A Menina de Vidro

A Menina de Vidro Jodi Picoult




Resenhas - A Menina de Vidro


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Scorp0 27/04/2016

Maravilhoso
Eu simplesmente adoro a Jodi Picoult, ela sempre aborda suas historias de forma brutal e humanamente real. Eu já havia lido A guardiã da minha irmã e confesso que adorei o livro, por isso não esperava menos de A menina de vidro, preparei muito meu psicológico antes de começar a ler, já que sabia que quando começasse não o tiraria das mãos ate que chegasse ao fim e realmente foi assim.
A Willow é maravilhosa, mas infelizmente sofre de uma doença mais conhecida como ossos de vidro, desde a primeira pagina ficamos a par do sofrimento de sua mãe Charlotte, já que ela nasceu com vários ossos quebrados e imediatamente é engessada.
A vida dela não é fácil, a família esta ficando falida com seus custos médicos, a mãe não pode mais trabalhar para cuida dela e surge a opção de processar a obstetra por nascimento indevido, se Charlotte declarar que queria que Willow nunca tivesse nascido diante de um tribunal existe a possibilidade de ganhar dinheiro o suficiente para tratar de Willow por toda a vida. Mas ate onde uma mãe estaria disposta a ir pela filha? O que você faria nessa situação? ela sofre tanto preconceito na rua, tantas pessoas jogando pedras sem nem pensar no que fariam se o mesmo ocorresse com elas.
O livro não me decepcionou em nenhum momento, não foi chato, não foi cansativo, por isso as cinco estrelas e o final foi surpreendente, como a autora já costuma fazer, pessoas que leram A guardiã da minha irmã saberão. rsrs
Leia!
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Delírios e Livros 31/01/2016

O livro nos conta o drama de uma família que tem uma filha de 6 anos com a doença Osteogênese Imperfeita, mais conhecida como ossos de vidro, onde a falta de colágeno faz com que os ossos se quebrem muito facilmente.

Narrado em primeira pessoa pelos principais personagens da trama, temos uma visão geral e ampla de todos os lados da estória.

Quando a família resolve ir a Disney, Willow escorrega e cai e quebrando o fêmur e a Disney simplesmente acha que é maltrato da parte dos pais, levando a outra filha Amélia para um abrigo. Os pais foram detidos, até que consigam provar a doença de Willow, tudo isso devido ao esquecimento de levar a carta do médico para viagem. Após esse incidente a família resolve processar a Disney e procura um advogado, só que o advogado diz que por falta da carta eles agiram de acordo com o protocolo e não ganhariam nada com isso e sugerem que processem a médica que deveria ter alertado a doença a tempo de fazerem um aborto.

A doença de Willow faz com que a família tenha muitos gastos que eles não conseguem suprir e Charlotte resolve seguir o conselho do advogado entrando com o processo de nascimento indevido contra sua médica e melhor amiga, a partir desse momento a trama irá entrar em vários conflitos familiares.

Até que ponto você iria para garantir o futuro da sua filha?

Charlotte irá perder sua melhor amiga, entrará em conflito com seus filhos e marido, mas irá levar adiante pois tudo que ela mais quer nessa vida que sua filhinha tenha um tratamento decente e uma vida mais tranquila, por isso resolve mentir em juízo.

A trama nos mostra que as famílias que possuem filhos deficientes acabam se esquecendo dos outros membros da família e isso pode ocasionar uma série de outros fatores, no caso da trama uma filha bulímica, cleptomaníaca e depressiva que se fecha no seu mundo, na sua dor e os pais não percebem os sinais.

“- Uma mãe zelosa é alguém que segue o filho a cada passo que ele dá – eu disse.
– E uma boa mãe?
Encarei Charlotte
– É aquela que o filho quer seguir”

Uma história intensa e emocionante, personagens cativantes como a encantadora Willow. Não se assustem com a grossura do livro, mesmo sendo grande a narrativa de Jodi Picolt não é cansativa.

