A Menina de Vidro

A Menina de Vidro Jodi Picoult




Resenhas - A Menina de Vidro


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Vanessa Vieira 19/11/2012

A Menina de Vidro_Jodi Picoult
O livro A Menina de Vidro, de Jodi Picoult, nos conta a história da pequena Willow O'Keefe, de 5 anos de idade. Willow nasceu com osteogênese imperfeita, uma doença conhecida popularmente como "ossos de vidro". Os ossos dela são extremamente frágeis e ela pode sofrer fraturas realizando o mais suave movimento, como até mesmo espirrando. Desde o seu nascimento, ela já sofreu mais de cinquenta fraturas, e dependendo da gravidade, é obrigada a ficar meses com uma tala ortopédica sob seu corpo.

Depois de anos de intenso cuidado com Willow, seus pais Charlotte e Sean, estão praticamente falidos. Sean ganha um humilde salário de policial, que se tornou insuficiente para suprir todos os gastos da família, formada também por Amelia, a irmã mais velha. Charlotte era uma renomada chefe confeiteira, mas foi obrigada a abrir mão de sua profissão para cuidar em tempo integral da saúde fragilizada da filha.

Surgem dois advogados na vida do casal, Rob e Marin, que propõe aos mesmos que eles processem a obstetra responsável pela gravidez de Willow, por não ter diagnosticado a tempo a doença da criança, e assim, ter dado a família a opção do aborto. O dinheiro da indenização assegurará um futuro um pouco mais tranquilo e confortável para Willow, mas para isso sua mãe, Charlotte, precisará processar sua médica e melhor amiga de longa data, a dra. Piper Reece, e afirmar diante do tribunal que gostaria que sua filha nunca tivesse nascido...

A Menina de Vidro é um livro tocante, com uma história complexa e até mesmo tensa, narrada em primeira pessoa de uma forma profunda e emocionante. As personagens são bem construídas, e suas características emocionais e sentimentais são bem destacadas. Os capítulos são intercalados com o ponto de vista das personagens principais - Sean, Charlotte, Amelia, Piper e Marin - que enriquece a trama e nos mostra o drama por diversos ângulos.

Tudo que Charlotte fez ao longo da história foi única e exclusivamente ao seu amor por Willow. Ela é uma mãe presente, atenciosa, uma verdadeira guerreira, e põe os ideais e o futuro de sua filha acima de qualquer coisa, incluindo seu casamento, que está desmoronando cada vez mais e sua amizade por Piper, alguém que sempre esteve perto dela, a auxiliando de forma generosa e carinhosa. Para entendê-la é necessário absorver o seu ponto de vista e se colocar em seu lugar de mãe - caso contrário, notaremos uma personagem egoísta, ambiciosa e mesquinha.


"Não me entenda mal; não estou reclamando. As outras pessoas olham para mim e pensam: Ah, coitada daquela mulher, ela tem uma filha deficiente. Mas tudo que vejo quando a olho é a menina que decorou a letra toda de 'Bohemian Rhapsody', do Queen, com apenas três anos; a menina que se esconde na cama sempre que há uma tempestade - não porque tem medo, e sim porque eu tenho medo; a menina cuja risada sempre ressoa dentro do meu corpo como um diapasão. Nunca desejei ter uma filha completamente saudável, porque esta filha, não seria você"

É claro que seus cuidados em demasia para com Willow provocam reações adversas. Ela acaba perdendo o foco de sua vida e se centrando apenas na doença da filha, se tornando cega para o que está ao seu redor. Sua outra filha mais velha, Amelia, também está passando por problemas graves como bulimia e o roubo de pequenos objetos, além de se cortar constantemente como um refúgio para sua dor enrustida, mas ninguém parece perceber.

Willow é uma garota extremamente especial e inteligente, e por mais que queiram colocá-la em uma redoma e mantê-la à distância dos fatos, ela percebe como ninguém o que está ocorrendo ao seu redor, e sofre de maneira irreparável. Sua dor me sensibilizou demais, e em muitas vezes, me fez sentir raiva de Charlotte, apesar de todas as suas prerrogativas.

Conhecemos também um pouco dos problemas pessoais de Marin. Ela foi adotada ainda criança por um casal e nunca conheceu seus pais legítimos. Enquanto batalha arduamente pela vitória de Charlotte O'Keefe no júri, ela se desdobra em prol de provas que a levem de encontro à sua mãe biológica.

O livro possui uma ótima diagramação e no começo de cada capítulo, consta uma receita dos variados doces de Charlotte, que nos deixa com água na boca. Durante o modo de preparo das mesmas, temos fragmentos de pequenos desabafos de Charlotte, norteados de muito sentimentalismo e dor.

