Richthofen

Richthofen Roger Franchini




Resenhas - Richthofen


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Tainá Rodrigues 16/05/2016

Incompleto
Ou eu superestimei esse livro ou o compreendi completamente errado.

Minha curiosidade pelo caso Richthofen e pela Suzane vem desde a grande cobertura do ocorrido. Quando encontrei o livro, achei que todas as minha dúvidas seriam sanadas. Mas não foi exatamente o que aconteceu. Pelo menos, não da forma que esperava.

Já me surpreendi no início, ao ver que a maior parte da narração era feita por policiais, ainda mais os que não estavam diretamente ligados às investigações, apesar de terem tido uma certa importância. Excluindo a ansiedade pelo caso, isso até foi bom. Deu para compreender a rotina da profissão e até saber das maracutaias e podres que existem na polícia brasileira. Mas fora isso, como meu objetivo era outro, me incomodou bastante que o livro enfocasse tanto na vida pessoal e profissional desses personagens e deixasse os Richthofen em segundo plano, como uma espécie de "contexto da época".

A ordem temporal também é meio bizarra. Ela voa de passado para "presente" de uma forma meio ilógica, mas que não realmente impede a compreensão. Além disso, o livro tem um teor bastante macabro. Algumas frases e descrições trazem realmente a impressão de thriller policial e chegam a assustar. O autor ganha pontos por convidar o leitor a interpretação de muitos acontecidos, não deixando estampado o passo à passo. É bom, de vez em quando, precisar parar, voltar e refletir para saber o que realmente aconteceu ou se entendeu correto, sem ter cada fato detalhando tin tin por tin tin.

No geral, é uma boa obra. Acho apenas que o li com a impressão equivocada. Por ser um livro-reportagem, precipitei que seria focado na vida da Suzane, que explicaria o antes, durante e depois e que mostraria bastante sobre a cobertura da mídia. Não foi exatamente o que aconteceu... Bem ao contrário, o plot só acontece no final e deixa a impressão de leitura incompleta. Mas, para quem se interessa no assunto, como eu, definitivamente é uma leitura válida, pois apresenta os olhares e ocorridos além do que você encontrará no Wikipédia.

site: https://www.instagram.com/cafedecabeceira/
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Aline164 25/07/2015

Bom livro policial
Apesar de ser baseado em um caso real, trata-se de uma obra de ficção, como já avisa o autor em uma das primeiras páginas.
No entanto, me surpreendi com a qualidade da narrativa, sempre coerente e instigante. A maioria das pessoas deve conhecer a história da Suzane Richthofen pelo que foi (e ainda é) divulgado na mídia e, quanto a isso, não há surpresas - tudo que foi divulgado e escrutinado à exaustão consta no livro também -, mas além da história surpreendente e quase inacreditável da jovem bonita e rica que assassinou os pais, há a história dos bastidores da operação policial, o que me interessou também, pois parece muito verossímil.
Vale a pena para quem gosta de romances policiais.
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Berrocal 20/07/2013

Envolvente
Apesar de se apresentar como um livro de ficção - o que me causou frustração inicial - o livro é envolvente, e mostra os bastidores da investigação policial que jornalistas sabem bem como funciona. O que me incomodou bastante, foi a maneira como trataram a imprensa, mas foi necessário. No entanto, vamos advertir ao autor que, geralmente repórteres não transam em troca de histórias (ou fazem e eu sou ingênua? risos).
Um senão do livro é, quando você começa a ler, não para mais! A história da Suzane em si, não é tão detalhada, mas os bastidores policiais - para quem gosta, valem a leitura.
Eu ainda veria como um livro-reportagem e confesso: adoraria conversar com o policial Eduardo.
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Angelo Miranda 26/04/2013

Os bastidores da polícia e os bastidores de um crime brutal
O trabalho como investigador de polícia durante alguns anos possibilitou a Roger Franchini entender o ambiente hostil presente dentro das delegacias e departamentos que constituem a Polícia Civil do Estado de São Paulo. Somente quem vivenciou esse universo poderia descrevê-lo de uma forma tão detalhada como a que aparece no livro Richthofen - O assassinato dos pais de Suzane, publicado pela Editora Planeta em 2011.

Ao longo das 192 páginas, temos contato com uma polícia que apenas conhecemos pela televisão ou quando vamos até uma delegacia fazer um boletim de ocorrência. Franchini nos traz a visão de outra polícia, recheada de trambiques e troca de favores. Mas o foco do livro não é sobre os bastidores da polícia paulista e sim sobre o assassinato do casal Richthofen, que preencheu por longo tempo as páginas policiais dos jornais.