Recomendo a leitura a todos que gostem de um bom drama e aos pais de crianças com deficiências.

site: www.delirioselivros.com.br
Eli Coelho 08/03/2017minha estante
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Fernando.Maia 21/04/2015

Bem que poderia ter uma continuação!
É um livro tocante, que te prende do começo ao fim, seus personagens são complexos e com isso extremamente humanos.
Há estória é um dilema moral, o que você faria pelo seu filho? Por seu ente querido, tudo diriam muitos, mas esse livro mostra que isso pode não ser suficiente e vai mais longe, é empolgante e angustiante ao mesmo tempo.

Já sinto saudades dessa família.
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Miih 11/01/2015

A Menina de Vidro
Livro extremamente tocante! Uma Família composta por Charlotte, Sean, Amelia, irmã mais velha com 13 anos e Willow a protagonista do livro a filha de Charlotte e Sean que nasceu com uma doença rara e sem cura: Osteogênese Imperfeita.
O Livro além de contar a historia de Willow Trás a De Marin que é adotada é que esta atrás de seus pais Biológicos para tentar entender o porque de ter sido abandonada por eles!
A historia é contada por partes em que Charlotte, Sean, Amelia, Piper e Marin vão falando o decorrer de tudo na segunda pessoa do singular como e onde tudo aconteceu.
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ValGouveia 24/11/2014

Avassalador
Escrever sobre os livros da Jodi Picoult é sempre um prazer. Adoro os livros da autora. Sempre tão cheios de drama, de emoção, são livros de ficção, mas inspirados em fatos reais, na maioria das vezes sobre doenças, sobre bullying e vários outros temas que acabam mexendo muito com a gente.

E neste livro, a autora conta a história de Charlotte, uma mãe, que descobre que o bebê que espera tem uma doença chamada osteogênese imperfeita, conhecida popularmente como ossos de vidro ou ossos de cristal. Isso acontece com 27 semanas de gestação e quem descobre é sua amiga e tão obstetra, Piper.

Charlotte dá à luz, num parto prematuro à Willow, que quando nasce já teve 7 fraturas dentro do útero e passa por várias outras no momento do nascimento. Quando completa 5 anos, Willow já teve mais de 50 fraturas, em várias partes do corpo. A família acaba tendo uma vida limitada e quando decidem fazer uma viagem à Disney, durante a viagem, Willow fratura os dois fêmures. Como a carta de seu ortopedista foi esquecida em casa, os pais de Willow são acusados de maus tratos. Ficam presos por um noite, Willow fica internada e sua irmã Amélia, acaba indo pra um lar assistencial.

Depois desse episódio, Sean, pai de Willow decide entrar com ação contra as pessoas que os fizeram passar por esse constrangimento, porém, são orientados pelo escritório que procuraram a processar a Piper, a amiga e obstetra. Segundo eles, ela deveria ter "detectado" a doença no primeiro ultrassom e deveria ter dado a chance de Charlotte optar pelo aborto.

Não bastassem todos os problemas, as constantes fraturas de Willow, o desgaste com o processo, Sean, por discordar da decisão de Charlotte em processar a própria amiga, acaba pedindo o divórcio. O que traz ainda mais transtornos à toda família.

Com o processo, as duas famílias são afetadas, principalmente as crianças. E Amélia, a irmã mais velha de Willow, acaba perdendo a amizade de Emma, filha de Piper. Com isso, Amélia passa a se cortar e passa a provocar vômitos sempre que come. Tudo isso, acaba passando despercebido pela família. Só é revelado, quando uma tragédia quase acontece com Willow.
O livro é narrado por todos os personagens, inclusive a advogada contratada por Charlotte, que também tem sua história narrada, paralelamente. Todos os personagens fazem a narrativa como se estivessem falando diretamente com Willow. Que também tem um capítulo onde ela é a narradora. O último capítulo, que foi o que estraçalhou meu coração em mil pedaços.