A Menina de Vidro nos mostra diversos conflitos familiares e nos revela que o amor de uma mãe é ilimitado quando se trata de seus filhos e de seu bem-estar. Jodi Picoult nos brinda com um drama intenso e sensível, que emociona e nos leva a uma profunda reflexão, diante de um caso tão grave e delicado, que envolve amor e amizade. O livro me emocionou bastante, se tornando um dos meus favoritos, e é claro que eu recomendo.

http://www.newsnessa.com/2012/11/resenha-menina-de-vidro-jodi-picoult.html
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Priscila Colombelli 29/10/2012

Lindo
Eu amei esse livro. A cada capítulo, mas louca eu ficava. A história é perfeia, e descrita de uma forma diferente, do qual nunca vi igual. Parabéns a essa autora divina, que sabe tocar no mais profundo de nossa sensibilidade!!!
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Nann 21/09/2012

Um paradoxo!
É o tipo de livro que nos deixa desconfortáveis, mas ao mesmo tempo não conseguimos parar de ler.
A autora nos incomoda com sua descrição muito fiel das facetas de nossa humanidade, e é aí que ficamos incomodados. Ninguém quer se identificar com a a personagem que faz escolhas não tão bonitinhas e politicamente corretas.
Não consegui simpatizar em momento algum com Charlotte, mas pode ser por conta disso que comentei: ela é real demais, humana demais nas suas fraquezas.
E o tema do livro é inquietante. Você se pega a todo momento com medo de que uma realidade cruel dessas possa acontecer com quem você ama, e meio que dá graças a Deus que é com a Charlotte e não com você. Daí você se sente um verme por pensar assim.
Livro bem escrito, prende a leitura. Narrativa inteligente, com a perspectiva de diversos personagens. Sem contar as receitas culinárias com comentários e conselhos que podem servir tanto pra receita quanto pra vida.
Não terminou como eu gostaria, mas...cumpriu seu papel de bom livro.
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Marcia Lopes 05/06/2012

Willow nasceu com OI (Osteogênese Imperfeita) a qualquer batida ou esfôrço físico seus ossos se quebram , no útero teve sete fraturas e ao nascer mais quatro que lhe perfurou o pulmão , quando massageada para que seu coração voltasse a bater.No entanto Willow é uma menina calma , meiga , sabe aquele ser humano perfeito em espírito? Assim é ela, o que não pôde se exercitar em músculos o fez com seu cérebro , aprendeu a ler com dois anos de idade e vive fazendo citações sobre tudo que lê na internet e nos livros.
Durante o crescimento de Willow seus pais entre altos e baixos financeiramente conseguiram suprir as necessidades da menina,mas sua mãe pensa mais a frente, sabe que ela sempre dependerá de alguém e precisa garantir-lhe o futuro, nem que para isso se torne a pior pessoa da espécie humana aos olhos de todos (e o pior ) aos olhos de sua melhor amiga, suas filhas e seu marido, quando decide dizer a todos no tribunal que sua filha não deveria ter nascido.
Charlotte uma mulher reservada, simpática e antes de saber do diagnóstico da doença durante a gravidez, trabalhava como confeiteira, extremamente talentosa e com futuro promissor na culinária , parou de trabalhar e sua vida é totalmente voltada para a filha e por vezes esquecendo da mais velha que teve quando solteira e que Sean seu marido adotou quando eles se casaram e a considera tanto quanto considera Willow. E não faz a menor ideia que ela também está precisando de ajuda, vivendo a sombra da irmã rouba objetos em lojas , se corta, come e vomita e graças a sua mãe não tem nenhum amigo.
Sean é policial respeitado e até o processo movido pela sua esposa se considerava um bom marido e bom pai, será que estava errado ? Como Charlotte tem coragem de dizer que abortaria se tivesse sido diagnosticado antes! Mesmo a amando não consegue a entender e as coisas só vão se complicando cada vez mais e as emoções sufocando todos os envolvidos.
E nesse enredo de conflitos que é narrado com os personagens descrevendo os fatos desde o nascimento até o julgamento diretamente para Willow e só vamos saber o que ela pensa no último capítulo o que dá um clima de leve suspense. A cada capítulo uma receita culinária expressando a emoção do momento.
O livro é de tirar o fôlego ,ao mesmo tempo comove e inquieta, de leitura fácil, boa diagramação e final surpreendente.
Todas as vezes que leio uma obra de Jodi Picout fico sem saber o que pensar, ela consegue expor aquele sentimentos que "escondemos" até mesmo de Deus. Em todos seus livros tem um assunto polêmico , quem já leu sabe do que estou falando.De seus livros já li O Pacto, Piedade e A Guardiã da Minha Irmã que deu origem ao filme Uma Prova de Amor , Picoult sempre põe o amor em prova até seu máximo limite e ao contrário dos poetas que "morrem" por amor , ela os "mata" por amor. Vale a pena ler!


site: http://www.mundoliterando.com.br/
GeMartt 01/04/2020minha estante
Estou terminando de ler "A Guardiã da Minha Irmã" e me fez pensar muito ( confesso que em certa parte do livro eu chorei ). Picoult fez um ótimo trabalho. Quero ler esse livro o quanto antes.




