei com Erico.

Olhai os Lírios do Campo, foi a primeira leitura com a qual me envolvi, me apaixonei, sofri e me introduziu ao mundo da leitura. Eugênio e Olívia foram minha meta de romance durante um período da minha adolescência.

A história de Eugênio e Olívia é tocante, verdadeira, daquelas que acontecem todos os dias com alguém conhecido. É como se o autor nos contasse fatos que realmente aconteceram. Eugênio é médico, mantem um casamento de aparências. Num determinado dia recebe um telefonema do hospital: Olívia está prestes a morrer. No caminho até lá, ele recorda fatos de sua infância, seu crescimento e momentos com Olívia, até o presente momento.



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