O livro é uma ficção baseado em fatos reais, no caso, o crime cometido pela filha mais velha do casal, Suzane, e os irmãos Cravinhos. Apesar de ser uma ficção, a todo o momento parece que eu estava lendo um livro-reportagem, algo que narra o mais breve possível da realidade um fato ocorrido. Essa impressão ocorre porque o livro contou com uma extensa pesquisa antes de ser escrito. Vale lembrar que o autor teve acesso aos autos do processo, que é algo público, mas cujo cidadão comum não tem paciência com a burocracia para acessá-lo e o traquejo jurídico para lê-lo e interpretá-lo.

A leitura desenvolve-se de forma agradável devido à forma que o autor escreve: com gírias utilizadas pelos policiais e pelos cidadãos comuns, pela descrição das cenas que envolvem o relacionamento conturbado que Suzane tinha com os seus pais e o relacionamento dela com os irmãos Cravinhos.

Capítulo a capítulo vamos entendendo um pouco da vida de Suzane, da família Richthofen e da família Cravinhos, até tudo se entrelaçar e culminar no assassinato brutal dos pais de Suzane descrito no último capítulo que, para mim, é o melhor capítulo do livro. Eu que gosto de livros de terror e de suspense, a cena descrita magistralmente pelo autor me colocou dentro do quarto do casal, como se eu fosse um cúmplice dos criminosos, além de ter me deixado angustiado e horrorizado com tudo aquilo que ocorreu na noite do dia 31 de outubro de 2012.

Pela qualidade do livro, fiquei ansioso em conhecer os outros três escritos pelo autor, muito bem comentados nas redes sociais: Ponto Quarenta - A Polícia Civil de São Paulo para leigos, Toupeira - A história do assalto ao Banco Central e Esquartejado - A investigação do assassinato do executivo japonês, sendo o último livro, lançado no final do ano passado.
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Michele 05/09/2012

Simplesmente devorei esse livro, 190 páginas que li em 2h, eu como uma amante histórias reais e uma espectadora deesse crime bárbaro, consegui com a descrição do autor me sentir dentro da investigação do crime, mesmo sendo uma história aparentemente conhecida, os detalhes nos prendem ao livro!
Eu recomendo!
clau 23/01/2020minha estante
Vc pode me emprestar?




Davi 03/08/2012

O ponto de vista do autor
Quem lembra das notícias que foram veiculadas anos atrás sobre esse caso, ainda hoje deve ter dúvidas sobre algum acontecimento. O autor elabora bem o texto, descreve com detalhes desde a cena do crime, até como foi o ocorrido. É ótimo também pra quem era novo demais na época e agora quer saber exatamente o que aconteceu; comigo foi assim.
O ponto de vista do autor é tão envolvente que dá um ritmo mais acelerado e ficcional ao crime, que chega a parecer uma criação muito bem pensada para chocar os leitores.
Como todo livro tem uma parte chata, esse conta com detalhes exaustivos a rotina dos policiais que estão envolvidos na investigação. Esse lado da história só fica bom quase no finalzinho, quando descobrimos o passados de um deles.
Quem comprou o livro e não leu ainda, leia, é ótimo!!!
Boa leitura!!!
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Andre 07/06/2012

Achei bem fraco o livro... A história é "naturalmente" maluca, e quando o autor se concentra no estudo do caso a leitura se torna interessante e ágil, porém quando ele usa como apoio a história ficcional do policial, o livro se torna arrastado e totalmente sem propósito...
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Roger Franchini 06/01/2012minha estante
Oi, Eunice. Fico feliz que tenha gostado. Não sei se já leu o outro livro da coleção, "Toupeira - a história do assalto ao Banco Central". Tem a mesma linha narrativa: http://www.skoob.com.br/livro/141950-toupeira Abraços,


Juliana 27/02/2012minha estante
Oi, depois de ler sua resenha fiquei com vontade de ler '' O Quinto Mandamento ''. Tinha visto na livraria e tive vontade de lê-lo, agora então fiquei com mais vontade.


Andrea 18/05/2013minha estante
Ja li o livro da Ilana, mas me interessei nessa parte comportamento da família. Vou ler!