Jodi Picoult sabe mexer com os leitores. A gente se sente parte da história. Acaba sentindo as emoções de todos os personagens, se sente parte do drama e sofre junto. E nossa!!! Como esse livro me fez sofrer. Acabei aprendendo mais sobre a doença e me coloquei no lugar de Charlotte, a mãe de Willow. Que foi muito julgada por todos, por acharem que o interesse dela era única e exclusivamente no dinheiro que a ação lhe resultaria. Mas que estava pensando no futuro de Willow. É um livro que nos faz pensar sobre o amor de mãe, amor incondicional. Talvez, quem ainda não tenha filhos, se pergunte se realmente a atitude de Charlotte foi correta. Talvez, até quem seja mãe questione sua atitude, mas Charlotte foi movida pelo amor incondicional. Foi uma mãe leoa, protegendo sua cria.

E o final. Ahhhhh....o final. O final é super digno do talento de Jodi. Ao mesmo tempo que a gente pensa em odiá-la por nos faz chorar, a gente a ama por ser tão perfeita. Quem conhece a autora sabe que ela não é famosa por finais felizes e o que posso dizer é que A menina de vidro dilacerou meu coração. Mas o livro vale cada página lida, cada lágrima vertida. Indico muito.

site: http://valgouveia.com.br/
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Bárbara Leilane 27/09/2014

Você já ouviu falar de Osteogênese Imperfeita? A OI é popularmente conhecida como a doença do ossos de vidro. O organismo dos indivíduos com esta doença não

produzem colágeno suficiente para os ossos o que faz com que eles se quebrem facilmente. Um tropeço e até mesmo um espirro pode gerar uma fratura.


Difícil se imaginar sem um abraço? Imagine sendo criança (porque esta doença não se manifesta com o tempo, ela vem do útero) e não poder brincar de futebol, não correr, não pular, não rodar, sem fazer nada que possa ser um pouquinho perigoso a ponto de uma possível queda. É assim que vive nossa protagonista Willow de 5 anos que já teve cinquenta e duas fraturas só até o início da história.


No início do livro, sua mãe, Charlotte explica a escolha do nome: Willow em inglês é o nome de uma árvore que conhecemos como salgueiro chorão. Charlotte diz que "queria lhe dar uma profecia para que você levasse consigo, o nome de uma árvore cujos galhos se dobram, as não se quebram" (página 16). Adorei a escolha do nome e mais ainda a intenção de Charlotte, apesar de que a profecia não se cumpre, ao contrário, a OI de Willow é do tipo mais grave e as sete primeiras fraturas ocorreram enquanto ela ainda está no útero da mãe e as quatro seguintes nos primeiros minutos de vida.


Apesar da condição de vida trágica e envolta em cuidados, Willow é uma criança feliz e inteligente. Ao meu julgamento, inteligente demais, diria até exagerado. Você conhece alguma criança de 5 anos que saiba ler fluentemente? Que leia jornais e livros de suspense, que tenha vergonha de ser levada ao banheiro pelo próprio pai? Hum, parece exagerado. A autora descreve os portadores de OI com uma capacidade avançada de aprendizado mas ainda assim Picoult, acho que você passou dos limites.


Continuando, o livro não retrata apenas as dificuldades que Willow tem durante o crescimento, o drama principal do livro é que quando seus pais já não conseguem garantir financeiramente seu tratamento, nem as necessidades da casa, Charlotte processa sua obstetra e melhor amiga Piper por erro médico ocasionando um nascimento indevido. Isto quer dizer que Piper, como médica deveria ter diagnosticado a doença de Willow a tempo de Charlotte optar por um aborto. Surgem aí duas situações delicadas: processar sua melhor amiga e afirmar perante o juiz e as câmeras que se Piper houvesse lhe comunicado a tempo Charlotte teria abortado. Agora imagine uma criança ouvir de sua mãe que preferia que ela não houvesse nascido. Porém Charlotte ama Willow e faz isto apenas para garantir o dinheiro que irá trazer a filha mais conforto e acesso a tratamentos.