Mariana Dal Chico 20/05/2012

Jodi Picoult tem o dom de escrever sobre temas polêmicos, delicados, de uma forma humana e realista. Seus personagens são bem construídos e poderiam ser seus vizinhos, amigos ou parentes.
A Menina de Vidro é o segundo livro que leio da autora e me emocionei com o enredo, que não gira em torno apenas da Willow, mas conta um pouco sobre as pessoas que a cercam. É muito difícil você chegar ao final do livro e não se sentir íntima de todos os personagens, até mesmo dos secundários.
Seis personagens contam a história da vida de Willow, para Willow, então temos a oportunidade de ver o ponto de vista de cada um sobre a mesma situação, o que faz com que o leitor se sinta parte da família. É impossível não se comover com a história, alergrar-se, sentir raiva e ficar triste com tudo o que acontece.
Recomendo a leitura, para aqueles momentos em que você se sente forte e quer fazer parte de uma história que poderia ser real.

Puiblicado no Um Livro Por Dia: http://www.umlivropordia.com.br/2012/05/a-menina-de-vidro-jodi-picoult/
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Debora 26/01/2012

Sou suspeita pra falar de qualquer livro da Jodi pois sou super fã da autora. Ela escreve de uma forma HUMANA demais, como se víssemos os personagens com raio-X, como se os virássemos do avesso e conseguíssemos enxergar mais a fundo.

Não vou falar sobre a sinopse do livro pois essa vocês já conhecem quando chegam até aqui. Vou falar do que mais gostei nele.

Cada capítulo do livro é escrito sob a "voz" de cada personagem - Charlotte, Sean, Amelia, Willow, Piper e Marin - e eles vão se alternando até o final. Não é que um mesmo assunto seja discutido por cada um deles, a história vai sendo contada aos poucos por eles.

A vida dos personagens vira de ponta cabeça quando Charlotte inicia o processo contra sua melhor amiga, Piper. Seu casamento entra em crise. Suas filhas também. E, no meio disso tudo, Piper - a amiga - desiste da carreira e Marin - a advogada de Charlotte - busca resolver um drama pessoal.

No final, acho que o que eu fiquei pensando mais foi: será que o que a gente TANTO quer, TANTO corre atrás, vale a pena TODO esforço que fazemos? Será que às vezes, as dificuldades não são pra fortalecer, mas sim pra mostrar que o caminho NÃO É AQUELE?

Jodi me bota pra pensar, e eu terminei o livro com um vazio sem fim, detesto abandonar livros que me preenchem demais (como este).

Se os ossos de Willow se partiram diversas vezes ao longo do livro, meu coração é terminou partido ao chegar ao final.

Um dos trechos que mais gostei:

"Pães diferentes crescem de modos diferentes. Alguns precisam de apenas um descanso; outros, de vários. Entre esses estágios, o padeiro tem que sovar a massa. Não é de surpreender que, na preparação de pães, como na vida, o custo do crescimento envolva sempre um pouco de violência." [Charlotte, falando sobre uma de suas receitas - outro ponto "diferente" do livro. Cada "módulo" do livro é iniciado por uma receita que Charlotte gosta de cozinha e entre os ingredientes e modo de preparo ela fala coisas que se encontram em receitas ou na vida de uma forma geral].
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Nana 12/01/2012

Gostei e não gostei...dá pra entender?
Bom, eu sinceramente não sei direito como avaliar este livro. Eu gostei do tema abordado, foi interessante pois aprendi sobre uma doença grave que eu nunca tinha ouvido falar "Osteogênese imperfeita", que é quando a criança nasce com os ossos tão frágeis que se quebram com muita facilidade. É um drama familiar que me despertou curiosidade do início ao fim, mesmo tendo muitas páginas e algumas partes cansativas (como os problemas pessoais da advogada Marin).
O que me deixou um pouco decepcionada foi a maneira como a trama foi desenvolvida. Quem leu "A guardiã da minha irmã", desta autora, vai reconhecer neste livro o mesmo enredo. Parece que Jodi Picoult viu que deu certo em um livro e simplesmente mudou o tema, mas a fórmula é muito parecida. Uma criança doente, um advogado com problemas pessoais, o julgamento, os pais confusos e irmãos querendo a atenção que só é dispensada ao filho doente. Além disso, a personagem Charlotte (que é a mãe da menina de vidro) não conseguiu conquistar minha simpatia em nenhum momento. Detestei as atitudes dela e torci o tempo todo por Piper (a obstetra).
E para completar, achei o final péssimo!!!!!
Mas não vou ser injusta de avaliar com uma nota ruim, pois se eu li todas as 529 páginas sem me entediar, é porque no geral eu gostei. Provavelmente se eu ainda não tivesse lido "A guardiã da minha irmã", eu teria adorado este livro como adorei o anterior.

Debora 26/01/2012minha estante
Sempre me afeiçoo por livros que tem finais, de certa forma, infelizes. Acho que isso faz parecer mais real, já que na vida, nem tudo sempre dá certo, né? Mas realmente fiquei muito triste com o final, e também torci o tempo todo por Piper, ou pra que quando tudo aquilo terminasse, a amizade voltasse ao normal (mas na vida também nem sempre é assim...)

Também acho que ela repetiu a fórmula do A guardiã da minha irmã, mas nem perdi tempo lendo este, já que já havia visto o filme e já sabia da história.




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