Roger Franchini 02/01/2012

Matou a família para ficar com o namorado
No jornalismo literário, é comum autores fazerem uso da técnica narrativa ficcional para escrever sobre algum fato. É a realidade romanceada. Essas histórias, narradas com riqueza de detalhes, exigem precisão na apuração. O autor entrevista exaustivamente inúmeras pessoas, compara as informações, checa os dados várias vezes e tenta

Advogado e ex-investigador da Polícia Civil, o autor baseou-se no processo Advogado e ex-investigador da Polícia Civil, Roger Franchini preferiu atuar no limite entre ficção e realidade para tratar de um tema delicado: o assassinato do casal Marísia e Manfred, pais de Suzane von Richthofen. O crime emblemático ocorreu em 31 de outubro de 2002 e foi planejado pela jovem e o namorado, Daniel Cravinhos (com ajuda de Cristian, irmão deste).

Com base em uma pesquisa minuciosa nos autos do processo, Franchini escreveu o livro "Richthofen - O Assassinato dos Pais de Suzane", que faz parte da Coleção "Grandes Crimes". Aqui, ele foca os nove dias que separam a execução do crime e a prisão de Suzane e dos irmãos Cravinhos.

A epígrafe da obra, atribuída ao artista espanhol Pablo Picasso, dá pistas do que se encontrará nas páginas seguintes: "A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade". Logo em seguida, o próprio autor adverte o leitor de que o livro é uma obra de ficção baseada na realidade.

Franchini, que em janeiro deste ano lançou "Toupeira", romance sobre o assalto ao Banco Central de Fortaleza, segue caminho semelhante ao do jornalista e escritor José Louzeiro, autor de obras como o romance "Aracelli, Meu Amor", no qual transforma em ficção o assassinato da menina Araceli Cabrera Sanches Crespo, ocorrido em 1973, no Espírito Santo, e "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia", sobre célebre assaltante da década de 70.

A única fonte na qual Roger Franchini baseou seu romance foram os autos. A partir deles, fez um exercício de imaginação para preencher algumas lacunas, criar diálogos e cenas, dando vida à linguagem burocrática dos processos. Ao leitor que não conhece o caso Richthofen a fundo, fica a dúvida: o que é verdade e ficção nas páginas que se seguem? A única chance de se conseguir uma resposta é aprofundando-se no caso, já que Franchini deixa em aberto.

A proposta do autor não é fazer jornalismo, não é narrar com objetividade e precisão tudo o que ocorreu naquele crime hediondo. A obra é, no fim, uma interpretação da história - que justifica aquela citação de Pablo Picasso, na epígrafe.

Leia abaixo trecho do livro:

"As viaturas da Polícia Militar estavam de prontidão em frente à casa dos Richthofen. A rua longa era o endereço de poucas e imensas casas, guardadas por muros altos.

No passeio público, pouco se podia saber sobre as pessoas que ocupavam aquelas residências.

Embora a estranha presença dos carros com luzes piscantes sobre o capô e o som da frequência do rádio da polícia rasgassem a tranquilidade da noite, nenhum vizinho se atreveu a ceder à curiosidade e abandonar a privacidade de seu lar para tentar descobrir o que acontecia ao lado.

O que ocorria fora do portão não interessava á intimidade de suas vidas. Para seus moradores, o limite do sigilo entre esses dois mundos era a linha traçada na planta do imóvel. Ou, quando saíam para a rua em seus carros, o começo e o fim eram até onde a lataria do veículo alcançava.

Só quando estavam a pé, cercados por todos os outros, o véu da reserva se fazia diáfano. Experiências coletivas não permitiam traças limites para as diferenças.

À sombra noturna de imensas árvores, policiais fumavam ou esfregavam as mãos para espantar o frio, ignorando a chegada do delegado. Do pequeno rumor de homens fardados, Rodrigou ouviu à distância cochichos e risadas; algo entre os comentários de uma revolta armada dos militares por causa da recente eleição do presidente Lula e a quantidade de sangue em que os cadáveres estavam ensopados sobre a cama.

Eduardo notou um Palio estacionado do outro lado da rua e, dentro dele, três pessoas. Parou para tentar entender o que estariam fazendo ali, já que a tropa tratava aquela presença com naturalidade.

- São os filhos do casal morto - disse o PM que os acompanhava ao perceber os olhares. O delegado Rubens, apressado, ordenou ao investigador Rodrigo que fosse até o veículo para coletar os dados pessoais de seus ocupantes, enquanto ele e Eduardo iam até os corpos.

- Vamos acabar logo com isso e fazer esse BO com cuidado. Deus e o mundo vão querer tê-los em mãos - A pressa do delegado fazia sentido; logo o DHPP chegaria com a imprensa, e eles não teriam tempo de conversar com nenhuma testemunha."

Por Tiago Zanoli
Jornal "A Gazeta" (25/12/2011 - Vitória/ES)
Em: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/12/noticias/a_gazeta/caderno_2_ag/1069831-matou-a-familia-para-ficar-com-o-namorado.html
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