Este livro traz muitas questões polêmicas:

* você magoaria alguém que ama mesmo que isto garantisse a ela um futuro melhor?

* seria capaz de manter a afirmação de não amar vendo nos olhos do outro a dor que lhe causa?

* se o dinheiro não traz felicidade, porque quando mais precisamos dele e nos falta, nos sentimos tão diminuídos?

* ter uma vida limitada não é o suficiente para que se possa vivê-la?

* quem tem o poder (e se alguém tem) de escolher qual deficiência é menos tolerável para negar a vida àquela pessoa?

* por outro lado quem pode julgar as atitudes desesperadas de um pai em busca do melhor para o filho?


Outras histórias, também delicadas acontecem simultaneamente. A advogada da família, Marin, foi adotada e busca pela mãe biológica que prefere não conhecê-la. Amelia, irmã mais velha de Willow, em busca de conforto emocional recorre a bulimia, automutilação e furto. Sean, pai de Willow, não concorda com o processo movido por Charlotte (que me perdoem os pais, mas eu esperava o contrário), depõe contra a esposa e pede o divórcio.


São muitos os temas que podemos discutir deste drama. Recomendadíssimo para leitura. Histórias sensíveis e o mesmo tempo duras com um final nem um pouco justo.
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Danielle 23/02/2014

Resenha - A menina de vidro - Jodi Picolt
Resenha - A menina de vidro - Jodi Picolt

O livro nos conta o drama de uma família que tem uma filha de 6 anos com a doença Osteogênese Imperfeita, mais conhecida como ossos de vidro, onde a falta de colágeno faz com que os ossos se quebrem muito facilmente.

Narrado em primeira pessoa pelos principais personagens da trama, temos uma visão geral e ampla de todos os lados da história.

Quando a família resolve ir a Disney, Willow escorrega e cai e quebrando o fêmur e a Disney simplesmente acha que é maltrato dos pais, levando a outra filha Amélia para um abrigo e os pais são detidos, até que consigam provar a doença de Willow, tudo isso devido ao esquecimento da carta do médico. Após esse incidente a família resolve processar a Disney e procura um advogado, só que o advogado diz que por falta da carta eles agiram de acordo com o protocolo e não ganhariam nada com isso e sugerem que processem a médica que deveria ter alertado a doença a tempo de fazerem um aborto.

A doença de Willow faz com que a família tenha muitos gastos que eles não conseguem suprir e Charlotte resolve seguir o conselho do advogado entrando com o processo de nascimento indevido contra sua médica e melhor amiga, a partir desse momento a trama irá entrar em vários conflitos familiares.

Até que ponto você iria para garantir o futuro da sua filha?

Charlotte irá perder sua melhor amiga, entrará em conflito com seus filhos e marido, mas irá levar adiante pois tudo que ela mais quer nessa vida que sua filhinha tenha um tratamento descente e uma vida mais tranquila, por isso resolve mentir em juízo.

A trama nos mostra que as famílias que possuem filhos deficientes acabam se esquecendo dos outros membros da família e isso pode ocasionar uma série de outros fatores, no caso da trama uma filha bulímica, cleptomaníaca e depressiva que se fecha no seu mundo, na sua dor e os pais não percebem os sinais.

"Sempre acreditei que Deus guarda os bebês realmente especiais para os pais nos quais Ele confia"

"- Uma mãe zelosa é alguém que segue o filho a cada passo que ele dá - eu disse.
- E uma boa mãe?
Encarei Charlotte
- É aquela que o filho quer seguir"

Uma história intensa e emocionante,personagens cativantes como a encantadora Willow.

Recomendo a leitura a todos que gostem de um bom drama e aos pais de crianças com deficiências.

site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Carol 04/02/2014

Perturbador.
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Micha 25/01/2014

Visceral
Sabe quando você termina um livro e fica algum tempo pensando nele, tentando absorver tudo o que leu? Jodi Picoult tem o poder de perturbar e emocionar ao mesmo tempo.
Em A Menina de Vidro, a autora conta a história da pequena Willow, que nasceu com Osteogênese Imperfeita (a síndrome dos "ossos de vidro"). Com mais de 50 fraturas até os cinco anos, Willow é uma criança encantadora e esperta, mas seu futuro é motivo de preocupação para os pais.
Pensando em dar uma vida mais confortável para a filha, a mãe toma uma decisão questionável e polêmica. Charlotte entra na justiça contra sua melhor amiga e obstetra que fez o parto, sob alegação de "nascimento indevido", querendo reparações financeiras por não ter sido informada do problema de saúde do bebê a tempo de realizar um aborto. Para isso, ela tem que afirmar perante o tribunal que não queria ter uma filha deficiente. O processo deixa marcas profundas em todos os envolvidos, principalmente em Willow, que se sente culpada por existir. Emocionante, impactante e perturbador.
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Dany 18/11/2013

Resenha: A Menina de Vidro
Não sei o que falar do livro. Serio eu não sei.
Ainda estou tentando absorver todas as informações que adquiri. A Menina de Vidro é um livro que nos bota pra pensar. Literalmente. Principalmente pensar em coisas pequenas, corriqueiras do dia a dia que a gente não se preocupa tanto em parar para observar.

Confesso que não me conformei com o final do livro. Sinceramente eu não queria que ele acabasse como acabou. Eu fiquei triste, eu sei que se trata de uma história, mais fiquei tão envolvida de depois que terminei de ler, fiquei imaginando como seria a reação de cada personagem depois do ocorrido.

A história e contada do ponto de vista de seis pessoas: Charlotte, Sean, Amelia, Willow, Piper e Marin, cada um falando para a Willion sobre sua doença. Ela tem OI (Osteogênese Imperfeita), uma doença que causar a quebra de ossos se ela pisar mais forte no chão ou até mesmo espirar. Eu não conhecia essa doença é fiquei fascinada com a enorme quantidade de informações que aprendi.

Willon é uma criança adorável, além de inteligente também. Gostei de todos os personagens, a forma como a história foi escrita me proporcionou compreender as decisões e sentimentos de cada um. O livro realmente mexeu comigo.

A autora questiona coisas das quais eu mesma não consegui responder. A situação e delicada mais ao mesmo tempo não posso deixa de me colocar no lugar de cada um.

Fiquei me perguntado se realmente vale a pena a gente se esforçar tanto por uma coisa que acha que é certa para no final ser em vão. Tantos sacríficos que foram feitos para no final, a gente acabar notando que não vai ser apreciado.

O livro está super recomendado.

Pra mim, me mostrou que perseverança nem sempre é tudo. Mais principalmente que vale a pena lutar por aquilo que se acredita ser o certo. Pelo menos se no final não puder desfrutar, vai ficar de consciência tranquila por saber que fez tudo o que poderia.


site: http://recolhendopalavras.blogspot.com.br/2013/02/resenha-menina-de-vidro.html
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Valdir 13/06/2013

A menina que se quebra
Olha, eu não sei bem por onde começar, ainda estou em transe, não consegui digerir muito bem o final, prefiro acreditar que o livro acabou após o resultado do julgamento, mas essa não é a verdade.
Intensidade seria uma palavra que definiria esse livro perfeitamente, esse é exatamente isso. Não é um livro recomendado para todo mundo, ele é forte, não forte no adjetivo que é usado para descrever cenas de tortura, não é isso. O livro é doloroso, ele tem uma enorme carga dramática e é impossível não se emocionar com a história.

Algumas pessoas diriam que " A Menina de Vidro" é trágico e triste. Sim, realmente ele é, mas ele é muito mais do que isso. Jodi Picoult não limitou sua obra ao gênero "drama", ela foi além e criou uma trama em que prevalece todo o afeto e carinho que mantém essa família mesmo diante de uma enorme crise.

Durante 529 páginas (muito bem distribuídas, por sinal) eu me vi dividido. Não sabia pra quem torcer, não via mocinhos e nem vilões, via ali humanos, pessoas capazes de errar e acertar na mesma medida, mas acima de tudo capazes de admitir seus erros.

Não vou negar, me apaixonei pela Charlotte. A sua bravura, a sua capacidade em ser mãe no literal significado da palavra me deixou sem reação, é inegável todo o amor que ela sente por Willow e em alguns momentos me odiei por dolorosamente ter que concordar com ela, já em outros me orgulhei por saber que não sou como ela, ou sou? Charlotte é a personagem mais intrigante de todo o livro, a mais interessante também. Essa mulher não se limita a uma característica apenas, ela é uma personagem repleta de nuances que vão sendo desvendadas conforme o avanço do leitor. A premissa é a seguinte: ame ou odeie, mas nunca passe indiferente a Charlotte

Willow é uma gatinha apaixonante, as curiosidades que ela frequentemente proclamava foram um aprendizado sem igual, tal como a sua doença que eu não conhecia, através do livro tive a oportunidade de saber mais a respeito da osteogênese imperfeita e pesquisei mais profundamente a respeito da doença. Willow, por mais frágil que pareça, é forte. Só uma pessoa forte suportaria tantas fraturas durante toda a vida, somente uma guerreira sobreviveria a tudo o que ela enfrentou (psico e fisicamente), Willow é realmente filha da Charlotte, não há como negar, elas são grandes lutadoras.

Amelia é o que dá frescor ao contexto dramático que cerca o livro, mesmo sofrendo tanto quanto os outros ela diverte com sua ousadia, com suas piadas fora de hora, além de todo o seu sarcasmo. Ela é sim uma jovem rebelde, que tenta manter-se forte diante de toda a situação que a família enfrenta, mas que preenche todo o espaço vazio da sua vida com vômitos forçados e automutilação. Adorei ver o quanto Amelia cresceu durante o livro, tendo direito até a viver um amor de adolescente.

O livro deu espaço também pra Marin contar a sua história de busca pela mãe biológica, que por acaso teve um belo -e também chocante- desfecho. Acho que é do feitio das mulheres desse livro serem fortes, ou ao menos parecerem fortes. Marin é uma grande mulher e admirei a sua postura no tribunal, defendeu Charlotte com maestria e muito pulso firme, tudo o que ela demonstrou ter durante todo o livro.

Sean, a grande figura masculina do livro também teve momentos ótimos, um grande pai que faz um par perfeito com Charlotte, mesmo contrastando com ela em alguns momentos, chegando até a se opor no julgamento. A postura dele não me agradou 100%, mas soube compreender muito bem seus motivos, apesar de Sean ser, por uma grande ironia, o personagem mais sensível de todo o livro, muito mais sentimental do que racional.

Senti falta da Piper, não conhecemos ela a fundo, queria ter tido a oportunidade de lê-la mais, mas a sua participação valeu muito e doeu em mim quando ela descobre a traição de Charlotte, isso não se faz com um amigo, ainda mais com um amigo como Dra. Piper.

Ainda me sinto em dívida nessa resenha, eu poderia escrever muito mais, o livro merece muito mais do que isso, mas realmente não tenho mais palavras pra descrever tudo o que senti ao me deparar com Menina de Vidro. É um livro basicamente intrigante, que oferece várias versões de uma mesma história através do ponto de vida de personagens intensos e muito bem construídos, já dei uma olhada em outros títulos da Jodi Picoult e pretendo conhece-los o quanto antes, autora genial!
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Si Puyo 24/02/2013

Tocante, triste e bem escrito. Essa autora sabe como prender o leitor de início a fim.
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Amanda 16/02/2013

A menina de Vidro - Jodi Picoult
Uma obra de arte. Lindo e tocante.
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Lenora 10/02/2013

Ótimo livro. Recomendo.
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